VERDE É A COR DA INFÂNCIA: A potência da Educação Ambiental no cotidiano da Educação Infantil

By | 19/05/2025



Live Formativa: TDC Rede Maio de 2025 – Educação Infantil Profª Drª Alessandra Arce: Professora associada da Universidade …

VERDE É A COR DA INFÂNCIA: A potência da Educação Ambiental no cotidiano da Educação Infantil/a>

Perdão. Bom dia a todos. Eu sou a Cléuf, formadora lá do Centro Paulo Freire. Estou aqui juntamente com as outras formadoras também do Centro Paulo Freire. Gostaria de dar boas-vindas a todos os professores e professoras da nossa rede municipal de ensino. Sejam todos bem-vindos à nossa live formativa do mês de maio. E para dar início a essa live, eu vou dar alguns lembretes para que nosso encontro flua muito bem. Essa live ficará gravada e estará disponível no canal das escolas municipais de Ribeirão Preto no YouTube para aquelas que não podem estar conosco ao vivo e assim possam assistir em outro momento. preferencialmente vocês possam assistir nos horários dos seus agrupamentos e depois de assistir a live vocês encontrarão mais um material complementar e o formulário para que vocês possam validar a presença de vocês. Essa live ficará disponível até o dia 27/05. Lembrando que a partir deste mês de maio, as nossas lives e os nossos e o nosso TDC Rede Curso estão gerando emblemas para que vocês efetivem a presença de vocês aos nossos encontros. Paraa nossa manhã de hoje, nós teremos dois momentos, inclusive com três grandes professoras, que eu irei apresentar agora para vocês e falaremos sobre o tema verde é a cor da infância. a potência da educação ambiental no cotidiano da educação infantil. Nossas parceiras de hoje são a doutora, professora Alessandra Arce. Ela é professora associada à Universidade Federal de São Carlos, líder do grupo de pesquisas em Ciências da Compaixão e educação. tem experiência na área de educação com ênfase em história da educação, educação infantil e questões que envolvam a educação socioemocional, atuando principalmente nos seguintes temas: histórias das ideias pedagógicas educacionais e seus intelectuais, educação infantil e educação socioemocional. possui formação como professora para trabalhar com CBTC pela EMOR University e como facilitadora para o programa socioemocional da mesma universidade, Can Langer é professora certificada do curso CBC pelo Instituto de Santa Bárbara dos Estados Unidos e pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Atualmente é pós-doutoranda no Instituto do Cérebro da Faculdade de Ciências da Saúde e do Hospital Albert Einstein. Também contaremos com a presença da Dra. Helena Vassimon, que é especialista, mestre e doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, tutora da estratégia Amamenta e Alimenta Cidades, membro do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional, nutricionista da nossa secretaria da educação de Ribeirão Preto E também contaremos com a presença da professora Séforora Manfrm Cleglion, professora da rede municipal de Ribeirão Preto, atua na educação no infantil no segmento dos ciclos e desenvolve projetos com foco na relação das crianças com a natureza, buscando fomentar hábitos de vida sustentáveis e uma alimentação mais saudável. Vou passar a palavra agora para as nossas professoras e aproveito para desejar a todos uma live de excelentes reflexões e muito aprendizado. Nós vamos começar com a professora Alessandra. Fique à vontade, Alessandra. Seja muito bem-vinda. Nós estamos muito felizes com essa live, com a presença de todos vocês aqui. Eu gostaria de começar agradecendo o convite de participar dessa live feito pela Letícia. Eh, para mim é um prazer muito grande conversar com vocês da rede de Ribeirão Preto. Eu tive a oportunidade de morar curto tempo em Ribeirão Preto, né? o tempo em que eu trabalhei na USP por dois anos e pouquinho e eh tive a oportunidade durante esse período de ter um encontro com essas profissionais que estão aqui fazendo parte da Secretaria de Educação como a GENI, e poder dar aula para elas e compartilhar um pouco do dos conhecimentos que eu fui adquirindo aí durante o meu processo formativo. Então eu gostaria de agradecer a ao convite feito. Agradeço também a presença