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QUANDO É ACEITÁVEL DAR UMA PALMADA NA CRIANÇA PARA DISCIPLINÁ-LA? - FLÁVIA CALINA

Introdução

Olá, pessoal! Como estão? Bem-vindos a mais um vídeo! Hoje, o tema do vídeo é um pouco difícil. É um vídeo complicado de fazer, porque a opinião sobre esse assunto, sobre bater na criança... Vamos falar sobre bater na criança. Usar o chinelo, usar uma palmada como forma de disciplina, como uma maneira de ensinar lição para a criança. Eu sei que muitas pessoas que me assistem concordam comigo, não só comigo, mas com a ciência, com todos os estudos realizados ao longo desses últimos cinquenta anos, sobre usar violência com a criança como forma de disciplina, como forma de ensinar, não funciona! Está errado! Eu sei que muitas pessoas falam: "Eu levei! Tudo correu bem! Estou melhor por causa disso!" Eu sugeriria que você fizesse uma reflexão mais aprofundada, tipo assim: se realmente é uma pessoa melhor por ter apanhado. Talvez você esteja bem, e isso é ótimo, maravilhoso! Mas cada pessoa que recebe um certo tipo de disciplina reage de maneira diferente. Então, se você bate e acha que está tudo bem, faça uma autoavaliação se bater era realmente a melhor opção, caso contrário a disciplina poderia não ter sido feita de uma maneira diferente. Fiz uma enquete no meu Instagram perguntando o seguinte: "Você acredita que existem situações ou motivos, mesmo que sejam extremos, em que a criança precisa ser espancada para aprender uma lição?" Eu publiquei isso há quarenta e seis minutos, então ainda há duas mil e oitocentas pessoas que até agora disseram que sim, existem situações em que uma criança precisa ser espancada para aprender uma lição. E mais de oito mil pessoas disseram: "Não, não há situação em que a criança precise ser espancada para aprender uma lição!" E então eu perguntei, eu disse: "Em que situação bater na criança seria uma opção?" Porque eu queria saber qual era essa situação! Há muitas pessoas que falam assim: "Não, não acredito que bater seja a solução, mas..." Tem o grande "mas", né? "Se ele fizer isso, isso e isso, ele merece uma surra!" Ou: "É bom levar uma surra para aprender!" Então eu queria saber quais eram essas situações. Vou ler isso antes de finalizar o vídeo. Eu vou ler de forma anônima, obviamente. Vou ler mais, não para criticar, vou ler para trazer opções de disciplina para você. Porque eu te digo: bater não é uma opção, não deveria ser uma opção! Existem leis contra isso! Bater não é uma opção! Então a pessoa vai falar: "Mas, Flavia, você está errada! Na Bíblia diz..." Então, falar da vara, falar da punição! E isso pode ser interpretado de tantas maneiras, né? Eu sou cristã e acredito muito na Bíblia! Tento viver, tento, sabe? Porque eu sou falha, mas tento viver de acordo com os princípios bíblicos. Te digo que eu não interpreto assim! Acredito que hoje Deus olha para a nossa casa, olha para dentro da nossa família. Tenho certeza de que se você escolher disciplinar de outra forma, você estará agradando a Deus. Se você escolher disciplinar com amor, com firmeza, com clareza, com limites em vez de bater na sua criança, Deus ficará satisfeito com você! E tenho certeza de que as pessoas que usam esse versículo da Bíblia não seguem a Bíblia toda ao pé da letra, mas às vezes usam esse pedacinho da Bíblia para justificar o seu comportamento. Então, vou te convidar a fazer uma pequena reflexão! Uma pequena reflexão! Vamos supor um filhote, um filhote de cachorro, entra na sua casa e bagunça lá, aí ele pega e morde um fio lá, e destrói seu casaco. Está certo bater no cachorro? A maioria das pessoas diz que não, né? Bater no cachorro é errado! Quando alguém bate em um cachorro, quando alguém faz algo com qualquer animal, tem um movimento gigantesco na internet falando sobre o quão errado é, e eu concordo que é errado, não me entenda errado, mas tem um movimento tão forte, né? "Ai, bateu no cachorro! Olha que coitadinho! O bichinho está indefeso..." E a criança? A criança está indefesa! Olha o tamanho da gente! Olha o tamanho da criança! Olha a experiência de vida que a gente tem! Olha a experiência de vida da criança! A criança não tem repertório! A maioria das vezes que a criança é espancada é porque ela não tem experiência, aí você fala: "Mas eu já disse mil vezes!" Quantas coisas alguém pede de você mil vezes, que você não consegue mudar, que você não consegue consertar? E você merece ser batido? Você não merece ser batido! É errado bater em uma pessoa idosa? É muito errado! A pessoa idosa às vezes já tem falhas de memória, está tendo falhas de coordenação, ele não consegue mais fazer as