Autismo e Educação Especial – perguntas e respostas com Dr. Lucelmo

By | 23/05/2025



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Autismo e Educação Especial – perguntas e respostas com Dr. Lucelmo/a>

Olá, pessoal. Boa noite. Galera tá entrando aí, começando a [Música] entrar. Fiquem à vontade. Vai ser um dia de perguntas e respostas. Colocar aqui autismo. Autismo. Respostas. H. Pode começar a perguntar aí, pessoal. Boa noite, Douglas, Alessandro, Leandro. Aqui tô falando do YouTube porque no Instagram nem dá para olhar, é muita gente. Hã, pera aí. Uma pessoa perguntou assim: "Ah, The Costas, boa noite." Escreveu assim: "Boa noite". Ah, você pode falar sobre transtorno alimentar, bulimia, no te e como ajudar o autista? Não, não posso porque não sei. Eh, veja, transtorno alimentar é eh é é muito amplo, né? Você tá falando de um transtorno alimentar específico. Eu tenho h algumas conversas com uma especialista em seletividade alimentar, que é um outro transtorno alimentar também muito complexo, né? Eh, mas não sobre bulimia, né? Que que são coisas diferentes, a gente não pode confundir as coisas. Além disso, mesmo que fosse e que tivesse falado sobre, é um assunto muito complexo. Então eu diria para você, para vocês assistirem, né? Ao invés de de eu falar aqui, porque posso perder uma série de informações que a pessoa falou lá. Quem para vocês acharem, é assim, no YouTube vocês colocam assim: Lucelmo Cíntia Perez Duarte, Perez com Z. Aí vocês vão achar, tem duas lives com ela. Eu tenho já um programa, um podcast já gravado com ela, mas não foi ao arinda, né? Então, a gente tem que botar isso a no ar. Em breve vai sair vocês, não sei quem tá acompanhando, mas tem um podcast chamado Luna Cast. Quem não tá acompanhando, acompanhe lá, né? Eh, assistam lá, porque tem, eu tenho publicado lá papos mais avançados, né? Esse papo, por exemplo, o papo mais avançado aqui. Recebi o diagnóstico há umas duas semanas de TEIA suporte moderado, TDH ansiedade grave e QI 120 comemória operacional 148. Ainda estou assustado com isso, Leandro. Eu não sei o que que quer dizer suporte eh moderado que ele disse, mas se você entende do que eu tô falando, escreveu isso aqui, é nível um, não, não tem como ser nível dois, tá bom? Então, eh, não sei exatamente qual foi a avaliação que foi feito para você, mas não seria o caso. Mas é isso mesmo. Acho que assusta mesmo no começo quem tem o diagnóstico. Mas na verdade, quem tem o diagnóstico já teve muitas outras complicações que teve só dessa necessidade, já teve tantas outras complicações que normalmente é é mais libertador do que do que assustador, na minha opinião, né? Quer dizer, pode variar de pessoa para pessoa. Simone, eh, ah, não sei não, não foi uma pergunta aqui. Pera aí, professor, fala mais sobre essa notícia do exame globo ocular para detecção do autismo. Valenzuela que falou, eh, e a outra pessoa também, poderia falar sobre uma matéria que saiu no Fantástico sobre diagnóstico de autismo? Eu vou falar, mas eu mas eu já fiz um vídeo completo sobre isso. Hoje eu publiquei falando desse vídeo, é só você colocar assim no no YouTube, Lucielmo Castreio Visual, mas eu vou explicar rapidinho, né? É uma é um aparelho, é tipo um tablet. É um tablet, na verdade, né? Chama Early Point. Você põe esse aparelho em frente à criança, deixa ela lá 15 minutos e aí nesse aparelho são expostas imagens, várias imagens. Essas imagens tem pessoas e tem nas imagens tem outras coisas também, outros pontos que não são sociais, né? Eh, existe um equipamento lá que eles usam, uma tecnologia infravermelha, que ele verifica para onde a pessoa tá olhando, para onde o bebê tá olhando. Então, à medida que eles eh mensuram isso, eles têm dados, né, foram publicados em inúmeras pesquisas de eh qual é o padrão de olhar de pessoas autistas e de pessoas não autistas, né? Então, o o aparelho ele produz uma coisa que eles chamam de é um um funil atencional. Então, eh não vou falar agora, não dá para explicar, mas no vídeo eu mostro, no vídeo que eu expliquei, né, que eu tô dizendo para vocês, tá no YouTube. Eh, ele ele mostra como se fosse um funil onde para aquela pessoa tá olhando na imagem. Então, pessoas não autistas olham muito pros estímulos sociais, olham pro rosto, né, das pessoas principalmente. E indivíduos autistas olham mais para objetos não sociais, para para elementos não não eh sociais da imagem. Agora, depois de 15 minutos, eles vão dizer se existe o risco ou não para autismo. Agora, o que eu acho que foi o grande erro da reportagem, eu acho que a reportagem não deixou isso suficientemente claro e aí não tem nada a ver com o professor Miclin, tá? Porque eu já fiz inúmeras reportagens com inúmeros órgãos de imprensa, inclusive com o próprio Fantástico. E eu sei como é que funciona. Você não sabe que vai sair no ar. Você dá entrevista, mas o que você vai sair no ar, né? Sei que o cara entendeu lá. Ninguém passa para você para ver se aprova. Não existe isso, né? O grande problema é que parece que o aparelho dá o diagnóstico e não dá. O aparelho diz: "Tem risco para autismo" ou "Não detectamos o risco para autismo." Se tem risco, aí passa para profissionais. Então, o aparelho, esse aparelho nesse momento não dá diagnóstico, tá? Ele sinaliza o risco. Agora, como funciona esse aparelho? Tem uma outra forma também de fazer parecido com esse. Eh, tá nesse meu vídeo. Vai lá no YouTube, coloca Luelmo, rastreio visual. Eu reassistir esse vídeo hoje, tá muito bacana, tá? Que foi muito anterior ao ao Fantástico. Foi assim que o FDA aprovou o aparelho, né? Ah, Simone Mendes disse: "Toda autista com seletividade alimentar tem que fazer edoscopia como rastreio". Olha, quando você vai fazer uma intervenção em seletividade alimentar, existe um aspecto muito importante que é a a multidisciplinaridade. Um analista do comportamento sozinho não pode fazer essa intervenção. Tem que ter fono, tem que ter eh uma to nutricionista e tem que ter muitas vezes um ah otorrino. Então veja, o analista do comportamento, claro que não pede endoscopia, porque ele não pode pedir, tá fora do escopo dele, se ele pedirse, se ele não saber interpretar, mas