Aula 7 – 10/04 O AEE PARA ESTUDANTES PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

By | 08/05/2025



Hoje continuaremos a Unidade II – Especificidades dos Estudantes e os Modelos Médico e Social da Deficiência, ministrado pela …

Aula 7 – 10/04 O AEE PARA ESTUDANTES PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL/a>

[Música] [Música] [Música] Boa noite a todos e todas cursistas. Sejam mais bem, sejam muito bem-vindos a mais uma aula. Eh, essa é a nossa segunda aula com a professora Vanessa Helena da Ladeia, a terceira deste segundo módulo, dessa segunda unidade. E espero que vocês aproveitem bastante. E eu queria aproveitar a abertura para dar um recadinho a respeito da frequência. Eh, eu gostaria de pedir a vocês que tivessem eh um cuidado especial no momento do registro de vocês em relação eh a assento no nome de vocês em relação à escrita, faltando uma letrinha aqui, faltando uma letrinha ali, porque quando a gente vai fazer a conferência, a gente tem um número muito grande de cristas inscritos. E aí uma letra, um ponto, uma vírgula que vocês colocam lá mais no momento do registro, eh, a gente não consegue localizar com facilidade o nome de vocês na lista. E aí é é um trabalho eh enorme que a gente tem, demanda um tempo muito grande e não precisa ficar preocupados, não precisam se preocupar porque a gente sempre vai colocar a lista de frequência lá mais no final do curso, tá? No segundo momento, quando a professora começar a responder as perguntas. Então podem aproveitar bastante a aula sem a preocupação com a lista de frequência porque ela vai passar, tá bom? Boa aula, bons estudos. Seja muito bem-vinda mais uma vez, professora Vanessa. Conjunto habitacional. Mulher circula em cadeira motorizada por caminho acessível entre duas vagas reservadas. Meu nome é Juliana Oliveira e a minha deficiente Olá, agora sim. Boa noite, gente. Então, eu sou Vanessa da Ladeia. Mais uma vez vou fazer minha audiodescrição. Para quem não me acompanhou da outra vez, sou uma mulher branca, de cabelos encaracolados na altura do ombro. Hoje uso um óculos eh preto, uso uma uma camisa azul, um colar, coloquei anéis para ficar chique, né, Ana, para vocês. E hoje quem veio falar oi para vocês agora no começo da da noite é Ana Beatriz, né? Do quem é você, menina? Oi, eu sou Beatriz, é, tenho 21 anos, sou branca, nos olhos azuis, cabelos loucos, pontas azuis e o meu sinal é que a aperta o olho. Muito bem. Eu sou uma cantora dançarina do grupo do Diverso e da Quer. Hum. Quer falar um pouquinho pro pessoal as coisas que você gosta de fazer? que eu gosto muito de fazer cantar, fazer dancinhas. Hum. Que mais? E também pode conversar aí também fazer com as piadas. Fazer piadas. Ah, tipo da prova. Como que é aquela da prova? As minhas piacinhas vem na minha carap. Ah, tá certo. E que mais? Que que você gosta de fazer assim no final de semana? De comer? De comer. É, eu gosto muito com muita sushi que eu gosto e também eu aí também gosto quanto uma gastada na tinha. Ah, dá uma gastada do meu dinheiro, gente. Isso ela gosta. E o pior que vocês não sabem que agora ela sabe o número do quê? Da do cartão. Da senha do meu cartão. Agora eu tô perdida. Agora que vai gastar meu dinheiro, né, filha? E que mais você gosta? Quer falar? Tem um monte de coisas. Ah, um monte de coisas. quer falar alguma coisa que você tá assim procurando agora? Brun fãs, você já teve namorado? Já teve, já terminei. Terminou? Por que que você terminou com o namorado? Porque não foi ser príncipe nem cavaleiro. Não foi príncipe nem cavaleiro, viu gente, né? Mulher empoderada, né, filha? Homem tem que ser príncipe e cavalheiro, senão não dá. Obrigada, Ana. Adorei que você veio aqui hoje, né? Ontem nós dançamos, gente. A gente tem um espetáculo que eu já contei para vocês, para quem estava aqui com a gente que se chama Protam Todas as flores. Isso. Que que o espetáculo fala? É sobre sobre é sobre a história da Ana. Então a gente conta desde da barriga, desde o namoro. Ela apresenta o pai que vocês conheceram na aula passada. Tem que ser que é fácil difícil. Ah, tá certo. E na gestação, então a gente fala como que foi a descoberta da síndrome de Down, como as pessoas reagiram, né, Ana, os preconceitos que a gente teve durante a nossa vida. E aí a gente traz nesse espetáculo a voz de algumas mulheres, mães, eh, que são eh participantes da Associação Síndrome de Down de Goiás, onde elas falam eh frases que elas escutam na sociedade sobre os filhos delas, né? Frases relacionadas à patologização da deficiência, né, Ana, a infantilização, né? Você lembra alguma das frases que fala? Hum? Essa menina não pode. Como que é? Não pode casar. Eu quero. Você quer casar, né, filha? Essa menina não pode casar não, né? uma das mães diz lá no nosso espetáculo. E aí a gente vai trazendo a história da Ana, das estimulações, como que foi da eh da corrida da mãe, né, nesse momento de estimulações, da do desenvolvimento da escola, né, Ana? Tem uma parte da escola eh que não foi muito legal. Como que era a escola que não foi muito legal? Que que acontece lá? Eh, tinha professores que não me ajuda e as colegas também eh me rindo paciência. Fiquei em paz a carteira. Elas riram de eles, os colegas riam de você, né? Uhum. E aí ela ficava embaixo da carteira. Eu e o Vicente, a gente ia buscar a Ana e a Ana, que era uma criança alegre, de repente a gente chegava na escola, ela tava embaixo da carteira, escondida, encolhida, sofrendo, né? E aí a gente tirou ela da escola e levamos para outra escola, né, Ana? E a outra escola como era? Outra escola era boa. Eu continuei em parte da carteira. Ah, professoras, as minhas colegas foi junto comigo. Fiquei muito feliz e tô continuando estudar lá na escola boa. Isso. E agora você estuda onde? Agora tô estudando e também Unicamp. Isso. Então, ela estuda. Eh, a escola boa que ela falou foi o que aconteceu no primeiro dia, quando a gente chegou no primeiro dia da outra escola, a professora, né, isso não aprendia em curso nenhum, a professora viu a que a Ana se enfiou embaixo da carteira com medo, ela foi para debaixo da carteira também, a professora e chamou todos os amigos para debaixo da carteira. Isso pra Ana foi engraçado, né? Aí ela saiu, nunca mais entrou embaixo da carteira. se relacionou bem com os amigos, né? Então isso é muito legal pra gente pensar, né? Não tem livro que ensina, se o seu aluno for para debaixo da carteira, você vai para debaixo da carteira junto, não tem. Isso é sensibilidade, isso é carinho, né? Isso é é acolhimento, né? Então isso é da pessoa, é do professor que entendeu a Ana como uma aluna que precisava ali de uma atenção, né? Não por conta da síndrome de Down, mas por conta da vivência que ela teve. E hoje a Ana Beatriz faz algumas disciplinas na Universidade Federal de Goiás como aluna ouvinte, né, Ana, no curso de dança e faz eh na Fundação Síndrome de Dal, como eu falei para vocês, agora eu tô num pós-doutorado na Unicamp e a Ana veio junto, então a gente tá frequentando e eu tô fazendo minha pesquisa de pósdoutorado na Fundação Síndrome de DA em Campinas, São Paulo. E ela também estuda onde? Unicamp. Foi difícil entrar na Unicamp? Fácil. Para ela foi fácil entrar e ela já entrou direto no pós-doutorado, né, gente? Isso é chique, né, Ana? Então, manda um beijinho aqui pra gente poder assistir as aulas. Beijinhos. Obrigada, viu, Ana, pela pela participação, né? Eu fiz de propósito a Ana tá aqui com vocês nesse primeiro momento. Por quê? Porque nesse módulo, né, a gente fala das especificidades das pessoas com deficiência. É, é papel desse módulo, né? falar do modelo social, do modelo médico e das especificidades. E aí a gente e vocês ouvindo a Ana Beatriz, na maioria das vezes quando ela se apresenta, ela fala: "Eu tenho síndrome de Down". E hoje ela não falou, ela falou um monte de outras características que ela tem que que para além da síndrome de D. Isso é legal pra gente refletir, né? Que as pessoas com deficiência elas são muito mais do que as suas deficiências. A deficiência, ela é uma das características das pessoas com deficiência, né? E aí vocês viram que a Ana tem várias. E pra gente pensar um pouquinho nessas outras possibilidades, outras características e também das especificidades ligada à deficiência, na no caso da Ana, a síndrome de DA, a deficiência intelectual, eu vou pedir pra Suzi pra gente começar essa aula com um vídeo. É um vídeo que não é muito novo, ele tem 5 minutinhos, mas ele traz muito bem algumas especificidades de pessoas com diferentes deficiências em diferentes espaços. Então, podemos colocar, Suzi, por favor. Conjunto habitacional. Mulher circula em cadeira motorizada por caminho acessível entre duas vagas reservadas. Meu nome é Juliana Oliveira e a minha deficiência não me impede de ser apresentadora. Você já imaginou como a adequação de espaços para pessoas como eu pode ajudar muitos brasileiros a também ir mais longe e fazer coisas simples do dia a dia? Pátio escolar, rapaz cego, entre outros alunos. Sala de aula a acento. Acorda o rapaz utiliza a máquina de datilografia BR. Eu sou Gabrielzinho e ser cego não me impede de estudar e ser compositor. Você já pensou que com mais escolas acessíveis e melhor estruturadas, muitos jovens, assim como poderiam também desenvolver suas vocações? Mulher com síndrome de Down entra em um estúdio de TV, acena para um câmera e sai por outra porta. Meu nome é Fernanda Honorato. A minha deficiência não me impede de ser repórter. Vocês já pensam que sem preconceito e e mais pessoas como eu teriam oportunidade de mostrar a cara dele no mercado de trabalho? Camarim de mulher sendo maquiada e penteada por outra mulher. A seguir, voz de intérprete. Eu sou a Vanessa Vidal. Este é o meu sinal. Sou surda e isso não me impede de ser modelo. Você já pensou que ter uma convivência social sem barreiras pode fazer com que muitos brasileiros, como tenham mais oportunidades? Vanessa segue [Música] sinalizando. Nos últimos anos, o Brasil diminuiu as desigualdades e tornou-se o país mais justo. Mais de 67 milhões de brasileiros ascenderam socialmente e hoje conseguem realizar sonhos com carteira assinada, diploma técnico ou universitário e casa própria. Vanessa no estúdio sendo fotografada. A seguir voz de intérprete. Mas para o Brasil ser realmente um país mais justo para todos, uma quantidade significativa de brasileiros também deve ter seus direitos assegurados. Vanessa segue sinalizando. A seguir, Fernanda em uma redação de TV. Somos mais de 390 milhões de pessoas no Brasil e 45 milhões de brasileiros e brasileiras. que que são pessoas com deficiência como eu. O interessante é que não é a deficiência que nos impede de exercer nossa cidadania e sim a dificuldade que a sociedade tem de eliminar barreiras e garantir o pleno