coisas direito, já fica um pouquinho perdido, e aí quem perde a paciência com eles e bate, não é errado? É errado! Não é errado bater na esposa ou no marido, se perder a paciência? Imagina se um psicólogo chega para você e fala assim: "Olha, sua esposa não está fazendo o jantar dela no horário, então ela merece apanhar, porque só assim ela vai aprender! Pediu uma vez, pediu duas vezes, pediu três vezes, ela não aprendeu, ela merece uma surra!" Tipo, é tão absurdo! Não é absurdo? "Seu marido deixa a toalha em cima da cama todos os dias, ele merece apanhar! Por quê? Porque quantas vezes você já falou disso? Vocês estão casados há 15 anos, e ele continua deixando a toalha molhada na cama. O jeito é bater nele! Se você bater, ele vai aprender!" Até que soa tão absurdo! Imagina uma criança que está aprendendo, que está entendendo a vida! E se você pensar: bater não ensina nada, só deixa a gente mais confuso! Porque bater não tem relação com a ação. A surra é simplesmente assim: "Você fez algo errado, vai apanhar para aprender!" E a gente, como animais. Somos animais racionais, mas somos ainda animal. A gente quer se proteger! A gente tem esse instinto de proteção, esse instinto de sobrevivência. Então, muitas pessoas falam assim: "Não! Depois que eu bati nele, ele aprendeu!" Ele não aprendeu! Ele ficou com muito medo de você! E isso é uma resposta, sim! Aí você fala: "Realmente, o comportamento parou!" Mas por que parou? Porque ele tem medo de você! Porque ele não quer apanhar de novo! E na maioria das vezes ele ainda não aprendeu! Ou ele esconde, ou a criança mente, ou ela faz as coisas no automático, com medo, na sobrevivência, tipo: "Eu sei que se eu fizer aquilo, eu vou apanhar, então não vou mais fazer!" Mas elas não entendem o porquê. E esse não é o tipo de criança que queremos criar! Queremos criar crianças que entendam as consequências, porque no futuro ela vai ter que entender as consequências, porque não vai ter mais gente batendo nela para ensinar. Ela vai ter que entender as consequências sozinha! Noventa e nove por cento do tempo que as crianças não se comportam, que as crianças fazem algo errado ou birra, as pessoas usam muito essa palavra: "Você está fazendo birra!" Tipo que é de propósito, sabe? A criança não faz birra de propósito! É um pedido de ajuda, é um choro de: "Pelo amor de Deus, me ajuda! Ajuda a me controlar! Me ajuda a controlar minhas emoções! Ajuda a aprender o que fazer agora!" A gente precisa dessa inteligência emocional! E como a gente vai ensinar nossos filhos a ter inteligência emocional se a gente bate neles? Entendeu? A violência só ensina medo! A violência não é usada em lugar nenhum! Até para os piores criminosos do mundo, o policial não pode tocá-los, o policial não pode dar um tapa neles. Sei que acontece, mas é errado e é contra a lei! Então, você entende? Não dá! Não dá! Então, bater não é uma opção de jeito nenhum! Por que bater é uma opção em uma criança indefesa, pequenina, uma criança sem experiência de vida? Eu sei que você que usa a palmada como disciplina não é uma pessoa má! Eu sei que você usa a palmada como disciplina, você quer o melhor para o seu filho! Não estou em momento algum te julgando ou te diminuindo: "Ah, olha que mãe ruim você é, pai ruim! Você não sabe de nada!" Pelo contrário! Sei que é algo desesperador, é assim: "Quero o melhor para o meu filho! Quero que ele cresça um homem, uma mulher produtiva para a sociedade, que seja uma pessoa de respeito!" Eu sei que é isso que você está pensando! Por isso justamente você tem que assistir a esse vídeo! Porque você merece o melhor para a sua família, e o seu filho merece o melhor! E bater não é o melhor para ele, não é o melhor para você! Porque como você se sente depois que bateu? Me diga os seus sentimentos... Talvez não o sentimento imediato, porque às vezes é alívio, mas como você se sente cinco minutos depois? É um sentimento agradável? É algo tipo assim: "Foi uma coisa boa que fiz! Acho que deu certo!" Não, na maioria das vezes a gente se sente culpado. se sente culpado, porque lá no íntimo a gente sabe que não é a melhor opção. Temos que ser realistas com as expectativas que colocamos em cima dos nossos filhos. Hoje tem Google, pessoal! Google! Você coloca assim: "O que uma criança de dois anos sabe fazer?" "O que esperar de uma criança de dois anos?" Aí você vai ver que uma criança de dois anos não tem a capacidade de lidar com sentimentos fortes, e ela vai se jogar no chão. Isso é uma das coisas que postaram aqui no meu Instagram: "Ah, tenho que bater nela quando ela se joga no chão e faz birra!" Imagina, quando a criança se joga no chão, é