outros profissionais podem pedir. Normalmente o médico pede. Então eu não posso dizer se é padrão ou não, porque eu eu não tenho o conhecimento que essas pessoas dessas profissões têm, então eu não posso responder. Só se eu tivesse como profissional dessa área aqui, eu poderia perguntar. Claro que tem outras coisas que eu já li. Isso eu nunca li, eu nunca vi isso nenhum estudo, então não sei, né? A grande parte das coisas, mesmo sendo da da análise do comportamento, eu já li, mas essa é uma coisa muito específica. Deixa eu ver aqui no YouTube se outra pergunta. Lilian falou: "Quais as leis que amparam o autista na escola?" Lilian, muitas leis, porque pela lei branispiana, a pessoa autista é pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. Portanto, todas as leis que falam, não de autismo, mas de pessoa com deficiência se aplicam a pessoa autista. Mas eu vou te falar quais são as principais leis, tá bom? Duas principais leis. Primeira, LDB, Lei Brasileira de Diretrizes e Bases, que fala para todos os alunos, mas obviamente tem ali direitos que são específicos para esse público, tem direitos gerais que se aplicam, se aplicam de maneira diferente a esse público e a LBI, lei brasileira de inclusão, né? Só e e claro, já falei da ah da lei Berenespiana, qual é a minha sugestão para você? Procura o parecer 50 do Conselho Nacional de Educação. Parecer 50, Conselho Nacional de Educação. Porque no parecer tem uma compilação dessas leis. Então lá eu acho que fica mais fácil você entender. Tem lá todas as leis, os direitos que estão em cada uma delas. Esse parecer é é o é o Conselho Nacional de Educação e foi homologado pelo Ministério da Educação, orientando como deve ser a educação inclusiva, né? Eu trabalhei nesse parecer durante eh 6 anos eh e muitos outros pesquisadores foi um trabalho Hercúlio. A gente fez um trabalho assim muito muito delicado, sabe? Nessa parte e de legislação, quem escreveu foi a professora Flávia Marçal. Ficou excelente. Ah, Leandro disse: "Professor, ansiedade TDAH pode atrapalhar um teste de QI?" Pode, pode. O próprio autismo também pode atrapalhar. Vários eventos podem atrapalhar no teste de QI. Agora voltando aqui pro Instagram, pera aí. Agora mesmo atrapalhando, o profissional mais ou menos sabe discriminar se foi um pouco melhor, um pouco pior, né? Assim, qual o nível de fidelidade que foi. Juli, Júlio Fono, o Julifone disse: "Temos previsão do equipamento para avaliar o autismo no Brasil. Reportagem espetacular do Fantástico ontem. Olha, eu dei uma palestra no congresso da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, eh, ano passado, foi ano passado lá tinha um um médico lá lá do de Curitiba, não lembro qual foi o médico que falou isso, acho que foi Antonilk, ele falou que o laboratório dele lá tava fazendo alguma proposta de financiamento para comprar o aparelho. É, mas eu não sei se se conseguiu, não sei. Mas deve est chegando aí a qualquer momento, deve est chegando aí, mas não Brasil inteiro, né? Tô falando algum lugar específico, né? Deve est chegando. Eu conversei com o Amicin já há um tempo já, talvez um ano, um pouco mais, que o Amiclin que passou lá, né? O responsável. Eu falei com ele. Ah, falei: "Professor, vamos tentar fazer aqui, fazer uma pesquisa aqui e tal, tem uma universidade que tem interesse." Aí ele falou que tinha uma outra pessoa lá. Tinha duas pessoas lá, tava o Gadia e tava uma outra pessoa lá. Ah, fala com essa outra pessoa. Gadia mora nos Estados Unidos, né? Aí eu falei com ela, mas aí ela marcou, depois não não deu para falar, enfim, a gente acabou não conseguindo encaminhar assim para para conversar, porque a ideia era fazer uma coisa aqui no Brasil mesmo, mas até agora, pelo menos por essa via, mas eu acho que lá pelo Antonyuk tem chance boa. Músicoterapia, Luciano, poderia falar a música e o cérebro? cérebro. Não, eu não falo porque não é um assunto que eu domine. Assim, todos esses processos neurológicos, eh, eu falo muito pouco porque não são coisas que eu domino. Regina disse: "Transtorno esquizofetivo faz parte do autismo". Também? Não, não faz parte. O que o que existe é uma maior probabilidade de pessoas autistas terem esquizofrenia. Eu tô falando da condição clínica diagnosticada, tá? Esquizofrenia. Eh, essa probabilidade é cerca de seis vezes maior do que dentro do que dentro da população com desenvolvimento típico. Ã, aí o músicoterapia Luciano sou músicoterapeuta, admino muito seus vídeos. Muito obrigado, Luciano. A galera da musicoterapia sempre é muito parceira. Eu gosto muito, muito mesmo da galera. Rafael disse: "Lucierda, boa noite. Como você encheria, encheria, enxerga, deve ser a falta de evidências científicas robustas em relação ao atendimento de pessoas de 22 anos mais, se nem nos Estados Unidos ainda há um padrão?" Depende do que você tá falando, Rafael. Se você tiver falando de casos mais moderados a severos, nesse caso tem uma evidência bastante robusta. Agora, casos de nível um, eh, temos um problema mesmo, ainda tá se construindo essa evidência. Mas é assim, quando a gente fala de prática baseada em evidências, a gente tá dizendo usar a melhor evidência científica disponível num certo momento, né? Então, nós não temos os melhores estudos, é verdade. Então, vamos usar o que a gente tem, fazer o máximo que seja possível. Acho que a grande questão não é exatamente essa, né? A grande questão é, bom, nós estamos fazendo pesquisa para produzir esses dados. Ã, eu não tenho certeza, não é o cenário que eu acompanho de pesquisa que eu acompanho tanto, sabe? Porque o nível um, quais são os focos principais? São rigidez, né? Regulação emocional, eh linguagem complexa, por exemplo, figuras de linguagem e tal, e habilidades sociais, principalmente habilidades sociais. Nesse campo de habilidades sociais tem muita coisa. Esse aí, eh, claro, precisa sempre de mais, mas esse tem muita coisa que já foi feita e muita coisa acontecendo. Agora, nessas outras áreas aí tem que avançar muito. Rigidez, por exemplo, tem que avançar muito. Regulação emocional tem que avançar muito. No Brasil temos uma pessoa que é a Natalie Brito. Ela hoje faz o doutorado dela na Universidade