Congresso Internacional de Educação Especial do Estado de Goiás – 07-05-2025

By | 22/05/2025



Congresso Internacional de Educação Especial do Estado de Goiás – 07-05-2025.

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Bom, para dar continuidade ao nosso congresso, nós vamos agora iniciar eh de forma oficial o nosso painel. Vocês acompanharam a fala da professora Fabiana Menegazo, que por questões de logística não teve como continuar conosco, né? Ela tem um voo agora para São Paulo às 15, então ela não ela não conseguiu ficar para esse painel, por isso ela teve aquela fala eh inicial, mas o painel continua, né? nós teremos agora a continuidade, eh, e depois do painel nós teremos o tão aguardado momento, lançamento do nosso documento orientador. Eh, não vou antecipar o título nem muitos detalhes que vocês vão apreciar isso no horário oportuno. Bom, para conduzir esse nosso painel, eu tenho uma alegria imensa em convidar a nossa moderadora. nossa moderadora, ela vai conduzir o painel, ela vai fazer apresentações dos painelistas e fazer as reflexões sobre esse tema tão importante. O tema do painel é a inclusão dos estudantes com deficiência intelectual. O que sabemos? O que devemos fazer para promover equidade, liberdade e pertencimento? A todos que nos acompanham e acompanharam a nossa live no trabalho coletivo, nós falamos muito sobre o pertencimento, sobre a liberdade, sobre quebrar os muros. E enquanto não quebrarmos os muros, nós vamos ter que fazer uma gambiarra. Então, vamos dar liberdade. E quando você dá liberdade, você permite que cada um na sua singularidade desenvolva-se, aprenda e com isso torne-se pertencente ao processo. E para falar sobre esse pertencimento, eu convido a nossa moderadora, que é doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás, é mestra em educação pela Pontífice Universidade Católica de Goiás, com especialização em motricidade oral, especialização em voz, especialização em teologia sistemática, é graduada em fono pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. graduada em pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás. Atualmente é gerente de desenvolvimento dos profissionais da educação da Secretaria de Estado da Educação de Goiás, atuando diretamente na formação continuada de professores, promovendo práticas reflexíveis e transformadoras na rede pública de ensino, com uma vasta experiência na educação especial entre os anos de 99 e 2018, esteve à frente da gestão da política estadual de educação especial numa perspectiva inclusiva. cargo de gerente de educação especial daquela época. Sua produção acadêmica e atuação tem como base teórica a teoria sócio histórica, além de diálogos com os pensamentos de Foucault e Bactim, fortalecendo o seu olhar crítico e sensível sobre a formação docente e a inclusão escolar. Com vocês, professora D. Carvalho. Boa tarde. Boa tarde. Boa tarde. Boa tarde. Bom, eu já fui mais que apresentada, né? Eu estive aqui no dia 5 com os mediadores. Foi tão bom estar aqui, foi realmente muito especial para mim. Então, eh, para me descrever assim, basicamente, eh, eu tenho cabelos predominantemente escuro, médio, eh, com algumas mechas claras. Eu tenho a pele, eu sou parda, né? Uma estatura mediana e estou com uma blusa justa, verde, bem clarinho, uma saia longa de listras, branca e verdinho também. E estou aqui eh para moderar essa mesa tão importante, né? Mais uma mesa eh que certamente vai contribuir com vocês, né? com o conhecimento e com a prática de vocês aqui. Não sei se vocês têm esse problema do óculos. Tira e põe. Oerson já apresentou essa mesa. Ela tem por título A inclusão dos estudantes com deficiência intelectual. o que sabemos, o que devemos fazer para promover equidade, liberdade e pertencimento. Eh, de início, quando ele me convidou, eu fiquei pensando nos tempos em que eu estava, né, eh, na educação especial. Me lembro de falar várias vezes nas formações que a gente fazia que eh a deficiência intelectual, estudante com deficiência intelectual representava para nós, para mim assim, eh a situação mais desafiadora, eh, em se tratando de educação formalizada, né, tanto pelas características do estudante da deficiência intelectual, né, eh pelo seu perfil cognitivo, né, né, pelo seu déficit cognitivo aí, abrangando os processos psíquicos, né? Nós não estamos falando só de raciocínio, mas a gente tá falando de atenção, de concentração, né? Estamos falando de memória, estamos falando de linguagem enquanto simbolismo de segunda ordem que Vigotes que fala, né? E simbolismo de primeira ordem também, porque muitos têm dificuldades quanto à linguagem oral, vocês sabem. Então, tendo em vista esse essas características, não tem jeito. A gente pensa que eles eh nos desafiam, desafiam a escola, né? E não só por isso, mas também pelo quantitativo, pelo menos ali naquela época, e penso que isso não mudou, ou se mudou foi para mais, né? Eles representavam a maioria dos estudantes público da educação especial, né? Então, realmente nós precisamos avançar no sentido de promover a equidade, a liberdade e esse sentimento, né, de acolhida e pertencimento por parte desses desses sujeitos. Agora, eh, antes de passar a palavra paraas nossas ilustres aqui da mesa, também vale a pena pensar que o desafio não é algo ruim, né? Não é algo negativo. Principalmente se a gente pensar do ponto de vista da alteridade. Alteridade enquanto, né, o outro, o outro que por ser outro é diferente, diferente de mim. E por ser diferente ele já revolve o meu eu, né, o meu interior. Ele me instig passos, né? O outro, por ser diferente, me faz dar respostas. Ele me desafia, né? E com isso, dessa relação, que é uma dialogia, dessa relação, ninguém sai dela o mesmo. É assim que deve ser, né? Eu cresço nessa relação e esse outro também cresce, né? A ideia que a gente tem nessa relação e o outro com deficiência intelectual é que esse outro com déficit intelectual a gente possa ajudá-lo dando um acabamento pro seu ser, né? Ajudá-lo a se desenvolver, né? ajudá-la a dar passos, né? Então, para isso, o que que a gente tem que fazer? No mínimo, conhecer esse sujeito melhor, né? Saber, então, quais são os seus potenciais, né? Até que ponto vão seus limites, suas dificuldades, né? saber quais as habilidades que ele já tem desenvolvido ou que ele está desenvolvendo em relação a determinados objetos de conhecimento. A gente precisa conhecer para partir daí, não partir do ponto que ele tá, vocês sabem disso, né? Segundo o que propõe Vigotsk, partir de um ponto um pouco adiante do nível em que ele está para ser desafiador também, né? Então, mas não sou eu que vou fazer a fala aqui hoje, né? Não sou eu. Nós vamos mergulhar nesse assunto e vamos entender mais e melhor. E para isso vou me sentar aqui e vou fazer o primeiro convite. Eu vou convidar aqui a professora Rita Cristina. Professora Rita Cristina tem aqui eh uma uma experiência muito importante. Ela é pedagoga, psicopedagoga, com mais de 8 anos de experiência em atendimentos clínicos. psicopedagógicos e orientação parental, focada em crianças e adolescentes com transtornos de aprendizagem, TEA, TDAH, síndrome de DAL. Ela é especialista na formação de gestores e docentes em educação especial como consultora do INEC, Instituto de Educação, Cultura e Gestão, com ênfase na implementação da educação inclusiva e na elaboração do PEI. Ela é pós-graduada em psicopedagogia clínica institucional pelo Instituto Singularidades, Especialização e Desenho Universal da Aprendizagem eh pela Universidade de Alcalá, na Espanha, e formação no Instituto SED Sapientiai em São Paulo, em áreas como autismo, psicosis na infância, além de projetos de escolarização de crianças autistas e psicóticas. Sua prática integra as áreas da educação, saúde, com foco na inclusão, autonomia, desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas sustentáveis. Além da atuação clínica, ela é conselheira administrativa do Gaia, que é um grupo de apoio ao indivíduo autista e palestrante em eventos sobre inclusão escolar e social. A experiência pessoal como mãe atípica de um jovem autista fortalece sua visão empática e eficaz na construção de políticas educacionais inclusivas. Então eu convido aqui a professora Rita, né, ela vai ter 20 minutos para fazer as suas considerações acerca do nosso tema. Seja bem-vinda, professora. Ela vai conversar conosco então sobre a deficiência intelectual. Eh, gente, boa tarde. Boa tarde. O som tá bom? Tá, né? O chefe tá aqui, tá me ensinando aqui que eu tenho que chamar a Maria Luía também, gente. Maria Luía, vocês conhecem também, né? Maria Luía Mendes é minha amiga. Maria Luía Mendes é doutoranda, mestra em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Graduada em Letras, português, e inglês, pela Universidade Estadual de Goiás, com especializações em língua portuguesa, UFG, né? Psicopedagogia, UEG, desenvolvimento humano, educação, inclusão escolar na UnB, educação especial inclusiva pela Ixe, essa eu nem conhecia. U FABC, isso. E consultora em emprego apoiado. É audio descritora, professora estatutária da CEDUC, né, e atua na gerência de educação especial da CEDUC como professora formadora em encontros pedagógicos, cursos de formação continuada. participou na elaboração dos instrumentos pedagógicos utilizados nas salas de aula comuns e salas de AE, como avaliação diagnóstico, estudo de caso, o PE, né, o plano de desenvolvimento individual, relatório de avaliação e aprendizagem e desenvolvimento, eh, e atua em cursos de pós-graduação na área de educação especial. atuou como professora tutora no curso Rede Colaborativa, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação, eh, e é membro representante da CEDUC no Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e também eh no Fim de Poder. Ela é sócio fundadora e vice-presidente da Associação para Promoção e Inclusão pelo Emprego Apoiado de Goiás, que é o Apoia Goiás. Então eu convido