A Criança, o Sujeito e o Infantil na Perspectiva Psicanalítica

By | 02/05/2025



Aula Gratuita com a psicanalista Dra. Ane Patti. Qual/quais a(s) diferença(s) entre os conceitos de criança, infantil e sujeito?

A Criança, o Sujeito e o Infantil na Perspectiva Psicanalítica/a>

Olá pessoal boa noite sejam todos muito bem-vindos boa noite Anne Boa noite Carina boa noite a todos bem-vindos pessoal Olha só né mais uma live aqui do institutoesp na nossa jornada aqui que a gente está numa jornada todo ano a gente faz a jornada de encerramento dos trabalhos e este ano a gente tá com várias lives né com várias temáticas diferentes e antes de mais nada vou me apresentar para quem já me conhece é um repeteco mas para quem não me conhece eu sou carinha estagliano psicanalista só seu diretora do institutoesp e coordenadora Geral das das turmas de especialização em psicanálise com crianças e adolescentes que está com as matrículas abertas tanto a de crianças e adolescentes como a especialização e fundamentos da psicanálise bom pessoal mas deixa eu dar boa noite a Ângela de Porto Alegre tá aqui a Mariana a Maria Helena de São Paulo a Gislene a Tânia Andreia Gisele uma porção de gente aqui queridos e queridas sejam todos muito bem-vindos né a gente sempre na transmissão da psicanálise a psicanálise dentro de sua ética e sempre lembrando que a formação do psicanalista se dá pelo tripé né Então as nossas lives os nossos cursos eles estão aí colaborando com uma das pontas do tripé que é o estudo teórico e a Live de hoje pessoal nós temos aqui a professora Ane Pati eu vou apresentar ela rapidamente aqui a professora ela é psicanalista Doutora em psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto mestre em psicologia pela mesma Universidade especialista em psicanálise e teoria e clínica pela Universidade de Franca graduada em psicologia pela Universidade de Ribeirão Preto e olha só isso aqui que para mim é o mais chuchu coordenadora local da pós-graduação em psicanálise com crianças e adolescentes de São Paulo do Instituto USP Então ela é uma das nossas coordenadoras e vai estar aqui hoje com a gente falando sobre a criança o sujeito e o infantil na Perspectiva psicanalítica Então seja muito bem-vinda professora e Karina como sempre eu volto no final pessoal vão colocando as perguntas de vocês que a gente vai selecionando e eu volto no final aqui para ajudar na mediação das perguntas com vocês a professora Anne Obrigada Karina pela recepção pela acolhida pela apresentação Obrigada wesp todos os colaboradores que nos ajudam a realizar esses eventos né Karina é um prazer enorme estar aqui com vocês obrigada pela presença de todos vamos ver o que que a gente consegue fazer juntos dentro desse pequeno percurso né dentro do recorte Zinho dentro da psicanálise para definir sujeito infantil e a criança e articular um pouquinho com a proposta do que após oferece também né Karina após Ela traz todo Um percurso aí dividido em módulos onde a gente passa desde a historicidade sobre a criança as particularidades da Clínica com a criança a importância do diagnóstico Clínico a clínica com adolescentes também e a interface da psicanálise com outros Campos do saber que também é fundamental né Para a gente exercer aí uma prática conectada ao nosso tempo e aos Campos dos saberes que dizem respeito aos cuidados né das nossas crianças e adolescentes também né pessoal eu vou trazer eu vou falando um pouquinho para vocês antes da Anne começar vou falar um pouquinho da pós-graduação uma notícia que eu ia trazer né E hoje como explicar para vocês no final vou trazer para o começo eu vou explicar para vocês porque porque o nosso backstage caiu então ele tá voltando para poder passar os slides para gente tá quem sabe faz ao vivo né enquanto ele tá voltando para passar os slides aqui eu vou trazendo do final para o começo da Live falando um pouquinho mais das especializações Então pessoal o Instituto é esse para quem não conhece para quem já conhece vai ser O repeteco peço desculpas mas para quem não conhece importante que a gente sempre Fale tá então nós temos várias pós-graduações né então assim é um instituto de ensino tá uma instituição de ensino não é uma escola de psicanálise mas nós trabalhamos com a transmissão da psicanálise e com diversos psicanalistas das mais diversas escolas de psicanálise mas é de freudilac tá então nós temos a especialização em fundamentos da psicanálise que está com as inscrições abertas também para quem tiver interesse turmas é presenciais Curitiba São Paulo Rio de Janeiro e Belo Horizonte tem turma online também que as turmas online elas são com aulas sincronas com professora ali no momento com vocês não são aulas gravadas tá E existe quando quiser e temos também a pós-graduação em psicanálise com crianças e adolescentes com turmas presenciais Curitiba São Paulo que a anic coordena e Rio de Janeiro com turmas online também tá então as turmas online da mesma maneira que é de fundamentos com os professores ali com vocês de maneira sincrona quem coordena no em Curitiba é a Professora Clarice quem coordena no Rio de Janeiro é Professora Cristina roi em São Paulo quem coordena online é eu simpática a turma online de psicanálise com crianças e adolescentes E aí nós temos outros cursos também que daí vão abrindo as inscrições tá então quem tiver interesse Clínica psicanalítica lacaniana psicopatologia lacraniana é transtornos alimentares e terão outras chegando aí então fiquem atentos que nós vamos ter notícias aí para o ano que vem bem Ali Amanda já falou vai participar da de Curitiba Ai que bom que bom seja muito bem-vinda Amanda gente acho que o Fernando já voltou porque ele tá bom nos comentários aqui então acho que eles já voltou então já que eu dei os recadinhos que eram para o final agora Anne acho que pode começar com a aula a Joy Obrigado Karina então sejam todos bem-vindos aí vocês viram quantas possibilidades nós estamos oferecendo né e boa noite mais uma vez quem tá chegando sejam bem-vindos vamos começar então Fernando vamos lá dá para colocar os slides já é pessoal vocês fiquem muito à vontade para colocar em as questões comentários aqui no chat tá bom para Eu Não Me Perder entre Idas e Vindas aqui acho que eu vou fazer a apresentação e deixo mais para o final para a gente conversar trocar uma ideia Responder questões acolher os comentários Tá bom mas fiquem bem à vontade aí Então vamos lá ai quanta gente querida aparecendo aqui olha ali a Mara Wesley Giovana que bom que bom vocês aqui Vamos lá gente eu tenho assim acompanhado um pouco das lives né e vi que várias questões se abrem às vezes não dá tempo da gente responder né então quem já vem acompanhando aí a sequência das lives vai ver que eu tô tentando já trazer alguma luz aí para questões que passaram nas lives anteriores né da Alba flesser da professora eu simpática também boa noite boa noite gente bem-vindos então vamos começar com a questão né Por que que é importante a gente fazer essa diferença entre a criança o sujeito e o infantil hoje a gente tá no mundo aqui eu tô apresentando um pouquinho do que a gente já falou a gente tá num mundo que como sempre na história da humanidade tende a repetir algumas coisas né tende a repetir por exemplo a questão da violência né a violência se a gente for acompanhar na história humana ela é presente desde sempre né então o Freud vai falar né Ele tem um texto muito lindo aquele porque a guerra que a interlocução dele com Einstein eles fazem uma troca de correspondências e foi logo após a guerra né a Liga das Nações estava ali tentando levantar essa questão e convidou alguns intelectuais para responderem a questão porque a guerra e como evitá-la né E aí nessa interlocução eles vão trazendo que a parte construtiva e do ser humano a agressividade né Nós temos aí o germe amor e e do ódio né só que o ódio de agressividade então eixo da agressividade ele se frutifica com muita facilidade né vem aí resquícios instituais mesmo de sobrevivência do ser humano enquanto que a vertente do amor não a vertente do amor ela é uma criação da Cultura né E vai sofrendo transformações nas suas expressões ao longo da história também né então o que nos constitui humanos né nos transcende dessa esfera