Federal de São Carlos e ela tá estudando essa relação entre habilidades sociais e rigidez, né, em flexibilidade. e um trabalho que é bem promissor, né? Acho que é a pessoa hoje no Brasil que mais tem se debruçado assim com com profundidade sobre esse tema, né? E no entanto no o Brasil tem muito pouca pesquisa, né? Mas eh acho que que nos Estados Unidos, mesmo nos Estados Unidos, você tem uma falta ainda de pesquisas nessa área. Aí a gente vai trabalhando com o melhor que a gente tiver. Aí esse melhor varia, né? às vezes é uma intervenção eh de grupo de habilidades sociais, né? Eh, terapia de grupo. Às vezes você tem eh intervenções psicoterapêuticas, né, que é o o terapeuta e o e o indivíduo por uma intermediação verbal, assim, né? E você pode ter essa psicoterapia modulada na pela TCC, a terapia cognitivo comportamental, pela DBT, a terapia dialético comportamental, pela ACT, a terapia de aceitação e compromisso, entre outras possibilidades. Mas essas são as que estão, digamos assim, eh mais dinâmicas no meu entendimento. A Andreia Santana disse: "Boa noite, estou na pós do CBI of Miami, em aba do CBI of Miami em uma das primeiras aulas, o senhor fala do cérebro hipermasculino, que a hipótese é uma super exposição à testosterona. Qual o estudo que posso ler para saber mais? Eh, eu não lembro exatamente o nome do estudo, mas você pode procurar assim no no Google Acadêmico, né? Simon Baron Coren, que é o autor, hoje ele não chama mais de cérebro hipermasculino, ele chama de eh cérebro eh de eh empatia, sistematização, ele usa mais, acho que é esse termo que usa, eh ou empata sistematizador, não sei como é que ficaria exatamente a tradução. Coloca, coloca Simon, Barão Corre isso, esse isso que vai aparecer. Talvez você possa ler um livro dele. Esse livro tem em português, mas é difícil de achar. Eu comprei ele foi super caro, que é a diferença essencial. O nome desse livro que ele analisa as questões, as diferenças entre homens e mulheres. Tv: Isca se aplica a transtorno de conduta. Só transtorno de conduta, não sei dizer. sem autismo. Eh, acho que pelo menos não só whisky não, aparentemente, né? Mas eu não posso garantir, tá? Não sei se tem algum estudo nesse sentido. Micaele disse: "Boa noite, parabéns pelo seu trabalho, pelo reconhecimento de toda a dificuldade que nós professores passamos. Gostaria de saber se você indica algum curso para alfabetização de crianças autistas". Ó, dentro do Clube da Luna tem o curso, tem o curso do Kelvin Sampaio, tá? Eh, que é um curso bem legal, é um curso bem bacana do Kelvin Sampaio, mas ele não vende separado, então para você ter acesso, você tem que que assinar o clube da Luna. Mas lá tem outras dezenas de cursos, né, todos com certificado, todos assim bem bem bacanas mesmo. Cursos brasileiros, estrangeiros, os que são estrangeiros estão com legenda, então não tem dificuldade. Então essa é minha sugestão. E o Kelvin Sampaio é um grande especialista em alfabetização de crianças autistas, né? Foi o tema do mestrado dele, tem muita experiência prática também, além da acadêmica prática. Então vale bastante a pena. Bora aqui no Instagram. Natália Roxo, autista, 3 anos, já passou de de nível três para dois, mas às vezes bate a cabeça quando contrariado. Você medicaria, Aripiprazol? Tem um receio que ele evolui bem com a terapia, pois ele evolui bem com a terapia. Bom, a resposta é: você medicaria? eu medicaria se o médico prescrevesse. Então isso não é uma coisa que a gente pode dar sugestão. Tem que tomar muito cuidado que todo mundo que faz conteúdo na internet, porque eu não conheço a pessoa, eu só tenho um três linhas do que você tá falando e mesmo se eu conhecesse, eu não poderia eh fazer esse tipo de avaliação, né? Agora, presta atenção. Eh, o que me parece que você tá querendo dizer é o seguinte: "Olha, eu não sei se eu medico ou não, porque ele já tá indo bem na na na terapia. Então, talvez exista uma certa ideia de que se medicar prejudica a terapia, certo? E não é assim que as coisas acontecem, né? Você pode medicar e fazer terapia. E enquanto esse comportamento pode trazer um risco, se a medicação reduzir o risco, ela é bem-vinda, né? Qual que é o problema nessa relação entre terapia e medicação? Onde que tá o problema? O problema é você medicar, ele reduz. Você dis não preciso fazer terapia não, porque eu já reduzi o remédio. Este é o problema. Se não é isso que você tá fazendo, tá tudo bem. Você pode seguir o conselhamento do seu médico, né? Por quê? Porque a medicação ela reduz o comportamento, mas ela não ensina o indivíduo a substituir aquele comportamento por uma outra coisa que é um comportamento apropriado para ele, certo? Então é por isso que a medicação não resolve o problema, mas a medicação ajuda ou pode ajudar dependendo do caso concreto, né? Então às vezes a pessoa disse: "Não, tô dando um remédio, ele parou. Se ele parou, não preciso fazer o tratamento, a terapia ali. Aba não, ele parou porque tá tomando remédio. Se você parar o remédio, ele vai voltar. Então você tem que ensiná-lo a ter acesso a o que quer que seja o que a função do comportamento de uma outra forma, de uma forma apropriada, pedindo, falando, entregando cartão de qualquer ou de qualquer outra forma, né? mas uma forma que não traga prejuízo para ele mesmo. Então este é o grande problema na relação entre terapia e remédio, não essa de que se der o remédio, a a sei lá pro por qualquer forma atrapalharia a terapia. Ramálio Roberta disse: "Autismo, não, ETDH e autismo tito de acompanhantes terapêuticos na escola. Os pais podem exigir até em escolas particulares. Eu não, isso é uma complicação tremenda, terrível, tá? Mas deixa eu começar dizendo o seguinte, ó. AT, a gente dá esse nome AT quando a gente tá falando de alguém que tem um vínculo terapêutico, ou ele é funcionário de uma clínica ou você contratou e vinculou a clínica, ou seja, a clínica que dá a supervisão, atende a a um plano terapêutico, aí se chama AT. Esse AT pode atender na clínica, pode atender em casa, pode atender na escola, mas se eu chamo AT, eu tô querendo dizer que é alguém da clínica, certo? A T. Eu tô entendendo que é isso que você tá