aqui também para compor a mesa, né, e para aquecer a nossa discussão e fetição, a Maria Luía, que também vai conversar conosco sobre a deficiência intelectual. Nós nós vamos começar com a professora Rita. 20 minutos, professor. Deixa eu fazer minha audiodescrição, porque eu pequei nesse sentido nas outras apresentações. Eh, enfim, eu tenho 1,70 m, branca, cabelos no ombro, estou de tênis, calça cinza, camisa branca, uso óculos. Eh, enfim, acho que é isso. eh falando sobre deficiência intelectual, eh considerando a educação inclusiva, eh por mais que eh a gente sabe que nós, enquanto professores, eh trabalhamos sobre os aspectos pedagógicos de como trabalhar o ensino e aprendizagem da criança, nós é muito interessante quando nós temos conhecimento do laudo, também nós não vamos nos pautar pelo laudo, mas é importante que a gente conheça as singularidades dessa criança pra gente saber eh qual é o o mecanismo mais interessante, qual é o caminho de informação que a gente vai trabalhar, como que a gente deve atuar com essa criança, considerando a pluralidade que é a escola e a singularidade que é a criança. Eh, como a professora Fabiana disse hoje, estatisticamente a deficiência intelectual ela é presente, né, eh, na sociedade em grande porcentagem, sendo sozinha, somente a deficiência intelectual. E quando se trata de comorbidade também, ela está presente em outras condições como comorbidade, como segunda atenção. Apesar de tudo isso e também aproveitando a fala da professora Luzia, eh consta no DSM, que é o manual diagnóstico de psiquiatria, eh o CID para deficiência intelectual, tá? E para se ter esse diagnóstico, é preciso que os sintomas perseverem em diferentes ambientes, eh, tanto na escola, em casa, nas relações, de forma em todas as esferas sociais. Eh, e é preciso também saber que eh e pode acontecer o diagnóstico em quatro níveis de comprometimento, tá? Existe o nível leve, o nível moderado, o nível severo e o profundo. Logicamente que o mais fácil de ser reconhecido é aquele que está claramente eh transparecido, né? O diagnóstico da deficiência intelectual leve, como em outras condições, ele vem tardiamente porque necessita especificamente que tenha causado prejuízo ao longo da vida, né? Então, provavelmente, eh, esse diagnóstico mais leve, ele pode acontecer e precisa acontecer pelo menos eh até os 18 anos. Então, a vida pregressa até os 18 anos. É muito importante para ver se todas prejuízos perseveraram, né? E como é que a gente trabalha isso na escola com todo esse conhecimento aí clínico, técnico, das dificuldades, das singularidades. Bom, vamos voltar ao início, né? Voltar ao início é muito bom. Eh, a gente precisa fazer a avaliação dessa criança, a gente precisa conhecer eh o seu o seu interesse, né, o seu eixo de interesse. Isso vale para qualquer criança, como bem outros professores aqui disseram, quando a gente conhece o eixo de interesse da criança, a gente trabalha pedagogicamente através desse eixo, porque é mais fácil acessar a criança, né? Eh, falando também sobre a questão da da deficiência intelectual ser qualificada também através do teste de QI, né? Mas isso não significa que ela não tem talentos, isso não significa que ela não tem potenciais. Por quê? Vou dar um exemplo de caso para ilustrar isso melhor, né? Eh, eu trabalhei em escola pública também durante muitos anos e tive um aluno com deficiência intelectual de nível bastante severo, né? Então, sim, ele teve muitas dificuldades para ser alfabetizado, ele não foi, ele teve muitas dificuldades eh na matemática, nas relações, precisava de mediação porque não tinha a compreensão eh de flexibilizar um diálogo, mas ele era um exímio escultor. Então, ele esculpia, ele trabalhava com argila como ninguém. E quando a gente fala sobre essa potencialidade dele, que ele era um artista, nós estamos falando de dupla excepcionalidade. Por mais que em algumas atividades ele seja avaliado e não tem atingido a nota mínima de QI, na no trabalho artístico, escultural, ele passava à frente de todos. ele era o melhor. Então, o que que a gente fazia? A gente a a gente potencializava o trabalho em torno da escultura, eh o fazendo matemática, fazendo o trabalho de português, eh o mínimo para que ele pudesse se relacionar bem. E e ali na oficina da escola ele ele começou a sua iniciação profissional, aquilo que trouxe eh o que eh como é que fala? a a profissão que que seria o ganhapão dele. Então, pelo fato dele ter deficiência intelectual, ele não foi impedido de ser um cidadão independente e autônomo. E isso a escola ajudou ele, porque nós tínhamos uma oficina em que ele trabalhava e também ali ele era assessorado pelo profissional de apoio, né, pela orientação dos professores, porque a partir da escultura nós conseguimos alfabetizá-lo a partir do interesse dele pela argila, pelos moldes, eh, enfim, tudo que envolvia esse aspecto, ele foi alfabetizado e a partir dele contar para as esculturas que ele produzia, ele conheceu os números. Então, assim, tudo vai passar pela nossa estratégia pedagógica, pelo nosso pela nossa diversificação de estratégias, né? E isso é um perfil de aluno e que para muitos era assustador. Eh, eu tive uma situação que a profissional de apoio que tava junto com ele, ela dizia: "Meu Deus, o que que eu vou fazer com ele?" Né? Eu falei: "Nossa, calma, calma, vamos conhecê-lo primeiro, né? Vamos conhecê-lo, vamos dar oportunidade dele falar, dizer, expressar, né, o seu talento, o seu gosto e a partir daí a gente vai desenvolver o nosso planejamento." Então, assim, por que esse desespero dela? Porque ela desconhecia completamente eh a deficiência intelectual, né? Então assim, quando a gente desconhece, o medo nos afasta do nosso principal foco, né? Então assim, eu acho que isso é uma história que ilustra eh a situação de vários estudantes, né? Eh, a gente conhecê-lo, dar oportunidade de expressão, permitir que ele experimente, né? tem experiências diversas na escola, eh, porque muitas vezes ele vai descobrir o foco, o talento, é quando nós oportunizamos, né? Então, para isso, a gente não pode ser capacitista, de novo, a gente vai falar sobre isso, né? A gente não pode julgar a pessoa pela aparência, né? pelo que ela apresenta, porque muitas vezes o que ela apresenta é uma dificuldade de expressão. Nós somos o recurso que ela precisa para ela crescer, né? Eh, quero fazer uma referência sobre deficiência intelectual e autismo, né? Porque eu acho que é muito pertinente, porque eh muitas vezes a mesma criança virá com comorbidades, né? eh associadas. Eh, tem um, depois vocês vejam na internet um autor chamado Biger Seller. Ele é um alemão, escreveu livro, é poeta, maravilhoso, muito sensível. Numa outra oportunidade eu quero falar sobre ele aqui para vocês. Se houver mostrar uma foto dele, o livro dele, muito sensível. E ele é um autista de nível de suporte severo. Severo. Aquela pessoa que a mente dele não consegue enviar comandos para que ele se comporte adequadamente, para que ele tenha uma coordenação motora adequadamente, para que ele ele não é verbal. Eh, e nasceu assim há quase 60 anos atrás, mas ele é autodidata, ele foi alfabetizado, ele aprendeu sozinho, observando, vendo o que acontecia ao redor dele e de repente saiu um livro. Então assim, esse autista nível três de suporte não tem deficiência intelectual. Vocês percebem? Então assim, nós precisamos dar oportunidade para todo e qualquer aluno dentro da escola e precisamos saber das suas singularidades, porque a deficiência intelectual não vai determinar ou mensurar até onde a criança pode chegar, bem como eh relacionando a um autista severo, a sua condição também não vai determinar o que ele é capaz. De novo, nós vamos cair naquela regrinha. Precisamos oportunas para atender a todos. E isso vai acontecendo conforme nós vamos vivenciando eh situações desafiadoras, né? A gente fala muito em processo de ensino e aprendizagem, que todos são eternos estudantes. Então, eu acho que isso cabe a nós também, né? Nós nunca saberemos tudo, tá? E a escola inclusiva, ela nos traz essa essa reflexão e esse desafio. Eh, nós estamos constantemente nos preparamos porque lidamos com o ser humano. E isso não é determinismo, né? Não é determinado. Nós não temos um ponto de saída e um ponto de chegada. Nós temos um caminho a percorrer, né? E é durante esse caminho que eh é a via de mão dupla, nós crescemos e damos oportunidade deles crescerem também. Então assim, não se assustem, não tenham medo, eh não se sintam incapazes, prestem atenção, convivam, dê oportunidade, utilize o seu saber, o seu saber como educador, eh, para ajudar nessa situação que precisa de ser alavancada, que precisa ser construído um conhecimento. Eu costumo dizer que nós não trabalhamos com formação de professores, porque formados todos somos, a gente só precisa se habilitar. É isso. Obrigada. [Aplausos] Obrigada, professora Rita. eu te ouvindo aqui, eh, eu assim destacou, me chamou atenção quando você falou do estudante, que você teve experiência com ele, o estudante com deficiência intelectual que fazia esculturas, né? Eh, eu me lembrei, eh, também, não tem como, é inevitável, eu acabo me lembrando do tempo que eu atuava na área, né? Mas eu me lembrei de vários casos quando a gente fazia as formações, eh, da gente, eh, destacar várias situações em, eh, vários estudos de caso com estudantes com deficiência intelectual. E da gente dizer assim, ó, muitos conseguem fazer rabiscos no papel e muitas vezes muito pouco, né, muito elementar e e julgavam que esse estudante não tinha eh capacidade para avançar, para aprender, né? Eh, mas você veja que a escultura e o rabisco no papel são simbolismo, né? E sugeremmo avançado, inclusive, né? Porque o rabisco representava um objeto da realidade, assim como a escultura. Então, ambos eles apontam para uma capacidade de abstração considerável. imaginação, imaginação, atenção, concentração. Você vê, são funções