animal é a linguagem então é muito importante para todos os profissionais que lidam com seres humanos refinar essa escuta para poder tratar seja lá em qual Campo for né tratar o seu cliente o seu paciente esse outro que o demanda que o demanda ajuda e a criança ao longo da história ela ocupou lugares muitos distintos do que a gente vê hoje mas tem algo que se repete nessa história que é a violência contra a criança e é uma violência que vai se manifestando de várias formas né eu vou trazer para vocês um pouquinho aqui então vou dar um spoilerzinho e a gente vai desdobrando também as consequências a partir dessa conceituação desses três conceitos né Tá bom então a criança é esse ser né esse organismo que nasce e vai cumprir no eixo de desenvolvimento cronológico etapas de desenvolvimento é a criança cresce a criança é um vira ser adolescente o adolescente ouvir a ser adulto então a gente entregue a acompanhar esse desenvolvimento o sujeito não o sujeito não se desenvolve o sujeito para psicanálise ele é como se fosse uma dimensão né que vai acompanhar a criança o adolescente o adulto Mas ele vai emergir na infância o sujeito ele é um advento da linguagem é justamente porque somos seres humanos que nós somos sujeitos de linguagem sujeitos de desejo portanto Então vão desdobrar também a questão do sujeito a partir da noção de estrutura com vocês e o infantil o que que é o infantil né o infantil é um termo que corriqueiramente a gente utiliza quase que como um pejorativo né Fulano infantil Fulano infantil Ai que comportamento infantil mais para psicanálise não tem essa conotação crítica moralista tá eu quero que vocês pensem no infantil como restos da fixação daquilo que se estruturou na infância então aquelas preferências nos modos de gozo eles denunciam o que de infantil restou nesse eixo do desenvolvimento da criança com adolescente para adulto né o infantil que resta ele também não cresce é como sujeito e ele não é de todo mal né se a gente tem algumas críticas aí a fazer eu vou trazer para vocês é o infantil ele é uma moeda de Duas Faces né É por um lado ele pode ser utilizado como algo degradante para o ser humano mas por outro lado ele também é a fonte da criatividade né Desse Olhar para o mundo sempre renovado ainda que no adulto né olhar poeta por exemplo então vamos em partes aqui com cada com cada conceito e depois a gente faz o entrelaçamento né Então as crianças pegando uma situação do Meio Postman que é o autor que eu trabalhei muito no meu mestrado e no doutorado também ele vai dizer o livro dele chamou desaparecimento da infância Olha o título né o desaparecimento da infância ele vai dizer que as crianças são as mensagens vivas que enviamos a um tempo que não veremos então a criança é um lugar de aposta é o lugar de aposta que o adulto precisa fazer né para a Advir ali da criança um sujeito que vai levar esse bastão para frente aí para as próximas gerações né então é muito sério a gente precisa falar sobre a criança Então se a gente olhar para noção que a Organização Mundial de Saúde da hoje nós observamos o ser humano então a criança também né desde os seus surgimento como ser biopsicossocial e espiritual né espiritual aí para o ms é a nossa capacidade transcender então acender porque é com ele que a gente vai trabalhar né então se nós olharmos para esse ser que nasce esse corpinho que pesa nessa materialidade orgânica ele ainda não tem uma psique ele vai constituir essa psique afetado por todo o seu meio ambiente Né desde o mais próximo a família nuclear até a família mais extensa e o social depois como um todo então nós precisamos estar atentos aí quais condições de produção discursivas nós estamos vivendo hoje e que está compondo então a constituição psíquica dessas novas gerações né de que sofrem as crianças hoje como a psicanálise pode orientar uma prática que oferece que se oferece a tratar a crianças e adolescentes então última questão que a gente também vai estar respondendo aqui espera né Porque é tão importante escutar a singularidade de cada criança né Porque que a gente não trabalha na psicanálise com a noção da criança com a maiúsculo tá a gente vai escutar uma a uma bom é preciso dar uma escuta os sintomas que transcendam a sua descritividade a sua superfície a aparência dos sintomas então na psicanálise os sintomas são tomados como metáforas é quando um sujeito chega nos demandando análise na clínica o analista vai primeiro se interrogado o que que ele quer dizer ou ela quer dizer que que isso quer dizer né o sujeito chega falando por exemplo a criança a criança não procura analista geralmente são os pais né algum responsável avó tia madrinha e vem contando por exemplo olha fulaninho né vou colocar o nome o Pedrinho tá precisando de um tratamento porque ele não obedece ninguém ele não aceita a regra nenhuma é um menino que já tá com 7 anos de idade e só tem reclamação da escola no socializa não tem amigos é uma criança impossível né E aí às vezes a criança vem até com diagnóstico Já a família já traz olha Fulano tem Toddy né transtorno opositor desafiador então psicanalista vai após essas primeiras entrevistas terminais né com os pais responsáveis vai então acolher essa criança e de repente a criança que se apresenta não é aquela que foi falada né E às vezes vem às vezes vem com sintomas muito é colados identificados aí a fala do que o seu genitores disseram enfim né então o primeiro descolamento que a gente vai fazer é justamente por essa questão atenta linguagem é de que os sintomas eles não são para o psicanalista tratados ao pé da letra né mas são compostos complexos de significantes aí e mais ainda né eles são a pontinha do iceberg eles são ali a superfície de algo que não foi escutado ainda né Tem um sujeito ali que precisa de ver tá então se a psicanálise deve se construir enquanto ciência do inconsciente citando Lacan aqui convém partir de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem então a gente precisa saber o que que é a linguagem é a linguagem não é só a linguagem falada a comunicação todo ato de comunicação Implica também uma não comunicação então quando os pais por exemplo chegam nomeando a criança de determinada forma às vezes com rótulo diagnóstico por exemplo a gente tem que se questionar O que que tá sendo silenciado né elegeram esse significante para nomear essa criança e deixaram todo o resto de possibilidade de Fora então o psicanalista vai se interrogar e vai colocar vai construir aí um dispositivo para que a criança então possa narrar a própria história né se ela tiver condições para isso é claro Então vamos pensar as nossas condições de produção discursivas hoje né porque que elas são tão importantes o Postman nesse autor que eu tava contando para vocês ele vai dizer que o conceito de criança foi fundado junto com a prensa tipográfica né então é quando vieram as primeiras impressões de livros a ciência veio surgindo né Todo pensamento Iluminista é que foi se deslocando o lugar da criança do lugar é quase que indiferenciado do jovem né na época da Grécia antiga por exemplo ou na França né como eles chamavam 300 200 anos atrás de merdou né é uma produção uma merda né uma titica a criança era não ser inferior ao adulto né e dali que ele veio sendo deslocado conceito deslocado para hoje a gente considerar a criança por exemplo como um futuro né o futuro da nação a criança como lugar de investimento libidinal dos pais como objeto de gozo desses pais ou como sintoma dos Pais né então esse conceito ele durou um tempo e para esses autores hoje então a infância está se desaparecendo a criança está desaparecendo porque ao mesmo tempo né é uma balança aí em que a criança vai desaparecendo o que tem um insuflamento é do infantil A um infantil generalizado né E aí nós temos que nos interrogar como é que nós estamos participando disso então se a gente considerar três itens os três primeiros itens que eu trago aqui no slide para vocês nós pensarmos os efeitos eu não sei aqui Vocês estão com alguma dificuldade gente a tela tá embaçada vamos lá bom se a gente pensar aqui então que nós todos estamos inseridos no mundo capitalista né beirando muitas vezes o capitalismo selvagem isso vai aparecer determinados modos de produção atravessados