exercício dos direitos. Juliana passa em uma calçada, aparece escrito autonomia na parede. Gabriel lê autonomia em BR. Fernanda lê autonomia no monitor. Vanessa traz escrito autonomia na camiseta. A seguir, voz de intérprete. Você já percebeu que a palavra chave aqui é autonomia? Este é o sinal de autonomia. Todos nós, pessoas com ou sem deficiência, precisamos dela para viver plenamente. Isso é uma necessidade comum. Vanessa segue sinalizando. [Música] Hoje não é a limitação individual que determina a deficiência, mas sim as barreiras que ainda existem ao nosso redor, no transporte, nos espaços, na informação, na comunicação, nos serviços e na convivência social. Em espaços acessíveis como este, é possível exercer melhor a nossa cidadania. Juliana aponta para o chão e entra em uma casa onde está um casal com dois filhos. A menina é cadeirante. Oi, tudo bem? Gabriel, Juliano e Fernanda, cada um seguram um cartaz com uma sílaba da palavra inclusão. Vanessa faz o sinal. Toda criança e jovem com deficiência tem que frequentar a escola. Mas não é só isso. A seguir, voz de intérprete. Todas as pessoas necessitam de atenção à sua saúde, seja para prevenir ou reabilitar deficiências. Vanessa segue [Música] sinalizando. As pessoas com deficiência em direito, como todo mundo, à oportunidade. Os espaços acessíveis são importantes para a convivência de todos. Gabriel utiliza de computador DOSVox e A novas tecnologias. Hoje, as novas tecnologias ajudam as pessoas com deficiência a superar muitas barreiras, mas para diminuí-las de fato, também é preciso que a sociedade e os governos façam sua parte. Para isso, um passo importante é o planejamento de políticas públicas integradas que possibilitem a efetiva participação da pessoa com deficiência no desenvolvimento do país. Isso inclui a mim, que sou uma pessoa com deficiência física. A mim que sou uma pessoa com deficiência visual. A mim que sou uma pessoa com deficiência intelectual. A seguir, voz de intérprete. A mim que sou uma pessoa surda, e a todos os brasileiros que contarão com o país mais preparado para atender as suas necessidades. Vanessa segue sinalizando. [Música] Um país que garante direitos, que é acessível, que leva mais. Educação, saúde para toda a população. É esse o Brasil que devemos construir. Valeu, Gabrielzinho. Encerramos por aqui. Tá ótimo. Então, para finalizar, eu vou cantar uma música de minha autoria. A minha calma vem da doçura da alma. Traz uma paz infinita. Amor, logo onde se lê Viver sem limite, Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em seguida, outro logo onde se lê: Governo Federal, Brasil, país rico é país sem pobreza. Muito bom. Eu gosto muito desse vídeo porque ele traz várias pessoas, né, com com suas necessidades, mas com suas características, né, características de de serem repórteres, de serem modelos, de serem cantores, né, eh, independente da sua deficiência. Mas para atingir esse essa condição, né, essa oportunidade de tá no campo de trabalho, de prosseguir na questão da do ensino, do estudo, as pessoas necessitam de acessibilidade. Então, nesse vídeo, dá paraa gente ver diferentes tipos de acessibilidade, né, eh, incluindo as tecnologias, né? E uma questão que eu queria chamar atenção para vocês é a questão da autonomia. Eh, daqui a pouquinho a gente vai falar um pouquinho sobre o texto da Isabel Maior, que eu apresentei para vocês na primeira aula, que tá no class de vocês, né? as meninas colocaram lá para vocês e eh ela fala, né, do direito da pessoa com deficiência, que se inicia eh eh há tempos atrás sendo uma luta das famílias, das instituições, né, que defendiam e ainda defendem a pessoa com deficiência. Só que hoje as pessoas com deficiência elas estão no protagonismo. Muitas das legislações, dos direitos conquistados foram conquistados pelas próprias pessoas com deficiência ou pelo menos com a participação dessas pessoas, né? E isso é importante. Para isso precisa de autonomia, para isso precisa de tecnologia assistiva, precisa de educação, de conhecimento, né, de oportunidades. E outra questão que eu queria chamar a atenção do vídeo ainda é que a Vanessa ela faz um sinal de inclusão, que naquela época do vídeo o sinal de inclusão era as duas mãos, né, abertas e coloca uma mão sobre a outra. né? Esse era o sinal de inclusão. Hoje o sinal de inclusão modificou como vários sinais que da Libras, que é uma língua, né? Não é uma linguagem, é uma língua que se modificam conforme vai modificando a luta das pessoas, conforme vai se modificando os conceitos. Então hoje o sinal de inclusão é mãos abertas, virada para cima. Eu viro as mãos para baixo, uma ao lado da outra. Por quê? Porque as pessoas com deficiência não querem estar nem acima, nem abaixo de ninguém. Os direitos das pessoas com deficiência não devem estar nem acima com uma prioridade, nem abaixo, né? como eh um subdireito, eles têm que estar lado a lado, os mesmos direitos, as mesmas oportunidades. E da mesma forma nas nossas aulas, a gente tem que pensar em ações de acessibilidade, de inclusão, como, por exemplo, se enfiar embaixo da carteira junto com os nossos alunos, para que os nossos alunos tenham o mesmo direito do colega, né? não é eh eh a mais ou a menos, não é super proteção, né? É direito. Então é a mesma o mesmo conhecimento para que eles tenham o mesmo conteúdo, né? Da mesma forma. O quanto ele vai absorver ou não, eh, depende das condições dele, né? Do máximo desenvolvimento possível. A Lei Brasileira de Inclusão fala disso, que o nosso aluno ele tem direito a atingir o máximo desenvolvimento possível. A gente só vai, ele só vai conseguir atingir o máximo desenvolvimento possível se o mesmo conteúdo for dado para todos os alunos. É ele que define, né? Eh, houve época em que a Ana ia paraa sala de aula. Enquanto os amigos estavam tendo conteúdo na sala, ela ia para um outro espaço para fazer desenhinho, fazer massinha, né? E não é por aí. Vocês ouviram a Ana falar e muitos dos conteúdos que ela aprendeu na escola, graças a professores maravilhosos, como esse primeiro que essa primeira queele que ela teve, ela aprendeu muita coisa e muitos desses conteúdos da escola ela usa hoje na vida dela como bailarina, como profissional, né? Eh, nas redes sociais, então, fazendo as coisas que ela gosta, nos estudos que ela continua, né? Eu vou pedir paraa Suzi colocar pra gente a apresentação. Então, hoje é a nossa terceira aula, né, do segundo módulo. A primeira eu estive com vocês aqui fazendo uma introdução. Pode passar, Suzi. E aí a gente tem todos esses conteúdos, né, que que pra gente trabalhar é nesse módulo. São muitos conteúdos, né? É muita coisa pra gente falar, mas a gente tenta atender da melhor forma possível. Pode passar, por favor, Suzi. E então, no primeiro módulo, né, eu dei uma ênfase nas conceituações das deficiências, na questão da segregação, exclusão, marginalização das pessoas com deficiência. Mas hoje nós vamos dar continuidade porque as coisas estão muito ligadas, né? Essas questões a gente não fala separadamente, né? Eh, no segundo encontro, né? Eh, vocês tiveram algumas questões das especificidades com Vicente. Então ele também falou, eu assisti, ele também falou do modelo médico, do modelo social, relacionando a neurodiversidade, dando uma ênfase nos estudos que a gente vem fazendo e nas a na vivência, né, que a gente tem com relação à síndrome de D, a Ana Beatriz e e vários estudantes que a gente atende com deficiência intelectual e com síndrome de DA, né? Hoje eu vou iniciar falando um pouquinho mais desses outros conteúdos que esse módulo pede, né? As deficiências em diferentes períodos históricos, institucionalização da deficiência. Vou voltar no modelo médico e modelo social e quero ir falando até o final que a gente já começou. Enquanto a Ana tava falando aqui, ela não tava falando de laudo ou ela nem citou a síndrome de Dal, né? Ela tava falando de um modelo médico, de uma vida, ó, de um modelo social, de uma vida em sociedade que ela tem, né, onde ela tem todas essas oportunidades de vivenciar todas essas coisas. E depois eu vou entrar na questão das especificidades dos estudantes, continuar a discussão envolvido, né, no modelo médico e modelo social da deficiência. Mas daí amanhã eu vou ficar mais nas especificidades, tá? Eh, trazendo além da neurodiversidade que o Vicente já trouxe, mas também falar de diversidade auditiva, diversidade visual e diversidade motora. Nós vamos trazer algumas características das pessoas com deficiência, com essas diferentes com essas diferentes diversidades, mas vamos falar para além, né, pra gente tentar entender que quando a gente traz uma aula acessível paraa nossa sala de aula, a gente não tá privilegiando eh e trazendo eh informações e possibilidades só para as pessoas com deficiência, mas para as pessoas diversas também. Pode passar, por favor, Suzi. E a e muito mais que isso, né? Não é só as diversidades auditivas, visuais, motoras ou neurodiversidades, mas a gente tem que entender esse ser, né? A Ana Beatriz, por exemplo, e os colegas com uma diversidade educacional. O que se aprende de educação informal em casa, na dança, nas estimulações, tudo isso conta lá na nossa sala de aula, na diversidade social, né? As oportunidades que a Ana tem e que outros não têm ou que os outros têm e a Ana não, na diversidade de gênero, né? E e isso é muito importante da gente entender os nossos alunos com deficiência, com o mesmo direito de diversidade de gênero que qualquer outro nosso aluno. Diversidade econômica, diversidade cultural e eu coloquei aqui infinitas diversidades. Pode passar, Suzi. e volto, né, num charge do Ricardo Ferraz, que eu adoro, e ele diz: "É tempo de desconstruir preconceitos e construir uma sociedade inclusiva. Do lado eu coloco o símbolo do nada sobre nós, sem nós, né? Então, sempre a gente vai trabalhar e a gente vai atuar e a gente vai criar as nossas práticas pedagógicas com os nossos estudantes e com as pessoas com deficiência, né? Porque eh a quando a gente fala do espectro, a gente não fala só o espectro na questão do autista, né? A gente tem um amplo espectro quando você pensa na síndrome de D. Com certeza vocês têm alunos com síndrome de Down que tem características que a Ana não tem, né? Outras que tem, né? Então, e essa a as pessoas com síndrome de D, elas também são muito diferente entre elas. Então, se a gente não tem a participação dos nossos estudantes na hora da nossa aula, a gente não tem eh acessibilidade, né? O Vicente falou para vocês sobre o desenho universal da aprendizagem e sobre o coensino, né? Essas são duas eh duas metodologias para ações pedagógicas que nós utilizamos muito. Mas eu também quero falar e no último dia vou falar mais sobre escuta sensível. A escuta sensível vai para além de de características