psíquicas, eh, assim, importantes que ele já apresenta, porta aberta para desenvolver outras, outras habilidades e se apropriar de outros objetos de conhecimento, né, assim como você destacou, né, que é o caso dele, ele conseguiu ser alfabetizado, né, a partir de dessa habilidade, né, a partir da obra. Exatamente. Outra coisa que me chamou atenção e eu vou falando aqui, né, e depois eu penso que nós vamos ter um tempo eh para algumas perguntas também eh tendo em vista que eh o o tempo que eu tô marcando, mas me chamou atenção quando você fala eh que nem todo estudante autista, né, nem todos os casos de terra tem eh a deficiência intelectual. Eh, e também isso, isso vale para os estudantes limitação às vezes considerável, você achar que ele tem o déficit intelectual, mas não nem sempre isso acontece. Ou se acontece é um atraso no desenvolvimento, tendo em vista as dificuldades de interação, né? Eh, então você me lembrou de outro caso, ó. provoquei. É, mas o bom é de uma conferência, de uma palestra, é quando a gente tem história para contar, né? Eh, eu trabalhei com uma outra criança com múltiplas deficiências, eh, inclusive cadeirante, não tinha condições eh motoras de escrever, não tinha eh controle seu sobre seus membros que se mexiam involuntariamente. Mas olha o detalhe, gente, a parte do cérebro responsável pela cognição não tinha o problema da paralisia. Então, com toda a dificuldade aparente dela, ela me respondia piscando as questões. Então, ela piscava assim para positivo, duas piscadas para negativo e assim a gente seguia. E eu fui descobrindo que ela gostava de poesia. E é incrível. Eh, eu cheguei naquela escola, ninguém sabia que ela era alfabetizada. E eu fui descobrir na interação, na construção de vínculo que eu fiz com ela. Isso é muito importante, né? OK. Falar para você ver, a paralisia eh cerebral nem está enquadrada na deficiência intelectual, mas na no déficit motor, né? Então, por definição, é assim, né? E uma outra, um outro ponto e último que deve chamar a nossa atenção, ela tava dizendo que o déficit cognitivo ele não determina a a capacidade de aprendizagem por si só, né, do estudante e o desenvolvimento dele. E de fato, se a gente olhar para Vigotsk, a gente vê que o o biológico, no caso aqui, o déficit, né, ele tem um peso grande, mas ele realmente não é determinante. O meio social é, né? E o meio social aqui representado pela escola e por todo o aparato, né? Todos os recursos, todos os apoios qualitativos que são oferecidos para esses estudantes, né? Isso sim muda as rotas de desenvolvimento. O biológico tá ali, mas ele não precisa decidir a vida do sujeito. O que decide é a qualidade do meio, a qualidade dos apoios, né? a qualidade das interações. Então, isso também ficou muito claro na sua fala, né? Eh, muito bom. Agora, a Maria Luía tem a missão de fazer intersecção com a sua conversa. E esse isso tem a ver com o título da fala da Maria Luía, né? Olha só, eh, Maria Luía vai trazer uma consideração aqui para nós que tem por título As intersecções constitutivas do estudante com deficiência intelectual. Então, Maria Luía tem também 20 minutos para falar conosco sobre a deficiência intelectual. Boa tarde. Boa tarde. Boa tarde. Boa tarde. Então, eu vou me apropriar da fala da professora eh Luzia de manhã e eu me senti grande porque eu tenho 1560 mm, tá? Então tô tô grande, né? E eu quero a dizer que para quem tá de casa, quem tá na escola, que vocês estão muito bem representados por esse auditório. Tá muito lindo aqui. Creio que vocês veem eh nas filmagens aí dos colegas aí da filmagem que tá muito lindo. Eh, quando a gente organiza, faz parte da organização, vê esse auditório, vê vocês prestando atenção, de vez em quando conversando assim paralelo, mas é isso é normal, né? É sobre o assunto. É, então é muito muito bom, muito importante. Eh, eu sou uma mulher eh, como eu disse, né? Tenho estatura baixa, sou mulher de pele clara, tenho cabelos grisalhos acima dos ombros, eu tenho olhos castanhos escuros e uso óculos de grau, tá? Hoje eu tô vestindo um vestido estampado com fundo bege clarinho com estampa azul em folhagens. Eh, então eu quando trouxe essa a isso a inclusão dos estudantes com deficiência intelectual e a primeira coisa dessa temática é o que sabemos. E aí eu pergunto para você que tá sentado aqui e para você que tá nos assistindo, o que você sabe não sobre os estudantes, mas sobre o Víor Hugo, sobre o João Vittor, sobre a Jaqueline, sobre a Stepane Lorane, sobre a Ana Maria, o que você sabe desse estudante? Você sabe que ele tem um laudo? Ele tem um laudo. Isso tem, isso sabe, você sabe. Até porque se ele tem alguns serviços e recursos, ele precisa, a gente precisa desse laudo para poder eh alocar esse serviço e recurso de apoio especializado. Mas o que mais você sabe além desse laudo? É sobre isso que eu quero falar, porque o que que nós sabemos, só a partir do que nós sabemos, é que nós saberemos o que podemos fazer, porque senão a gente vai fazer coisas que não vai servir para o João Vittor, não vai servir pro Víor Hugo, não vai servir para Stepan Loran, não vai servir pra Ana Luía, mas para além da deficiência, eu quero que vocês pensem comigo aqui mais sobre algumas coisinhas que nós vamos caminhar, né? E aí pra gente, a gente tem que saber e o que que deve fazer para o quê? Foi falado aqui desde a segunda-feira e aí eu pensava assim: "Nossa, parece que a minha fala vai repetir o que já é dito". né? E e de fato, né, os ditos, né, Lorena? Eh, mas esse dito ele precisa ser dito, como diria o meu sobrinho, ele precisa ser dizido, tia, né? E para o quê? Para promover equidade, liberdade e uma palavrinha que é muito importante, pertencimento. Tá? Parece tão bonito falar de equidade, de liberdade, de pertencimento, mas pra gente promover isso daí, a gente precisa rever e pensar em algumas coisas. E aí tem o título que a Lorena falou: Será que conceituar e caracterizar um estudante com deficiência, ele é isso? É importante? Será que só isso é importante? É importante, viu, gente? é importante e é por isso que nas nossas formações a gente ainda insiste em dizer quais são as características, o que é que define uma pessoa com deficiência intelectual, né? E aí em relação a conceito, a associação americana ela fala que a deficiência intelectual se caracteriza por quê? por problemas, e aí eu destaco, é grifo meu, problemas e limitações significativas, gente, não é qualquer limitação, não é qualquer dificuldade de aprendizagem, são limitações significativas. Na área intelectual, o que que abarca essa área intelectual? O raciocínio abstrato, a resolução de problemas e o aprendizado. E aí por vai, né? E ainda mais não é só a dificuldade de raciocinar, de abstrair, de escrever, de ler, mas ele não lê, mas ele não aprende. Essa pessoa também vai ter dificuldades na área do comportamento adaptativo. E isso envolve a interação, as atividades de vida diária. Se pra você pegar um pente e pentear o cabelo pro seu filho, pro seu neto, pro seu sobrinho, pegar um pente e já fazer esse movimento de pentear o cabelo, parece tão natural, né? Para algumas crianças, para alguns jovens e até para alguns adultos com deficiência intelectual, esse é uma dificuldade significativa, tá? E aí vem dizendo o seguinte, que essa deficiência associação antes era 18 e agora passou para 22. Os avanços da ciência vão mostrando que o amadurecimento psíquico ele ele vai até, né, esse essa idade. Aí nós temos lá na Lei Brasileira de Inclusão uma nova perspectiva que foi falada aqui o tempo todo, essa perspectiva social da deficiência, que é o quê? A deficiência, ela se caracteriza pelo impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual o quê? Olha o grifo meu aí, ó. Em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Eu volto a perguntar, você sabe, você conhece, você sabe sobre os estudantes com deficiência intelectual? Se você não sabe, você não vai conseguir eliminar essas barreiras. É mais uma atenção que eu peço. Quais são as concepções comuns que a gente ouve? Gente, eu tô aqui pinicando para ficar de pé porque é professora, né? Quais são as concepções comuns do senso comum? A gente até pensa que é do senso comum, mas elas estão, e vocês não vão me deixar falar que tô mentindo, elas ainda estão fazendo moradia constante nas nossas escolas. Capacidade inferior de raciocínio. Aprende hoje e esquece amanhã. tem incapacidade. Ele é incapaz de resolver tarefas. Ele tem grande dificuldade de aprendizagem. Ah, ele não acompanha a turma, ele não alfabetiza. Gente, professora, como é que eu faço? O menino não alfabetiza, ele não é alfabetizado, ele não consegue abstrair, ele não retém informações, ele não consegue prestar atenção e por aí vai as reticências, né? Ainda temos isso. Por que que será que a gente tem isso? Será que é porque a gente conhece e sabe sobre os nossos estudantes? Mas eu vou trazer uma pimentinha aqui para o nosso paraa nossa conversa. Tudo isso, todas essas manifestações, né, discursivas aqui, né, Lorena, elas são capacitistas. Elas são capacitistas, elas partem da premissa de que a pessoa com deficiência, sobretudo a pessoa com deficiência intelectual, ela é incapaz. Ela é incapaz. Ela é incapaz de ler. Ela é incapaz de ficar permanecer sentada na sala. Ela é incapaz de interagir comigo. Ela é incapaz. Ela é incapaz. Ela é incapaz. E isso é postura capacitista. Mas vamos pensar o seguinte, nós temos o quê? De onde vem essa essas nossas atitudes capacitas, essas nossas concepções ainda arraigadas na incapacidade? Ela vem primeiro de um modelo médico e de da história, né? Isso foi falado aqui, né? que tem a deficiência como impedimento, que o problema está na pessoa e por isso, porque o problema tá nela, é que ela precisa ser normalizada, é ela que tem que acompanhar a turma. Mas aí eu costumo dizer que Pokémon evolui, né, e nós evoluímos. E vem aí uma nova forma de pensar, pelo menos é isso que a gente busca, é isso