da professora Helene, da professora Seforá, né? Acho que vai ser um prazer ouvir vocês. Tô muito curiosa, né? As temáticas que vocês trabalham, elas me interessam muito e espero poder contribuir nesse debate que foi colocado sobre a questão da potência da educação eh ambiental na educação infantil. Então, eu vou compartilhar com vocês agora aqui o slide. Vamos ver se vai dar certo. Acho que vai. Eh, só um pouquinho. Vou compartilhar a tela, acho que fica melhor. [Música] Só um [Música] [Música] minutinho. Os slides estão aparecendo porque eu não consigo ver. Se puder me dar um retorno. Eh, se alguém puder me dar um retorno se os slides estão aparecendo, porque eu não consigo eh ver a tela, inclusive. Bom, eu vou falar assim os slides porque eu acho que eu não tô conseguindo compartilhar ele com vocês. Então, eu vou falar a partir deles ah sobre a questão da infância também ser verde. E aí eu queria começar conversando com vocês sobre algo importante que a gente entender um pouquinho sobre o desenvolvimento da criança. Então eu vou falar rapidamente sobre alguns pontos que eu considero importantes e que envolvem eh o desenvolvimento infantil e que nos ajudarão a pensar a importância da relação da criança com a natureza e de a gente cultivar essa relação com as crianças. Então, a primeira coisa que eu gostaria de falar com vocês é a importância do entendimento que a gente tá tendo cada vez mais de que o cérebro com o qual nós nascemos, ele não é a nossa fronteira final, como diz a Suzana Herculano Russell, né? Ele aprende e vai se modificando com os nossos esforços. Então, quando a gente parte desse princípio, a gente entende que o desenvolvimento humano ele é um contínuo, né? Então, a infância ela é uma primeira parte, uma primeira etapa desse desenvolvimento. É como se a gente fosse construindo eh uma pequena casa, andar por andar, até nós chegarmos à fase adulta. E aí vem a importância de a gente perceber o quanto é fundamental nós pensarmos com calma nas experiências que nós oferecemos às crianças na educação infantil. A educação infantil é o começo de tudo. A criança na educação infantil, ela tem o que alguns neurocientistas chamam, que é o cérebro do iniciante, né? O que que é o cérebro do iniciante? Ela tá começando a ver esse mundo e aprender esse mundo de formas diversas. E isso é muito mágico e muito bonito da gente observar. Vocês que são professoras de educação infantil, eh, tem contato com isso todos os dias, né? essa esse momento de descoberta, não só do mundo que tá fora da criança, mas do seu mundo interior também. É na educação infantil que vocês vão presenciar as crianças sentindo pela primeira vez raiva, tristeza, eh fazendo os primeiros amigos, aprendendo a partilhar, a resolver conflitos, né? Então, é uma uma um período assim muito importante do desenvolvimento humano. Por isso que nós precisamos pensar muito o que que nós queremos colocar para essa criança, o que que nós queremos trazer pra vida dessa criança, né? Então eu gostaria de começar por aí. Então, pensando a partir disso, como que essa criança aprende, né? né? Então, a gente já sabe que o grande diferencial da aprendizagem na educação infantil pra aprendizagem nos anos posteriores da escolarização é que nessa faixa etária eu preciso estar o mais próximo possível das situações concretas da vida dessa criança. Essa criança ela precisa experimentar para aprender, ela precisa agir para compreender. Então eu preciso colocar esta criança em ação e em atividades em que ela experimente esse mundo. Ela experimente tudo que é ofertado pelo nosso mundo e tudo que foi construído pelo ser humano e o que está colocado também no mundo natural. Então, para isso, eu preciso focar as minhas atividades nas questões que envolvem o cotidiano próximo dessa criança. E esse é um fator muito importante. Por quê? porque ela vai construir aos poucos, a partir disso, a sua capacidade cada vez maior de abstração. Ela vai formando imagens mentais que vão lhe permitir lá na frente trabalhar com conteúdos mais elaborados, né, até chegar ao ensino médio ou chegar ao nível de vocês em que a gente tá falando de crianças. E eu não preciso mostrar a criança para vocês. Vocês têm