perguntando. Aí você chega na escola, diz: "Olha, eu tenho essa criança tem um AT, ela pode entrar e aí a sua questão é: bom, se for alguém com autismo com TDH, eh, isso autoriza esse AT a entrar?" Bom, não existe nenhuma legislação a a esse respeito, nenhuma. Eh, o que existe é um conjunto de princípios eh que são eh princípios que são aqueles que comandam a maneira da gente organizar todo o direito da pessoa eh com deficiência, mas na verdade aqui especificamente da criança e do adolescente, que é o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. OK? Então, eh, baseado nesse princípio, eh, a gente pode requerer que o AT entre desde que haja uma boa fundamentação terapêutica, certo? E desde que não isso não seja um não vá prejudicar o andamento da escola, você não pode pedir para ele fazer alguma coisa na escola que seja contrário à dinâmica da escola. É claro que nenhuma clínica vai fazer isso, mas só para descobrir todas as possibilidades. Aí não depende muito de qual é o diagnóstico, depende da daquele caso concreto, qual é o o que que é que aquele indivíduo vai eh precisar. Só um minuto, pessoal. Só um minutinho. Então depende pouco, depende do caso concreto de qual é o relatório médico. Normalmente o relatório médico tem mais força. Agora se ele for autista tem mais probabilidade de ganhar se se houver um questionamento, né? Por quê? Porque pessoal autista é pessoa com deficiência, pessoa com TDH não é. Então em tese, os dois têm o direito, desde que haja uma fundamentação no caso individual. Mas se houver uma contestação por parte da escola, então se ele tiver o diagnóstico de autismo, é mais provável dele ganhar. Agora, eh, isso também vale tanto para escolas públicas quanto particulares. É indiferente, tá? Agora vou aqui pro YouTube. Vittor comentou aqui: "Amanhã vou pegar minha CTE. Recentemente fiz avaliação neuropsicológica e constatou o autismo. Que bom, Vittor. Seja já a mão na roda, né? A Prid cheguei agora. Lucelmo falou algo sobre Ah, já falei. Falei sim, PR. Só voltar lá, mas eu vou vou sugerir para você ah para para procurar um vídeo que eu tenho no YouTube já explicando bem passo a passo. Só você colocar no YouTube Luelmo rastreio visual que vai aparecer. Sandra disse: "Você tem o parecer 50 como ficou reduzido? Se eu tenho a versão eh final, tenho sim, Sandra. Mas e eh é fácil, só você colocar aparecer 50 altíssimo, já vai aparecer a versão final que é homologada. A Elizabeth falou quais os critérios do DSM 5 podem ser indicativos para hipótese de autismo? O DSM ele não ele não distingue o que é indicativo do que é critério diagnóstico. Ele tem o critério de diagnóstico. Agora, se a avaliação é forte, então essa avaliação pode ser uma avaliação que é utilizada já para fechar o diagnóstico. Se a avaliação é mais indireta, então nós vamos chamar de indicativo, né? Eh, os critérios para diagnóstico são dois. Tem que ter prejuízo na comunicação social, isso significa prejuízo na reciprocidade socioemocional. na eh eh expressão e compreensão de sinais não verbais e em eh fazer e manter relações de amizade e comportamentos restritos e repetitivos. Tem que ter esse esse é o segundo critério. E aí são quatro aqui, né? Estereotipia, eh inflexibilidade, hiperco e prejuízos, alterações sensoriais. Esses quatro tem que ter dois, né? dois, pelo menos dois dos quatro presentes. E tem três condicionantes. Eh, tem que ser uma condição que apareceu na primeira infância, tem que ser uma condição clinicamente significativa e não pode ser melhor explicada por outros diagnósticos, né? Basicamente é isso. Mas eu tenho dois vídeos para quem quer saber isso, eu tenho dois vídeos que eu sugiro para vocês que vocês assistam. Um se chama sem isso não é autismo. Coloca assim, Luelbo, sem isso não é autismo. Vocês vão ver esse vídeo que são sobre esses condicionantes. E e o outro são sobre as sete características. Eu falei, o primeiro são compostos de três, os três tem que estar presentes. O segundo critério são compostos de quatro. Tem um vídeo, coloca assim, Luelmo, sete características que eu explico aí cada uma delas. Agora, voltando aqui pro Instagram, Zanine disse: "Recebi um paciente com 7 anos e não fala nada, só abre a boca, mas não sai som. O que pode ser? Eu não entendi exatamente qual é a pergunta, mas e eh talvez você esteja perguntando se pode ser autismo, né? Pode uma pessoa, existem pessoas autistas num grupo bem grande que é não verbal. Então pode ser, pode ser, mas pode ser muitas outras coisas, né? Pode ser outras condições eh fonológicas, digamos assim, por exemplo, né? Mas uma das possibilidades é não ser autista. Acho, né? Não sei, não tem esse dado, mas acho que a maioria das, a grande maioria das pessoas que não falam são pessoas autistas. Hum. A Rosângela Rosa perguntou: "Corremos o risco de uma nova eleição no CONAD sem nenhuma representatividade do autismo?" Eu creio que não, porque eh é o seguinte que aconteceu no Conad, vou explicar bem rapidinho, né? Con é o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência. O CONAD sempre teve um representante do autismo que é a Abra, Associação Brasileira de Autismo, né? há muitos anos lá é uma associação da década de 80 que representa as amas do Brasil e tal e tem várias outras entidades lá. A a Abra tem dezenas de entidades espalhadas pelo Brasil, só que o CNPJ um é da ABRA e outra das entidades, né? Então a relação com as entidades é uma relação de parceria, não é uma relação exatamente de filial. E no edital eles colocaram filial. Só que não é só a Abra que é isso. Todas as associações, todas as outras cadeiras são a mesma relação. Então já teve uma decisão do do CONAD nesse sentido, dizendo que eh que é qualquer tipo de parceria. Então havia uma outra entidade que essa sim tava disputando a cadeira, essa sim estava toda na ilegalidade, né? Não tem nenhuma representação estadual, eram pessoas físicas, não era CNPJ, era CPF. Aí não adianta, né? É só morar nos lugares. Tem cumpimento, né? e uma associação que não tem os 3 anos obrigatórios, né? Tem 2 anos, que foi quando se foi feito todo esse esse esse movimento, né, dos planos de saúde de de combate aí no o autismo, né? É