que está instituído, né? É isso que, como a Lorena falou na nossa na formação com os mediadores, é isso que tá emergindo lá. né, que é o modelo social ainda, não é isso que tá. Ele precisa vir, né, mais ainda, né, Lorena, se tornar visível, né, não é ficar submerso, né? A Lorena usou a metáfora do do iceberg, né, aquela parte visível, né, isso precisa estar ali visível, né, e por isso da da tese dela, né, do da do visível, né, que é um modelo social. Que que é esse modelo social? Poxa vida, eu vim aqui, eu vim participar de um painel num congresso, eu tô na minha casa, eu tô lá na escola aproveitando a minha aula, aula, atividade ou qualquer coisa assim. E essa mulher vem falar de novo de modelo social, de modelo médico, de definição, né? Esse modelo, como nós já vimos, ele nasce, ele flui de uma necessidade de valorizar os direitos humanos e da igualdade de direitos, né? Ele ele entende para essa para essa forma de conceber, olha só, isso é muito profundo, gente. Essa forma de conceber a pessoa com deficiência, ela entende que a lesão desse corpo, ela é resultado da interação. Se esse estudante aprende, ele tem o déficit, não se nega o défic na na no modelo social. Mas se ele não há mais, não tem mais possibilidades de aprender, é porque na interação ali na sala de aula, no provimento de estratégias, de metodologias e de recursos, nós não tiramos as barreiras que ela, se nós tirarmos, eliminarmos e ou minimizarmos essas barreiras, essa essa pessoa vai ter plena participação. Claro, ela tem as limitações, mas ela não vai ser impedida de participar. Ela tem as limitações no sentido, ela tem o défic ali, mas a a despeito desse déficit, ela é capaz de participar. E esse modelo ele foca o quê? nas habilidades e nas capacidades. E aí eu volto a perguntar, o que você que está aqui sabe sobre o João Vitor, o Vittor Hugo, a Stephanie Lorani, a Ana Luía, você sabe, é só o quê? Ah, eu tenho impedimento na área adaptativa do funcionamento intelectual, tem dificuldade de raciocínio? É muito importante saber disso. É muito importante saber disso também. Mas para além dessas questões de caracterizar, por isso eu fiz a pergunta, é suficiente conceituar? É necessário, mas é suficiente só conceituar. E aí eu trago aqui a deficiência do Víor Hugo, da Jéssica Lorani, da Ana Luía, já inventei outros nomes, né? É apenas um dos atributos. É apenas um dos atributos dessa menina, apenas um. E nós precisamos olhar que observar como que é que essas estruturas, né, culturais, sociais, da incapacidade, da falta de rampa, de tudo, como que é que isso condiciona a o ser, o protagonismo dessa desses estudantes ou até a aniquilação dessa estudante ou desse estudante. São essas estruturas que vão dar essas condicionantes, tá? A desigualdade entre essas pessoas, entre as pessoas com deficiência e sem deficiência não são explicadas a partir das restrições provocadas pelo impedimento corporal. As pessoas não têm acesso a determinados lugares lugares não é por causa do impedimento corporal ou cognitivo. Lembra do modelo social? é a interação, é a forma com que o ambiente traz essas barreiras que vão, né, da essa condicionante. Sim, é a partir das barreiras sociais que impedem ela de protagonizar, né, enquanto expressar as suas capacidades. E aí eu trago que as a experiência das pessoas com deficiência, ela não é uniforme, gente. Vamos parar de achar aqui. E aí eu trago aqui os os eh as expressões capacitistas, que o dalzinho, que todo dainho é igual, que o di e aí a pessoa passa a não ter nome. Olha a barreira, olha essa barreira. de que impede é a barreira, a primeira barreira identitária. A pessoa passa a não ter nome, o meu da, o meu deir, o meu o cego e ainda traz o meu, né? É um pronome possessivo assim tão arraigado que que é o meu, é o meu, né? E aí eu quero trazer paraa reflexão de vocês que essa pessoa com deficiência, e aí eu vou audiodescrever aqui, eh são círculos que formam uma intersecção e essa intersecção ao meio está escrito deficiência intelectual, círculos coloridos, tá? E para nessa intersecção que forma eh a questão da deficiência, o círculo central, ela é rodeada por outros círculos que traz classe social, gênero, faixa etária, língua, cultura e etnia. E quanto tempo que eu tenho? Poucos. Poucos, tá? Eh, e aí eu queria dizer para vocês o seguinte, sabe a Jéssica Lorani? Ela pode ser uma mulher com deficiência, preta, pobre e estrangeira. e estrangeira. Sabe o João Vittor? Ele é um menino surdo. Vou trazer outras deficiências aqui também. Um menino surdo, um rapaz surdo que tem uma orientação diferente, tá? Ele é a Ana Luía, ela é a mulher com deficiência intelectual que está lá na sala de aula com 24 anos e nós estamos a tratando como uma criança de seis. Pensem nisso. Ontem eu comentava com uma pessoa sobre a unimultiplicidade do indivíduo. Eu sou única, mas eu sou múltipla. Eu me constituo dessas intersecções. Então, por isso eu volto a perguntar e para encerrar, o que vocês sabem sobre o estudante com deficiência intelectual que vocês atuam junto a eles aí nas suas escolas? Eu agradeço. Muito obrigada, Maria Luía. ótimas considerações, eh uma ótima reflexão. Daí eu abri aqui falando que os casos de deficiência intelectual representam para nós um desafio. Parece que agora eu acrescento um ponto a mais, né? Todas essas intersecções a gente precisa lembrar não só no caso da deficiência intelectual, como no nosso caso, né? Eh, nós trazemos muita história e tudo isso precisa ser considerado no processo de ensino aprendizagem. Mas tem ainda um ponto da sua exposição que chamou atenção, que são as falas muito eh recorrentes no meio, né, educacional, na escola e que são falas capacitas, conforme você mencionou. E uma delas que eu destaquei é esse estudante acompanha a turma. Realmente isso é muito comum, né? Isso é muito comum, inclusive para além da deficiência intelectual, assim, né? É muito comum os professores eh referirem que determinado estudante com deficiência não acompanha a turma. Eh, aí é só uma consideração assim, primeiro ponto que a gente fica pensando, ele precisa acompanhar a turma, né? Eh, ele a gente precisa fazer, né, essa reflexão. Nós falamos no dia que eu estive aqui com os mediadores da inclusão e eu penso que vocês conversaram a esse respeito posteriormente também ontem, hoje, né, eh nós falamos eh eh que a gente precisa considerar a subjetividade, o nível de desenvolvimento, as experiências de aprendizagem, os saberes prévios de todos os estudantes, né? Então, eh, num caso desse, um estudante que que o professora refere, ele não acompanha a turma, eh, precisa da gente pensar, ele precisa acompanhar, né? Eh, ele precisa avançar tendo a si como referência, né? Ele tá ali na escola para aprender, ele tá ali na escola para se apropriar de determinados objetos de conhecimento. Então ele chega e a gente precisa favorecer esse aprendizado, mas não, isso não quer dizer que ele tenha, né, que acompanhar a turma. Eu acho que essa é uma é uma reflexão legítima, né? E para além disso, ele tá ali na turma, não precisa acompanhar a turma, mas sim desenvolver, né? A gente quer que ele se desenvolva. Um outro ponto também importante aqui é que se ele está lá, ele não é uma preocupação, entre aspas, eh apenas de vocês, né, dos professores de AEE ou dos profissionais diretamente ligados ao sujeito com deficiência, mas ele é estudante da sala de aula, né? ele está lá, ele é estudante do professor regente. Então, eh, e isso também precisa ser levado em conta, né? Quer dizer, eh, a as propostas, eh, pedagógicas devem considerar a presença desse sujeito. E aqui eu tô falando até do pertencimento que faz parte da nossa conversa, né? As propostas pedagógicas como um todo precisam considerar que as pessoas com deficiência estão na sala. Aí quando a gente tem por foco, por exemplo, a recomposição das aprendizagens, precisa trazer o sujeito com deficiência também para esse objetivo aqui, né, ainda mais, né, para eles. E por aí vai a a formação de professores, conforme a Rita mencionou, né? Mas a gente tem aqui alguns minutinhos ainda, 3 minutos pra professora Rita e três paraa Maria Luía. Eh, já que a gente fala de equidade, liberdade, pertencimento, eh, você, eh, Rita, teria mais alguma consideração? Eh, principalmente assim, se a gente eh se lembrar da sala de aula comum mesmo, né? Mais alguma consideração final a esse respeito? Exatamente sobre isso que eu queria falar da prática da sala de aula, como resolver essa situação, como é que a gente vai encarar isso, né? Eh, em primeiro lugar, a gente não pode colocar o ser humano em lâminas, né? A parte física, a parte emocional, a parte intelectual, a deficiência. Não, vamos falar do ser humano. Qual é a experiência de vida que ele traz? Da onde ele veio, né? O que ele precisa saber, o que ele sabe, como eu posso ajudá-lo? Que recursos ele vai precisar, qual é o meu planejamento para ele, aonde? Qual é o meu objetivo para ele? E a gente vai conseguir ter a métrica do desenvolvimento do nosso aluno, seja ele quem for. Então assim, vamos chamá-lo pelo nome, vamos preparar um planejamento para construção de conhecimento, vamos usar o estudante como referência do seu próprio desenvolvimento. É dessa forma que a gente vai trabalhar de forma democrática, inclusiva, independente de onde veio, o que tem, eh como é, quais as dificuldades e os seus talentos. vamos trabalhar na promoção do seu desenvolvimento. Acho que esse é o nosso foco. Obrigada. Muito obrigada, professora R. Eh, então para para complementar, né, essa consideração que a professora Rita, eu queria te ouvir também, Maria Luía, assim, trazendo um foco então paraa sala de aula, né, essa e toda essa discussão que você trouxe eh eh se lembrando desses conceitos, né, do pertencimento, da liberdade, da equidade, pra gente fazer um arremate, né, certo? Então, eh, com relação à sala de aula, nós, eh, nos debruçamos muito enquanto equipe lá da gerência de