FALANDO DE SENTIMENTOS COM AS CRIANÇAS – Episódio 11 – FLAVIA CALINA SHOW

By | 23/05/2025



Hoje trago um episódio para falar para vocês sobre a importancia de falarmos sobre sentimentos com nossos filhos.

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São 9:41 na sexta-feira. Você quer ajudar a mamãe? Você quer ajudar a mamãe? Quer ovo. Você quer fazer o ovo? Sim. Sim. Então vamos lá. Vamos lá. Pera. Você espera um pouquinho. Obrigada, amor. Vou pegar o potinho. A gente põe o ovo aqui. Aí a gente põe ali. Combinado? Vamos lá. Vamos começar, hein? Sua primeira lição de ovo. Pega o ovo. A gente vai bater aqui. Tirar essa mãozinha aqui, ó. Segura. Você é canhota, né? Mamãe tem que lembrar disso assim, ó. Com uma mão. Bate aí. Abre isso, filha. Muito bem. Vamos fazer mais um. Você abate aqui. Tem que quebrar o ovo. Aí abre assim. Puxa isso, princesa. Vamos fazer três. Three, three eggs. Vamos pôr aqui, ó, que é maior. Tá bom. Mais um. Vamos lá. Segura com essa mão. Quebra aí. Ah, baby. Did it. Deixa eu pegar o whisk para você. Você tava louca para usar isso ontem, né, amor? Isso. Mistura bem. Mistura. Ah, caca. Não, amor. Caca. É esse. Não pode pôr na boca ainda. Tá bom. Pô um salzinho. Mistura. Você quer pôr um pouquinho? Ah, muito bem. Ó, segura o potinho e mistura. Vamos lá. Isso aí. Agora vamos pôr na frigideira, ok? Vamos fazer ovo, então. Vamos spray. Ajuda a mamãe. Muito bem. Aí a gente vai ligar o fogo, ó. Lembra que é bem quente? Certo. Mamãe vai pôr no fogo baixo e aí vamos pegar a espátula pra misturar. Tá bom. Fecha aí. Vamos lá. Isso, filha. Põ todo o ovo aí. Quero ver, filhinha. Que delícia, meu amor. Poxa, que legal, né? Você tá crescendo. Vamos ver. É. Aí é o seguinte, sempre tem que segurar o cabo. Dá assim. Isso. E aí mistura. Ele vai cozinhando aos pouquinhos. Não, ainda não. Só quando tiver pronto. Ai, tá quente, né? Por isso a mamãe fala. Tem que tomar muito cuidado. Quem gosta de ovo levanta a mão. Eu. Eu. Você vai ver. Vai ficar pronto rapidinho. Pronto, princesa. Prontinho. A gente gosta do ovo molhadinho, né? Arrasou. Bate aqui. Agora a mamãe vai pegar o prato. Tá quente, amor. Be safe. Cuidado. Isso. Ai, caiu um pouquinho, né? É. Tira, meu amor. Tá quente. Tá quente. Esse aqui a gente vai praticar mais na sua, na sua atividade do dia a dia, tá bom? Parabéns, filha. Arrasou. Tá com fome. Comer ovo. Quem quer comer ovo? Levanta a mão. Eu. Eu também. Vem. Vou pôr no pratinho para você. O meu e o seu. Tá bom. Vamos comer. Vai sentar lá na mesa. Você acredita que você que fez esse ovo? É o unicorn, né? Nossa, esse ovo tá sensacional. Ovo. Você quer mais ovo? Sim. Sim. Ainda bem que ainda tem no meu prato, né? Eu ponho para você. Eu dou para você. Ser mãe é dividir a comida do seu prato, né, amor? Hum. Bom apetite. Tem que fazer mais um para mim. Até com devagar porque eu sabia que isso ia acontecer. Nós conhecemos nossas crias, né? Você quer mais, Beca? Mais ovo. Mais um pouquinho. Tá quente, hein? Esse você tem que assoprar. Assopra. Isso. Sopra. Você quer mais ovo? Meu Deus do céu. Eu já fiz duas panelas, só que, ó, metade do ovo tá aqui no chão, né? Uhum. Olha o ovinho no chão, Bequita. Meu Deus do céu. A gente não vai vencer mais comprar ovo, né, filha? Que a mamãe gosta. Você gosta. Chochool gosta. Ovo. Mais ovo. Mais ovo. Mais ovo. Você quer mais? Você tá, você, você tá falando sério? Ovo, ovo. Mais ovo. Sim, sim. Meu Deus do céu. Tô um pouco preocupada agora. Agora acabou. Tá bom. Hum. Hum. Mãe vai terminar de pôr a louça para lavar pra gente poder sair, tá bom? São 10:30 da manhã e parece que eu já vivi um dia em 2 horas, 3 horas. Já teve mini aula de culinária com a Rebeca, já tomei banho com ela, já arrumei ela, ela já sujou a primeira roupa do dia, já arrumei a cozinha, o balcão, já arrumei os meninos de manhã para ir pra escola. se arruma sozinha, né? Já fizemos café da manhã, lanchinho, snack e já tivemos uma sessão terapia de manhã. E é por isso que hoje eu quero falar muito sobre a importância da alfabetização emocional. Meu Deus, eu acho que o objetivo da vida de todo