uma associação que tem alinhamento total com os interesses, né, com discurso dos planos de saúde que tem que reduzir terapia, que o autismo é uma coisa boa, então não pode terapia que você não tá querendo consertar os autistas, esse descruço que o plano de saúde tem feito agora. Bom, eh, por conta dessa questão do do de não ter as representações estaduais, foi a principal alegação da juíza quando ela suspendeu a eleição da cadeira de autismo. E aí quando ela viu a situação da ABRA, ela disse assim: "Não, mas a Abra também não tem porque porque os CNPJ são diferentes. Porque obviamente no processo não tá todos os documentos que que é só a parte do liminar, não tá os documentos da própria deliberação do CONAD de que as parcerias compõem esse filial. Então, se não tem nenhum problema, é só eh eh demonstrar o conjunto probatório no judiciário e ah e eu não creio que vá haver qualquer problema em ter uma eleição de de verdade com os representantes de verdade, excluindo eh quem tava lá de maneira ilegal. Acho que não vai com o judiciário pode decidir o que quiser, né? É o que me parece que vai acontecer. A Crisine falou de que forma família e escola podem se auxiliar para ajudar na dessensibilização da criança no ambiente escolar? Então vamos lá. Se que que é a dessensibilização? Vou explicar se é tá a utilização desse tempo tá sendo utilizada no sentido mais técnico, né? Você pode ter uma criança que tem uma uma super sensibilidade a um conjunto de estímulos e aí você apresenta esse conjunto de estímulos de uma maneira mais suave para ela progressivamente até que ela consiga lidar com esses estímulos. Então, por exemplo, na escola tem muito barulho, tem muitas luzes, tem muito não sei o quê, tem muito não sei o quê. Depende de qual é a correlação sensorial desse indivíduo. E aquilo pode ser difícil para uma criança, certo? Então, ao invés de você chegar lá e botar lá, ele fica lá o tempo todo naquele ambiente, você pode fazer uma dessensibilização. Então, por exemplo, ele vai, fica pouco tempo nos primeiros dias, depois vai embora. Talvez possa começar, inclusive com a família indo, enquando não tiver aula, antes da aula começar, ela vai. Aí as algumas pessoas da escola eh fazem atividades lúdicas lá com ela. A própria família também pode fazer, pode fazer isso uma semana antes de começar a aula, por exemplo, né? e pode começar talvez um pouco menos de tempo e aumentar o tempo. Quando começou a aula, ela pode ela pode ir ficar menos tempo dentro da sala de aula, ficar mais em outros ambientes e aí depois ir progressivamente ficando mais tempo, né, dentro da sala de aula. O que que precisaria de ter de relação com a família? Precisaria talvez que no começo, né, antes da aula começar, a família ficasse lá para fazer atividade, essas atividades lúdicas, a família eventualmente levar nesse período antes da aula começar. Eh, se se for uma outro arranjo e só puder levar depois que a aula tiver começado, talvez a família tenha que nos primeiros dias levar a criança mais cedo embora, né? Ou seja, tem que fazer algum tipo de planejamento de aproximação eh eh de aproximação que vai cada vez ficando mais mais intensas, certo? E aí precisa de fato da família tá presente e dela tá acompanhando esse processo, senão as coisas não vão funcionar adequadamente, né? Agora a escola precisa ter clareza do que ela tá fazendo. O que não dá para fazer, dizer assim: "Não, vou fazer uma adaptação." Então, 4 horas não dá para fazer. Agora o horário adaptado dela é uma hora e fica aí até a hora que Deus quiser. Aí isso não é dessensibilização, né? Aí é uma outra coisa diferente. Aí é uma negação do direito. Ah, deixa eu voltar aqui pro YouTube. A partir dos 8 anos, terceiro ano, o aluno que não está alfabetizado já é considerado em atraso no processo. Já devia ser considerado no segundo ano, não oitavo ano. Isso é um erro, tá? 8 anos. No terceiro ano. O processo de alfabetização pode acontecer de forma apropriada dentro da sala comum até que ano? Depende do que você tá perguntando de verdade. Você tá perguntando é até que ano é permitido ensinar para ele na sala de aula? qualquer ano. A BNCC fala que tem que fazer diferenciação curricular quando necessário. A LDB diz no artigo 59 que as pessoas com deficiência têm direito a currículos, métodos, processos, organização específicos para atender suas necessidades. Agora, se a sua pergunta é: "Até que ano faz sentido a gente continuar eh ensinando eh dando para ele isso e ele tá na sala comum com outras coisas? Nem um ano a mais. Ele, se ele não tá alfabetizado no terceiro ano, ele tá no quarto ano. Ah, essa durante essa aula de português, ele não deveria estar na sala comum. Ele deveria estar numa sala especializada dentro da escola comum. Ele não precisa estar em todas as aulas. Eu tô falando na aula de português, talvez na de matemática ele tá acompanhando tudo bem. Talvez nas outras ele tá acompanhando tudo bem. Mas é improvável, principalmente história e geografia, né, e e ciências. É improvável, porque todas elas dependem da leitura. Mas talvez artes, educação física, talvez ele consiga. Talvez matemática, sim ou não. É improvável, mas pode acontecer, né? Eh, mas ele deveria estar na sala especializada. Isso que a gente faz, mandar o menino não alfabetizado para ficar quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, primeiro, segundo, terceiro ano para ficar na escola na sala de aula, sem aprender nada, nada, porque não tem como você aprender mais. É um crime de direitos humanos na minha interpretação contra essa população e suas famílias. Ah, aqui Leandro Vinícius. Trabalho com crianças e tenho alunos com autismo. Dou aulas de xadrez. O que você acha de xadrez para alunos com autismo? Já vi pesquisas com resultados positivos. O que acha, Leandro? Eu não li as pesquisas, tá? Então não posso falar. de maneira com mais propriedade. Me parece que o xadrez ele é muito positivo para todas as crianças, todas. Eh, eu gostava muito de jogar xadrez na escola, inclusive gosto de jogar xadrez, né? Eh, se isso é melhor para crianças autistas do que para outras, isso já não sei. Assim, teria que ler as pesquisas, né? Eu