imagens, experiências, vocês têm várias memórias registradas, vocês já estudaram, vocês têm conhecimento sobre como essa criança é, como ela se desenvolve, como ela funciona. Você já começa automaticamente a pensar em atividades a partir do que um palestrante ou uma pessoa fala, uma ideia, uma palavra já te gera 1000 outras ideias e 1000 outras palavras. Então essa é uma construção. A criança pequena que tá na educação infantil, ela ainda não tem condições de fazer isso. Mas com a ajuda de vocês, professores, com as experiências que vocês trazem para essa criança, essa criança vai aos poucos construindo essa capacidade. E para isso eu preciso que ela esteja com a mão na massa, ou seja, que as atividades partam do cotidiano e que essas atividades propiciem para essa criança mão na massa o tempo todo, né? Então esse é um fator bastante importante aqui pra gente pensar o desenvolvimento e o processo de ensino e o processo de aprendizagem também dessa criança ao mesmo tempo. Isso tá muito bem explicado, de certa forma eh nos livros do Vigotsk, do Lúria e do Leoniev, né? aonde o Vigotskar o desenvolvimento da criança não como um processo maturacional, mas como uma revolução que numa espiral crescente vai transformando, fazendo esse indivíduo florescer. Então, quando a gente entende isso, quando a gente compreende que esse processo é uma revolução e que ele acontece num formato de uma espiral, a gente também compreende que a criança ela não se desenvolve sozinha, ela precisa da interação com os adultos que cuidam dela, seja no ambiente familiar, seja na escola ou nos outros ambientes que ela frequenta. Por falar em ambientes, eu gostaria de falar para vocês que cada um desses ambientes ensina coisas para esta criança. Então, a criança que chega para vocês na escola, ela aprende, apreende e aprende também uma série de processos, de comportamentos e também de conhecimentos nos outros ambientes que ela frequenta além da escola, a igreja, o parquinho, o clube, eh a rua onde ela brinca com as crianças, se é possível acontecer isso, a família, seja a família, a família onde ela tá sendo criada ou a família de caráter mais ampliado, né? Todos esses ambientes educam a criança junto com a escola, né? E esse é um processo que a gente não pode deixar de lado, porque a escola não é a única educadora dessa criança. Mas qual que é a diferença da escola para esses outros ambientes? A diferença da escola para esses outros ambientes é que na escola eu tenho profissionais formados para intencionalmente fazer aquilo que o Demerval Saviani fala de maneira muito sábia. que é produzir a reproduzir a humanidade em cada indivíduo. O que significa isso? eu oportunizar nesse processo de desenvolvimento da criança que ela adquira, que ela tenha contato com tudo que a humanidade produziu. Esse é um dos maiores papéis da escola e esse é um ponto importante pra gente falar sobre equidade, o acesso ao conhecimento que deve ser dado a todas as crianças de forma igualitária. Então esse é um é algo bastante fundamental, inclusive pra educação infantil. Eu preciso garantir que todas as crianças tenham oportunidade de fazer atividades mais diversas do possível e que tenham acesso aos conhecimentos produzidos pela humanidade desde pequenininhas, de forma mais elementar, adaptada à forma como elas aprendem, mas que elas tenham acesso a isso, porque isso será o motor do desenvolvimento delas. Isso também será o motor para as brincadeiras infantis, né? Então esse é um ponto bastante importante. Mas quando a gente pensa na questão ã da educação ambiental, eu não posso deixar de falar para vocês aqui da importância das ciências na educação infantil. Então a o ensino de ciências na educação infantil, ele é necessário e ele precisa acontecer. Ele geralmente não é pensado para essa faixa etária, porque muitos professores, muitas pessoas acreditam que as crianças não são capazes de trabalhar com conhecimentos científicos. Então eles acabam sendo negligenciados esses conteúdos, mas eles são muito importantes. Por que que eles são importantes? Porque através da observação e da experimentação que fazem parte do ensino de ciências, que eu vou propiciando as crianças a descoberta dos fenômenos, o