de ser uma pessoa com deficiência ou não, né? Mas é de olhar para aquele indivíduo, de sentir aquele indivíduo e de ouvir com todos os nossos sentidos para entender qual que é a necessidade dele para daí eu pensar nas minhas ações pedagógicas. Pode passar, Suzi. Eu passei para vocês, né, eh, na primeira aula, dois materiais e e pedi para que vocês assistissem lessem, né, esses dois materiais. Um deles é o o documentário História do Movimento político das pessoas com Deficiência no Brasil. Por que que eu gosto muito desse documentário? Porque ele traz as pessoas com deficiência protagonistas dessa luta, algumas, né? Porque cada um protagonizou no seu no seu estado. Com certeza no estado de vocês, eh, tem pessoas com deficiência muito atuantes, né, na luta pelos seus direitos. Mas a nesse documentário traz algumas e é importante a gente ouvir essas pessoas. pode passar. E eu vou passar bem rapidinho por alguns momentos. Então, esse documentário ele traz aqui, a gente tem um slide cheio de escritos, né, com alguns desenhos eh ligados à exclusão, à segregação, a integração e a inclusão, que a gente falou na na primeira aula, né? E tem os fatos que aconteceram, que levaram a esse movimento. Sempre lembrando que a gente diz que esses quatro movimentos eles estão presentes durante toda a história, continuam. Hoje a gente ainda tem exclusão, segregação, integração e inclusão acontecendo. Às vezes na mesma escola você tem exemplos dessas eh de todas essas eh esses movimentos, né? E aí eu trago aqui algumas pessoas com deficiência com algumas falas que elas trouxeram no documentário, né? E o documentário eu quero que vocês assistam depois, porque é importante pra formação de vocês, né? Com todos os movimentos históricos. Mas, por exemplo, o Manuel Aguiar, ele fala que antes do surgimento até das escolas eh eh específicas, né, das escolas eh que se chama especiais, né, que atendem especificamente as pessoas com deficiência, ele diz que as pessoas com deficiência, como ele, era merecedor de caridade, mas não de cidadania, né? Então, as poucas pessoas com deficiência que tinham algum ensino antes de 1850 era por conta das escolas ou por conta da igreja algumas vezes, né, de de iniciativas individuais. Pode passar. E aí o esse documentário vai trazendo o surgimento das duas primeiras instituições de educação especial no Brasil, que é a Benjamim Constan, né, que trabalha eh com pessoas cegas até hoje, e o IMIS, que é o Instituto Nacional de de Educação de Surdos. E e aí o Adilson Ventura, ele diz que isso foi o início da educação, apesar de ser para poucos, né? São duas instituições que que surgiram e continuam no Rio de Janeiro. Então eram poucas as pessoas com deficiência que podiam ir para lá eh estudar. Foi o início da educação e foi um início de um movimento, né, de protagonismo. Pode passar. Eh, com a escola de surdos, né, a Caril Strobel, ela diz eh surdo tratado, né, antes das escolas como doente, como incapaz de aprender. A partir do surgimento do Inis, começa um movimento de entender a pessoa surda como um indivíduo que aprende, como um indivíduo que que deve ser respeitado, né? Pode passar. Aí vem, né, as instituições, o surgimento das instituições relacionadas à deficiência intelectual. Então, em 1932 tem o início da pestalose, 1954 tem o início das APAIs com a educação das pessoas com deficiência intelectual, né? Eh, e Rosâela Bernardes, ela diz: "Essas instituições elas surgem, né, eh, para tirar o que a sociedade e o que a escola considerava como difícil de ensinar, né? Então, eh, eu lembro lá na década de 90 que, eh, eu comecei a ir para essas instituições para para conhecer, né, para, eh, estudando na universidade. E, eh, a gente via muitas pessoas que você falava, mas essa pessoa tem alguma deficiência, né? E era comum da gente falar que deficiência que que essa pessoa tem, né, de pessoas com comportamentos que eram comportamentos inadequados e eram também levados para essas instituições, né? E a pessoa com deficiência intelectual, as pessoas com síndrome de D sempre foram consideradas, né, pela sociedade e pela escola como indivíduos difíceis de ensinar, difíceis de lidar. Então, essas instituições surgem para colocar todas essas pessoas lá dentro, né? E e também para trazer educação. A maior parte dessas instituições, elas são criadas pelos pais, inclusive. Pode passar. Aí em 1950 surge o surto da poleomelite, né? Lá no documentário vocês vão ver. e surge, tem o surgimento das instituições de reabilitação, né, com uma abordagem bastante médica, com uma ênfase do modelo médico gritante, né? E a Isabel Maior, que é autora do outro artigo, né, um artigo que eu pedi para vocês lerem também sobre a história, ela diz que nesse modelo médico eh a pessoa usuária de cadeira de roda é obrigada a ficar de pé, né? ela é estimulada a ficar de pé o tempo todo, mesmo que e a deficiência dela não dê condições dela ficar em pé, né? Então não se tem outra outra perspectiva, né? E essa é a questão da normalização, tentar colocar todas as pessoas em pé, porque o em pé é o normal para as pessoas. Tem um um outro autor, eh, lembrei, quase que some o nome do autor, que é o Eduardo Oliveira. Depois vocês procurem na internet, é carta aos bípedes do Eduardo, ó, é o Eduardo Oliveira. Ele é um artista maravilhoso. nós já o recebemos algumas vezes lá em Goiás e ele traz assim experiências lindíssimas nos seus cursos e ele faz essa discussão, né, cartas aos bípedes, eh, questionando essa questão de de das pessoas tentarem fazer com que a pessoa com deficiência eh aja da forma mais considerada natural, normal, né, da pior uso dessa palavra possível. né? Então é bem interessante da gente pensar. Pode passar aí. Eu trago aqui uma foto da Cidinha Siqueira, que é uma pessoa lá de Goiana, é uma grande personagem na luta da para pela pelo direito da pessoa com deficiência. E no documentário, ela fala do que começa a acontecer na década de 80, né, com os encontros nacionais das entidades e das pessoas com deficiência, onde em 1981 a gente tem o ano internacional das pessoas naquela época, né, o termo era das pessoas deficientes. Então, as pessoas com deficiência, elas têm um ano dedicado à pessoa com deficiência, onde se começa muita discussão, onde se ganhou visibilidade, onde os movimentos antes muito separados, né? Então, o movimento das pessoas cegas, os movimentos das pessoas surdas, o movimento das pessoas com deficiência intelectual começa a se unir e a ganhar força, ganhar uma unidade e ganhar visibilidade, né? essas instituições começam a entender que unidas elas têm mais força paraa luta. Pode passar, por favor. Em 1981, então ele é considerado um marco mundial, né, impulsionado pela ONU. Ele ele foi esse ano internacional da pessoa com com Deficiência, ele é feito pela ONU. E onde começa essa discussão e essa filosofia do nada sobre nós, sem nós dentro do movimento das pessoas com deficiência, né, onde as pessoas lutam eh para acabar com o assistencialismo e entender as pessoas com deficiência como pessoas de direito. Pode passar, Souzi. Eh, ainda tô, né, falando de 1980, 81, década de 80, né? E aí o Manuel Aguiar volta a falar, eh, consciência de nós por nós mesmo, né? Então, ó, que bonito que acontece nessa época da década de 80. Eh, e caminha, né? A gente só vai ter mudança na questão da discussão da da inclusão que é recente, gente, é muito recente, lá pra década de 90, né, que você que a gente começa em 98, tem a política da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. 98 não, esse foi em 2008, mas 90 tem várias outras políticas, né, eh, paraa pessoa com deficiência. Então tem esse movimento, né, de empoderamento, de participação das pessoas com deficiência, lutando pelas suas especificidades, lutando pelo seu espaço de luta, né, pelo seu espaço de eh grito, né, eh na sociedade, não não de fala, né, porque o espaço de fala todos nós deveríamos ter. Pode passar, Suzi. Então, a década de 80 você tem outros movimentos, né, como movimentos da talidomida, né, que é uma doença que que deixa sequelas, né, de de deficiência, da ranceníase, dos ostomizados, né, que começa a ter um movimento mais forte desses outros grupos buscarem também pelos seus direitos. Pode passar. Tô passando alguns pontos que eu quero que vocês olhem depois, né? Olha só lá na década de 1900, lá para 1983, que você começa a ter uma organização das pessoas ligadas ao movimento do transtorno do espectro autista, né? Então a a Marisa Fúvia, né? Ela diz que até 1983 não tinha praticamente nada sobre a questão do autismo, não se sabia nada sobre, né, onde começam as pesquisas. Essa semana eu participei de uma banca de doutorado eh sobre autismo, né? E e a o esse doutorando, ele fez uma pesquisa bibliográfica de escopo sobre o autismo. E a gente verifica o quanto o autismo foi estudado, é estudado atualmente, né? Ele analisou mais de 100 artigos científicos sobre autismo, né? Então, o quanto ele tá hoje, mas demorou muito, né, para para se iniciar essa discussão e esses estudos. Pode passar, Suzi. Finalmente, né, em 88 a gente tem a nossa Constituição. E algumas pessoas falam assim para mim: "Olha, professora, na Constituição já tem um lugar onde a pessoa com deficiência é citada, né? E é muito interessante a gente assistir esse documentário, porque tem várias pessoas com deficiência que participaram do movimento nessa época e que dizem: "Nós participamos da escrita da Constituição do começo ao final". Apesar da Constituição não falar sobre a pessoa com deficiência do começo ao final, os seus direitos foram incluídos. Nós, pessoas com deficiência, nos sentimos incluídos na Constituição, né? Isso é muito legal. Eh, e isso dá pra gente pensar, né, inclusive fazer relação com o desenho universal da gente pensar direitos das pessoas como direito à escola, direito ao esporte, direito de quem? De todas as pessoas, né? A gente não precisa est especificando se o direito é dado, se a acessibilidade tá dada. Pode passar. E aí a gente tem cada vez mais, né? Então, é isso que a Isabel maior vai falar lá no artigo que eu pedi para vocês lerem. Cada vez mais o protagonismo das pessoas com deficiência, né? Criando o CONAD, que é o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência e fazendo as conferências, conferências nacionais, conferências internacionais. Pode passar, Suzi. E o Adorei, né? Porque o documentário ele termina com dança, ó. né? Eh, então tem ela, ele acaba com as pessoas com deficiência nesse movimento de dança. Isso é uma dança que vai e volta, né? O movimento de luta, ele é um movimento que tem que tá o tempo todo, ele tem que tá sendo lembrado o tempo todo. Pode passar, Suzi. E aí eu vou falar um pouquinho sobre esse texto, né? algumas questões que eu quero que vocês olhem no texto da Isabel Maior. Eu