completamente aí pela internet né o advento da internet e considerando o advento mais recente que tomou aí o mundo inteiro né que deixou muitos Rastros na clínica Principalmente eu vou falar o advento da pandemia de covid-19 Então hoje por exemplo 2022 a gente tá colhendo alguns dos efeitos do sofrimento vivido desde 2019 19 20 21 né E essas condições elas atravessam todo o nosso modo de funcionar social né quem é que teve condições por exemplo de contratar professores para acompanhar filhos em casa por exemplo quais escolas tiveram condição de se adaptar com recursos tecnológicos para acolher essas crianças Então hoje por exemplo antes da pandemia eu já escutava muito dessa sobre essa sobrecarga mental né que a criança muitas vezes é submetida pelo sistema escolar aí eu vou falar mais de Brasil porque a gente sabe que temos exemplo fora aí do Brasil que a essa preocupação né E as crianças não são submetidas como são aqui no nosso sistema educacional então era comum antes da pandemia receber crianças e adolescentes com agendas cheias e relações vazias né relações familiares super prejudicadas pelo excesso de trabalho dos Pais por exemplo precariedade simbólica mesmo dessas relações e ao mesmo tempo que esse jovem essa criança tinha ocupação o dia inteiro de estudos né de desenvolvimento artístico esportivo línguas aprofunda né plantões de escola para aprofundar matéria então é uma queixa que eu sempre ouvi né Sempre acolher E aí como mãe eu também reitero né Essa confirmo isso esse excesso de conteúdo de estímulo que as crianças são submetidas e que algumas delas conseguem né já chegar na Clínica com a seguinte interrogação para que tudo isso né Qual que é o sentido disso eu sempre lembro de uma analisando a minha jovemzinha ela devia estar com uns 10 anos de idade na época 11 não sei e chegava brava na sessão numa das sessões ela me disse assim Ane para que que eu vou aprender oração coordenada assindética que que eu vou fazer com isso na minha vida né ela já cheia de angústia de precisar ter que decorar coisa para ela não fazer menor sentido né Então dependendo da faixa etária Então os conteúdos são super mega aprofundados a gente vê provas escolares em que tem questões de Fuvest já no quarto quinto ano né então qual que é o sentido de tudo isso E essas crianças muito rapidamente né vem com essas queixas elas falam cada uma sua maneira do quanto elas não se sentem escutadas né faltam lugares de escuta então a criança é submetida muitas horas nesse lugar de objeto como um hardware né que a gente vai enviando softwares vai instalando softwares conteúdos conteúdos conteúdos então é uma carência aí de espaços na nossa cultura que viabilizem a transmissão dos ritos os ritos de passagem né onde a criança e o adulto tinham esse contato pela oralidade na civilizações mais antigas né pré internet talvez já tinha uma outra característica havia mais tempo para essas conversas acontecerem é hoje o cenário mais comum não sei se vocês concordam comigo né Se vocês também observam isso só nos Espaços sociais né pais mães famílias transitando com crianças desde bebês desde o carrinho com guedes na mão né celulares tablets Notes e a criança às vezes não tem nem a chance de começar uma conversa ou de receber algum estímulo oral aí né da mãe Do pai porque a primeira coisa que ela recebe já é uma tela só que a tela não é viva né gente até ela não oferece essa possibilidade de contato que é vivificante né o desejo do outro ele acende o desejo na criança então nós temos que estar muito atentos a esses modos de produção então eu gosto muito desse artista não sei se vocês acompanham conhece o trabalho dele né o Eric ravelo essa obra dele é uma montagem fotográfica chamou Os Intocáveis ele traz ali uma crítica as formas de violência que pulavam na época que essa obra foi lançada né não vou me Recordar agora mas é uma obra não tão antiga mas de 10 anos para cá mais ou menos né então ele traz uma crítica denúncia a pedofilia nas igrejas o turismo sexual as crianças utilizadas como objeto nas guerras né aqui no Brasil a gente não tem uma guerra declarada mas nós vivemos uma guerra civil né no meu mestrado eu pesquisei discurso de criança trabalhava num narcotráfico e eu fiquei assim horrorizada com os números então o eca na legislação oferece a proteção oferece tudo uma construção que vai viabilizar a proteção das crianças né até 12 anos de idade no caso 12 a 18 adolescentes mas na prática a gente tá muito longe ainda de garantir esses direitos fundamentais abaixo ali a gente tem as crianças que eram sequestradas né para tráfico de órgãos essa outra aqui eu não vou lembrar também relacionada a violência armada e por último aqui a criança violentada pelos Fast Foods pelo modo de vida que a tampona e as necessidades da criança né então princípio do prazer vamos lá vamos comer o que quiser né só que isso também Mata essa falta de preocupação também mata né Então são crianças em tornadas objetos da nossa cultura e temos muitos outros exemplos né muitos outros eu tô com vontade de ler os comentários aqui mas acho que eu vou deixa eu passar um olho rapidinho [Música] isso eu tô vendo os últimos comentários depois vocês me ajudam recapitular tá bom a Cecília tá comentando né aí os adultos não sabem se relacionar depois que alcança maturidade isso porque os fundamentos da linguagem vão se estabelecer né na infância não que a gente não possa melhorar isso né gente mas esse imagine sendo estruturados numa Cultura em que o outro não não fala com você não se comunica olhando nos olhos ou a fala vazia é o que predomina no cenário familiar escolar né diferente da fala plena vai propor para a gente pensar como a pensar para análise né aquela fala que é significativa é realmente aquilo que toca o sujeito O que que significa para o sujeito a Regiane tá dizendo a Giovana tá dizendo muitas crianças no tráfico Sim muitas crianças no tráfico ainda né e agora com a pandemia a gente teve uma gravante né eu tive orientando de TCC ano passado que fizeram essa estimativa que houveram houveram índices bem discrepantes no caso da violência contra a criança caiu muito com a pandemia O que é muito preocupante né porque foi um cenário que as famílias ficaram muito juntas no isolamento social Então as crianças fora da escola ficaram sem esse olhar da escola por exemplo para fazer denúncia de violência né Então essa hipótese aí de que a alma subnotificação não uma diminuição da violência contra da violência contra as mulheres aqui aumentou assim vertiginosamente durante a pandemia Regiane tá comentando vê o ser humano como número ou coloque em disputa o tempo todo quanto mais conteúdo mais você se prepara para guerra exatamente né Regiane e o mercado faz isso mesmo né a gente vê as escolas particulares pelo menos disputando as crianças que têm notas melhores para concorrer a bolsa do vestibulinho né Fazer o ensino médio aí sai nos outdoors e vão virando números que seduzem para os próximos consumidores que estão pesquisando para onde ir por exemplo né O Vinícius está comentando né sobre a falta dos ritos de passagem que é muito marcante pode ser visto até mesmo nos lutos que vivemos ou Deveríamos ter vivido por todas as perdas que tivemos por causa da pandemia Pois é Vinícius eu tive casos muito tristes relacionados a isso e como a criança e a família né não pode se despedir doente querido um pai né bem no comecinho da pandemia não podia mesmo né Inter velórios podia ter encontro nós ficamos com um buraco enorme aí eu não sei o que que vem né no caso dos meus analisandos eu consegui trabalhar mas é um buraco que fica né que vai precisar de muito tratamento aí para ser boadiado e dele feito alguma coisa né ai ótimo noema noema tá comentando recomendo documentário Falcão Meninos do tráfico acompanhou 16 menores envolvidos no tráfico em 98 de 2006 MV Bill Fantástico né um dos livros que eu utilizei no mestrado foi justamente do Mv Bill eu peguei muitos relatos de crianças na época não pude acessar as crianças porque comitê de ética barrava gente olha que questão né como que faz Essência no Brasil é difícil e a questão é delicada eu trabalhar com discurso de crianças Eu precisaria do tempo de consentimento livre esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis E aí criaria a seguinte situação se os pais assinassem ou eles estavam sem domissos né coniventes com a situação do filho filho estar em sendo usados trabalhando no narcotráfico ou se eles quisessem demonstrar que não sabiam né O que era Improvável eu estaria delatando a criança para a própria família né então esse dilema ético a gente não conseguiu desdobrar e eu precisei realmente me lançar e a pesquisar discursos publicados nas redes e na época tinha esse livro do Mv Bill 2 né e eu utilizei esse material dele de vários jornalistas também [Música] bom isso cria então né a gente participa de uma cultura que vai criar um conceito de criança que tem dia desaparecer né não ator a gente vê aí também gravidez precoces né aqui em Ribeirão Preto por exemplo nós já tivemos vários casos de meninas grávidas com 9 10 anos de idade geralmente de parentes relacionados a aparência Então são crianças que estão aí sendo utilizadas como objeto de gozo do adulto né E nós temos uma função social de participar dessas construções aí que nós estamos fazendo né bom vou trazer para vocês então um pouquinho da noção de estrutura porque gente hoje por exemplo um manual classificatório né de desordens mentais que amplamente utilizado é o dsm4 né E agora tem o 5 que tá vindo para o Brasil também e a CID 10 que foi substituída pela Cid 11 tá em processo aí também de aceitação na nossa cultura brasileira essa última seed tô com os dados fresquinhos aqui de uma aula que eu assisti sábado com os alunos de São Paulo a professora Kelly Brandão agradeço deixa os créditos e o Kelly trouxe esse dado e a gente ficou muito impressionado né a Cid Quando foi lançada nos anos 50 ela catalogava mais ou menos sem transtornos hoje ela consta 300 transtornos é difícil a gente abrir um manual com esse cartório desse e não se identificar com um monte de psicopatologia que tá lá né É como se cada um pudesse fazer o seu corpo rir né e montar aí então uma classificação que no meio os seus sintomas né e a psicanálise ela vai um pouco não na contramão disso mas é né Na Contramão né a gente acaba pavimentando a nossa escuta para fazer um diagnóstico Clínico estrutural de uma forma um pouco diferente né a gente vai tentar fazer um diagnóstico estrutural diferencial e esse diagnóstico estrutural ele não serve como um rótulo né ele não é um conhecimento acessível aos leigos por exemplo né só quem tá numa formação de psicanálise é que vai criar condições de desenvolver esse diagnóstico e ele tem uma função a função do diagnóstico é que a gente direcione o tratamento né E aí no nosso diagnóstico Clínico estrutural nós temos apenas três ou quatro estruturas clínicas dependendo aí da corrente psicanalítica a gente vai trabalhar com três ou quatro tá que são que estruturas então elas não são psicologias as estruturas são formas de se organizar na linguagem tá então todo mundo cabe não sei né posso dizer que até agora até onde eu estudei até onde eu trabalhei escutei os meus colegas sim a gente consegue aí fazer os diagnósticos clínicos a partir desse andaime teórico Clínico né que constitui a praxe da psicanálise e as estruturas não são puras né todas as estruturas Elas têm traços das demais tá então vou falar um pouquinho disso para vocês mas para isso eu preciso explicar um pouquinho o que que é a uma estrutura né então vamos aqui com a citação do Levi Stroll que tá num livro que eu gosto muito Quem se interessar pelo assunto eu sugiro procurar esse livro que chama estruturalismo antologia de textos teóricos onde a gente tem vários autores que trabalharam dentro desse movimento né que a gente chama de estruturalismo de vários ramos do saber tá então aqui eu trago um recorte do textinho do levestrô que é um autor que eu uso bastante aí para trabalhar noção de incesto de Cultura né ele vai dizer que nenhuma tentativa teórica assim genera de um vazio Inicial né nada nasce do nada tudo tava aí né É sempre num campo cultural já duramente trabalhado que um pensamento se torna possível onde também podemos ler que tudo que existe desde que não seja amorfo possui uma estrutura tá então essa noção de estrutura ela é muito importante para a gente seguir com que eu vou trazer para vocês então esse movimento ele girou em torno dos fundamentos do Fernando sucir pai da linguística né e ele o sushi ele foi contemporâneo do Freud e é muito interessante assim a gente perceber essas nuances temporais porque aquilo que consagra o suficiente né que foi fundada e a linguística de onde o Lacan vai extrair uma série de consequências também para o ensino dele né E para psicanálise freudiana também o sushi vai falar de significante de um jeito né sistematizado 20 anos após Freud né o Freud já falava lá em 1891 na monografia dele sobre as afasias montou um esquema de um aparelho de linguagem né mas esses textos fredianos são considerados pré psicanalíticos e foram muito pouco valorizados por muitas décadas né é mais recente aí com as traduções diretas do Alemão que que nós temos acesso e maiores discussões eu diria de 30 anos para cá que essa descoberta e foi valorizada né então os estruturalistas a partir do sushi né Cada um com seu campo e foram construindo uma noção que era conjunto do que que era estrutura e a metáfora utilizada era de um edifício por exemplo né então designava né o termo estrutura de origem Latina inicialmente designava o modo como Edifício era construído e essa acepção migrara para o discurso organicista em que a anatomia do corpo era vista como uma construção genética e para ciências humanas que tornar que tomavam a língua como uma construção a estrutura social como parte um processo de estruturação constante o grupo da Ciência Sociais a filosofia a psicanálise e o materialismo histórico né então o que que vai marcar a estrutura se eu falar de prédio por exemplo cada um vai conseguir imaginar alguma coisa não é que quer um edifício para vocês tenta imaginar né Então essa edificação ela é composta do que de algo que vai estruturar né a gente vai ter os fundamentos o andaime as estruturas metálicas não é eu não sou engenheiro em gente se eu tiver algum engenheiro aí ouvindo pode ajudar aqui o cimento tijolos né uma série de compostos aí que vão dar fundamento para essa estrutura ser edificada E aí quando a gente vem com o acabamento paredes luminárias portas janelas fechaduras a gente tá falando do acabamento né então quando a gente vê o acabamento a gente entra no edifício a gente tem contato pela superfície então do olhar com acabamento mas isso quer dizer aqui a estrutura tá onde ela tá oculta sem a estrutura eu não teria como ver o que eu tô vendo aqui no meu cenário ao meu redor né olhem aí ao seu redor a gente está vendo Então aí vem analogia a pontinha dos sintomas tá então o sintoma a gente muda o sintoma tomado nesse eixo metafórico que eu tô trazendo para vocês ele é mutável a gente muda o acabamento do edifício e a estrutura a estrutura não se a gente mexer na estrutura o edifício pode desabar não é Tá então vamos lá você já vão entender porque que eu tô trazendo aqui a estrutura então quando a gente fala de estrutura que é composta de vários elementos é que tem leis próprias independentes esse valor de cada elemento tijolo cimento viga metálica Eles não têm valor em si próprios eles têm valor quando eles estão em relação a eles né compõem alguma coisa que se estrutura certo então dado que o valor de cada elemento não depende apenas do que ele é por si mesmo mas depende também sobretudo da posição que ele ocupa em relação a todos os outros do conjunto então quando a criança tá se estruturando a gente não consegue dar por exemplo receitas do que fazer como fazer porque cada criança é única e cada pai e mãe vai ter que se haver com esse filho e aprender a interpretar esse filho e vai errar o monte né ainda bem porque a partir desses erros que a gente tem como ver Surgir aí o sujeito da criança bom aqui são alguns representantes do estruturalismo né de passagem só para vocês relembrarem ou conhecerem quem não conhece aqui no cartãozinho a gente tem o Michel Foucault do canto esquerdo ou Lacan Jacque Lacan de braço cruzados rabugento ali o segundo depois vem o clube levou né antropólogo e por último