mundo deveria ser, claro, colocar Deus de primeiro lugar acima de todas as coisas. E o segundo é ter inteligência emocional. Por quê? Porque até para entender a palavra de Deus, você precisa de inteligência emocional também. Mas Deus dá, né? Se a gente pede, Deus dá. Mas o ponto que eu quero chegar é que é quando a gente dá vocabulário para as crianças expressarem os seus sentimentos, suas dores, suas dúvidas, suas frustrações, o resultado é simplesmente maravilhoso. Só que quando a gente pensa num resultado maravilhoso, a gente imagina aquela família em volta da mesa margarina, todo mundo feliz. Ai, vamos falar sobre o nosso sentimento. Sim. Ai, que fofinho. Ai, eu fiquei brava com você aquele dia. Ai, eu também. Você me desculpa? Aham. Eu te desculpa. E claramente não é assim que funciona. A gente tem inteligência emocional, não necessariamente que tudo vai ser perfeito, né? Mas durante os conflitos a gente consegue ter um conflito um pouco mais saudável, né? Assim, aquelas coisas que traumatiza a gente por da vida, né? De brigas, de xingos, de de guerra, sabe? De coisas que tiram a nossa paz. Hoje aconteceu uma coisa muito legal. No fim foi legal, no começo era extremamente desconfortável e ruim, mas o resultado foi muito legal, que eu fiquei frustrada com uma das minhas crianças por uma coisa que eu já pedi 1000 vezes. Sabe aquela coisa? Todo mundo fala: "Mas eu já falei mil vezes e eu já tinha pedido mil vezes a mesma coisa para essa criança e ela esquece". Eu fiquei frustrada e essa criança ficou muito chateada comigo porque eu fiquei frustrada do jeito que eu fiquei frustrada e e a minha frustração, gente, é assim, poxa, gente, eu já falei 20 vezes, vamos lá, você consegue, né? Poxa, só que o tom da minha voz muda e como eles me conhecem muito bem, isso que é legal assim, né, dentro de uma família, a gente já conhece os padrões de cada pessoa, a gente sabe como cada pessoa reage, a gente sabe como cada pessoa é, inclusive as crianças, as crianças percebem os padrões delas mesmas e dos irmãos, por exemplo, quando eu estou frustrada, as crianças sabem e aí eles sabem que ou eles fizeram uma coisa errada e aí o que que vem? A vergonha, porque fala: "Puxa, ela está frustrada porque eu fiz alguma coisa errada". Mas aí a criança falou: "Mas eu não fiz de propósito. Eu não estava pensando, eu não vou fazer isso porque eu tô com preguiça, ou eu não vou fazer isso porque eu não quero, ou eu vou fazer isso para te desafiar". Eu simplesmente fiquei distraído com outro BO que tava rolando paralelamente e eu não fiz o que tinha que fazer. E essa criança veio até mim para falar isso. Fala: "Poxa, mamãe, eu fico muito bravo ou brava quando você fica frustrada assim comigo numa coisa que eu não tenho culpa. Eu acho injusto isso que você tá fazendo. Você já pensou, gente, de abaixo de 11 anos, né, que é o as idades das minhas crianças, você já pensou a gente mais nova do que 11 anos poder ter esse tipo de conversa? E gente, pelo amor de Deus, eu vou colocar aqui bem claro que nunca eu tô culpando nossos pais, mas assim, jamais. A alegria da vida é da gente sempre melhorar. Hoje a gente tem informação. Hoje eu estudo. Hoje eu consigo enxergar algumas coisas. Então não é sobre culpa. Só tô falando assim. Imagina o poder que as nossas crianças podem ter se elas conseguem já ter esse tipo de conversa hoje com os pais. Imagina quando ela tiver num relacionamento amoroso, quando ela tiver num desafio de trabalho, quando ela tiver um desafio nas escolas, na faculdade com alguém, e ela conseguir expressar o que está de errado de uma forma saudável, mesmo ela estando chateada, mesmo ela estando, eh, né, brava, enfim. E foi uma conversa teoricamente longa para ser antes da escola, né? E eu agradeci tanto a minha criança por vir até mim, por ter essa coragem de se expressar. Falamos sobre a nossa responsabilidade de como a gente reage às coisas, porque como eu agi não é culpa da criança, mas como a gente reage culpa nossa. Quando alguém faz alguma coisa com a gente é culpa da pessoa, mas dependendo como a gente age, se eu bater na