D-30 – O uso da tecnologia na escola

By | 22/05/2025



Quais são os benefícios da utilização da tecnologia na escola? Quem responde são as pesquisadoras Maria Elisabeth de …

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[Música] A tecnologia hoje ela é tão necessária como água, como energia elétrica em qualquer atividade humana. E na escola ela abre um potencial não apenas para você poder acessar as informações que estão aí pelo mundo, né? ter acesso à informação que já é registrada, que já existe, mas também essa questão da comunicação, de você ter a escola como produtora de conhecimento também. Trabalhar com essas tecnologias significa trazer a linguagem que já faz parte do cotidiano da maioria das nossas crianças e que é uma linguagem de interesse da sua vida para o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem. Cada aluno com o seu computador. É assim aqui nesta escola de Campo Limpo Paulista, em São Paulo. Desde 2010, cerca de 600 alunos participam do programa UCA, um computador por aluno, criado pelo governo federal e coordenado por universidades. Me mostra o que que tem aí nesse net. Tem, ó, esse aqui é para internet, esse aqui é para CD, esse aqui é para gravador de voz. para tirar foto. Você quer para gravador? Você quer pr as brincadeiras, se que é para pintar, se quer para fazer as continhas. Isso aqui é para xadrez. Que que você gosta mais aí? Eu gosto mais daqui. Então, mostra para mim uma coisa aí. As responsáveis pelo projeto aqui na escola são a coordenadora de tecnologia Renata e a diretora Gabriela. Certo? A nossa escola, ela tem média de 600 alunos, do maternal até a oitava série, aonde a população aqui, eles têm um difícil acesso ao centro da cidade de Campo Limbo Paulista. Muitos deles se consideram estar morando numa zona rural, porém dentro de uma área urbana. Eh, são famílias que trabalham fora até mesmo da cidade, que os filhos, alguns filhos passam o tempo todo aqui na escola. eh famílias eh de classe baixa e esse programa veio para acrescentar essa questão até mesmo social, não só deles terem a oportunidade tecnológica integrada ao currículo. Então é uma inovação pro bairro, porque aqui não tem, eles não têm eh acesso à internet, então a a escola proporciona esse ambiente também para eles. E como que os professores se sentiram quando descobriram que iam participar desse projeto? A primeiro momento houve uma resistência porque eles não tinham noção de como seria a formação. Eles achavam que eles iam ser jogado o computador para eles em sala de aula e eles teriam que trabalhar. Mas a partir do momento que eles viram que primeiro eles seriam capacitados, iriam aprender dominar a máquina para depois começar a trabalhar, eles foi diminuindo a resistência e hoje eles preparam as aulas assim com bastante destrez, né? bastante facilidade. A tecnologia não está reservada apenas aos alunos do ensino fundamental. Aqui todos têm o direito de aprender com o uso do computador. Com a turma da educação infantil, o objetivo desta atividade é desenvolver a coordenação motora e também o raciocínio. O que que você tem que fazer aí? Ir pra minha caverna. Hã? Ir pra minha caverna. Ir pra caverna. Mas quem é que vai pra caverna? Eu, ó, minha caverna aqui. Então vai lá, mostra fazendo a caverna como é. Só ir aqui, aqui e talvez e aqui e aí por baixo. E ali tem leões. Tem o quê? Leões. E aí? E aí ele faz assim, ó. Patos. Eu diria que não é uma realidade presente num grande conjunto de escolas, tanto de nosso país como de fora de nosso país. Na verdade, é um processo que se encontra em desenvolvimento no que se refere à incorporação das tecnologias e de suas contribuições aos processos de ensinar e aprender. Maria Elizabeth de Almeida é da PUC de São Paulo e defende o uso das tecnologias em todos os níveis da escola. Então é como falar, a televisão é é ruim para criança em tal idade, em excesso. É. A tecnologia digital, uso excessivo é é pernicioso, não é bom, mas isto não significa que ela não deva ser usada na educação infantil e só possa ser utilizada, por exemplo, nas últimas séries do ensino fundamental e médio. O que é preciso é ser ponderado no que é adequado para aquele nível de ensino. Já vou ajudar. Mas aí agora entra lá no butuca, vai lá na barrinha aqui. Isso. O papel da professora Catarina com seus alunos de 5º ano é fundamental. Ela orienta as crianças e dá todo o suporte para as dúvidas em relação ao conteúdo e também a tecnologia. Murilo, olha a fração. O inteiro foi dividido em três partes e apenas uma parte foi retirada desse inteiro. Então a fração, vou fazer só esse para te ajudar, tá bom? A a parte da fração do inteiro que foi retirado, foi retirado uma parte, não foi isso? Então vai um em cima e o inteiro foi dividido em quantas partes? Dois. O inteiro foi dividido em quantas partes, Murilo? Uma. em três partes. Eu iniciei o trabalho meio insegura, né? Quando eu cheguei, o projeto estava sendo desenvolvido, mas muitas vezes os alunos me explicavam algumas coisas, né? Eu tive, eu tive a formação, mas assim, as crianças pesquisam, mexem bastante e descobrem várias coisas no net que às vezes a gente nem trabalhou ainda e eles foram me mostrando. Na sua casa