procuro muito assim procurar ver as pesquisas e tal, mas realmente nunca me chegou assim, né? Eu também nunca procurei ativamente, confesso, né? Mas pode ser que, por exemplo, eh práticas de eh de escolinha de xadrez, coisas assim, pode favorecer principalmente eh habilidades sociais, né? Faz sentido que isso possa acontecer, mas eu não saberia te dizer. Deixa eu voltando aqui pro Instagram agora. Deixa eu ver aqui. Julianacos. Estratégias práticas para lidar com rigidez cognitiva. Se jogar no chão, violência física e sou professora de educação infantil. Júlia, acho que Juliana. Juliana, vamos lá. Eh, acho que você tem, acho que você tá falando duas coisas diferentes, completamente diferentes aqui. Primeiro, eu não vou falar de rigidez, porque rigidez tem uma pessoa fazendo um trabalho muito bom na internet que é a Natalie Prito. Natalie Hararip Brito. Procura assim que você vai achá. Agora, isso que você tá descrevendo não é rigidez. Ah, se joga no chão violência física. Você tá atribuindo um estado mental que supostamente explicaria esses comportamentos. Se você quer saber a questão da agressividade e autismo, você procura para agressividade e autismo, não rigidez, não que você atribui o que é alguma coisa. Se você quer saber de se jogar no chão, procura se jogar no chão, comportamentos inapropriados e não rigidez. rigidez. Se você vai procurar saber sobre rigidez quando você tiver algum comportamento que é sobre, especificamente sobre o pensamento, né, que tem vários casos assim, a rigidez é um problema bem importante. Eh, agora é muito complexo eu explicar para você essas coisas de agressividade. Eu vou fazer uma sugestão. Vai no canal e procura assim, vai, vai lá em playlist, tem uma playlist só sobre comportamento agressivo. Deve ter mais de 35 horas de material lá. Deve ter uns 40 45 vídeos, 50 vídeos só sobre isso. Tem bastante mesmo. Eh, você precisa fazer uma análise funcional, descobrir porque que esse comportamento tá acontecendo e aí você faz um treino de comp treino de comunicação funcional. Isso é eu tô falando só o nome dos procedimentos. Então, por exemplo, treino de comunicação funcional, tem uma aula de uma hora lá, tem outros vídeos, mas tem uma aula de 1 hora, tá? Só um minuto. Eh, e você precisa também, no entanto, antes de fazer isso, aliás, antes eu me perguntaria outras coisas, perguntaria o quão reforçador é ele tá nesse ambiente. Não sei qual ambiente que você tá falando. Educação infantil. Qual é? Antes eu me preocuparia não com esse comportamento, mas com o que que eu precisaria fazer para ele ficar bem aqui, entende? Tem um vídeo meu, deixa eu procurar esse vídeo meu aqui que é que esse vídeo modesta a parte bem legal. Tô ver se eu acho aqui. Hum. É, acho que é esse aqui, ó. Chama-se Como resolver a falta da inclusão nas escolas de forma prática. E aí eu falo de algumas estratégias aqui bem legais. Então, acho que a primeira coisa a se perguntar é as estratégias que funcionam estão sendo utilizadas primeiro? Normalmente a resposta é não. Não tô falando do seu caso, tô falando normalmente, né? Eh, e eu acho que isso é que isso faria muita diferença, eu acho. Eh, mas até normalmente isso já resolve. Você não precisa ir paraas estratégias específicas para lidar com comportamentos agressivos, principalmente na idade que você tá pequenininho, é mais fácil. TPV perguntou assim: "Qual local confiável no Brasil você indicaria para fazer curso de ables? Sou assante do clube da Luna e gostaria de saber se tem alguma previsão para chegar. Tem aa tá, acho que ela tá gravando, não tenho certeza. Eu sugeriria se você pegar algum momento que ela fizer o curso, fizer fizer com ela, porque ela é extraordinária. O shodó dela é a é o protocolo que ela prefere, mais que vibra map, mais que portage, mais que todos, é [Música] a não, ó, vou falar uma, vou falar uma heresia aqui. O Pardington teve no Brasil, ele deu curso no Brasil, né? Nós trouxemos ele pro Brasil, o criador da da Abes, é o James Parington, mas o curso dela é melhor, é melhor assim, muito mais eh muito mais detalhado, muito mais interessante a as circunstâncias, né, que se cria para avaliar. Então não sei quando vai chegar online. A, talvez ela já esteja gravando, mas ela faz os cursos sem ser online de vez em quando. Eu também não não sei. Eu não vejo outras pessoas fazendo. Juliana disse e não, ela mesma pessoa lá. Tamires disse: "Professor, minha avaliação neuropsicológica deu autismo, TDH, depressão e ansiedade, mas minha psiquiatra fala que eu não tenho autismo. Gostaria de saber se acha válido refazer a avaliação. Eu não sei dizer, não sei qual o motivo que a sua psiquiatra tomou essa decisão, qual avaliação ela fez. Eu não sei, não sei se é ela que indicou essa neuropsicóloga, se ela que indicou o exame. Não, impossível opinar nesses casos, infelizmente. Alexandra disse: "É recomendado o ensino à distância para autismo nível um?" Digo para aqueles que sofreram bully na escola regular e procuram ensino a distância. Eu acho que é muito mais complicado do que isso. Não acho que dá para ter uma uma recomendação que valha para todos assim, não. E depende qual é o nível de ensino, tudo isso. Eh, educação básica, se ela tá falando de bullying, eu suponho que ela tá falando de educação básica. Para educação básica, nós tivemos a oportunidade durante a pandemia de avaliar se ela funciona à distância. A resposta é não. Se educação básica não funciona à distância. tem 1000 bilhão de problemas. O ensino superior aí já é outra coisa. E aí eu já não conheço os dados, mas não não já procurei os dados, já li bastante os dados sobre autismo, não parece que há uma há uma recomendação boa, né, que pode eh ser decisiva nesses casos. A gente sempre tem que pensar que pode fazer sentido isso, sabe? Assim como o trabalho à distância, pode fazer sentido e para algumas pessoas certamente será o melhor, mas isso também significa que essa pessoa vai deixar de ter um monte de oportunidade social, vale tanto pro ensino quanto para para pro trabalho. E essas oportunidades são serão oportunidades sociais também de dessensibilização social. de oportunidade de aprender comportamentos