trouxe uma foto aqui da Isabel maior, que é uma mulher com deficiência física, né, que eu comentei com vocês na primeira aula quando eu indiquei esse texto, que para mim é uma das grandes referências. Toda vez que eu a encontro, eu fico com o olho cheio de lágrima, né? Porque a gente a encontra e a vê em muitos documentos, em muitos documentários. Ela foi uma professora universitária, hoje ela é aposentada, mas ela foi professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da do curso de medicina, né? Então, uma pessoa com deficiência que tá na luta, né? que conseguiu aí o seu espaço e ela diz, pode passar, Suz. No texto dela, ela traz várias discussões, como por exemplo, a discussão que a gente começou fazendo com enriquez. Lembra quando eu trouxe aquele texto do outro, né, o outro estranho do autorriquez? E ela fala também que a presença da diferença entre os seres humanos durante muitos séculos foi motivo de eliminação, exclusão, segregação da pessoa com deficiência, considerada como um risco à sociedade, considerada como doentes e incapazes. E aí, né, ela traz isso na história. E eu acabei de falar para vocês que no nosso espetáculo, meu e da Ana, a gente fala, traz frases com essas vivências, né, de patologização, de capacitismo. E ela fala também da opressão, né? A gente tem que pensar que a gente vive numa sociedade onde muitos de nós, né, Paulo Freire fala isso pra gente, somos oprimidos e a pessoa com deficiência muitas vezes é oprimidas. pelas pessoas e pelos grupos que detém o poder ou que acham que detém o poder, né? E aí ela diz que as pessoas com deficiência estão num caminho, né, de direitos. Hoje os direitos estão estão mais conquistados, saindo da invisibilidade à convivência social, né? eh lutando contra e saindo de medidas caritativas, né, de caridade e de assistencialismo. Pode passar, Souzi, indo pra conquista de direitos. E essa conquista de direitos é muito recente e ela pode ser dividida na história em duas fases. A primeira, e aí vocês viram isso no documentário, né, nessa história que eu trouxe para vocês no documentário. A primeira era uma luta eh direcionada, conduzida com o envolvimento das famílias e dos profissionais dedicados ao atendimento da pessoa com deficiência para só depois ter a participação direta das próprias pessoas com deficiência na nessa luta, algumas vezes apoiada pelos seus familiares. Algumas pessoas com deficiência precisam desse apoio para lutar pelo seu direito, como é em algumas vezes, a gente tá falando dos espectros, a pessoa com deficiência intelectual, né? Eh, algumas vezes a gente tem que apontar pra Ana: "Filha, isso é seu direito, isso que a pessoa falou, você concorda, filha, né?" Mas quem vai à frente do seu direito, quem tá lá no espetáculo como protagonista é a Ana Beatriz. Pode passar, por favor. Isabel Maior, então, também fala, né? E aí, por isso que eu trouxe esse texto para vocês, porque esse módulo ele pede, ele fala do, ela fala do modelo médico, que o modelo médico ele tem, ele interpreta a deficiência como consequência de uma doença ou acidente, né? Ele é relacionado à incapacidade a ser superada. Ele entende a pessoa com deficiência como alguém que precisa de um tratamento, que precisa de uma reabilitação, né? E o modelo médico é um modelo de que que leva os a esforços de normalização. As pessoas têm que ficar em pé, né? Porque o normal das pessoas vai ficar em pé, né? É isso que pensa o modelo médico, né? Então, e ele busca padrões de desempenho e de estéticas, que são os relacionados à normalização, como se nós, pessoas com sem deficiência, né, tivemos tivéssemos um padrão só, né, pode passar. Eu até tinha colocado, né, nesse nesse slide anterior do laudo médico, né? Então, quando a gente chega na sala de aula, vai receber um aluno com deficiência e fala: "Eu quero o laudo antes de receber meu aluno, eu tô no modelo médico, né? E quando isso acontece, eu falo: "Não, receba o seu aluno, converse com ele, tente entender, escute com a escuta sensível, com todos os seus sentidos, como ele aprende, né? O laudo ele é importante, mas ele complementa o seu olhar paraas suas adaptações pedagógicas. Ele não pode ser o único eh direcionador, né? Tô tô tô eu coloquei aqui para ler. Aí a Jane falou: "O texto é muito tranquilo de ler, fácil entendimento e aborda questões riquíssimas". Que bom, Jane, eu adoro a Isabel maior e eu gosto muito desse texto. Quem trabalha, estuda educação inclusiva, precisa ler esse texto. Pode passar, por favor, Suzi. Tô finalizando aqui, tá, gente? E a deficiência, né, a Isabel maior fala, ela vai ser sempre um conceito em evolução. como a questão de gênero vai ser sempre uma questão em evolução. Qualquer questão do ser humano deve ser entendida como uma um conceito em evolução, né? Em que a gente tá modificando as nossas estruturas políticas, sociais, culturais, eh eh toda, né, toda educacionais. E aí a gente vem também modificando o nosso entendimento. Isso isso deve ser natural e isso acontece com menos frequência com as pessoas com deficiência. Ainda hoje as pessoas eh algumas pessoas sem deficiência olham paraa pessoa com deficiência da mesma forma que se olhava há décadas, há século atrás, né? E o conceito de deficiência ele é multidimensional, né? Então, a gente não eh quando a gente fala no modelo social, a gente não eh eh esquece, né? A gente não ignora que a deficiência existe, que a síndrome de Down existe, que a deficiência intelectual existe, né? Mas a gente entende muito para além disso. E aí a Isabel maior também fala da da acessibilidade da tecnologia como resultado de políticas públicas. nós fazemos. E aí eu posso falar porque eu sou tem um uma profissão que eu sou apaixonada é o professor. O professor ele faz cada coisa, cada ação. Tenho certeza que se eu pudesse ouvir cada um de vocês, eu não precisava nem estar aqui falando para vocês, porque a gente ia aprender muito mais. Porque eu tenho certeza que cada um de vocês faz ações na sua sala de aula que faz muita acessibilidade. Alguns momentos vocês vão ter dificuldades como eu tenho também, mas eu tenho certeza, né, que muitos de vocês têm ações lindas que independem das políticas públicas, só que a gente não pode deixar de lutar pelas políticas públicas. Na escola a gente precisa, né, de profissionais especializados. de professores de apoio, de professores auxiliares, de profissionais, né, para auxílio de outras questões de higiene, de alimentação. A gente precisa de tecnologias eh assistivas e para isso a gente precisa lutar por políticas públicas. Pode passar, Suzi. E aí, né? Eh, esse essa luta que tem aí no documentário e que tem no texto da Isabel Maior, ela foi trazendo como resultado diversas leis. Eu trago um slide com algumas leis, né, várias, desde o direito universal, eh, da dos direitos humanos, né, da constituição, outras leis mais específicas, leis relacionadas a Libras, leis relacionadas à audiodescrição, leis relacionadas à acessibilidade arquitetônica, lei brasileira de inclusão, né, que é essa 13.146, 146. Então esse movimento leva à legislação. Então quando vocês eh eh verificarem, né, o direito de uma pessoa com deficiência, ele não é simplesmente alguma coisa dada para essas pessoas. Essas pessoas tiveram muita luta, né? No documentário é muito interessante de assistir o documentário porque as pessoas falam: "Olha, era uma porção de pessoas com um monte de cadeira de rodas". a gente entrava num ônibus, né, em Goiânia a gente fez isso. Eh, eh, no governo passado, a gente foi duas vezes para Brasília com uma porção de ônibus, com as associações dos surdos, Associação das Pessoas Cegas, Associação da Síndrome de Down, Associação das Pessoas Comficiência Física. Juntamos vários ônibus e fomos paraa Brasília. Chegando lá ainda hoje, a hora que a gente parou os ônibus, olhando pro lado para ir lá para paraas salas onde ia ter a discussão, né, da da lei da eh lei da educação especial, que não pensava na educação inclusiva. Pra gente ir para essas salas para lutar pelo nosso direito, a gente tinha escadas, né? E para subir e descer do ônibus era colocar a gente nas costas, carregar a cadeira. Então para essa luta dessas pessoas com deficiência não foi fácil, foi muito mais difícil pela falta de acessibilidade. Imagina lá na década de 70, na década de 80, quando começou esses movimentos, né? Pode passar, por favor, Suzi. E aqui para mostrar, né, o decreto 10.502, 502, que foi essa tentativa que a gente tava lá em Brasília lutando eh contra o retrocesso. Então, apesar da gente ter conseguido muitos avanços no direito da pessoa com deficiência, corre risco a todo momento de retrocessos. E às vezes o retrocesso ele tá tão bem inscrito, se você pega esse decreto e você não tem conhecimento, você lê, você fala: "Olha que bonitinho esse decreto". vai dar o direito da família, por exemplo, o direito da família para escolher se ela quer ir paraa educação inclusiva ou se ela quer ir paraa educação em instituições especializadas. Só que quem não conhece esse movimento, essa história, o que a gente passa com os nossos filhos, o que as pessoas com deficiência passam no dia a dia, vai achar que é lindo, né? Mas se você dá paraa escola, é comum o direito de escolher, né, de chegar para esse pai e falar: "Olha, se você quiser colocar o seu filho aqui, a escolha é sua, só que nós não vamos contratar os os profissionais, nós não vamos fazer adaptação do material, né? Isso é escolha, né? Então são questões que a gente tem que pensar quando a gente nega algum direito, né, na escola dos nossos alunos com deficiência. Esses direitos eles não foram fáceis dessas pessoas conquistarem, né? Pode passar, por favor, Suzi. Então, aqui é só fechando, né? São as duas coisas que quem não leu ainda, né? Eh, e quem não assistiu ainda, faça isso, tá? Pode passar, por favor. E aí a gente entra nas diversidades. Nós vamos continuar falando, né? O Vicente já falou na primeira aula, na aula passada um pouco mais de neurodiversidade, a gente vai continuar falando, tá? Eh, pode passar, por favor. Ainda na neurodiversidade, né? A Naara colocou aqui para mim que a Paula Fernanda, porque às vezes eu não consigo acompanhar o chat, viu, gente? Que eh a Paula Fernanda, ela fala assim: "Queria tirar uma dúvida, eh se tem a possibilidade de uma pessoa com T21 tera ou ter TDH. Tem possibilidade, Paula, e tem bastante possibilidade, né? Eh, eh, a gente vem eh verificando com avanço, né, do dos estudos com a questão do transtorno do espectro autista. Hoje tem várias eh características de algumas pessoas com síndrome de Down que as pessoas entendiam como reflexo da deficiência intelectual. E hoje verifica-se, né, que não é que essa pessoa, além de ter a síndrome de D, ela também pode ter o transtorno de espectro autista, né? Então é possível