você tem computador? Tem, só que ainda não tá instalado. E você acha importante você usar o computador na escola? Eu acho porque a gente aprende muitas coisas e também dá para fazer pesquisas e muito mais. Todo país que se pretende tornar-se desenvolvido sabe que este processo passa eh por uma população que saiba utilizar as tecnologias digitais, que esteja incluída digitalmente. Além disso, ah, a inclusão digital é uma das características hoje da inclusão social. Portanto, eh, se pretende fazer a inclusão social da sociedade. Esta não se restringe à inclusão digital, mas passa por ela necessariamente. Além da inclusão social, a tecnologia pode ajudar na inclusão de crianças com deficiências. É o que acontece aqui na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo. Acompanhamos esta turma de alunos em uma atividade na sala de recursos multifuncional. A sala de recurso multifuncional é uma sala onde nós atendemos todas as crianças com deficiências, eh, todos os tipos de deficiências. DI, que é o deficiente intelectual, o DV o deficiente visual, o da deficiente auditivo e os TGDs, que são todas as outras deficiências globais que nós atendemos. É um atendimento personalizado, porque nós atendemos a deficiência da criança, nós trabalhamos com as habilidades dela. Essas crianças, eles estão jogando um software chamado Mocas. E e que trabalha e toda a psicomotricidade da criança. Ó, essa minhoca faz pergunta e toda vez que eu acerta ela ela fala que eu acertei ou não. Esta é Roseli Lopes. Ela é professora da Escola Politécnica da USP e estuda a utilização de tecnologias na educação. Mostramos a ela a experiência da cidade de Araçatuba. Fecho o assim, ó. Quando você tem outros materiais, mas você tem o meio digital também, o meio digital te permite criar atividades que respeitem mais os diferentes tempos das crianças e dos adultos, porque cada um tem um tempo de aprendizagem, cada um tem interesses maiores por coisas diferentes. Então, quando você consegue fazer uso dos objetos de aprendizagem que a gente existem na rede, quando os professores têm tempo suficiente, né, para poder dar conta, né, da diversidade que existe, ele pode est mais facilmente criando atividades diferentes para um número grande de alunos, para que eles façam coisas diferentes simultaneamente. Os professores que participam deste projeto passam por uma formação semanal. O trabalho é coordenado por Elisa Tomen, com auxílio de Santos. as duas professoras na UNESP de Presidente Prudente. Muitos professores não sabiam nem como começar o trabalho, como desenvolver o trabalho com as crianças que estavam sendo incluídas, né? E os professores eles não conheciam muito o trabalho com a tecnologia. No primeiro momento, a gente elabora um diagnóstico da formação, ou seja, uma reunião com as professoras, com a coordenação, para poder detectar eh que tipo de formação elas esperavam, né? Não só conhecer os objetos, mas também usar esses objetos na sua prática. Então, a gente fazia por meio de de reuniões e também aplicamos questionários, diagnósticos para entender quais eram as expectativas delas. Que que você tá escutando, Vitor? Um barulho. Não dá. Que barulho? Como é que é esse barulho? Olha, eu sei, mãe. [Música] Vamos calçar. que nós usamos para calçar. [Música] Isso, isso aí fala: "Parabéns, acertar." A a tecnologia ela além da dos recursos de acessibilidade, que é a comunicação, a visualização, a pessoa que não enxerga, ela pode ter acesso à informação por meio do áudio, né? Então a tecnologia ela facilita muito porque ela dá acesso a a à informação. Víor tem 6 anos e estuda no período da tarde numa sala de aula regular. De manhã, no contraturno, é atendido individualmente na sala de recursos. O diálogo entre as duas professoras é essencial para o desenvolvimento da aprendizagem dele. A gente sempre se interage muito bem, porque sempre quando e eu observo algum avanço dentro da sala de aula ou alguma dificuldade, eu sempre estou passando para elas pra gente ter um ritmo de trabalho mais ou menos equilibrado para uma estar auxiliando a outra com objetivo que ele aprenda. você usando os recursos tradicionais, né, lousa, giz, papel e um professor na sala de aula, é muito difícil isso, né? Porque você acaba tendo que trabalhar pela média. Alguns se desmotivam porque tá fácil demais, outros não conseguem acompanhar e você vai indo pela média. Difícil dar esse acompanhamento individualizado. Já com alguns desses recursos, eh, como eles, ele mesmo sinaliza se a criança tá avançando ou não, o próprio sistema pode estar colocando alguns desafios e o professor pode estar olhando um relatório depois, né? Olha quanto tempo que meu aluno demorou, quem foi que avançou mais rápido ou não? Então vocês, existem ferramentas hoje, sejam elas públicas ou privadas, que começam a dar eh essa percepção pro professor de que aquilo ali é uma ferramenta que se eu conseguir planejar as minhas atividades, incluindo o uso dessas ferramentas, eu posso conseguir dar conta de uma diversidade maior e respeitar melhor essa questão de tempos e espaços. Gosto desse, desse e desse maneiro. Se aí também eu gosto. S Yeah.

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