educação especial na tentativa e fizemos é o melhor, não é uma avaliação diagnóstica. E como diria meu velho pai, no início do ano é ó, um UPA, não é mediadoras? para que, não é, professores de para que os professores tenham consciência da importância desse instrumento lá no início do ano. É nesse momento que você inicia, inicia, e aí eu trago um termo lá da psicopedagogia, o olhar, a escuta para estes aspectos que constituem esse esses estudantes, não só os aspectos intelectuais, não só os aspectos da vida socioemocional, socioeconômica, mas esses outros aspectos também que o constituem. Então, é a partir desse instrumento e ele e isso e esse olhar e essa escuta, Lorena, ela não pode se esgotar nesse momento, porque ali é um primeiro, são os primeiros elementos que você tem para conhecer esse estudante, mas ao longo do ano, ao longo da convivência, Ele vai revelando as suas fragilidades, ele vai revelando as suas potencialidades, ele vai revelando as suas necessidades. Então esse olhar, essa escuta, ela deve ser constante para que a gente não dê atividades, para que a gente não promova atividades somente para preencher uma ficha. vai para além de um instrumento. Nós estamos aqui falando de acolhimento, de pertencimento e de equidade o tempo todo. E a gente tá a todo momento falando de educação inclusiva. Para incluir, é preciso trazer esse olhar e essa escuta atenta cotidianamente, porque é só esse olhar e essa escuta atenta. é que mesmo que ele não acompanha a turma, como Lorena disse que ele não precisa acompanhar a turma, é que vai me fazer enxergar que ele aprendeu, que ele desenvolveu, que ele teve mais autonomia, construiu mais autonomia, construiu mais independência, construiu mais redes e interações sociais ali na escola, né? Então, eh, isso é muito importante. Eh, façam, eh, não é à toa que nós propusemos esse instrumento e acho e nós devemos nos valer constantemente desses documentos orientadores para que a gente tenha mais sucesso na ação pedagógica, na ação inclusiva. Obrigada. [Aplausos] Então, muito obrigada, professora Rita, professora Maria Luía, obrigada pelas reflexões, considerações, viu? Elas foram realmente edificantes, né? Eh, certamente que a gente sai daqui provocado, né? né? E e minimamente assim, isso deve deve se trazer para nós alguns elementos pra nossa reflexão e inclusive paraa mudança na nossa prática, né? Eh, uma coisa que só para fechar, eh, que toda essa discussão me faz pensar assim com muita força é que a gente pensa muito nos recursos, nos serviços especializados para esses sujeitos com deficiência e é uma tentação, é uma tentação hoje, né, ainda partir para práticas que segregam, viu? Eh, nós nós falamos, eu volto a afirmar da questão do discurso de inclusão, falamos que incluímos, né? Mas se você for olhar de perto, tem uma tendência muito forte de práticas que segregam, né? Então, essas esses recursos, instrumentos, serviços especializados, eles têm que ser complementares, eles precisam ser de apoio e não substitutivos, né? a prática pedagógica comum e para todos, né? E com isso a gente encerra essa mesa tão rica. Para mim foi, para vocês foi? Sim, sim. E [Aplausos] agradeço então a participação da Rita e da Maria Luía. Estão me dizendo que eu tenho uns minutinhos para fazer perguntas. Alguém, alguém tem alguma pergunta? Se quiser, Lorena, nós vamos agora fazer um intervalo, eh, e voltamos daqui a pouco. Vamos continuar com vocês aqui na no auditório, tá? E daqui a pouco, eh, nós voltamos. Vai ter um intervalo. E eu isso. Então, as perguntas ficam para depois. Não, obrigada. Não, não, não. Na verdade, já encerrou a gravação pode fazer. Vai sentar aqui. Olha para cá. Registrando a todo mundo aqui a presença da secretária de estado de educação de Goiás, professora Aparecida de Fátima [Música] Gavioli. também a deputada Bia de Lima e o procurador da APAI e o também conselheiro estadual de educação, Dr. Eduardo [Aplausos] Mesquita. Senhoras e senhores, é com grande satisfação que damos início ao momento solene de lançamento oficial do documento orientador para inclusão do estádio no estado de Goiás. Esta publicação constitui-se em uma referência normativa e pedagógica para a implementação das práticas inclusivas no âmbito da educação pública estadual, alinhada à diretrizes da política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, bem como balizada nos princípios da equidade e inclusão. Esse documento foi elaborado de forma colaborativa com base em evidências escuta qualificada de profissionais da rede estadual de educação, familiares e especialistas e visa garantir condições de equidade, acessibilidade e participação plena de todos os estudantes como foco especial naqueles que apresentam necessidades educacionais específicas. E como não poderia ser diferente para o lançamento desse documento, nós contamos com a presença de autoridades que têm desempenhado um papel estratégico na formação, na formulação e no fortalecimento de políticas públicas voltadas à inclusão. Então, registramos de novo a presença da e convidamos para o nosso dispositivo aqui de autoridades a secretária de Estado da Educação, professora Aparecida de Fátima Gavioli, eh a deputada estadual Bia de Lima, nesse ato aqui representando a Assembleia Legislativa e o presidente Bruno Peixoto, a secretária representando o governador Ronaldo Caiado. também a diretora de política, a diretora pedagógica da Secretaria de Estado da Educação, professora Alessandra Almeida, superintendente de atenção especializada, o Dr. Cupert Nixon Sobrinho, gerente de educação especial, professorerson de Oliveira Moraes, presidente do Fim Poder, eh, professor Trajano Figueiredo, também o procurador da APAI, Eduardo Mesquita, e a diretora de políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação, Vanessa Carvalho. Neste momento, neste momento, o, eu convido aqui, todos, por favor, sentem-se um pouquinho, eh, porque o professor Éerson, como gerente de educação especial, ele vai ler o prefácio e desse documento orientador, eh, que vai, que vai, eh, ele vai ler esse prefácio aqui, apresentando a vocês eh um pouco desse documento orientador, certo? Depois do professor Erson, as autoridades assinam o documento. Se dá lançado esse documento, mas primeiro o professor Erson. Estamos na metade do congresso, ainda dá falta de ar. Boa tarde a todos. Boa tarde a todos presentes, a todos que nos acompanham pelo canal da CEDUC no YouTube. É uma alegria estarmos com vocês novamente nessa tarde e neste momento para o grande momento deste congresso, que é o lançamento do documento orientador Escola para todos. Um sonho realizado. Yes, conseguimos. A professora Luzia falaria isso. O documento materializado parte de uma ideia de toda a equipe da gerência de educação especial e vem consolidar práticas pedagógicas que auxiliam, que norteiam o professor regente, professores de are profissionais de apoio escolar para a prática educativa, para a construção de uma educação inclusiva e equitativa. Neste momento eu quero aqui pedir licença, professora Fátima, para ler o prefácio que a senhora vai assinar. chancelando esse documento e colocando ele como válido. Palavras da professora Fátima Gavioli. Um dos grandes desafios do ato educativo concentra-se na certeza de que não se trata de uma relação unilateral e solitária, mas é aí que reside a grandeza desse ato, essencialmente dialógico. O ato educativo engendra e faz transbordar os eus que o constituem e que nele se fazem como sujeitos. Interessante também sobre o ato educativo é que ele por si só é transgressor não no sentido de baderna, no impensado, no irresponsável. A transgressão própria no ato educativo não está no fato de que ele não se contenha com o que é dado, com o que é posto. É que ele faz o processo do aprender e do ser fluirem como manancial. É ele que subverte a lógica do discurso da incapacidade. Ele faz com que enxerguemos caminhos possíveis para que os conhecimentos construídos e reconstruídos ao longo da trajetória humana sejam disseminados de forma sistemática neste lugar historicamente constituído para o ensino. A escola. Tão desafiador quanto o ato educativo é a gestão educativa. Ela também não é solitária e precisa ter consciência de que a escola, especialmente a escola deste século, é território de todos. É, portanto, o lugar onde todos podem e têm direito de ser. Portanto, pensar e acolher a unimultiplicidade humana é o principal desafio para a gestão de uma rede de ensino na atualidade. A Rede estadual de ensino de Goiás, desde o ano de 2019, vem enfrentando esse desafio com a coragem e com a força do povo goiano, para que esse lugar, humanamente constituído para o ensino, seja o lugar para todos aprenderem e serem. Superar desafios em uma rede tão extensa exige uma gestão que seja atenta à acessibilidade dos espaços escolares, à qualidade das carteiras para os estudantes, a construção de quadras poliesportivas, ao material e uniforme escolar que cada estudante recebe anualmente, a refeição balanceada e cuidadosamente preparada pelas queridas merendeiras, aos equipamentos tecnológicos e de tecnologias assistivas e tantos outros. outros aspectos e elementos que dão vida ao espaço escolar. No entanto, é importante destacar que as ações de uma gestão educativa vão além de equipar uma escola. Estes aspectos tão importantes, mas a razão recíproca desta importância da gestão é promover acesso de todos aos conhecimentos construídos e disseminados. Nesse sentido é que a gestão educativa se caracteriza essencialmente essencialmente pelo ato comprometido, solidário e compartilhado para atender as necessidades e aos direitos do de todos os estudantes. por esses princípios é que as equipes técnicas e especialmente as equipes pedagógicas da centralizada, das coordenações regionais e das unidades escolares trabalham cotidianamente para promover a formação continuada dos profissionais da educação para a elaboração