pessoa, aí a culpa é minha. Nós somos responsáveis pelas nossas reações. E que conversa maravilhosa. Então eu encorajo vocês grandemente que dá um passo para trás, observar, não reagir quando as crianças ficarem bravas com alguma coisa e simplesmente ter essa curiosidade assim, por que que ela tá falando isso? Que que ela tá sentindo? O que que tá passando pela cabeça dela? Porque a perspectiva da criança da família pode ser um pouco diferente da nossa perspectiva. E o que eles sentem também tem muito valor. É isso. Conversas que importam e conversas significativas fazem toda a diferença. Bora se arrumar. Essa coisa de falar sobre os sentimentos. Existe até uma brincadeira aqui que eu sempre falava pro Ricardo: "Ricardo, fala sobre os seus sentimentos". Brincava com ele, mas brincando, falando a verdade. Fala que isso é muito mais difícil pro homem fazer, né? E eu sempre falei para ele, fale sobre sentimentos pra gente poder entender, resolver algumas coisas, né? Quem acompanhou também, né? Um tempo atrás e a gente fez um livro tão lindo em parceria com a Johnsons na época e eu fiz quatro livrinhos sobre sentimentos. Aí foi um para cada criança, né? E essa alfabetização de sentimentos começa desde pequenininho, né? A própria música. Se você está contente, bate palmas. Já é um início, né, de falar se você está contente. Ify and angry angry angry feet. A gente usa muito isso, né, nas escolas, as músicas. Aham. Ab. Abre. Ele não abre. Isso aqui é uma máquina de fazer pum. Uma máquina de fazer pum. Já não basta um monte de bumbinho que tem nessa casa, ainda tem uma máquina de fazer ponto. E é muito importante falar sobre isso porque às vezes a gente fala, a gente só acha que a gente tá ou feliz ou triste ou bravo, né? Só que dentro desse guarda-chuva feliz, dentro desse guarda-chuva triste, tem uma gama gigantesca de sentimentos. Mas assim, é muito. O livro que a gente escreveu sobre a Vi, não era sobre a Vi, né? Inspirada na Viícia, né? Não é dela, só inspirada assim nela como personagem. Mas ela tá sentindo medo. E dentro dessa do guarda-chuva medo, ela tem várias sensações, que é isso que a gente tem que prestar atenção também, né? as sensações que o nosso corpo nos traz em cada sentimento, né? Vamos ver qual que é a sensação que a personagem, né, Vivi, sentiu. Ó, sonhei tanto com esse dia que minha ansiedade era visível. Minha primeira aula de balé seria um dia inesquecível. A contagem regressiva terminou no calendário. Colã e a sapatilha pude enfim tirar do armário. Mamãe prendeu meu cabelo com um coque bem alto. Pulando de lá para cá, eu já ensaiava um grande salto. Assim que chegamos na escola, rapidamente reparei quanta gente que não conheço. Eles me olharam e eu cori. Olha, já ficou coradinha, que essa é uma sensação, né? Minha garganta logo secou e os meus olhos arregalaram. Com o coração feito um tambor, as batidas aceleraram. Paralisei como uma estátua, só a perna que tremia. Igual brincar em balanço, a minha barriga ficou fria. Olha só, coração batendo, né? É, a gente paralisa, a perna treme, dá frio na barriga. Então, essas são as sensações que a gente tem que prestar atenção, que elas acompanham os sentimentos, né? A mamãe me olhou com doçura e sussurrou meu ouvido. É natural ficar preocupada ao enfrentar o desconhecido. Aí a mamãe fala: "Acredite em você, esse é o maior segredo. Eu me sinto muito amada quando estou com medo." A mensagem desses livros era que independente da emoção que ela tá sentindo, ela tem que se sentir amada, ela tem que se sentir pertencente, né? E foi isso que eu senti na conversa hoje de manhã, que apesar de uma conversa mais difícil sobre os nossos sentimentos, sempre o nosso objetivo é que a criança venha para nós, que ela se sinta amada, se sinta querida e que ela possa expressar o sentimento sem medo, assim como a Rebeca está expressando a frustração dela, porque ela trouxe o tablet que nem é dela, porque ela não tem tablet de irmão que ela quer usar. Isso. Expressa sua frustração. Você quer o tablet, mas não pode ter.

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