sim, né? E a questão do TDH do déficit de atenção e hiperatividade ou só déficit de atenção ou só hiperatividade também pode estar presente nas pessoas com síndrome de D. Como a gente falou, eh as pessoas com deficiência, né? Elas vivem em vários espectros e na síndrome de Down a gente também tem vários espectros. A gente tem pessoas com diferentes características, né? E aí a gente vem eh recebendo na Associação Síndrome de Down de Goiás e aqui na fundação, né, a qual eu tô participando agora, várias pessoas com síndrome de Down e com transtorno do espectro autista, algumas com eh características muito claras, né, e que se relacionava deficiência intelectual só há pouco tempo atrás. Então, poder podemos sim, né? Ah, posso, eu vou vou vou atender mais essa questão da Andreia, aí depois a gente entra na diversidade auditiva e aí eu vou Pode ir colocando mesmo, Naara, as questões que assim a gente vai conversando. Eh, ela ela disse, né, o que a senhora acha do fechamento das escolas especiais especializadas? Muitas mães dizem que os filhos autistas nível três estavam melhor assistido do que nas escolas, em escolas regulares, né? Eh, a gente nunca pode poderia, né? É um eh eh é um crime fechar as instituições especializadas. O Vicente falou para vocês do coino, né, do ensino colaborativo. E, eh, na nossa concepção, essas instituições especializadas têm que estar cada vez mais próximo das escolas. Aí nós, professores na escola comum, vamos usufruir das tecnologias e dos conhecimentos dos professores que estão na escola especializada. E a escola especializada, né, as instituições especializadas, elas eh também vão usufruir muito do conhecimento e das condições da escola comum. trabalhando juntas, né, nesse trabalho colaborativo, a gente poderia avançar muito na educação inclusiva. As melhores escolas de de educação inclusiva, né, que fazem educação inclusiva, escola de educação inclusiva, não existe, gente. É que nem o aluno da inclusão. O aluno da inclusão não existe. Vocês não escrevam isso, hein? Porque aluno de inclusão é todo aluno. Tem um aluno que não tem deficiência, tem dia que ele brigou com o pai e com a mãe. Aquele dia ele é o aluno da inclusão, né? Então não existe aluno da inclusão, não existe a escola inclusiva. Todas as escolas por eh obrigação devem ser inclusivas, segundo a nossa legislação, né? Então, todas as escolas quando e as escolas que são mais inclusivas, aí sim tô falando corretamente, as escolas que são mais inclusivas que eu conheço são escolas que trabalham em colaboração com universidades, que trabalham em colaboração com as instituições especializadas. Se eu não dou conta de fazer um material em BR pro meu aluno cego, eu corro lá em Goiânia no Cebrave, né? Eh, se eu não dou conta de trabalhar com Libras com meu aluno surdo, né, e eu quero aprender um pouco de Libras para eu me comunicar para além do intérprete, que é um direito do meu aluno surdo, eu faço um curso eh na na associação de surdos lá em Goiânia, né? Então, quer dizer, essa parceria ela deve ser muito bem-vinda, né? eh a o as crianças com transtorno do espectro autista nível três e a crianças adultos, né, também eh eh são diversas, né? Então, a gente tem casos de pessoas autistas nível três que estão na escola comum e que estão muito bem, né, com apoio. E aí tem que ter o apoio, né? Então, a gente não pode generalizar, apesar de eu ser contra aquela lei, né, que falava da escolha, né, eh, a gente tem que ter espaços também onde nossos filhos se interajam e convivam com pessoas com as mesmas características que eles. É muito importante pra Ana pra Universidade Federal de Goiás e conhecer os graduandos que tos como ela e pra Unicamp. Mas é muito importante pra Ana ir pra pra Associação Síndrome de Da Goiânia, vir pra Fundação Síndrome de Da Campinas e conhecer pessoas com as mesmas características que ela, se identificar, se empoderar, né? Eh, isso isso a gente faz, né? Isso a gente tem que entender como uma questão natural nossa. Nós mães, a gente busca outras mães para fazer discussão, né? Eh, nós mulheres, em alguns momentos, vamos com as nossas amigas paraa balada, pro café para conversar e as pessoas com deficiência também têm esse direito. A Ana tem esse direito, né? Então, as instituições especializadas, elas são para além da educação, ela também são espaços de convívio importante, né? E agora eu vou falar um pouquinho mais para vocês e vou começar a falar hoje, né? E depois a gente vai continuar mais na aula que vem eu vou ficar nas diversidades e aí nós vamos falar de algumas características das pessoas com deficiência e características nossas, né? E vou começar falando da diversidade auditiva. Pode passar, por favor, Suz. É considerado deficiência auditiva, né? Ixe, Maria, aqui já tem, eu fiz umas mudanças no slide e ele não foi. Mas, ó, segundo o decreto 3298, até pouco tempo atrás, né, era considerado deficiência auditiva a perda bilateral. Hoje já é reconhecida. Já já eu vou trazer uma outra. Eh, eu espero, viu, gente? aqui porque senão eu falo. Não sei não se eu se eu não coloquei os slides eh antigos para você, mas não tem problema, senão senão eu falo o número da lei, eu eu sei decor. É, hoje a gente tem uma legislação que que eh considera a pessoa com deficiência auditiva unilateral, desde que ela tem uma perda de 41 dbis ou mais. A ferida no audiograma, nas frequências. Já vou trazer isso no quadrinho para vocês entenderem o que é, né? Porque parece um bicho de sete cabeças, né? Que que é o audiograma? Que que são as frequências de 500 Hz? 1000, 2000 e 3.000 Hz, né? Então essa é considerado a deficiência auditiva. Quem tem perda bilateral ou unilateral hoje é com 41 dbis aferidos nessas frequências. Vamos entender isso. Passa para mim, Suzi. Aqui a gente tem eh eh uma audiometria, né? Então, a gente tem aqui um audiograma que a gente fala e aqui do lado vou falar o que que é. Eh, é, é um, é um quadro, né, todo quadriculado. Do lado, eh, esquerdo, na vertical, a gente tem eh alguns indicativos, né, de e são indicativos de decibéis de zero. Aí ali tem 30, 40, 50, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70. Então, quanto mais para baixo, maior é são os decibéis que a pessoa eh eh perdeu, né? Eh, então se a pessoa tem 40 dbis ou mais de perda, ela é considerada pessoa com deficiência. Lá em cima desse quadro tem na na horizontal, né? Na horizontal os hertima, tá? escrito, ó, 250. E aí a lei fala, né, 500 Hz. Tá abaixo do 40. Esse aqui tá a bolinha tá abaixo do 40. Então aqui a gente já considera, tem um indicativo de deficiência auditiva. 1000. Cadê o 1000? É 1 K que tá lá em cima, tá bem mais abaixo. Eh, 2.000 tá abaixo. 3.000 tá baixo. Isso quer dizer o quê? no ouvido direito, que esse quadro tá em cima, tá escrito ouvido direito, essa pessoa tem uma deficiência auditiva, né? Então é assim que a gente avalia, né, que a gente analisa a deficiência auditiva, por exemplo, nas bancas de seleção que a gente tem para reserva de vagas na universidade, né, que eu já participei, que o Vanderlei já participou. Pode passar, Suzi. Então, a deficiência auditiva, ela é uma perda total ou parcial, congênita ou adquirida da capacidade de ouvir. Se eu perguntar para vocês o que que é congênito, a maior parte das pessoas já responde sem pensar, é, quer dizer que nasceu, né? É uma deficiência congênita, é aquela que nasceu. E na questão da audição, não, né? é considerada uma eh uma deficiência, principalmente a questão, né, pós e pré-lingual, quando a gente a gente leva em consideração os 3 anos. Por quê? Porque a o nosso cérebro, né, ele lembra com mais exatidão e a não ser que seja alguma coisa muito significativa, né? Mas ele lembra com mais exatidão as questões que a gente ouviu, as palavras que a gente ouviu após os três anos. Então essa questão do póslingual, ela faz toda a diferença na fala da pessoa eh surda, né? né? Então, a pessoa que perdeu a audição mais velha, ela vai falar com mais facilidade, ela vai ter mais facilidade de falar eh português. Não, não a questão da Libras, né? Pode passar, Suzi. Ah, então eh ó, a lei eh 14.768, 768, que é de agora, né, gente, é de dezembro de 2023. Ela considera a deficiência auditiva uma limitação de longo prazo da audição unilateral total ou bilateral parcial, né? Então, para ser unilateral, um dos ouvidos tem que est naquelas referências que a gente viu lá naquele quadro com 41 dbis ou mais de 500, 1000, 2000 e 3.000. Se a pessoa tem uma perda que não chega em 41, ela não é considerada pessoa com deficiência auditiva. A Ana Beatriz, em um dos ouvidos, ela tem uma perda maior que 41 dbis em todos esses herzes, né? Ela tem uma deficiência auditiva severa. E o Vicente falou isso para vocês, né? Então, olha como as coisas se relacionam, né, Paula, quando você falou lá, ah, tem síndrome de D, pode teria, pode ter th, pode ter e pode ter outras questões, né? Tá? E agora eu tô falando especificamente da síndrome de Down, que por a orelha ser mais baixa, o canal auditivo é mais retilíneo e aí tem uma maior chance de juntar líquido, né? Juntar a cera. E aí isso pode causar uma inflamação, né? Eh, e essa inflamação, essa otite, algumas vezes não é eh reclamada, porque a pessoa com síndrome de D, a maioria das pessoas, não todas, tem eh uma melhor menor sensibilidade à dor. E, eh, e aí essa otiche fica repetitiva, como aconteceu com a Ana, sem ter a dor, então, sem falar nada pra gente. Vicente chegava lá no otorrino e o otorrino falava: "Essa menina não tá gritando de dor, olha aqui, tá tá tá escuro o ouvido dela, né, de tanta otite. E não, ela não tinha reclamado, né? Então hoje a Ana Beatriz é uma pessoa com síndrome de Down, que tem uma deficiência auditiva, né? Eh, pode passar. Quase que eu ia passar aqui. Não pode passar, S. Eh, e aí na deficiência auditiva, né, ou na surdez, a gente tem que lembrar da Libras. A Libras, ela é uma língua linda, gente. Eu sou apaixonada. O nosso espetáculo, meu e da Ana, ele é bilíngue do começo ao final. A Libras, ela vai pro pra tecnologia, então ela passa num vídeo que tá atrás da gente, ela vem paraa minha dança, né? Eu danço cantando Libras, eh, cantando em Libras. A Ana faz Libras, né? Então, a Libras, ela é uma riqueza gigantesca. Hoje existem estudos que comprovam, né, estudos lindos que comprovam que o ensino da Libras paraas crianças ajuda na alfabetização. Por quê? Porque a criança para aprender, ela precisa trazer pro seu corpo. Para ela aprender a escrever lá no caderno, ela tem que entender o que é em cima, o que é embaixo, o que é de um lado, o que é do outro, o que é da esquerda pra direita. Ela aprende isso se movimentando, se colocando embaixo da mesa, em cima da mesa, em cima do banco, né? eh fazendo vivências com o corpo dela, lado direito, lado esquerdo, se vivenciando esse corpo. É