sociais, de oportunidade de aprender a lidar com situações mais flexíveis, entende? É sempre um é sempre um jogo entre você perde uma coisa e ganha outra coisa, mas talvez para aquele caso concreto vale a pena, porque a versão social é muito forte, porque o bullying é muito forte. Ah, talvez para um caso seja bom. para outro caso que ele tá deixando, tá ficando mais excluído, tá ficando mais isolado e vai reduzir muito a a o contato social dele e aquele caso que já não é não é bom e por isso que ele tá evitando o contato social, vai ficar muito pior e aí vai evitar vai vai fazer com que ele não tenha uma série de de de vivências, né? talvez seja um mau negócio, então eu não acho que dá para fazer uma uma afirmação assim muito contundente. Voltando agora pro pro Instagram, uma pessoa perguntou como é que faz como posso ajudar a alimentar meu filho com transtorno alimentar bulimia? Eu não entendo, não posso. Eu tenho muita preocupação com isso, pessoal. Eu vou contar uma história para vocês, história real, tá? Eu vou explicar para vocês por como que eu aprendi esse negócio de de de de dar dicas assim, algumas dicazinhas assim. A história é a seguinte. O primeiro curso, primeiro curso de todos que eu dei foi aqui em São José dos Campos, 2017. Eu tinha dado um curso grande, eh, aberto, foi um curso que as pessoas, o treinamento, né? E eu fiz um treinamento sobre manejo de comportamento. E aí uma das pessoas que tava lá no curso era uma mãe de uma criança que tinha muita ecolia. E aí ela falava comigo no WhatsApp e pedia umas dicas assim pro caso dela. Ela tinha que fazer todo o processo da maneira que eu ensinei, fazer avaliação funcional paraná paraná, elaborar o procedimento, escrever o procedimento e tal. Mas a mãe tá, ah, eu fiquei dando uma dica. Era o seguinte, era uma menina que tinha uma colalia, ela fazia um som, né, muito grande. E aí eu falei, e aí ela foi me dizendo o que que ela achava que era, ó, ela acontece mais em tal circunstância, tal, tal, tal. O pai era caminhoneiro, ficava pouco em casa. E aí eu falei: "Olha, pelo que você tá me descrevendo, parece que a função é social. Parece que a função é social. Eh, acho que você tem que trabalhar, talvez trabalhar com essa hipótese. Que que você acha? Ah, tá bom. Aí ela, aí ela ela falou o seguinte, chegou num certo momento à noite, quando a filha começou a fazer estereotipia, ela virou pro outro lado e não deu atenção. E deu atenção quando a filha não fez estereotipia. Aí a filha pegou ela e trouxe a boca a boca dela, o rosto dela para para pra frente e ficou fazendo estotipia na frente dela. Ou seja, eu disse assim, ó, então isso quer dizer que muito provavelmente é por atenção. E aí o que que eu disse para ela? Falou: "Olha, você tem que pegar as situações aí que ela não tá fazendo essa estereotipia". Porque nesse caso essa menina era muito grande, trazia um prejuízo para ela bem importante, sabe? Contextos sociais. Ahã. No momento que ela não tiver, pera aí, no momento que ela não tiver estereotipando, você dá muita atenção para ela. Quando ela tiver, você tira atenção. Essa é a sugestão que eu dei. Você não dar tanta atenção quando ela tá estotipando. Tá bom. Aí chegou o pai, ela instruiu o pai, fazia a mesma coisa. O pai, a atenção do pai era muito, tinha muito valor porque o pai viajava a maior parte do tempo. Só que eu não escrevi o procedimento, eu não acompanhei a a entrega do procedimento. Então o que que ela fez? ela começou a ignorar comportamento de ecolia, mas ela não deu atenção quando a menina não tava fazendo ecolia. Por quê? Porque tava fazendo outras coisas e tal. Então, foi uma foi uma fala muito genérica, uma dica. O que que a menina começou a fazer? Começou a fazer cocô na roupa, que não dá mais para ignorar. Por quê? Se a ecolia não tava mais funcionando, então fazer cocô na roupa vai funcionar. Ela começou a variar, a variar. Isso, o nome disso é explosão da extinção, que o comportamento ele aumenta de frequência, intensidade e variabilidade. Nesse caso, a variabilidade. Então, veja, eu tentei ajudar, eu piorei a situação, entende? Então, dar dicas assim para o caso concreto é muito difícil. Eu sei que as pessoas gostam, eu sei que isso engaja, eu sei que isso eh é ótimo, né? mais eh ótimo assim para as pessoas e tal, mas eh apesar de ser uma coisa super engajante, eu tenho muito cuidado com isso. Bom, deixa eu ver aqui mais no Instagram Pá Kesia Viana, vi um vídeo seu recentemente sobre a volta das escolas especiais. fale um pouco, por favor. Não é a volta, né? Porque elas nunca deixaram de existir. É sobre o valor, o papel das escolas especializadas. Aliás, eh quero pedir um favor para vocês, todos o apoio a Pai do Paraná. Sandra, Sandra Prado, que eu vi que tava aqui agora a pouco, eh, eu queria até falar com você, se pudesse mandar um e-mail. Eu não lembro seu e-mail, eh, porque o pessoal do da, eu falei com o pessoal da PAI, eh, do Paraná, que a comunidade do autismo do Paraná é uma comunidade firme, forte, que tem uma história de defesa da educação especializada. Claro que não é para todo mundo ir paraa escola especializada, tem um perfil, mas os pais de crianças com autismo nível três, muitos delas querem esse direito, elas têm esse direito, o direito de escolha. quem não quer vai pra escola comum, ótimo, também tem esse direito. Mas eh há uma ação judicial tentando fechar as escolas especializadas do Paraná. Então, se essa ação prosperar, eh, a as pessoas do do Paraná, essas famílias, em casos mais severos, vão perder esse direito. Então, nós temos que lutar por esse direito, né? Então, quem for eh da comunidade do autismo do Paraná, eu vou pedir para mandar e-mail para mim, [email protected] ou no Instagram mandar o direct pra gente poder, eh, para eu botar vocês em contato com a comunidade da APAI, com a equipe da APAI do Paraná, pra gente fazer uma força aí para que isso isso não aconteça. Bom, mas retomando ao ponto que eu tava dizendo, eu sempre defendi as escolas especializadas por um motivo muito simples. Não é possível não ter escolas especializadas. Muito simples. Casos que tem uma dificuldade muito grande tem prejuízo na escola comum, não