aqui mas a vontade a direita o holandartes vai trabalhar dentro da semiótica teatro né então estruturalismo ele vai propor uma desnaturalização dos conceitos e práticas vamos lembrar que a psicologia daquela época né não tô falando da psicanálise tá a psicologia mesmo a psicologia por exemplo valorizava muito os testes de QI então a criança no caso ela era muitas vezes avaliada para entrar na escola passando por um teste de QI né e eu sou de um tempo que a gente ouvia por exemplo Fulano é né você já Ouviram isso né tal criança tem problema mental é então a criança que tinha um baixo desempenho o médio desempenho naqueles testes de QI já eram rotuladas estigmatizadas como deficitárias daí para colar psicopatologias era né dois palitos rapidinho e as crianças que tinham um Bom desempenho cognitivo então né porque aí o tipo de inteligência que era considerado nesses testes eram praticamente os cognitivos a inteligência cognitiva eles eram considerados superdotados Essas nomenclaturas foram sendo modificadas hoje a gente tem outros testes né muito mais refinados mas ainda temos um ramo da Psicologia que Visa muito esse enquadramento da criança nos testes psicométricos tá E aí tem uma pesquisa muito interessante que eu acabei não encontrando a referência para trazer para vocês mas eu me disponho a procurar e depois oferecer para vocês é uma pesquisa que trouxe a seguinte conclusão que é muito perigoso a forma como a gente rotula as nossas crianças o experimento foi o seguinte os pesquisadores entraram numa sala de aula ou várias enfim e disseram que eram pesquisadores de Harvard e que estavam ali para avaliar a inteligência das crianças né e os professores não sabiam que eles estavam fazendo uma pesquisa que era outra né na verdade o enunciado era esse Então os professores não sabiam as crianças também não e os pais né que assinaram que a gente consentimento também não souberam só até aí né de que as crianças seriam avaliadas no teste inteligência E aí os pesquisadores ao invés de fazerem a aplicação real para poder avaliar a cognição de cada criança Eles escolheram aleatoriamente eu não me lembro se por sorteio tá Depois a gente verifica isso as crianças que teriam o diagnóstico de superdotação tá crianças super inteligentes com várias habilidades né enfim Auto desempenho e cognitivo e as demais seriam medianas e não me lembro se colocar a categoria de abaixo tá as deficitárias né E aí gente a partir da entrega dos resultados né dos laudos para as crianças os professores tiveram acesso os pais o que que aconteceu essas crianças que tiveram o rótulo né de superdotadas elas passaram a ser mais admiradas pelo grupo pelos pares né pelas outras crianças passaram a ser tratadas de uma forma privilegiada pelos professores e tratadas com mais admiração carinho respeito aí pelos pais então não é muito curioso e o contrário também né aí as crianças rotuladas aí com desempenho abaixo é sofreram aí dos efeitos desse lugar desprivilegiado né também e assim eu lembro que quando eu encontrei essa pesquisa eu fiquei muito impressionada porque é um pouco dessa bolsa de valores do Capital libidinal que a gente vê circular nas redes hoje por exemplo com os likes né com seguidores eu tive já vários analisandos analisando as Principalmente as meninas é que tem isso como sofrimento sabe a falta de seguidores ou x deixaram de seguir ou planos especiais aí de um grupo especial deixaram de seguir então é como se esse Capital libidinal ele tivesse o tempo todo sendo investido e investido deslocado de acordo com a função fálica que esse sujeito suporta e comporta ou não né então quanto mais fálico E desde criança Hein gente mas esse sujeito tem um poder aí de capitalizar e de aglomerar e de apoderar e se apoderar já poder ao outro né empoderar a poderá empoderar tá então é preciso desnaturalizar os rótulos tá gente eu tô trazendo esse recorte de pesquisa para vocês para a gente pensar juntos aí sobre a importância da desnaturalização dos rótulos poder duvidar um pouco das aparências né Então vamos lá para o Freud né pensando na clínica frediana a gente tem ainda esse olhar para o sintoma de uma forma muito superficial eu até ia pegar uma folhinha mas acabei deixando Mas se a gente pegar uma superfície um papel tá se vocês tiverem aí e recortar um retângulo né Nós temos como fazer aqui um círculo tá E só para ilustrar uma visão aqui topológica né do que seria psiquei para o Freud né então seria aqui também uma forma superficial de olhar para os sintomas tá e o papel do analista seria então produzir um furo nessa superfície para que o que estava lá dentro né o inconsciente saísse tá trazer esse de dentro para fora com Lacan a gente tem que a estrutura Ela não ela não se dá dessa forma tão simples ela estaria estruturada de uma forma moebiana tá onde consciente inconsciente estão ali né dupla face o inconsciente tá a flor da pele inconsciente está na linguagem a banda de moébios Vocês conseguem colocar no Google aí dá um Google encontrar eu ia trazer para o slide a gente não conseguir trazer mas aquele símbolo do infinito sabe então se a gente fizer né ao percurso da banda o dentro e o fora é uma questão só de posição de onde tá né o meu dedo aqui no caso o lápis né seu ter passado tá E ele se dá basicamente assim ao invés de eu juntar as duas pontas desse retângulo eu faço uma torção uma meia torção aqui acho que não vai dar aqui para vocês verem mas ele cria essa forma aqui tá então o dentre o fora tão juntos aqui Então essa inserção do bebê na linguagem vai ser estrutura vai ser estruturante tá vai criar tanto as condições de Anunciação quanto os furos né no Encontro do simbólico com Real a gente tem essa produção então do sujeito né que vai ganhar uma roupagem imaginária também o sujeito então ele vai se estruturar de uma forma inodada o Lacan cria Então essa estrutura cria não né ele se utiliza do Para viabilizar pela topologia a transmissão desse conceito de sujeito né o sujeito ele é fruto desse entrelaçamento então desses três anéis né real simbólica Imaginário onde no centro nós temos ali o objeto a né um furo algo que causa o desejo e que sempre vai estar vazio esse lugar vazio a estrutura ela é marcada por esse furo tá por essa ausência então onde a gente consegue instituir a a significante ao mesmo tempo instituiu não há tá É nesse encontro então a simbólico com o real não há eu não vou entrar numa questão muito técnica que eu acho que tem muita gente aqui que é novato né da psicanálise mas eu vou deixar em aberto caso vocês queiram aprofundar a gente pode voltar aqui tá bom e a linguagem né a linguagem também a gente precisa conceituar como algo que a gente esteja mencionando para que todos possam se apropriar compreender né a linguagem então do estruturalismo para cá né a partir do sussuri ela é tomada como um acontecimento cultural que oferece tanto um campo de possibilidades de representação quanto de incompletudes ela faz atualizar a tradição em cada atualização pode Advir um acontecimento que surge um novo né a estrutura e acontecimento o nome de um livrinho do PC ela tá em constante mutação elaboração desenvolvimento é multifacetada heterogênea plural e polissêmica E aí o sushi cria um esqueminha muito fácil da gente visualizar quando a gente pensar em linguagem que é o seguinte a linguagem ela é composta de língua mais fala a língua ela abrange todo o campo do Social é aqui é o código tá é o código que a gente produz socialmente é o conjunto de Convenções necessárias adotadas pelo corpo social então a língua ela faz a unidade da linguagem e ela é exterior ao indivíduo ela é anterior ao indivíduo cada bebê que nasce vai ter que tomar um banho de linguagem para se apropriar por exemplo da língua materna que é a primeira língua que vai escrever os primeiros significantes no bebê bom e a linguagem a língua Aliás ela é classificada ela é modal ela pode ser escrita ela pode ser o alfabeto dos surdos-mudos que eu acho que até mudou o nome vocês me perdoem ela pode aparecer como ritos simbólicos sinais militares né então a língua ela pode viabilizar por exemplo um discurso sem palavras simplesmente porque naquele campo cultural já se sabe que determinado gesto significa uma série de coisas né então a