assim que a criança aprende. Se eu levar paraa escola, né, a Libras ou a gente fazer movimento da da relacionado a às letras, essa criança aprende com mais facilidade. Pra pessoa com deficiência intelectual, isso facilita ainda mais, né? Ana Beatriz agora ela já tá escrevendo bem melhor, mas durante muito tempo ela ficava confusa por causa do da da do som, né, das das letras. E ela falava assim: "Mamãe, é com B ou é com D?", né? Ela fazia a Libras, é com B ou é com D, né? E aí o D tem o formato do D escrito. E aí ela relacionava, né? Então, quer dizer, a Libras pra Ana foi um apoio pra alfabetização e pode ser para qualquer aluno, além de você ensinar para ele uma forma de se comunicar com a com o amiguinho surdo, né? Com o amigo surdo, com o tio surdo, com alguém da sociedade que é surda, né? Isso é muito legal da gente pensar na Libras para além da Libras, para além da da Libras enquanto língua das pessoas surdas, né? né, pra gente levar pra nossa sala de aula. Eu trouxe aqui para vocês também. Aqui na nossa no nosso slide tem umas um uns sinais que parece japonês. Não é japonês, isso é ele. Isso é escrita da língua de sinais. Aqui tá escrito Vanessa. É o meu sinal, né? O meu sinal é um V que vai na testa até lá no cabelo. Percorre a testa. Como eu tenho testa grande, foram crianças, quando eu dava aula para as crianças surdas na na escola, né? Eh, as crianças surdas me deram esse sinal que eu carrego com muito carinho, a testa grande e o sinal. E aqui foi um colega surdo que escreveu para mim em Eliz, né, em em sinais o a o meu nome. Pode passar, por favor. Pode passar, Suzi. Isso. E aí, o que que eu queria falar nesse nesses últimos 10 minutos que eu tenho de fala pra gente abrir aí a conversa com vocês, tá? questões, não vou deixar de responder mais questões, não, que estamos envelhecendo. E quando a gente tá envelhecendo, a gente tem mudanças no nosso sistema auditivo. E não só nós que estamos envelhecendo, estamos usando com muito mais frequência fones de ouvido, muitas vezes com um som mais alto do que deveria, né? Então, a gente tá adquirindo com o envelhecimento e com as nossas atividades diárias, uma diversidade auditiva cada vez maior. Então, quando eu falo de frente pro meu aluno, gesticulo muito bem a boca, né? Eu não tô auxiliando só a pessoa eh surda. Quer ver uma coisa interessante que eu acho que muito de vocês percebem isso. Quem usa óculos como eu, quando a gente tira o óculos, a gente fala assim: "Nossa, eu tiro óculos e fico surdo". Daí tem gente que ri. Mas é verdade. A gente usa a leitura labial inconscientemente. A gente só percebe isso quando a gente não dá conta de fazer leitura labial. Quando as pessoas falam com a gente, né, a gente que ouve, que enxerga, falam com a gente de frente, com qualidade, a gente ouve com mais qualidade, né? Então, quando você fala de frente pro seu aluno que faz leitura labial e tá de frente também pros outros colegas, todos estão entendendo melhor. E gente, quase todas as ações de acessibilidade acontece isso. você leva um elemento tátil pro seu aluno cego, você percebe que a turma toda vai querer pegar e a turma toda vai entender melhor esse conceito que você tá trazendo com esse elemento estátil, né? E com o envelhecimento a gente vai tendo modificações na discriminação dos sons, né? Esses sons, esses timbres vão sendo modificados. pode passar suzi tanto no ouvido externo quanto no ouvido médio, quanto no ouvido interno, né? O ouvido externo ele sofre muitas eh influências de questões físicas, de questões ambientais, né? E com o envelhecimento, apesar da nossa orelha, nosso nariz continuar crescendo até o final da nossa vida, o canal auditivo ele vai diminuindo de tamanho, né? E aí vai reduzindo esse esse espaço paraa entrada do do som. E ao mesmo tempo a gente tem aumento de pelos no ouvido, a gente tem aumento de ser húm. O ser humem, a cera do ouvido, ela fica mais espessa e ela fica eh mais espessa e mais eh e mais grossa. Mais espessa, mais grossa é a mesma coisa, né, gente? Ela fica mais espessa. Pode passar, Suz. No ouvido médio a gente também tem modificações. No ouvido médico fica os nossos micro osssos, né, o martelo, birgorna e estribo. E o espaço entre esses ossos, eles vão se modificando com envelhecimento ou às vezes com algum acidente, né? ou às vezes é uma má eh congênita, né, que a pessoa já nasce com essa má formação nesses ossículos e aí dificulta a a audição de condução. pode passar. E a gente pode, as pessoas podem ter deficiência auditiva tanto ligada à questão da condução, do chegar até lá no ouvido interno e ir pro sistema eh nervoso central ou eh eh nessa audição que é a audição eh neurológica, né, onde os nossos axônios, né, os nossos neurônios, eh vão ter contato com essa informação, trazer informação de volta, né? Então, a deficiência auditiva, ela pode ser causada tanto em uma alteração no ouvido, quanto uma alteração no sistema de condução até o cérebro, quanto uma alteração cerebral. Pode passar, por favor. A, o implante coclear ele é feito quando a gente tem essa dificuldade da da deficiência de condução, né? Com o envelhecimento, a gente vai tendo presbiacúia. Até pouco tempo atrás a gente falava de presbiacúia para as pessoas de 55, 60 anos a mais. Hoje a gente tem identificado, os médicos têm identificado a presbúia muito mais cedo. Jovens de 20 e poucos, 30 anos estão com dificuldade de audição. A a presbiacúia, ela é esse envelhecimento desse sistema auditivo e ele tá sendo acelerado pelo mau uso, né, pelo uso excessivo de de fones, pelo uso desses fones com eh o som alto demais. Pode passar, por favor, Suzi. E aí, aqui eu trago algumas boas práticas, né? Utilize outras informações na sua sala de aula, informações visuais, informações táteis, informações sinestésicas. nessa banca que eu tive essa semana, né, de doutorado, de um doutorando eh da Estudando autismo, ele falou de uma questão que a gente vem discutindo, só que a gente não falava desse termo. Ele ele traz um termo que é muito discutido, principalmente em estudos internacionais sobre o autismo, do foco interno e do foco externo da aprendizagem, né? Foco externo é assim, olha, eh, nós vamos, por exemplo, na aula de educação física, nós vamos pegar essa bola e atingir aquele sexto. Então, presta atenção, ó, a bola você joga no sexto. Isso é um foco externo, pensar na bola e no sexto. Agora, o que que é um foco interno que facilita a aprendizagem nesses estudos desse desse est desse doutorando, né, que ele trou agora é doutor, trouxe pra gente do foco interno. As pessoas autistas, mais de 80% aprender melhor com foco interno. Em vez de você falar da bola que você vai jogar, em vez de você falar do lápis, do movimento do lápis e do caderno, você vai falar do movimento da mão, do movimento do braço. Olha o seu braço para você jogar. O braço vem perto e vai para longe, né? ele vai, começa devagar e termina rápido. Isso é foco interno e a pessoa autista aprende mais com foco interno. Mas na minha sala, quando eu levo informação de focos internos e focos externos, então que eu ajudo, mostro o movimento pro meu aluno na hora da escrita, na hora de montar um brinquedo, né? Eh, o fácil movimentar, que é uma informação sinestésica, eu facilito para todos os alunos, né? Então, tá vendo que legal como conhecimento relacionado à pessoa com deficiência é uma educação de qualidade? Como a escola inclusiva, ela nada mais é do que uma educação de qualidade para todas as crianças, né? E aqui eu trouxe outras boas práticas. O intérprete não substitui o professor. Quem apresenta o conteúdo é o professor da matéria, né? E aí a gente ouve muito até aqui na universidade e os intérpretes chegarem pra gente falar: "Ó, você acredita que o professor falou assim para mim, ó, essa aqui é o conteúdo. Ensina aí pro seu aluno, né? O professor fala pro intérprete. Conhecer sinais básicos da Libras é muito legal, né? Quando o aluno surdo chega e eu falo: "Oi, boa noite, tudo bom?", né? Eh, outra coisa, ele se sente bem recebido, né? Eh, não falar muito rápido ou articular demais as palavras, né? Tem gente que vai falar com a pessoa surda que articular demais e aí só dificulta, né? tocar quando for falar e o aluno não tiver prestando atenção. Então eu passo do lado e toco ele para que ele me olhe, para que a gente se para que ele faça leitura labial ou para que eu gesticule, né? Ou para que ele olhe na lousa, manter-se de frente para falar, usar todos os recursos possíveis pro entendimento, expressões faciais, gestos, né? São muito bem-vindos na aprendizagem de todos os meus alunos. Mantenha contato visual enquanto conversa. Não mudar constantemente as regras. Paraa pessoa surda. Eh, e a as os conceitos muito abstratos, eles são muito complexos. Se falar de saudade, por exemplo, paraa pessoa surda, é muito complicado, né? Porque a a Libras ela é muito concreta, né? Então, as questões eh eh abstratas, elas são de difíceis entendimentos, não só paraa pessoa surda, mas paraa pessoa com deficiência intelectual também. Então, quando eu levo elementos concretos paraa minha sala de aula, né, nesse aprendizado, todos aprender melhor, né, substituir pistas sonoras por visuais e estimular a socialização, né? Eh, sempre que eu levo a a Libras para sala de aula, colocar esse aluno surdo para ensinar os colegas, tudo isso é sempre muito bem-vindo. Pode passar, Suzi pra gente acabar, que eu já passei 2 minutos do que eu combinei, né? E eu comecei com uma charge, termino com a charge do Ricardo Ferraz, né? tá aí trazendo um professor. E por incrível que pareça, eu passei isso na universidade. Tive que conversar com um colega meu que tinha um bigodão e queria dar aula de bigodão. E eu falava: "Professor, sua aluna faz leitura labial, corta esse bigode, pelo amor de Deus". Aí ele falava: "Professora, esse bigode é minha identidade, como que eu vou cortar meu bigode?" Fala: "Professor, esse bigode vai crescer, essa menina precisa aprender, né?" né? E eu trago uma outra charge do Ricardo Ferraz que diz respeito aos muitos preconceitos que a sociedade tem com a pessoa surda, né? E aí uma pessoa tá dizendo assim: "Lá vem o mudinho, eu não entendo nada do que ele fala". Aí o outro fala: "Eu também vamos sair de fininho, né?" Eh, e aí isso é muito triste, né? As pessoas não fazem isso só com a pessoa surda, fazem com qualquer pessoa em que ela não se sinta como igual, né? É muito comum as pessoas fugirem da Ana achando que não vão entender o que ela vai pedir, né? Então, ela tá entrando na loja, a hora que ela entra na loja é muito comum, gente, o vendedor vai pro outro corredor, percebe que ela tá indo, vai pro outro corredor com medo de não entendê-la, né? Vocês viram como a Ana fala bem. Então, eh, são os preconceitos trazendo o capacitismo, né? Isso é relação direta