tem benefício, tem prejuízo. Não é só, ah, será que não é, não é bom mesmo? Não é só isso. Indo para lá tem prejuízo, tem mais benefícios em escolas especializadas. Existem três estruturas que existem no mundo inteiro que são necessárias, imprescindíveis para um sistema ser inclusivo. A escola especializada, que é uma instituição ou pode ser do estado, né? uma escola eh especializada, muito bem estruturada, com profissionais especializados, com integração terapêutica muito forte, forte, forte, quer ver? Você tem a sala especializada, que é uma sala de aula dentro da escola comum, mas nessa sala de aula não é a, tá? É sala de aula, ou seja, vai para lá durante a aula. Eh, nessa sala de aula você tem pouquíssimos alunos, né, que tem professores especializados em educação especial, trabalhando ali firme naqueles conteúdos que eles precisam aprender. E esse indivíduo, ele também tá nos momentos, em vários momentos, com os alunos, com todos os alunos da escola, né, eh, na na entrada, na saída, na na aula de educação física, enfim, vários momentos. E você tem a sala comum. E aí na sala comum pode ser que o indivíduo precise de um acompanhante, né? Tudo isso faz parte de um sistema inclusivo. Então não há menor dúvida cientificamente não há a menor dúvida de que há essa necessidade. As pessoas têm medo de que casos mais sutis sejam enviados paraa escola especializada. Esse medo faz, tem sentido? Tem, porque isso aconteceu no passado, no Brasil. Mas o que a gente tem que fazer não é ir pro passado, ir pro futuro. Agora, se vocês acham, se vocês que são pais de nível um, acham que se a gente regulamentar de uma aí assim, a como eu disse, a escola especializada existe, mas não existe uma boa regulamentação. Eles tiraram a regulamentação, eles que eu digo é o pessoal do MEC, negacionista que quer economizar dinheiro nas costas das pessoas com deficiência. tiraram a regulamentação eh para criar uma situação para que as escolas fechem, né? Então, e tem que ter uma regulamentação e bem específica. Sabe por quê? Quem é pai de um? Presta atenção. Vou fazer um vídeo depois sobre isso. Se a gente não discutir sério e não colocar as regras para quando que é indicado escola especializada, sala especializada, sala comum, regra que que assim que seja bem específico, né, bem direto, que a decisão é sempre da família, que nunca alguém vai poder ser tirar da escola se não for decisão da família, nunca. nenhuma hipótese. Se a gente não fizer isso de maneira clara, razoável, com regra, daqui a pouco vai chegar alguém, algum político, vai dizer: "Tira tudo, tira tudo". Porque quem tá odiando isso, e tem muita gente odiando isso e não é à toa, tá? É porque não tá funcionando da maneira que tá. Se hoje alguém fizesse a seguinte proposta, tira tudo da escola comum, teria o apoio de grande parte dos professores. Grande, mas grande, grande parte. E não é à toa, não. Não é à toa, não. É porque tá insustentável a situação dos professores, tá impossível a situação dos professores. A solução não é essa, certo? Essa não é a solução, mas é isso que vai acontecer, porque ninguém tá discutindo sério, ninguém tá colocando a bola no chão, vamos discutir a regra, vamos botar na regra. Ninguém quer discutir de maneira razoável. Se não for para discutir de maneira razoável, é assim que vai ser decidido e é muito perigoso. Aí sim vai se perder esse direito, entende? Esse direito não pode ser perdido. Então, eh, essa é a questão que eu tenho que eu tenho discutido. Vou convidar vocês a se engajarem nesse tema. Agora, em relação ao Paraná, procurem aí no Instagram, PUC Paraná. PUC não, a PAI Paraná, acho que é a PAI PR. Vamos apoiar a PAI, mesmo que esteja em outro lugar. Até porque eh esse esse processo contra a PAI do Paraná, ele tá no STF, tá nas mãos do ministro Toffoli. Eh, se eh se eh decidir lá que é ilegal, todo o restante do Brasil vai sofrer. Então, mesmo que você seja de outro estado, apoie a PAI do Paraná. Pessoal, eu preciso ir. Eh, eu tenho muitas outras perguntas, eu peço desculpas para todos vocês, mas tem pergunta mesmo. Mas a dinâmica é essa, fica aqui, chega aqui, fica uma hora e a gente consegue conversar legal aqui. E semana que vem estarei mais uma vez respondendo as dúvidas de vocês todos aqui, tá bom? Grande abraço, gente. Tchau para vocês. Ah, não, tem mais uma coisa, eu esqueci. Vai lá agora no podcast Luna Cast que acabou de ser publicada uma nova uma nova novo episódio com a Meca Andrade e com o Thiago Lopes sobre a a certificação das clínicas de ABA de de aba não, de autismo, independentemente de ser aba ou não. Coloquei aqui para vocês, para quem tá no YouTube, tem aqui, só vocês colocarem assim no YouTube, Luna Cast. Clica lá e vocês vão ver o podcast, vai ter esse novo episódio que vai sair 8 horas daqui 4 minutos. Então tem para vocês ir ao banheiro, tomar uma água e voltar para assistir aqui. Vai ser uma estreia agora. E foi um papo muito legal, tá? Thiago Lopes é o o dono do da clínica Farol, Farol Autismo, vocês conhecem, um grande especialista em intervenção precoce, tá falando muito hoje de comportamentos problema, comportamentos desafiadores. A Me Andrade é dona da clínica Método, do grupo método, também uma pessoa com muita estrada, muita experiência na área. Aliás, eu fiz esse podcast com os dois também sozinhos. Depois a gente vai ao ar, mas esse agora vai ser muito legal. Eu vou convidar todos vocês. Eh, vocês estão muito interessados em dizer assim: "Ah, vamos ver se essa clínica é boa ou não é boa". Então, essa instituição que é uma ABCT que eles falaram eh no vídeo, né? É um papo que eu faço com eles, né? Eh, fala sobre esses critérios de qualidade, sobre o que que os planos têm feito, né? Se os planos de saúde estão querendo intervir até agora no no Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência, vocês imaginem o que que eles estão fazendo com as clínicas, né? Que eles exercem um poder direto, né? por conta de todos esses processos de pagamento. Então vamos lá, assistam lá e comentem lá na na na no vídeo do do Luna Cast, tá bom? Um grande abraço, gente. Tchau para vocês.

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