gente é capaz de reconhecer esse gestos por conta da língua e a fala já é a parte individual da linguagem ela atualiza a língua e ela intrínsecar o sujeito então cada um vai entrar na língua ao seu modo eu não sei vocês né mas é muito comum a gente ver assim como que algumas palavras por exemplo não entram na nossa cabeça né posso falar em primeira pessoa não entra na minha algumas algumas palavras né que utilizava em determinado sentidos foi só quando eu descobri o estado dicionário ou fazer discussão em sala de aula que eu né pude me dar conta de que uma coisa não era uma coisa era outra eu lembro de uma analisando a minha que sempre utilizavam significante fadiga fadiga para tudo um dia eu peguei pedir para ela falar para mim que que é fadiga aí ela fatiga falei tá bom mas fadiga para você né significa o quê que é fadiga E aí ela começou a nomear fadiga relacionado ao monte de coisas menos a cansaço que para mim né no estado de dicionário fadiga tava relacionada a cansaço não para ela era um monte de outras coisas era o desgaste emocional que ela vivia o marido no trabalho fadiga era forma como ela dizia que ela sentia rejeitada né E por aí vai tá então tem algo que não não adianta o social impor a escola querer educar o sujeito não é educável naquilo que ele coloca não né aliás é bem importante isso implica a psique né o Freud falava dos ofícios impossíveis né o governar o educar e o psicanalizar porque porque depende desse outro que aceite que consinta se governado educado e se canalizado né e é uma questão de poder não é de querer porque tem implicações inconscientes então o analista ele precisa considerar aí os sintomas nesse plano simbólico a princípio para poder tratar disso que tá colado né entre conceito e imagem acústica por exemplo que é o que compõe o signo linguístico é o conceito e a imagem acústica por exemplo então signo linguístico ele une não uma coisa e uma palavra mas um conceito e uma imagem acústica essa imagem acústica ela não é o som material coisa puramente física mas a impressão né quando a gente calca por exemplo né o pé na areia na praia que que acontece é uma impressão a gente imprime uma marca ali né então esse som ele é uma impressão psíquica desse som a representação dele que nos dá testemunho de nosso sentidos tal imagem e sensorial e se chegamos a chamá-la material é somente nesse sentido e por oposição ao outro termo da associação que é o conceito né geralmente mais abstrato tá então quando eu penso o conceito eu penso ele por exemplo na bicicleta a imagem que a gente utiliza do curso de linguística Geral do sushi Mas vocês podem imaginar qualquer objeto né Aí tem a bicicleta e o significado só nomeia esse conceito aqui no Brasil na língua portuguesa né Se vocês forem viajar para fora do Brasil né para países que falam outras línguas o significado serão outros mas o conceito será o mesmo Mas é o mesmo que para cada um é de um jeito né de novo se eu pedir para vocês imaginarem uma bicicleta fechem os olhos e Imaginem uma bicicleta que bicicleta que aparece aí para vocês no campo Imaginário para cada um vai ser um né um vai imaginar bicicleta de corrida aquela curva outro vai imaginar com guidão retangular o outro guidão Redondo bicicleta vermelha bicicleta Branca a bicicleta de roda larga Enfim então ainda que a gente Concorde no conceito para cada um vai ser imaginado de um jeito e essa imagem acústica vai ser produzida de uma forma aleatória conforme a cultura que nós estamos inseridos tá então o símbolo não é arbitrário ele tá lá né o conceito mas o signo é o signo ele é arbitrário porque não tem nada que faça colar essa imagem acústica ao conceito tá tem uma barra e essa barra que divide o signo é a barra que divide o sujeito o sujeito que a gente estava falando lá no começo dessa aula então nosso jeito ele é dividido porque ele entra na linguagem marcado por esses signos que são divididos e o significante ele tem também um caráter linear né o significantes acústicos Eles dispõem apenas da Linha do Tempo seus elementos se apresentam um após o outro e formam uma cadeia infelizmente eu não vou ter tempo de aprofundar isso mas isso tem íntima relação com a Teoria freudiana com os primeiros textos freudianos quando ele vai formular sobre o aparelho de linguagem e depois quando a gente vai constituir o aparelho psíquico né ele vai falar como que uma ideia se associa a outra ideia então para psicanalista é recorrente a gente ouvir por exemplo a pessoa tá falando alguma coisa e ela disse que de repente passa outra coisa na cabeça que não tinha nada a ver né E aí você vai trabalhando isso que emergiu ali no meio do caminho na associação livre e a criança também faz isso brincando né o material lúdico e você vê que não é um de repente não é um aleatório não é um do nada é essa Associação significante né um significante que representa o sujeito para outros significante então isso vai produzindo uma cadeia significante que nós escutamos então cada bebê nossa hora tá voando vou me adiantar aqui com vocês cada bebê que nasce ele precisa cumprir aí a um papel ativo de apropriação dessa cultura Ele nasce sem uma psiquê ele vai ter que constituir essa psique numa primeira operação que a gente chama de alienação que é essa operação de inscrição da língua materna né então alguém que faça essa função materna vai alienar o bebê vai alienar como nomeando para o bebê primeiro esse bebê vai receber o nome né já começa pelo nome próprio aí ele vai estar inscrito numa linhagem familiar com seu sobrenome e particularizado com o nome próprio essa mãe ou quem faça a função né o pai quem faça a função vai conversar com o bebê vai falar sobre o bebê com outros vai nomear as partes do corpo desse bebê o que tá fazendo com esse bebê é um processo de humanização isso deveria também acontecer aí em todos os locais onde a criança frequenta né então uma criança que está internada numa UTI por exemplo ela deveria ter um cuidado assim dos enfermeiros enfermeiras né de recebê-la de nomear o que vai fazer falar dos procedimentos ainda que esse bebê tenha dias de vida não tem ainda o recurso simbólico de compreender e significar Mas ele já está sendo ali tratado como um sujeito né então esse ser humano biopsicossocial ele vem também com uma bagagem própria que vai ter uma permeabilidade maior ou menor a esse outro que está introduzindo nesse tesouro significante as respostas são sempre singulares para psicanálise é sempre do sujeito que se trata é o sujeito que o último Instância vai determinar e escolher o que entra para ele e o que não entra o que vai ficar de fora essas respostas são singulares e dependem desse posicionamento desde o início da vida Então essas primeiras inscrições de linguagem que vão acontecer durante todos os cuidados com o bebê elas vão ter efeitos né tanto no corpo da criança a parte biológica né o seu sono sua alimentação sua capacidade interagir brincar logo nos primeiros meses quanto na sua constituição psíquica né sua capacidade de estruturação psíquica e o que ela vai levar disso depois para o social e a segunda operação né então primeiro a gente tem alienação a segunda operação é a de separação é na separação que a gente tem inscrição das faltas da Barra da castração a transmissão da falta do grandioso que está cuidando da criança Então essa estruturação psíquica que é singular ela tem um eixo constituído do encontro do bebê com desejo desse outro né que vai alienar esse outro ele vai chamar o bebê a vida e esse bebê por sua vez tem que ser ativo ele tem que estar participando ativamente desse processo para ele poder lutar contra a pulsão de morte que está presente desde o início da vida também para psicanálise né Então esse encontro vai produzir inscrições nomeações mas também desencontros né Quantas vezes a mãe vai lá oferecer uma coisa para o bebê e na verdade ele tava sentindo outra coisa né um choro que era de angústia a mãe interpreta como choro de fome vai lá e dá o peito da mamadeira E aí essa série de desencontros vai acontecendo né A água tá muito quente tá muito fria né do banho Então essa entrada na linguagem o Lacan vai dizer que é o grande trauma do ser humano né traumatiza mas é um tempo necessário né onde a gente vai construir Então