entendimento de que existem vidas diversas, que nós temos vários seres cientes no nosso eh convívio, que não somos só nós seres humanos, né? que nós temos uma infinidade de seres que compartilham esse espaço com a gente. E através dos experimentos, das aulas de ciências, a criança pode ir compreendendo aos poucos como que esse mundo e os seus diversos fenômenos eles vão acontecendo e ao mesmo tempo entendendo como que esses fenômenos eles também interferem na nossa vida diretamente, né? ao mesmo tempo, ela vai apropriando também conceitos científicos na sua forma mais rudimentar e que são essenciais paraa vida dessa criança na sociedade que nós temos, né? Porque esses conceitos iniciais eles já vão desfazendo eh questões que podem ser prejudiciais na relação dessa criança, tanto com o meio ambiente como na relação dela com ela mesma, né? ao compreender como que a ciência ela evoluiu e como que a ciência nos ajuda a entender o mundo em que nós estamos. Para esse trabalho com as ciências, é preciso que o professor, que nós professores, né, aliás, não é só paraa ciência, né, para todas as disciplinas, que a gente esteja atenta aos processos de planejamento desse trabalho. Então, esse processo de planejamento de trabalho, ele deve ser um processo que permita a essa criança pequena, por conta das características da faixa etária dela, criar e produzir. E isso não é uma coisa simples, porque você vai através do ato de criar, produzir e também reproduzir, né? Porque num primeiro momento a criança ela mais reproduz do que cria e produz coisas diferentes, eu vou auxiliar ela no processo de pensar, planejar e organizar. Então, essas capacidades que são capacidades executivas, elas são muito importantes de serem fomentadas na educação infantil e continuadas nas séries posteriores, porque é isso que vai ajudar mais tarde essa pessoa a conseguir planejar, conseguir pensar, conseguir organizar sua vida, conseguir organizar o ambiente no qual ela está inserida. Então, esse é um ponto bastante importante. E uma outra característica dessa exploração do ensino de ciências aqui na educação infantil é a resolução de problemas em movimento. que eu acabei de falar para vocês que é muito importante a gente pensar que esta criança precisa estar inserida no cotidiano, ela precisa estar com a mão na massa e eu preciso desenvolver nela a capacidade de planejar, de pensar e organizar. Nada melhor do que isso do que a proposição de problemas, né, de você trazer problemas que estão no cotidiano e que demandam uma determinada resolução e auxiliar a criança neste processo de resolução dos problemas. Quando eu faço isso, tem duas perguntinhas que eu preciso me fazer sempre, né? E se durante o processo do trabalho com ciências eu tô de fato encorajando as crianças a aprender, auxiliando elas a pensar. A segunda pergunta é se eu desafio as crianças intelectualmente nesse processo, porque uma das características do trabalho da escola é justamente desafiar intelectualmente as crianças. A criança, ela só vai se desenvolver e atingir a sua potencialidade se eu a desafiar intelectualmente. Então, eh, se eu a ajudo a pensar, se eu a encorajo a pensar e se eu a desafio intelectualmente, eu vou gerar desenvolvimento nesta criança e ela vai avançar nas suas percepções da realidade e na compreensão dos fenômenos que estão no seu entorno. Isso é que uma pesquisadora indiana chama de pensamento compartilhado, sustentado. Eu particularmente, eu gosto muito dessa ideia do pensamento compartilhado, sustentado, porque ela é uma forma ideal para você auxiliar a criança pequena que não consegue eh ainda por conta do desenvolvimento da sua própria capacidade de atenção, eh ficar longas horas ouvindo o professor falar também pelo seu vocabulário que está em desenvolvimento. uma fala longa do professor de meia hora é algo bastante cansativo para essa criança. Então, uma forma de eu ajudar ela desenvolver tanto a linguagem como a sua percepção do mundo é sustentando esse pensamento dela, compartilhando com ela o pensamento e desafiando ela intelectualmente e auxiliando ela a pensar. E como que eu faço isso? Perguntando, conversando com essa criança, né? Então esse é um ponto bastante