de recursos e materiais pedagógicos para subsidiar e acompanhar as ações pedagógicas, constituindo-se como uma rede que tem alcançado resultados quantitativos. e qualitativos, expressivos em âmbito nacional. Enquanto lugar de todos e para todos, a gestão não pode ser desatenta a tais singularidades e às necessidades dos seus estudantes, principalmente daqueles que compõem o público da educação especial e daqueles com transtorno de aprendizagem. Assim, sustentados no princípio da educação inclusiva, o documento orientador, escola para todos, atitudes e práticas para a construção de ambientes equitativos e inclusivos, elaborado por profissionais especialistas da rede estadual de ensino de Goiás, tem como objetivo conceituar, caracterizar e, sobretudo, apresentar orientar ações básicas para a promoção de atos educativos que de fato incluam todos os estudantes, professores, professoras e demais profissionais da educação. Certamente as linhas aqui escrito não dão conta desse universo uni e múltiplo, característico de cada ser, mas elas certamente irão colaborar para o desvelamento do potencial de aprender e ser cada estudante. Processo no qual e para qual você, professor, é o protagonista. Continuemos com nossa força e coragem. Aparecida de Fátima Gaviol Soares Pereira, secretária de Estado de Educação. Obrigado, professor, registrando aqui a presença de Sara Feitosa, coordenadora de implementação da associação Bem Comum. Tâmara Bezerra, também analista de formação da Associação Bem Comum, superintendente de ensino infantil e educação infantil e ensino fundamental, eh, da Secretaria de Estado da Educação, Fátima Ross, também presentes neste evento. Agora, para falar um pouco por vocês, chamo a deputada Bia, eh, de Lima, representando aqui o poder legislativo. Muito obrigada, meu. Muito boa tarde, meninas. Tô vendo quase todas as mulheres poderosas aqui do nosso estado. Meu, muito boa tarde, meus meu abraço a cada uma. Sei que vocês estão num importante eh congresso que tá discutindo as questões que vê aflingindo todos nós há muito tempo, que é como é que nós vamos cada vez mais garantir a inclusão de forma verdadeira aqui no estado de Goiás. e fazer essa discussão, ter todas aqui. Posso falar quase que no feminino, né? Porque falar todos e todas aqui quase que não vai dar certo, porque quase absolutamente todas, mas tem uns ali, vou respeitar. Então, todas e todos. Eh, nesse sentido, meus cumprimentos e venho aqui trazendo o abraço, não apenas meu como presidente da comissão de educação da assembleia, mas do deputado presidente Bruno Peixoto, que estamos todos na assembleia prontos para ajudar a educação em todos os aspectos que nós fizermos e estamos atuando de todas as maneiras, inclusive nessa questão para garantir tanto o aspecto da inclusão mas também as condições de trabalho para vocês, as possibilidades de que todos os estudantes e aí ao cumprimentar o conselheiro Eduardo, que tenho a honra de ter convivido um grande tempo na no Conselho Estadual de Educação, meu abraço a todos os conselheiros e conselheiras ali do conselho e também aqui cumprimentar a secretária Fátima Gavioli. E podem ter certeza, eu tava aqui numa fofoca aqui. É, é porque sabe por quê? Porque eu não ando tendo muito tempo de lá na Fátima, porque a a eu vou para mim correr lá para poder cobrar as nossas pautas. E ela tá no outro estado, ela tá lá no Conselho Nacional de Educação. Aí quando eu chego, ela tá no outro evento e nós ficamos em evento. E aí eu não posso, né, gente, vocês me conhecem, eu não posso estar do lado sem falar assim: "Mas Fátima, e cadê aquilo e essa pauta e essa outra, né? Então é assim e a gente vai que vai porque é eu puxando a orelha dela. Pode ter certeza que estou sempre a puxar e ela debitando na minha cardeneta, porque quando ela não faz os trem, ela fala que a culpa é minha. Eu eu tô aqui falando para ela: "Não, mas isso é antigo não, não tá assim não." Sério? É. É, não. Então, pode ter certeza que é sempre trabalhando, porque essa é a minha vida, é trabalhar para defender efetivamente todos os profissionais da educação, sejam professores, sejam administrativos, porque tanto da rede estadual quanto das redes municipais, estamos agora, secretária, num embate danado. Ontem eu fui sair, eh, já era quase 8 horas da noite de audiência com o prefeito Mabel. Amanhã temos assembleia dificíima, tem que conversar com ele mais hoje à noite para ver se eu arranco o piso. Hoje de manhã com o prefeito Leandro Vilela, da mesma forma, discutindo, buscando. Aí tinha uns vereador lá que tava puxando o saco do prefeito. Falei: "Não, vocês vieram para ajudar atrapalhar, né?" Porque é assim, eu eu gosto sempre de ser muito sincera e franca e direta. Então aqui eu venho hoje parabenizar o superintendente dizendo o quanto é gerente, mas você já foi superintendente. É, mas era ele. Por isso que eu tô trocando. É, tá vendo? é porque tudo tá lutando pela questão da inclusão. E nesse sentido, foram muitas e muitas as vezes que nós sentamos e dizemos assim: "Como é que nós vamos resolver isso? Como é que nós vamos avançar naquilo?" E tem muitas coisas que t avançado. E eu gosto de, como eu acabei de dizer, de ser sincera, direta, eh, tem muitas coisas que na questão da inclusão melhorou bastante. Melhorou bastante. Tem outras coisas que nós vamos ter que continuar brigando. E outra, entre elas, é uma situação difícil que quem tá na escola é que sabe. o tanto de estudantes com laudos precisando de ter acompanhamento e aí não tem, os diretor não sabem o que que faz, os professor mais ainda sem saber como é que faz, nós vamos ter que achar caminhos, porque também eu tenho consciência que não dá para ter um cuidador para cada estudante com deficiência. É impraticável. é impraticável do ponto de vista orçamentário, é impraticável do ponto de vista do que nós esperamos fazer da educação inclusiva. O grande desafio, meninas, é justamente achar como é que nós vamos atender o que a legislação confere e como é que nós vamos garantir isso dentro do orçamento, mas sem matar de trabalhar quem tá lá no chão da escola. Então essa é uma questão, porque essa é a verdade. Então aqui eu venho para dizer a vocês, estamos buscando esse meio caminho, como é que a gente pode, né, garantir que tenhamos o salário rejustado, valorização e os direitos, todos nossos direitos garantidos, sem eh também deixar que os profissionais que estão lá fique nesse prejuízo, nessa sobrecarga de trabalho. Então eu venho aqui dizer a vocês, conte conosco, estamos trabalhando em todos os espaços possíveis e lógico de da forma como eu gosto e sei trabalhar, que é com diálogo, não é com bate boca e nem xingando ninguém, que tem muita gente que fica esperando isso de mim. Não, não trabalho assim. trabalho. Pode ter certeza que eu conversando com a Fátima aqui na frente de vocês ou lá na sala dela ou em qualquer lugar, eu sou a mesma pessoa, do mesmo jeitinho, né? Porque tem gente que na frente puxando saco atrás fica é fazendo de conta que tá lá brigando. Não faço nem uma coisa nem outra. nem ficar puxando saco não é do meu feitinho, não gosto disso. E muito menos eh de ficar de forma agressiva, desrespeitosa, que também nós da educação precisamos sempre dar o exemplo em todos os aspectos necessários de que nós somos educadores. Então, saiba que a gente tá lutando e pode ter certeza que dessa pauta não me afastarei para garantir a tão sonhada valorização, as condições de trabalho e, principalmente, o direito legítimo de cada estudante poder ser e ter a inclusão necessária e devida e fundamentada legalmente. Conte conosco, meu forte abraço. Estamos juntos. Obrigado, deputada Bia, que chamamos agora o procurador da PAI e membro do Conselho Estadual de Educação, Dr. Eduardo Mesquita, para falar aqui com a gente sobrepor. Boa tarde, pessoal. Cumprimento aqui a mesa na pessoa da nossa secretária Fátima Gavioli, os presentes. Bom, para nós é uma satisfação participar deste evento. Atualmente estou presidente da Câmara de Educação Básica lá no Conselho, né, Bia, Estadual de Educação. Isso significa que desde a educação infantil até o ensino médio, os temas relativos à educação básica passam na nossa mesa. E nós temos visto, secretária, a cada dia crescente demandas referentes ao atendimento ao público alvo da educação especial. Então são denúncias que chegam ao conselho, são outras demandas, consultas, pedidos de orientação e tudo isso tem realmente nos preocupado em alguns casos, mas por outro lado também nós ficamos tranquilos, vamos assim dizer, com o compromisso que a superintendência, viu, Rupert, tem tido com esse tema, a gerência, né, e como procurador também da Federação Estadual das, eu preciso dizer que nós temos Temos insetado uma parceria também de sucesso. A gente sabe que a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência estabelece que é dever dos Estadosários deste documento o compromisso com o sistema educacional inclusivo. E a Lei Brasileira de Inclusão também assim estabelece que é dever do poder público estabelecer e construir um sistema educacional inclusivo. Isso vai para além de uma mera escola inclusiva. Sistema é mais amplo, né? Eu sei que nós estamos discutindo aqui escola para todos. Ah, algumas pessoas que vieram de outros países trazendo também enriquecendo o evento, trazendo as suas experiências, mas nós precisamos trabalhar com a nossa realidade, né? Nós estamos também coordenando à frente o trabalho da educação especial no FONED, que é o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação. Estamos com um trabalho lá já de quase 2 anos. Os estados estão apresentando três eixos da realidade de cada estado. Ou seja, quais as normativas vigentes referentes à educação especial? Quais os serviços educacionais que o estado tem oferecido e quais têm sido as maiores demandas? Então, hoje nós temos, faltam só sete estados. Ontem foi a nossa reunião, Santa Catarina apresentou para