com capacitismo. Pode passar. A gente fechou aqui. Amanhã a gente vai falar tudo que a gente tá falando junto, misturado, mas vamos dar uma ênfase na diversidade visual. E aí eu vou convidar o Vanderlei para est junto com a gente. Diversidade motora e a diversidade na diversidade, né, gente? Vamos continuar falando aí das diversidades. Espero que vocês tenham gostado hoje. Eh, e vamos dando continuidade, né? É isso, Val. Oi, Vanderlei. Ai, como é bom te ouvir, Vanessa. Obrigada. Como é bom te ouvir. Eh, eu gostaria de agradecer, né, as perguntas que estão sendo feitas, os comentários, só comentários assim elogiando. Acho que você teve acesso aí a alguns. Eh, mas aí a gente vai ler alguns comentários e também perguntas, tá? Então, a Miguelina Alves, ela fala assim, ó, que emocionante a história da Ana. Devemos ter muito amor pelo estudante com alguma deficiência. Quer fazer algum comentário? Muito bem, Miguelina. O mesmo amor que a gente tem por todos os nossos alunos, né? Isso. Eh, Andreia de Araújo diz assim: "Perfeita fala, professora. Eh, o que a senhora acha do fechamento das escolas especiais?" Acho que você até já comentou isso, né? Eu respondi, respondi. Ela tava aqui, né, Andreia? Só se você achar que faltou alguma coisa, aí você coloca aí. pode fechar não. A gente tem que abrir mais coisas e a gente tem que se juntar, né? O problema tá em a gente definir para onde o nosso aluno deve ir, né? A gente tem que, esse nosso aluno tem que tá na sociedade, tem que tá com as outras pessoas. Eh, a Cátia Santana coloca assim: "Como é feito para descobrir o nível do aluno?" Não sei se ela quis colocar com relacionado a alguma deficiência. Quer completar, Ktia? É, mas ó, Ktia, assim, ó, eh, no autismo tem a questão do nível um, nível dois, nível três e provavelmente vai cair no DSM6, né? Ela tá no DCM5, tá lá. Eh, nível um, nível dois, nível três. Eh, na verdade a gente não precisa descobrir o nível do aluno. Tem gente que me encontra e fala assim: "Ai, Ana Beatriz tem síndrome, mas o grau dela é pequenininho." Aí eu falo: "Grau que grau, né?" Na verdade, o que a gente precisa é da oportunidade de aprendizado e os nossos alunos que vão vão verificar, né, vão aprender até o quanto eles conseguirem. A Cátia colocou aqui do TEA, ô Ktia, eh, a avaliação da deficiência, segundo a lei 13146, ela deve ser uma avaliação multidisciplinar. Ela nunca deve ser uma avaliação dada só pelo médico, inclusive, principalmente no transtorno de espectro autista. Qual que é a principal característica no transtorno de espectro autista? Dificuldade de comunicação. Que que o médico vê isso lá no consultório dele? Nada, né? Então é uma equipe inter multidisciplinar, né? Vanderley pode entrar, viu, Vanderley? tá quietinha aí, mas eu tô te vendo. Eh, deve fazer qualquer avaliação sobre a deficiência, né? O médico colabora muito, mas ele colabora, né? A gente deveria ter nessas equipes interdisciplinares professores, vocês, né, que estão no cotidiano com esse aluno, você me pergunta como que eu descubro o nível, mas eu tenho certeza que você verifica, né, o meu professor eh eh que é o meu supervisor de pós-doutorado, ele fala em desvantagens. A pessoa, ela, independente de nível ou grau ou qualquer coisa que as pessoas queiram colocar nas pessoas, elas têm mais ou menos desvantagens, né? Desvantagens de comunicação, desvantagens de aprendizado, desvantagens de deslocamento, né? Desvantagens sensoriais. E aí eu trabalho para ampliar as vantagens, a acessibilidade, né? Então é assim que a gente deve trabalhar dis que é dever do presidente tranquilizar o mercado. Professor, encontra eh a Miguelina, professor, encontramos ainda hoje muita resistência por parte de alguns eh acho que é regentes, é os professores regentes, é em flexibilizar os conteúdos. Você tem algum texto bem reflexivo para discutir com eles no trabalho coletivo? Acho que é o trabalho coletivo, né? Eh, tem, ó, a uma a maior autoridade, né? Eh, o Vanderlei tem, né, Vanderlei, o Vanderlei tem um texto sobre ensino colaborativo. Tenho quase certeza que eu já li as alguma coisa do Vanderlei. Tem, né, Vanderlei? Tem, tem, sim. Depois eu vou pedir para suas disponibilizar lá. Isso. E aí a questão da flexibilidade, né, Vanessa? A gente pode estar olhando. Eh, quem perguntou foi a Miguela, foi. A gente pode estar olhando, por exemplo, Eládio Sebastiã Heredeiro, ele trabalha com as adaptações curriculares que tem o mesmo sentido eh da da literatura espanhola, mas o texto tá até em português, uma revista do Paraná. Vou pedir para vocês postar lá também depois. Temos ainda o Eugênio Gonzales, também espanhol, mas tem textos abertos em português. Inclusive eu tenho um livro inteirinho dele, tá em espanhol, mas é tranquilo para ler também. Fala sobre essa flexibilização curricular. E aí a flexibilização não é um plano para cada aluno, não, mas você flexibiliza as atividades pros alunos que cada um aprendo, tempo de um jeito, de uma forma. Não tem na literatura. A gente pode estar disponibilizando depois aí no no no FL aí. Beleza. E e eu vou complementar só um pouquinho que a gente tem discutido que a flexibilização não é só pro estudante com deficiência, né? Uma vez que cada um de nós aprende de uma maneira e e tem a as dificuldades de aprendizado também, né? Eh, a Noemi coloca assim: "A professora disse que é errado falarmos alunos da inclusão e educação inclusiva." Então, qual é a denominação que podemos usar? Ai, Noeli, ó, alunos são alunos, independente de terem deficiência ou não. E aí alguns alunos são alunos com deficiência, né? A Lei Brasileira de Inclusão, ele ela traz o termo pessoa com Deficiência. E aí a gente pode flexibilizar para qualquer lugar. São artistas com e sem deficiência, são alunos com e sem deficiência, né? O aluno de da inclusão, a gente tá querendo dizer o quê? Ele tá excluído e eu tenho que incluir. Não, já excluí. Então vamos evitar, né? Você falar, você não vai matar ninguém. Mas é bom a gente mudar. Quando a gente começa a mudar o jeito da gente falar, a gente começa a mudar o jeito da gente pensar. E aí a gente muda o jeito da gente agir, o jeito da gente dar aula, né? Uhum. Agora, educação inclusiva, a gente, infelizmente vive numa educação que é mais excludente. Então, a gente fala de educação inclusiva, mas eu espero que daqui um tempo a gente não precise mais tocar nessa discussão, que a gente entenda que as pessoas são diversas e aprendem de maneiras diversas. Então, a gente vai ter uma educação para todas as pessoas, né? Então não pode falar, tá Noemi, mas pensando assim, ai que pena que a gente ainda tem que falar educação inclusiva, porque quer dizer que a gente ainda exclui muito mais por ali, muito mais eh professor Mad Borges, professora, a pessoa surda perde com maior facilidade o equilíbrio corporal? Ah, Madá, deve ser da educação física, né, Mad? como eu, Madá. Eh, existem vários estudos que falam do equilíbrio corporal da pessoa surda, né? Então, sim, tem relação direta, principalmente se a surdez dela ter relação com o coclear, né, com o equilíbrio dela. Então, eh, a, eh, algumas mais e algumas menos, mas tem muita relação, sim. São vários estudos que discutem a necessidade de você trabalhar o equilíbrio corporal da pessoa surda. entrou numa espécie de eh Alíia Souza Araújo Santana coloca assim: "Temos um estudante com deficiência múltipla que não tem controle dos insinters. Os profissionais de apoio se recusam a auxiliar na higienização. Gestor, coordenação e professores me questionam por aceitar uma estudante assim na unidade escolar. Tristeza, né, Lia? E aí, que que tem que fazer? tem que ir paraa justiça. Que a lei brasileira de inclusão diz que é lugar dessa dessa estudante estar na escola. Sim, que ali já tá corretíssima, né? E aí é a luta de nós pais que vivemos no num ministério público para buscar esses profissionais de higienização, né? A a Lei Brasileira de Inclusão diz que o apoio que o aluno com deficiência terá deve ter ligação com o estudo de caso. E você tá trazendo, né, você faz esse estudo de caso muito bem enquanto professora, que a necessidade dessa estudante, entre outras, é ter uma pessoa que cuide da higienização dela, né? É direito dela retirá-la da escola por esta razão. É crime. É crime previsto em lei. Isso deveria dar cadeia, porque tá na Lei Brasileira de Inclusão, cadeia, né? Não é triste? Parabéns para você, Lia. A Milena coloca assim: "Eh, gostaria de pedir aos professores que nos ajudem a produzir projetos voltados à inclusão. Alguma ideia? Compartilhe. Muito, muitas ideias, Milena. A gente, quando a gente quer trazer projetos voltados à inclusão, a gente tem que olhar pro ser humano, sabe? Eh, no grupo de dança diversos, a gente traz pro momento da dança várias discussões que a gente acredita que é importante para que as pessoas se aceitem, para que as pessoas se respeitem. Por exemplo, a gente teve o nosso primeiro espetáculo, foi sobre o holocausto. Você quer ver um projeto mais ligado à inclusão do que você discutir movimentos históricos excludentes, extremamente excludentes da nossa história, né? E aí você começa a discutir quem foram essas pessoas que foram mortas, as pessoas com deficiência, os judeus, né? As pessoas gays, né? eh as pessoas, todas as pessoas que tinham alguma característica que não era aceita, né? Então, fazia as crianças assistirem vídeos, assistirem filmes, discutir o tema, né? Se colocar no lugar do outro, isso são projetos super eh inclusivos, né? a para além de projetos específicos da acessibilidade, né, Vanderlei? Vanderlei deve ter 1000 projetos. É, eu acho que o projeto, primeiro projeto que move qualquer sociedade é projeto de vida, sabe? E eu quero isso, eu quero trabalhar com isso, eu me candidatei a isso. Vamos trabalhar com amor. Acho que esse é o maior projeto. É a partir das necessidades dos nossos alunos, nós vamos construindo a caminhada. Nós vamos construindo esse projeto de vida lá dentro da escola, lá no solo da escola. E aí não importa que deficiência o sujeito tenha. Eh, a Shirley coloca assim: "Como vai ser esse trabalho coletivo? Porque não consegui fazer de grupo e tô sozinho". Eh, aí esse eu até vou vou colocar vou vou vou responder essa, viu? Ô, ô, fica à vontade, Vanessa. Eh, ao longo do curso, eh, nós nós oferecemos no semestre passado um curso, né? eh que foi a formação para professores na perspectiva inclusiva. E ao final do curso a gente reuniu, né, grupos para eh fazerem relatos de experiência. E agora na fala da da colega aqui anterior, acho que a Milena Milena, eh que quando ela fala de de projetos compartilhados, eh a gente tem a essa ideia, né, de de reunir alguns projetos até pra gente mostrar pra escola, porque qual é o interesse desse projeto que a gente tá desenvolvendo agora? é a universidade ser veículo eh