importante que o ensino de ciências ele traz pra gente, né, que eu não posso fazer esse ensino de ciência sem essas ferramentas. A criança precisa observar, ela precisa experimentar. Nesse processo de observação e de experimentação, eu vou auxiliando ela a pensar, eu vou desafiando ela intelectualmente, né? eu vou sustentando e compartilhando esse pensamento que ela tá formando e ao mesmo tempo eu vou auxiliando então ela criar hipóteses a rever o seu pensamento, a planejar, a se organizar. Então, esses são pontos bastante importantes aqui no desenvolvimento da criança pequena, dessa criança da educação infantil. Por isso que o tipo de atividade proposta pelo professor, ele sempre vai interferir diretamente no desenvolvimento da criança. Então, se eu paro para planejar, para pensar com muita calma o que eu vou fazer? E se eu faço esse planejamento centrado nas crianças que eu tenho reais, na necessidade, procurando ver o que cada criança, o que que eu vou precisar despertar em cada criança dentro do possível ou na turma como um todo, né, eu vou interferir sim no desenvolvimento dela, porque eu vou estar favorecendo o desenvolvimento dela ao favorecer a compreensão maior do mundo, ao começar a criar nela, né, o que Demerval Saviani fala, essa humanidade ade que nós temos, né, essa humanidade que nós também compartilhamos e que foi criada por quem veio antes da gente, né? Nós somos um contínuo de milhares, milhões de indivíduos que estavam aqui antes da gente. Então, esse é um ponto bastante importante. Da mesma forma, não propor atividade nenhuma também irá interferir, né? Se as crianças passam muitas horas na frente da TV na escola ou muitas horas no parquinho, né, isso também terá uma interferência sim no seu desenvolvimento. Ou seja, tudo que nós propomos paraa criança, de uma forma ou de outra acaba interferindo de no seu desenvolvimento, né? Mas como nós estamos falando da escola, nós estamos falando de profissionais que são formados para pensar o trabalho com crianças menores de 6 anos, é importante que nós tragamos aqui pro nosso trabalho todas as ferramentas que nós aprendemos no nosso processo de formação, né? Então, não é não é desejável que a gente eh esteja na sala de aula com base no senso comum apenas, né? né? Então nós precisamos trazer práticas que têm base em evidências de que elas funcionam. E a gente tem muitas coisas que tem várias pesquisas realizadas sobre o que seria a melhor forma de abordar. Nós temos que trazer os conhecimentos do campo da psicologia, da neurociência, da sociologia. Nós temos que trazer esses conhecimentos para pensar as nossas eh aulas. A gente não pode trabalhar apenas a partir do senso comum. pensando nisso, como que eu aproximo a criança da natureza, né? Como é que eu faço essa aproximação pensando a partir desse ensino de ciências? Quando eu permito a criança que ela faça esse contato com a natureza de observação, de observação dos fenômenos, e aí podem ser tantos fenômenos naturais como aqueles que foram criados pelos homens, mas a maioria aqui é observação eh de fenômenos e experimentação de fenômenos naturais. Se eu entendo que a criança ela tem esse cérebro de iniciante, ela tá começando a descobrir o mundo, essa criança, ela ainda não tem preconceitos formados a respeito do mundo e da relação nossa com esse ambiente. Ela vai ouvir falar algumas coisas dentro do seu círculo familiar ou desses outros ambientes de aprendizagem que ela frequenta. Mas como ela passa a maior parte do tempo na escola, porque a maior parte das crianças, eh, muitas crianças ficam em tempo integral nas escolas de educação infantil, é nesse momento que eu posso ajudá-las a ter um contato com a natureza diferente, com esse mundo natural, de forma diferente. E por onde passa esse aprendizado? Não só pela observação, pela experimentação, mas pela construção da ideia do amor e do respeito pela natureza. E como que essa ideia se constrói? Ela se constrói pelo entendimento de que estamos todos conectados. Então esse é um ponto muito importante que ele serve não só para entendermos a nossa profunda conexão com a natureza, mas para entendermos também que todos nós estamos conectados enquanto pessoas também e enquanto