nós. Na próxima reunião será Goiás e São Paulo. Então, hoje nós temos um retrato do Brasil no FONED em relação ao atendimento educacional que é feito pro público alto da educação especial. E a gente percebe que o nosso Brasil é multicolorido, né? Existem várias realidades e estamos compartilhando essas experiências, inclusive para favorecer o diálogo com o Conselho Nacional de Educação, que por certo vai revisitar a sua resolução número 2 de 2001, que trata da educação especial, né? E não poderíamos deixar de dizer, a secretária acabou de me colocar aqui aos ouvidos, eu estou como relator na nossa comissão de educação especial no Conselho Estadual e nós também estamos revisitando a nossa resolução número 7. Ela é de 2006, portanto ela é anterior ao decreto do AE de 2008. Ela é anterior à própria convenção que ingressa no ordenamento jurídico brasileiro em 2009. Ela é anterior ao decreto 9611, que é de 2011, a própria Lei Brasileira de Inclusão, né? Enfim, nós temos que atualizar a nossa normativa. E a gente tem trabalhado, Bia, né, na perspectiva daquele grito das mães norte-americanas que dizem, né, nenhuma criança poderá ser deixada para trás. Esse esse é o nosso compromisso, né, da educação. E para isso nós precisamos ter vários serviços educacionais, várias ofertas para que ninguém fique à margem do caminho. Eu até, Bia, conversava, né? Nós estivemos em 2009 em Salamanca, quando completou-se 15 anos da carta que foi publicado em 94, 2009, a Espanha puxou isso que nós estamos verificando no Brasil hoje, que é essa inclusão mais efetiva. Eles fizeram um movimento radical de todos no único e depois de 15 anos eles identificaram que existe um público da educação especial mais comprometido, que precisa de um nível de apoio mais pervasivo, contínuo, generalizado e que não consegue se beneficiar de atividades pedagógicas numa classe com 30, 40 colegas ou também em ambientes eh ou também em outros ambientes que não favorecem esse desenvolvimento. Alguns defendem: "Ah, mas tem a socialização, tudo bem, mas escola, precipamente é o local de aprendizagem, né? Eles têm o direito de aprender. E nós temos um desafio, porque a Constituição estabelece que de 7 a 14 anos tem que estar na escola. Se não estiver, alguém tem que responder por isso. Então, aqui em Goiás, Bia, a nossa, você se lembra, né? Nós aprovamos os currículos das escolas especializadas para atender um público bem específico, né, e garantindo o direito, porque isso tá na legislação, da família escolher aonde vai matricular o seu filho, né? Então a gente, porque a gente percebe alguns estados, professora Fátima, maquiando a inclusão com número de matrícula, né? E isso não é compromisso e nem responsabilidade social com esse público, com as suas famílias, né? estudantes ficam na invisibilidade, inclusive alguns nem entram no censo. Nós já corrigimos isso aqui em Goiás. Então, a gente percebe que estamos avançando. Este documento vai ser muito importante, orientando aí a rede toda para esse atendimento. Nós fizemos uma reunião, uma reunião recentemente e vamos criar o grupo de trabalho, não, para que a escola especializada também tenha um documento orientador, né? E aqui em Goiás a gente tem unido esforços para que justamente nenhum estudante fique sem o seu atendimento. Nós tivemos um dado relevante, viu Bia? A primeira escola bilíngue aprovada no país foi aqui, né, que é o Eliso Campos, foi em Goiás. A a LDB vocês sabem que ela foi alterada. E concluindo a fala, eu me lembro do ministro Hadad, quando ele ainda era ministro da educação. A comunidade surda fez todo um movimento em Brasília. reivindicando essa escola bilíngue. E a presidente da Fedez, a Federação Nacional de Integração do SUS, disse pro ministro assim: "Ministro, o governo" e era o governo da presidente Dilma, esse governo tá criando uma geração de surdos analfabetos. O ministro esbugalhou os olhos, falou: "Mas como nós estamos investindo milhões, estamos preocupados com essa pauta, o que que tá acontecendo?" E ela explicou para ele. Eu aprendi na mesa do ministro da educação, éramos oito pessoas, fomos convidados, porque lá embaixo tinha quase 2.000 pessoas surdas, né? no movimento e ela explicou dizendo o seguinte, que a criança surda, se você coloca ela, professora Fátima, no processo de escolarização com outras crianças que não tem a surdez, ela não consegue se desenvolver e ser alfabetizada, porque a língua matriz dela não é o português, é a língua de sinais. Ah, nós vamos colocar o intérprete. Que que adianta? Que que adianta? Que que adianta o intérprete ali se ela também não conhece a língua ainda? Então, o que que a presidente da Federação Nacional de Integração do SUR nos dizia? É preciso que essas crianças primeiro estejam numa escola biling, convivendo com seus pares, se apoderando da cultura surda para depois ela ser alfabetizada. Sou citando esse exemplo, a gente identificar que a questão da educação não é tão simples, né? Não é só o locus. Nós temos que focar no indivíduo eh que precisa e tem direito a essa educação. E aqui em Goiás nós temos conseguido construir esse cenário. Agradeço a oportunidade, parabenizo mais uma vez os executores, né, realizadores do evento. Professora Fát, conta conosco, né, aspaz, as pestalas, as instituições, as famílias das pessoas com deficiência são parceiras da CEDUC e com certeza nós vamos conseguir avançar. Muito obrigado. Obrigado. Eh, obrigado, Dr. Eduardo. Agora convidamos a secretária de Estado da Educação, professora Aparecida de Fátima Gavioli, para falar a vocês sobre educação inclusiva. Ela que comanda a pasta há 7 anos e já entregou mais de eh 6 bilhões em investimentos ao lado do governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado. Muito obrigada, pessoal. Muito obrigada. Eh, não. Eh, quero agradecer aqui a presença da deputada Bia, também presidente do Sindicato dos Professores, dos Servidores Públicos de Goiás. agradecer a presença do Trajano, do Dr. Eduardo, do superintendente Rupert, que tá com vocês aqui o dia todo, das nossas diretoras Alessandra e Vanessa e também do nosso gerente de educação especial, essa pessoa extraordinária que todos os dias se envolve, pensa junto com a sua equipe, que ontem eu fiz questão de apresentar a todos vocês. não é uma equipe gigantesca, é uma equipe pequena, porém uma equipe comprometida, estudiosa, aguerrida mesmo em relação à educação especial. Fica dentro da superintendência também a responsabilidade de coordenar o programa Ouvir e Acolher, que é um programa que foi implantado no estado de Goiás o ano passado, que tem psicólogos e assistentes sociais para atender nas regionais, fazendo um rodízio nas escolas estaduais. É muito difícil lidar com a educação especial pela confusão que ela vem causando de entendimento, eh, sabe, do conceito mesmo da palavra educação especial e do trabalho da educação especial. Eu volto a a reafirmar a vocês que a educação especial vai além da pessoa com deficiência, com transtornos e com dificuldade. A educação especial é uma educação para todos e deveria ser sempre assim. Esse congresso, quando ele fala em educação especial, é porque ele convidou vocês lá da escola, lá da regional para nos ajudar a cumprir aquilo que está na Constituição, desde eh é de quando ela foi eh sancionada, que diz que a educação é um direito de todos, só que nem todos, ao chegar na escola sentem que a escola é um espaço agradável. Nem todos ao adentrar o portão gostam de ficar ali por 6 horas ou 7 horas ou 9 horas. Alguns alunos ao ir pra escola sente verdadeiro terror, pânico, porque sabe que lá dentro pode ser que esteja sofrendo bullying, pode ser que não esteja sendo respeitado, pode ser que não esteja sendo tratado da forma como ele deveria ser. Tratar as pessoas do jeito que eu gostaria que que me tratassem. Essa é a regra mais simples e mais básica da educação. Você gostaria de ser tratado como? Ai, eu gostaria de ser bem tratado, bem recebido, ter um bom dia, um boa tarde, um boa noite. Como é que você tá? Sua mãe sarou? Sua avó tá melhor? Seu pai chegou? Aquela aquele envolvimento que a escola tem com as crianças, com com adolescente e com jovens? Do jeito que eu gostaria de ser tratado, é o jeito que eu tenho que tratar as pessoas com quem eu convivo. Não tem segredo nessa relação. Vocês estavam ouvindo aqui a Bia falando sobre o respeito que existe entre nós duas. Vocês não vão acreditar no que eu vou falar, mas para algumas pessoas formadas em educação, o certo seria que nós duas estivéssemos rolando agora aqui no chão. Você agarrada no meu cabelo e eu tentando agarrar o seu. Eu estaria no prejuízo, né? Porque olha o cabelinho dela para eu agarrar, tá mais difícil. Isso, gente, é ultrapassado. Isso está vencido. Ganha quem sabe conversar, ganha quem sabe dialogar. Sabe a ideia, a ideia de que é no grito, é, é, sabe, é no xingamento, é naquela, é, é, são os haters, né, que ficam nas redes sociais ofendendo as pessoas. E aí eu quero dizer aqui, Bia, na sua frente, desde que eu cheguei em Goiás, por eu ter na naquela época chego de outro estado, eu sofri muito com rede social. Vocês sabem que tem uma foto que fizeram minha que eu estou pelada, sentada num vaso sanitário e as pessoas até hoje perguntam: "Secretário, como é que eles tiraram aquela foto da senhora?" Não, não, não. É só daqui para cima que sou eu, daqui para baixo sou mais bonita que aquilo. Pelo amor de Deus. Então, essa foto não é minha. Essa foto não é minha. Mas assim, o que que eu quero dizer com isso? Sofri demais quando houve a condenação, quando a polícia identificou quem era o autor da foto e daquela postagem. E eu descobri que era um colega nosso de trabalho, uma pessoa que trabalha na educação. E sofri mais ainda porque eu podia ter tocado o processo pra frente, mas existia uma pena mais leve que seria a pessoa perder o salário no mês seguinte. Claro que eu não vou botar ninguém na cadeia, não quero saber. Espero que