porque ela perdeu o controle de si mesma, ela não tem controle para saber o que fazer. Como você vai ensiná-la o que fazer? batendo nela naquele momento? Olha como é difícil! Olha como é complicado e confuso! Quando você bate na criança de novo, você a deixa muito mais confusa, e não ensina. Imagina como é confuso para uma criança que ouve da gente: "Eu te amo!" "Você é maravilhoso!" "Você é lindo!" "Estou aqui para te proteger!" "Estou aqui para te ajudar!" E aí, naquele momento, no momento que ela mais precisa, ela toma uma surra! Imagina como é confuso para as nossas cabeças! E as pessoas que falam: "Ah, fui batido e tudo correu bem!" Ele tem problemas às vezes com ansiedade, tem problemas com determinados medos, que ele não associa com ter sido espancado na infância, mas que isso era uma consequência. É a mesma coisa de um marido que bate na esposa e diz que a ama! Ele diz: "Eu estou apaixonado por você! Você é uma maravilha! Você é incrível!" Aí no final do dia ele: "Pá! Pá!" Bate na mulher, bate na mulher! E a pessoa pensa: "Mas não faz sentido!" Aí a gente começa não a se amar! "Porque se ele diz que me ama, mas aí ele me bate, então quer dizer que eu não sou uma pessoa boa porque ele me ama e ele me bate, aí o problema sou eu!" Entendeu? Imagina... A criança vai pensar: "Eu sou o problema!" "Nasci errado, nasci torto!" "Porque se ela diz que me ama, que está aqui para me proteger e eu estou levando uma surra, deve ter alguma coisa muito errada comigo!" Consegue imaginar o quão triste seria pensar assim? Uma criança que acabou de chegar ao mundo, uma criança completa com um desejo de aprender, com o desejo de descobrir o mundo, de falar: "Tem algo de errado comigo!" E essa será a mensagem desde quando ela é pequena! Não é triste? Pessoas, violência é violência! Ponto! Não dá para justificar! "Ah, mas essa coisa que ele fez é muito errada!" Está bem! Quantas coisas a gente faz de errado? A gente merece levar uma surra? Muitas pessoas falam também assim: "Ah, às vezes não sei o que fazer, quero resolver o problema rápido e quando dou uma surra, resolve!" Será que é isso que você quer para a sua vida? Está resolvendo os problemas assim? Porque esse problema foi resolvido momentaneamente. Isso que seu filho merece? Isso que você merece? Isso que sua família merece? Você só resolveu esse problema de forma momentânea e deixa eles se virarem depois? É nossa obrigação é encontrar alternativas para a palmada! Nossos filhos merecem mais, pessoal! Eles merecem! Eles não escolheram estar aqui! A gente teve essa escolha de colocá-los no mundo. Temos que assumir essa responsabilidade! Nenhum dos nossos filhos pediu para nascer. para nascer, a gente queria que eles nascerem! E mesmo que tenha sido por "acidente", aconteceu, você escolheu ter aquele momento de intimidade que resultou seu filho. Aí, é escolha sua! O bebê está aqui, seu filho está aqui, e é sua obrigação fazer o melhor por ele! Crianças precisam de limites! Sim, elas precisam de consistência! Elas precisam de amor, de afeto e de firmeza! Toda vez que eu digo que bater não é uma opção, automaticamente muitas pessoas falam: "Mas então você vai criar um delinquente!" "Então faça o que quiser!" "É por isso que essa geração está assim!" Toda geração fala isso, né? Toda geração fala: "Ah, no meu tempo: blá, blá, blá..." E será que realmente era tudo isso maravilhoso naquela época? aquelas mil maravilhas? Poderia ser que naquela época as crianças podiam se expressar? Poderia ser que naquela época as crianças não sofriam em silêncio, aí viravam adolescentes que sofriam de ansiedade e sofriam muito de abuso, muitas coisas que não podiam falar? Sou muito grata que hoje a gente tenha essa liberdade para falar, essas conversas difíceis, que a gente tenha acesso à informação, que a gente possa ler, que a gente possa estudar. Então, será que realmente era melhor naquela época? É muito fácil culpar sempre outras épocas ou culpar nossa situação atual. Nossa situação atual é também assim por causa de nós! A gente tem responsabilidade! Temos que assumir essa responsabilidade pelo que fazemos hoje. Então, temos que olhar para dentro de casa. Merecemos mais! Nossa família merece! Temos só essa vida! Só temos hoje! Amanhã não é prometido! Olha o que aconteceu esse ano! Olha quantas doenças, quantas pessoas se foram esse ano, que a gente nem esperava, pessoas jovens. Amanhã não é prometido para gente! Temos hoje! Temos que resolver isso dentro de nós mesmos e falar com firmeza: "Bater não é uma opção!" Não importa o quão desesperado você esteja, não importa o quão sobrecarregado você esteja, não importa o quanto cansado