essa estrutura e nesse tempo de estruturação que vai emergir o sujeito tá entre significantes o Lacan tem um texto maravilhoso né para quem tá chegando o estádio do espelho como fundador do eu e tá nos escritos tá nos escritos é considerado aí o livrinho né Bíblia do estruturalismo também todo mundo Lia isso na França nos anos 60 é um dos textos aqui não vou adentrar em pormenores né mas é importante então é dizer né que é em função desses amores e de pianos né todo complexo de ético vai se estruturar a partir desse primeiro momento né de alienação e separação então é em função dos amores que se constituem para todos a estrutura psíquica ou Como assim na lava Freud a escolha da sua própria neurose psicose ou perversão as três estruturas a estrutura psíquica constitui uma organização definitiva a estrutura é Irreversível Então essa marca da Constituição ela é muito importante daí a gente cuidar com toda a preocupação e carinho das nossas crianças para que elas tenham ambiência saudável aí simbolicamente ricas né Para que elas possam fazer uma estruturação psíquica Bom vamos lá acho que eu vou caminhando aqui para o final tá depois eu volto onde vocês desejarem com questões então infantil né que tá faltando aqui responder para vocês a criança a gente respondeu né esse eixo de desenvolvimento sujeito é isso que vai emergir entre significantes né cenodulação de simbólico real e Imaginário e o infantil é um resto dessa operação toda né Pera aí que eu já volto aqui o infantil freudiano é o quê o sorrir vai definir a seguinte forma são os traços do gozo do outro o que há de gozo inelinável que o sujeito deve ao fato se não de falar pelo menos de consentir no significante são esses traços que Freud designará com o termo fixação de traços de gozo de além do princípio do prazer de repetição o infantil tem a ver com repetição é ao mesmo tempo a matriz das relações do sujeito com o grande outro Matriz colorida por esses rastros então a criança ela tá lhe se constituindo e conhecendo o que ela vai eleger como preferências dela nos modos de uso e essas a preferências né Muito precoces e descobertas muito precoces aí na vida do bebê e da criança vão deixar esse Rastro que a gente vai chamar então de infantil são essas fixações nas fases sexuais vai nomear fase oral fase oral a genital ela tem Sia então nós temos rastos infantil que são traços aí desses modos de gozo descobertos na primeira infância então no caso por exemplo da histeria essa marca do infantil vai aparecer no modo de uma insatisfação generalizada por exemplo né é o desejo sempre insatisfeito sempre satisfeito o neurótico obsessivo ele já vai cultivar o excesso de Sofrimento para interdizer a realização do desejo né então o desejo como impossível E no caso da perversão a eleição de um objeto fetiche por exemplo né um modo de gosto mortífero que tampona o desejo que leva a uma repetição se a gente for ler aí batalha né O cântico em último Instância leva a morte né bom turma né pessoal vou encaminhando aqui para o fechamento vou só dizer aqui que em termos clínicos O importante para psicanálise né para psicanalista que trabalha com crianças e adolescentes é a gente tá atentos ao sujeito né o psicanalista Ele atende a criança ele recebe a criança mas ele escuta ele aponta para o sujeito e o sujeito Então ele pode ser lido em tempos que tempo são esses aqui eu trago o esquema que abafresler fez que é muito bacana com orientação lacaniana né onde a gente saiu o seminário 4 seminário 5 do Lacan onde ele vai falar do complexo de Édipo né os três tempos do Édipo realmente o sujeito ele vai ter passado essas seis fases aí durante um tratamento com criança a gente não fala em psicanálise infantil em gente por favor de vez em quando eu escuto isso por aí até levanta o cabelo que é psicanálise não é infantil ela trata o infantil né mas é psicanálise com crianças a mesma coisa estrutura psicótica né a criança não tá definida em sua estrutura ela tá se constituindo então não se fala em psicose infantil mas Psicose na infância tá então nós temos esses seis tempos aqui né o primeiro tempo onde tem a constituição predomina do Imaginário Onde o bebê ocupa o lugar né faleco ali para mãe para quem cuida né Então a primeira questão aí no tempo lógico seria ser ou não ser o falo por essa mãe né que que eu preciso fazer para continuar nessa simbiose da alienação né ser o Paulo aquilo que completa a mamãe papai quem cuida de mim então no segundo tempo nós temos o primeiro despertar sexual ou instante do olhar para o Lacan onde tem uma predominância aí do registro real né então quando a criança Separa né separa e vem aquele estranhamento por exemplo do bebê com outras pessoas né começa a estranhar o lugar os lugares os primeiros estranhamentos tá o terceiro tempo ser ou ter o falo que a criança passa a se interrogar e perceber e imaginariamente também que esse falo circula ele pode não ser mas ele pode ter esse falo aí nós temos um quarto tempo que é o de latência para o Freud que é o tempo de compreender para o Lacan onde a gente vê na criança uma expansão do simbólico formidável né alfabetização a inserção no universo das regras jogos matemáticos jogos esportivos né uma época excelente aí para criança adentrar com tudo na Cultura né aí depois vem o início do drama para o beiral né puberdade que para o Freud nomeado é como segundo despertar sexual e aí vem também de novo predomínio do registro real onde a gente vê inúmeras crises aí dessa passagem né do público e adolescência muitas vezes rejeitando o próprio corpo as questões das sexualidade hoje né Tem Aparecido muito aí nos consultórios e vem com esse segundo despertar e aí o final de tratamento né pensando aí na direção do tratamento quando esse sujeito né teve trabalhado esses seis tempos chegamos nesse último que é o momento de concluir para o Lacan que é o precipitado fantasias que é quando a gente tem então entrelaçamento né não tem mais o predomínio de um registro mas um entrelaçamento dos três registros real simbólico e imaginário tá então aí a gente finaliza uma análise né de criança ou de adolescente tá com esse essa orientação aí na escuta do sujeito né Aí quando o sujeito faz essa integração Geralmente os sintomas né já são outros se aplacar ou se modificaram a criança manifesta aí né De novo Às vezes a alegria de viver mas adaptada socialmente enfim né vem uma série de ganhos que essa criança se beneficia bom então vamos ficando por aqui vou fechando para abrir aí para questões para comentários né Caso vocês queiram trabalhar mais algum ponto que eu não tenha adentrado tanto tenha sido muito superficial né visando então a sublimação da criança né Não sei se ficou Claro para vocês o tratamento vai propiciar uma escuta Em que essa criança possa sublimar um pouco dessa dor de existir e ser né Karina porque pessoal a criança também sofre né é interessante todo esse Resgate histórico também né que você fez né da Criança é de como que o sofrimento da criança não era considerado né criança ela sofre e é o que a gente escuta até hoje né ah mas que que você tá sofrendo você não tem nada para sofrer na vida né [Música] ou aquela uma frase que muitos adultos ainda falam para as crianças se ainda nem tem problema na vida de verdade Tu não tem responsabilidades né exatamente Então como que a criança Sim ela sofre Sim ela tem questões importantíssimas que ela precisa ser escutada e na aula que vocês tiveram né E que aula né gente pena que você viu que tinha mais vocês viram que tinha mais coisa né me desculpa não dá para trazer tudo né Karina Mas aí você pode fazer um curso e daí você pode trabalhar tudo né pessoal o que que vocês acham porque assim ficou na linguagem importante né muito importante porque ficou bem claro por que que o nome da especialização igual vocês quem chegou depois né eu falei no comecinho da Live sobre especialização entre os canais com crianças e adolescentes que vocês estão conhecendo a coordenadora de São Paulo então pensem bem se a coordenadora já dá uma aula dessa imagina quem ela convidou né para fazer parte do corpo docente do curso né muita gente boa muito conteúdo bom Nossa E aí pessoal vocês puderam entender porque que chama psicanálise com crianças essa distinção