tenha aprendido alguma coisa com isso. E ficou um mês sem salário. E eu fiquei bem bem triste porque eu sabe eu sei o que significa um mês sem salário, sabe? Então o que eu tô querendo dizer a vocês é que esse respeito que a gente precisa ter com o colega, sabe, com a hierarquia, eu não eu não sei se todos conhecem a palavra, mas lá na palavra tá dizendo que a palavra de Deus diz que ninguém, ninguém vai ser uma autoridade se não for da vontade de Deus. Toda a autoridade é constituída por Deus. Essa mesa que tá aqui agora não tem como eles estarem aqui se Deus não tiver presente no propósito deles. E todos nós seremos cobrados pela autoridade que nos é concedida. E o que é que nós vamos fazer com essa autoridade? Então eu olho pro Éerson e vejo que você vai deixar um legado. O Éerson vai deixar um legado daqui alguns anos alguém vai pensar assim: "Nossa, a educação especial era tão valorizada na época do Eron, na época do Rupert, do Dr. Rupert. E vocês sabem por que não é um pedagogo que é o superintendente da educação especial, da EJA, eh, da educação prisional, dos quilombos, eh, indígenas, não é um pedagogo, é um advogado. Simplesmente por quê? para compreender as demandas, responder as demandas e entender o dia a dia e tudo que as pessoas acreditam que deveria ser feito naquele setor. Preciso de um advogado. A vantagem é que eu tenho um advogado pedagogo, uma pessoa apaixonada pelo que tá fazendo. E é isso que eu quero propor a vocês, uma volta para casa melhor. de Efésios, 600 anos antes de Cristo nascer, disse que o mesmo homem não entra no mesmo rio duas vezes. E é verdade. Ninguém vai sair por essa porta do jeito que entrou. Quando vocês saírem daqui na terça-feira, vocês vão levar um documento norteador escrito por essa maravilhosa equipe. Esse documento norteador, ele vai trazer para vocês atitudes e práticas paraa construção de ambientes equitativos e inclusivos. Olha, tá aqui a Bíblia da Educação Especial de Goiás. Existe algum documento assim no país? Não, nós somos o primeiro a preparar um documento que vai ajudar na prática, no dia a dia. E eu quero dizer uma coisa a vocês, é impressionante a parceria que existe entre SEDUC e Ministério da Educação. Nós temos a felicidade de ter hoje na Secretaria de Educação Especial do MEC a professora Dra. Zara, uma menina desse tamanhinho aqui de Minas Gerais que assumiu essa secretaria, que trabalha a quatro mãos com Éerson Rupert e comigo. Zara é uma pessoa que manda o WhatsApp para mim dizendo: "Olha isso, veja aquilo, olha esse absurdo, olha não sei o quê". E agora fazer menção também a Zaz. O Brasil é interessante para algumas coisas, né? Às vezes vem um governo e ele diz assim: "Lugar de criança com deficiência é na escola com todo mundo junto." Eu já fui condenada aqui numa ação civil pública que eu tive que comprar, na verdade era para comprar uma cama, mas a cama não coube na sala de aula e eu comprei uma uma poltrona daquelas que reclinam. Eu fui condenada, eu tive que pôr a poltrona que reclina dentro de uma sala de aula com mais 30 crianças e a criança passava o dia todo ali no soro e recebendo eh alimentação, como é que fala mesmo? Parenteral. Então assim, isso, gente, isso não é de jeito nenhum pensar na criança. Isso não é pensar na criança. Quem pensa na criança de verdade é uma pessoa que entende que determinados ambientes tem mais eh aconchego, tem mais conforto, tem mais condição da criança ter acolhimento. A sala de aula não é só o professor regente. A sala de aula é o professor regente e 30 crianças. ou mais com personalidades diferentes, formação diferente, pensamento diferente. E a criança do estado é uma criança que já tá do sexto ao nono ou no ensino médio. Então ele já não é tão fácil assim de você dizer, não faça isso, respeite, não sei. É uma criança que ela tem, a gente tem mais trabalho para fazer ela lidar com uma cama dentro da sala de aula. Então um governo chega e fala que lugar da criança é na sala de aula, independente da deficiência. Um outro governo chega e diz que o lugar da criança é lá na pai, na pestalosa e etc e tal. Aí já tira da nossa escola. E eu posso dizer a vocês que precisa ter alguém que vai trazer o equilíbrio para isso. Hoje eu vejo a Zara disposta a propor isso. Lugar da criança, quem deve decidir, sem dúvida nenhuma, a família. Mas precisa passar por um conjunto de técnicos que diz assim, ó, psicólogos, fisioterapeutas, médicos. Nós temos que ter um conjunto de pessoas especialistas para dizer: "Essa criança pode sim estudar aqui na escola pública estadual. Esta criança precisa ser atendida na pai, na pestalose, porque o que ela, se ela tiver uma crise, ninguém lá na escola sabe atender ela no momento de crise. Um afogamento com cusp, por exemplo, quem é que sabe atender? A, por mais boa vontade que a gente tenha, uma pessoa, uma criança que se afoga com o próprio custo ela, é uma criança que tem chances de vir a óbito, inclusive, porque ninguém consegue atender. E isso é sério, isso é conversa séria. Mas eu não quero encerrar falando da criança e da pessoa com deficiência. Eu quero encerrar falando da escola para todos, todos, todos. Independente de orientação sexual, independente do gênero, independente da classe social, independente da raça, a escola tem que ser para todos. O Rupert é extremamente cobrado por mim quando aparece os dados de aprendizagem dos indígenas. E eu fico perguntando para ele, por quê? Por quê? Por quê? quando aparece os dados de aprendizagem dos Calungas e eu fico atrás dele, Rupert. Por quê? Por quê? Porque eu acredito que no século 21 não se pode mais admitir que uma criança branca continue aprendendo muito, muito, muito mais que uma criança parda, que uma criança preta. Isso não se admite mais. E aí? E aí eu quero dizer, volto a falar, aprendizagem é de ver, de ouvir e da imagem que você captura. Eu tenho uma fé e uma esperança que vocês vão voltar sexta-feira, diferente do que passaram por esse rio, olhando para as crianças da escola onde você trabalha e pensando: "Meu Deus, eu nunca dei um bom dia amoroso para esse menino. Eu vou hoje vou fazer isso". Hoje inaugurando o colégio Dom Fernando 1. Dom Fernando 1, escola de placa horrível que hoje foi entregue um prédio maravilhoso. Virmando estava lá. entregando hoje o Dom Fernando, um aluno pega a palavra e diz o seguinte: "Quando eu entrei nessa escola, eu era um menino problemático, eu dava muito trabalho e ele tinha uma certa destinação já para ser um menino que não iria concluir os estudos e que talvez fosse até fazer coisa errada, muito mais erradas, né, do que já vinha fazendo naquele momento. Mas ele fez isso de uma forma tão transparente que eu estava sentado e eu eu estava sentado e eu fiquei pensando, nossa, então se a educação muda a vida de um menino, eu vim para Goiás e mudei a vida dele. Eu já mudei a vida dele, porque ele fala que tudo que nós investimos em educação fez dele hoje o menino interessado em concluir o ensino médio e entrar na faculdade. Ele quer ser um grande profissional na vida. E ele parou com as coisas erradas que ele tava fazendo. A educação só vale a pena quando ela muda a vida de um menino. E nós estamos aqui porque somos especialistas em educação especial. Somos pessoas muito boas, com almas muito puras, com boa vontade e nós queremos mudar e salvar a vida de muitos meninos que nesse momento correm o risco de não dar certo na educação. Apresentando esse documento a vocês, em nome do nosso governador Ronaldo Caiado, eu agradeço pela presença e peço a Deus que vocês tenham saúde e principalmente que vocês jamais, jamais, olha, problema nós temos, amigos, problema nós temos e não são poucos. Nós temos problemas todos os dias. Todos os dias tem alguma coisa perturbando o nosso juízo. Ah, se for marido pode trocar, tá? Mas assim, todo dia tem alguma coisa que nos perturba, tá? Mas eu digo a vocês uma coisa, não desistam, persistam. Vai dar certo. Vai dar certo. Muito obrigada a todos e boa tarde. Ô secretário, agora a senhora assina o prefácio da senhora de lá e todo mundo assina como testemunha, certo? Todas as autoridades assinam como testemunha. Secretário de Estado da Educação assina o prefácio do livro Educação para todos. educação. Eh, a deputada Bia de Lima, o assinando, eh, o documento também, o prefácio, o Dr. Eduardo, presidente, eh, procurador da PAI e conselheiro estadual de educação, o presidente do fim do fim poder, Trajano Figueiredo, também eh a diretora também a agora o presidente Trajano assina, eh, a diretora pedagógica da CEDUC, a diretora pedagógica da CEDUC, eh, Alessandra e Oliveira, também Eh, a diretora de políticas pedagógicas, Vanessa, também assina como testemunha. Todo mundo pegando o livro. Uma foto, registro para posteridade, documento orientador, escola para todos. Atitudes e práticas para construção de ambientes equitativos e inclusivos. Está oficialmente lançado e apresentado para a rede estadual de educação e também para todo o estado de [Aplausos] Goiás. Quebrando o protocolo, secretária, toda a gerência de educação especial quer tirar uma foto com a senhora. O professor Sonon chamou toda a gerência. para fazer uma foto com a senhora, certo? E com as autoridades aqui presentes também. OK. Uma foto com todo mundo, todos os representantes, aproveitando para registrar a presença do chefe de gabinete da CEDUC, Luca Perdigão, Lorena Carvalho, gerente de desenvolvimento de educação dos profissionais da educação, e também Guilherme França, representando o deputado estadual Virmontes Cruvinel, presentes também neste evento. Lançado o documento orientador, escola para todos. Eh, agora a organização do evento avisa vocês que está apresentado um cof lá fora. O evento continua. Quem está aqui continua no evento mais tarde, mas nesse momento um espaço para alimentação agora após o lançamento desse evento, certo? Até mais. Voltamos em 20 minutos.

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