de disseminação de conhecimento. Então assim, eh na verdade nós não somos nós que ensinamos, né? Eh é é um projeto em que a gente reúne pessoas para trocar trocar ideias, trocar conhecimento. Então o resultado disso vai ser esses esses conhecimentos disseminados. Então, Chiley, a gente ainda não tá nesse movimento, né, eh, de trocas do Nós estamos um movimento de trocas durante as aulas, durante os eh os módulos, mas aí no momento de atividades, no mais pro final do curso, a gente vai estar. E aí, com relação ao aos grupos, a gente tem um grupo de de WhatsApp que inclusive a professora eh Naara colocou aí o o link desse grupo, né? Então a gente vai se se articulando, né, entre nós, entrando nesse grupo, depois vai vir a questão dos tutores. Então a gente tá no movimento, eh o grupo tá acontecendo, o curso tá acontecendo e o nosso movimento de interação tá tá acontecendo ao mesmo tempo. Quer completar, professor Vanderlei? Não, acho que é isso, Valquilo. Acho que asções vão rolando ao longo dos 11 módulos. Nós estamos ainda no segundo. Sim, né? Eh, a Aniceia coloca assim: "Como quebrar os paradigmas impostos sobre educação especial em relação ao processo de alfabetização, vista como obrigação por alguns professores para os alunos com deficiência? Ai, Niceia, as pessoas têm uma ideia da alfabetização, né, muito reduzida e e se tem ainda a ideia de que a criança ela tem só uma fase de alfabetização, né, e que passou essa fase, ela não eh não tá alfabetizada, ela não vai alfabetizar mais, né? Ana é uma um exemplo disso, que o ensino que ela teve durante toda a vida dela vem cada vez mais trazendo a questão de alfabetização, né? Então, a alfabetização ela deve ser encarada como uma eh como um processo e uma obrigação de todos os professores, não só de alguns, né? e não só de alguns com os alunos com deficiência do da mesma forma que os outros conteúdos são conteúdos de de professores regentes, né? A alfabetização também é uma questão de, eu acho que o que a Niceia tá querendo dizer é do professor de apoio, né? Ficar com aluno com deficiência, né, Vanderlei? Acho que é isso que ela quer dizer. e e o e o professor dizer para ele, ó, ensina aí o seu aluno, né, como se fosse um conteúdo dele. Então, eh, a gente só quebra esses paradigmas, Niceia, com formação, com discussão, com planejamento. A nossa escola, ela tem que ter momentos de planejamento, onde a gente estuda os casos, onde a gente discute o que a gente faz com os nossos colegas, né, onde a gente se permite aprender com os nossos colegas. E aí a gente divide, a gente faz uma colaboração, né? O Vicente falou isso para vocês ontem. O coensino, ele não é só feito de professor de apoio para professor regente, professor regente para professor eh de apoio, né? Ele deve ser feito por toda a escola no momento do planejamento. Quer complementar, Vanderlei? Não, Vanessa, acho que é isso. Eh, o grande problema que a nós estamos ainda naquele modelo em que só aprende se for alfabetizado. E a gente esquece que a escola não se restringe à alfabetização das pessoas. A escola é muito mais que alfabetização. A convivência na diversidade, ela é muito maior que estar num processo de alfabetização. Ela é muito maior do que a gente pensa assim, obrigado pelo mínimo, sabe? Não tem que pensar no mínimo, não tem que agradecer pelo mínimo, a gente tem que valorizar as pessoas que ali estão. E que bom que elas estão aqui nos, entre aspas, incomodando, porque esse incômodo nos move, esse incômodo nos bota a pensar, a agir, a reflexionar sobre algumas situações, dentre elas a inclusão. E aí você falou há pouco, educação inclusiva, você falou com bastante clareza. Uai, por que discutir educação inclusivo? Porque há excluídos. Então eu não gosto do termo educação inclusiva, porque para mim a educação precisa ser inclusiva para todo mundo também, para as pessoas deficientes. Então eu gosto muito do conceito inclusão escolar de todas as pessoas. É ali que nós estamos, é ali que nós queremos estar. Eh, a Jane Camargo coloca assim: "Alunos atípicos, neurodivergentes, são denominações que vão surgindo. Como falar?" Eu vou complementar essa pergunta, Vanessa, que eu eu estava eh num num evento chamado Forma SUS, que aconteceu com entre o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde, pra gente discutir a questão da saúde, eh, na perspectiva também eh das pessoas com com deficiência. E aí lá eu estava num grupo de de trabalho e começou a falar sobre mães atípicas, mães atípicas, mães atípicas. E aí eu me lembrei de você e aí eu falei: "Olha, esse termo mães atípicas, né, a gente já tem discutido isso, mães são mães." E aí começamos a discutir sobre isso. E aí assim tinha pessoas do Brasil todo, né? e eu falei sobre você eh dessas denominações. Então, eu só queria complementar essa pergunta da Jane aí com esse eh essa vivência que eu tive ontem nesse grupo de de trabalho lá em Brasília sobre a questão das mães atípicas. Mas tá na moda. E o pessoal fala: "Ai, porque você é uma mãe atípica?", né? Aí eu falo: "Que que você acha que é a mãe atípica?" Ai, você é heroína, você é Aí você fala: "Gente, eu sou mãe, né? Eu sou mãe. Do mesmo jeito que eu sou mãe da Ana, eu sou mãe do Lucas, então eu sou mãe. A gente tem que parar, ó, toda a denominação que coloca as pessoas em caixinhas que querem separar as pessoas, aqui tá essa, aqui tá essa, aqui tá essa, aqui tá, vocês eh repensem, né, qualquer uma, né? Por que que a gente tem que ter mães típicas e mães atípicas, né? Uhum. A gente tem o movimento de mães que deve ser respeitado. As mães, algumas vezes, as próprias mães estão se denominando de mães atípicas. Por quê? Porque elas estão lutando contra uma invisibilidade, né? Uma falsa, eh, discussão de que, ah, vocês são especiais, vocês são super. E na hora que a gente tá numa roda de mães na escola, a gente é colocada do lado. Hora que a gente chega no meio da roda, os outros pais param de conversar, porque o nosso filho não é bem-vindo nas festas, não é bem-vindo na casa do amiguinho, né? E eles estão combinando isso. Eh, a gente hora que chega na escola a gente sente desconforto. Chegou a mãe atípica, né? Então essa essa diferenciação a gente não quer, a gente é mãe. Aí você traz, Jane, uma questão interessante, né, dos neurodivergentes. O que que diverge? O que sai do comum, o que sai do normal, né? E aí a gente prefere neurodiversidade. E a gente tem que pensar o quê? Que que as pessoas com deficiência estão lutando? nada sobre nós, sem nós, principalmente as pessoas do relacionadas ao transtorno do espectro autista, as pessoas autistas têm lutado pela neurodiversidade. Então, em vez de ser divergente, vamos ser diversos. Eu, a Val e o Vanderlei e você, Jane, que estamos quatro aparecendo aqui na tela, nós somos neurodiversos, nós não aprendemos da mesma forma, né? E então, e aí, qual que é o melhor tempo? Todo mundo fica, qual que é o melhor tempo, professor? Qual que é o? Tá lá na Lei Brasileira de Inclusão, na Convenção Internacional, é pessoa com deficiência, né? E pronto, acabou. Pessoa com deficiência, né? A gente não tem que ficar inventando cada vez mais termo, mais termo, mais. Se as pessoas com deficiência fizerem outra convenção internacional e trouxerem outro termo pra gente, a gente vai usar. Aí a gente entende quais são os motivos e modifica, né? Senão a gente não precisa ficar inventando um monte de termo, não. É meu aluno com deficiência, é meu aluno sem deficiência. Eh, profess, eh, a Miguelina Alves eh question fala, né? Professora, você tem alguma sugestão de atividade para trabalhar com estudante muito tímido, tão tímido que tem medo de se abrir ao diálogo? Ai 1000, né, Miguelina? E eu tenho certeza que você faz certinho, né? Começar em pequenos grupos, vir buscando a afinidade desse aluno e aí aumentando os grupos aos poucos, né? A gente tem várias estratégias. Se você tiver uma psicóloga, né? Então, tá trabalho colaborativo com o professor é muito bem-vindo, né? de como lidar com esta pessoa, né? E antes de qualquer coisa, escuta sensível, vai sentindo seu aluno, vai eh proporcionando para ele que ele fale, né, que ele tenha voz na turma, mas vai sentindo, ah, foi demais. É uma questão que tem sido muito discutida nas universidades, é toda disciplina ter seminários. E aí você não tem só as pessoas com transtorno de espectro autista que estão cada vez mais chegando na universidade? Você tem pessoas também que não se sentem bem falando. Tem muitas pessoas, né, neurodiversas que são melhores escrevendo do que falando, né? Então a gente tem que ir no esse seu aluno tímido, provavelmente ele ele pode ser que ele seja tímido o resto da vida, isso não é problema, desde que ele tenha a mesma oportunidade que todo mundo. A Andreia coloca assim, eh, André de Araújo, eu já não concordo. Ser chamada de mãe atípica nos representa principalmente as mães como eu, mãe solo que sofre a luta de muitas coisas e direitos adquiridos ou nomenclaturas de direito. Sou mãe atípica e sou mãe diferente de uma mãe que não tem que levar o filho nas terapias, lidar com escolas não inclusivas, com falta de auxílio nos planos de saúde. sou mãe atípica, muito diferente da mãe que não tem filho com deficiência. Andreia, todo meu respeito para você. Eu tinha falado, né, durante a minha fala e isso eu não tinha falado antes quando a Val me ouviu. Por quê? Porque a avó me ouviu na na especialização passada que estavam começando com essa discussão. Hoje eu trouxe trouxe para vocês, né, a gente tem que respeitar o movimento das mães, que que algumas mães estão se denominando como mães atípicas, indo contra a invisibilidade da nossa luta, a invisibilidade do que passamos. Andreia, meu pós-doutorado é estudar a história de vida das mães. E aí eu tô aqui há 15 dias no pós-doutorado. Eu tô cada dia mais apaixonada pelas minhas colegas, né? Porque são muitas histórias e histórias que t respeitada de, infelizmente de muitas dificuldades na nossa sociedade, né? de invisibilidade do que passamos enquanto mulheres. Não é só mãe, não. Enquanto mulheres, enquanto seres humanos, a situação que essas mulheres têm passado na sociedade não é brincadeira. Então, qualquer movimento em que me dê empoderamento, né, e que me tire da invisibilidade, ele é muito bem-vindo, né? Por isso te respeito muito, Andreia. Obrigada pela sua fala. atual da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos divulgado. Tem mais algumas 46% das famílias que tinham? Parece que não. Aí a gente te dá a palavra e ao professor Vanderlei também para finalizar. Tá certo? Já é 9 horas, né? Eu queria agradecer muito. Amanhã nós estaremos de volta falando das muitas diversidades do ser humano. Obrigada por mais essa noite. Quer falar? Pode deixar. Podeš.

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