fantástica que vocês tiveram na aula de hoje do que a criança do que é o sujeito quando você já escutarem várias lives aqui né que fica mais trabalha com sujeito com significante o que quer dizer isso né então por que que a gente trabalha com o sujeito inde em mente de ser um corpinho de bebezinho ser um corpo já de um adulto de um idoso apontamos para o sujeito Então hoje vocês puderem entender de que do que sujeito a gente está falando e que é diferente do infantil então por isso que a gente não fala que psicanálise infantil né então é uma psicanálise que tem um embasamento froid froid Lacan né Não vai falar da psicanálise infantil né então isso ficou muito bem claro na aula de hoje e vocês puderem entender então porque essa diferenciação e com que é que o psicanalista trabalha bom então vamos abrir para perguntas Vamos lá ver que o Fer vai colocar aqui para gente na tela da Camila Catarina professora Ana você acha que nesses casos contemporâneos que temos com os da tecnologia super estimada será possível que teremos uma nova rotulagem de demência para adolescentes Olha Camila Obrigada pela questão difícil responder né mas assim sem dúvidas o uso da tecnologia de uma forma hiperva valorizada nós vemos que há mesmo uma substituição desses encontros reais né Não só entra familiares Mas interpessoais pensando na cultura e onde há prejuízos né Eu não sei o que que você tá querendo trazer aqui com conceito de demência se é no sentido da sede mesmo mas nós temos já vários problemas por exemplo de inibição né em adolescentes é um sintoma muito comum a fobia social é que eu acho que também apareceu muito fortemente após a pandemia é crianças e adolescentes com dificuldade de readaptar a escola readaptar com os grupos sociais né eu passei um bom tempo aí com alguns analisando fazendo um trabalho de ressocialização né poder tirar a máscara vejam até a questão da máscara virou uma questão que a máscara ela tampa o rosto né então você perde acesso visual a uma parte da expressão facial do outro na comunicação né e estar em contato com outro tão próximo a mente parecia uma ameaça para alguns adolescentes né Não Foram poucos hein na minha clínica Não Foram poucos crianças também mas principalmente os adolescentes então aí eu acho que há um prejuízo sem dúvidas a gente vai ter novas categorias nascidos futuras aí também advindas da pandemia né que que você acha Karina e eu acho muito importante a gente sempre considerar né é lembrar desse detalhe da pandemia né mas a gente tem isso na nossa história né e a psicanálise sempre vai olhar porque tá acontecendo historicamente porque isso não é um acontecimento e outros acontecimentos também que não são sem efeito né então nas crianças nos adolescentes a gente pensar na pandemia e do ponto de vista de que sintomas que poderão surgir da Lídia que em forma de subjetivação também muita gente não pode esquecer de fazer essa análise então um exemplo é também apareceu para mim vários adolescentes também com fobia social Então se isso é tá um sintoma bem importante aí no se a gente pode dizer no pós pandemia e também a gente analisar Olha só transtornos de aprendizagem que estão sendo colocados nas crianças eu digo que estão sendo colocados porque porque numa avaliação feita estão os profissionais muitos estão se esquecendo que aprendizagem da criança tava online e assim e de várias maneiras umas de uma maneira mais sistemático outras menos umas com acesso à tecnologia né A internet outras não mas muitas crianças que estavam no processo de alfabetização tiveram essa defasagem e por exemplo estão sendo diagnosticadas com dislexia que se a gente for pensar é uma dislexia ou a gente tem ali dificuldades Claro de um processo de alfabetização feito online né então a gente tem que estar atento a isso né Essa questão do aumento da tecnologia para as crianças e é bem interessante porque a gente fala você falou na aula né de Constituição do sujeito né e o quanto que a gente tem que tomar cuidado com as telas teve algum comentário no início da sua aula sobre isso que é que colocaram né o quanto que as telas o excesso das Telas é a gente tem que olhar com bastante cuidado porque porque se o sujeito se constitui Olha lá agora vocês sabem o que que é o sujeito né se o sujeito ele se constitui um laço com o outro vocês viram quando a Ana e falou para vocês né aquele que vai fazer o banho de linguagem esse outro não pode ser dela porque se eu deixo uma criança muito tempo na frente dessa tela esse outro não pergunta esse outro não responde esse outro não interage então a gente fica olhando ali né a criança Ai que legal já tá assistindo lá é uma série de desenhos Nossa mas tá repetindo já as palavras eu vou dar um exemplo um desenhinho da Galinha Pintadinha que tá ali mostrando o número um número dois então a criança vai falar um dois que legal ela tá repetindo Tá mas ela sabe o que é um ela sabe o que é o dois ela sabe o que é o três ou seja aquele outro entre aspas que tá ali na tela ele não tem uma capacidade de subjetivação de Constituição do sujeito Então a gente tem que tomar muito cuidado com esse excesso de telas nessa primeira infância por conta disso e também dos efeitos também deletérios que a gente vai ter ali na socialização nas relações sociais da infância né não da primeira infância adolescência é isso bom falei demais vocês estão vendo né que se deixar também fala então bom né próxima pergunta exagerei viu gente agora que eu tô me dando conta realmente falei demais e tipo a pessoa adorou aqui a gente chegou a marca de 360 participantes só é professora Podemos dizer que a angústia na criança é angústia do cuidador Olha que questão interessante Isabelle Obrigada pela questão bom vou dizer sim ou não Tá bom vamos lá é angústia da Criança é da criança né do cuidador é do cuidador Então se a gente tem aí como premissa que o eu e o outro estão separados Não não é a mesma angústia agora ah uma inscrição a transmissão a possibilidade né de uma doação desse conteúdo afetivo seja ele qual for angústia outros afetos e a criança né receber isso ativamente sim né aí penso que sim então a gente pode pensar por exemplo em casos eu já recebi né a criança muito inibida muito cheia de vergonhas etc e isso tinha muito a ver com a questão da depressão da mãe uma mãe que tinha uma depressão muito grave tudo mas enfim eu não vou ter tempo de de adentrar nos casos aqui com vocês né Mas é bom que fica um gostinho de quero mais gente porque eu até tô passando um olho aqui nas outras questões nós trabalhamos na pós em todos os módulos tocando esses pontos todos né a criança como sintoma dos pais a criança como objeto de gozo a questão da medicalização né acho que uma das principais propostas aí quando a gente pensa na criança como um sujeito né que ela tem um sujeito é também poder participar dessa avaliação da questão da medicação ela pode ser muito importante mas a questão da medicalização também pode ser banalizada então nós temos uma responsabilidade muito grande aí né tanto em fazer o diagnóstico diferencial quanto na condução dos tratamentos de forma separar o que é o do eu e do outro né Essa é uma é premissa né Karina a criança nesse sentido ela é muito violentada né Por esse outro que anuia que a rotula que cuida dela né E que emana para ela tudo isso né desejo ou ausência do desejo angústia violência afetos agressivos sexualizados tudo isso elas são receptáculos de tudo isso algumas mais permeáveis outras menos podemos fechar bom pessoal então assim não dá para a gente né responder todas as perguntas mas a gente está disposição né então tanto eu contar Ane vocês podem entrar em contato tem Instagram da Anne Anne parte vocês vão encontrar né a gente está à disposição e foi muito bom tê-los aqui conosco pessoal muito obrigada pela presença de todos Obrigada Anne por estar aqui também pela aquela maravilhosa que bom muito obrigada Karina espírito pessoal que teve presente com a gente agora até o final muito obrigada pela presença desculpa o excesso de par ler né fala demais mas a gente continua né que vem outras lives mais aulas sejam todos muito bem-vindos aqui conosco Tá bom boa noite para todos pessoal até a próxima tchau

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