Quando é apropriado impor disciplina através da violência física em crianças?

A controvérsia sobre a disciplina física em crianças

A questão sobre quando é apropriado bater em uma criança como forma de disciplina é um tema delicado e polêmico. Enquanto algumas pessoas acreditam que a punição física é necessária para ensinar limites e garantir comportamentos adequados, outras defendem que a violência não é o caminho certo para educar uma criança.

Os riscos da violência física na disciplina infantil

Estudos têm mostrado que o uso da violência física como forma de disciplina pode trazer consequências negativas para o desenvolvimento da criança. Além de causar traumas psicológicos, a agressão física pode reforçar comportamentos agressivos e destrutivos na criança.

Outro aspecto importante a considerar é que a violência física pode ferir a relação de confiança entre pais e filhos, tornando a comunicação e o vínculo afetivo mais frágeis. Isso pode ter impactos negativos no desenvolvimento emocional e social da criança.

Alternativas para a disciplina infantil

Existem diversas estratégias mais eficazes e respeitosas para impor disciplina em crianças, sem recorrer à violência física. O diálogo, o estabelecimento de limites claros e coerentes, o reforço positivo e o exemplo dos pais são formas mais saudáveis de educar e instruir as crianças.

Além disso, é importante lembrar que os pais e cuidadores têm a responsabilidade de ensinar aos filhos valores como respeito, empatia e solidariedade, e a violência física não contribui para esse propósito.

Conclusão

A violência física não deve ser utilizada como forma de disciplina em crianças, pois traz riscos para o desenvolvimento e bem-estar dos pequenos. É fundamental buscar alternativas mais adequadas e respeitosas para educar e orientar as crianças, garantindo um ambiente saudável e seguro para seu crescimento.

O papel da educação na disciplina das crianças

A educação é essencial no processo de disciplina das crianças, pois ensina valores, limites e consequências das ações. Bater em uma criança não é a forma mais adequada de ensinar disciplina, pois pode causar traumas emocionais e afetar a relação de confiança entre pais e filhos. É importante buscar alternativas mais eficazes e saudáveis para corrigir o comportamento infantil.

A importância do diálogo e do exemplo na educação das crianças

O diálogo e o exemplo são fundamentais na educação das crianças, pois permitem uma comunicação mais efetiva e um aprendizado baseado no respeito mútuo. Bater em uma criança não ensina valores morais e éticos, apenas impõe medo e autoritarismo. É fundamental que os pais sejam modelos de comportamento e dialoguem de forma aberta e empática com seus filhos para construir uma relação saudável e de confiança.

Conclusão sobre a disciplina infantil

Em suma, a disciplina infantil deve ser baseada no diálogo, no exemplo e no respeito mútuo entre pais e filhos. Bater em uma criança não é uma forma correta de discipliná-la, pois pode causar danos emocionais e prejudicar a relação familiar. É necessário buscar alternativas mais saudáveis e eficazes para corrigir o comportamento das crianças, como o estabelecimento de limites claros, o reforço positivo e a comunicação aberta. A educação deve ser pautada no amor, no respeito e na compreensão, para que as crianças cresçam saudáveis, felizes e seguras de si.

Fonte Consultada: Texto gerado a partir do Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=FzGvVEgovqE do Canal Flavia Calina .