seres humanos. Então, esse amor e respeito compreendido a partir desta conexão, ele precisa ser ensinado, porque isso não está colocado na nossa sociedade, que é uma sociedade hiperindividualista. Ela não é uma sociedade de caráter coletivista e a natureza, na maior parte das vezes, é vista como fonte de exploração. Então as professoras vão falar sobre alimentação, vão comentar, eu acho que eu não sei, elas são especialistas aí na parte alimentação, mas a gente sabe o quanto eh há de sofrimento para a natureza na produção dos alimentos que nós consumimos. Há muito pouco tempo se começou a pensar no bem-estar dos animais que nós consumimos, de que esses animais t direito à vida e também tem direito a uma boa vida, né? Então, a nossa relação, ela é uma relação altamente predatória e uma relação aonde o respeito não se faz presente. E isso eu posso cultivar desde a educação infantil, porque isso além de ter que ser ensinado, vai ter que ser repetido muitas vezes, porque infelizmente a nossa sociedade ela caminha num outro, num ela tá caminhando numa outra direção, não nessa visão de que todos os seres vivos eles têm direito a ter uma boa vida, eles têm direito a serem respeitados. Tá? Então esse é um ponto bastante importante aqui que na observação desses fenômenos, no trabalho com essas crianças, eu preciso trazer isto à tono. Ah, eu geralmente às vezes eu observo muito as crianças e e eu fico assim muito triste, particularmente quando eu vejo uma criança que destrói uma árvore, que derruba um ninho de passarinho, né? Então isso aí demonstra que não há conexão nenhuma com aquele ser vivo que está ali. Não tem nenhum respeito por aquele aquele aquela aquele ser que está ali. E por que que isso acontece também? Porque nós não nos identificamos como parte da natureza. Se tem algo que os povos originários eles nos ensinam, é essa conexão com a natureza, né? Então, as crianças dos povos originários, elas se colocam como parte da natureza e nós somos parte da natureza também. Nós compartilhamos coisas infinitas com os primatas de comportamento, não só genéticas, mas de comportamento também. Então, quando a gente entende isso, a gente entende que os animais eles são capazes de terem alguns sentimentos. Nós percebemos o quão cruéis nós somos na forma como nós nos relacionamos com a natureza e que a destruição de um ecossistema, as queimadas que daqui a pouco começam, elas imprimem um sofrimento muito grande aos animais, aos insetos, a todos os seres que compartilham conosco esse espaço. Então isso precisa ser ensinado pr as crianças. E se elas compreendem, e o ensino de ciências é poderoso nisso, para elas entenderem como esses seres vivos funcionam, que eles se reproduzem, que eles têm filhotes, que eles também cuidam dos seus filhotes, que eles buscam casa, que eles precisam de comida, que eles têm as necessidades que nós temos. Essa é uma ferramenta poderosa para esse olhar amoroso e esse olhar de respeito. Porque afinal, como disse eh Martin Luther King numa das suas palestras de Natal, ele disse o seguinte, que nós antes de nós terminarmos o café da manhã, ele fala assim: "Antes de terminar o café da manhã, você já dependeu de mais de metade do mundo. É assim que o universo está estruturado, é a sua qualidade interrelacionada. Não teremos paz na Terra até que reconheçamos este fato básico da estrutura interrelacionada de toda a realidade. Então, eu gosto de falar que o ensino de ciências eles nos ajuda nessa percepção, ele nos ajuda a entender este interrelacionamento, né, de de tudo, ao mesmo tempo em que, claro, aí eu vou aqui puxar um pouquinho certinho porque eu tenho estudado, se eu trabalho as habilidades sociais e emocionais dessa criança, isso também vai ficar cada vez mais claro e cada vez mais nítido para ela, né, a partir da própria relação com os pares também. Mas como que eu faço isso na educação infantil? Eu faço isso só com experimentos externos? Como que eu vou, eu posso tornar isso mais vivo paraa criança, né? Porque para que ela aprenda a estar e gostar da natureza, ela precisa ter contato com a natureza. E nós que vivemos na cidade, a gente sabe que esses espaços eles são raros, escassos, porque a arquitetura e o urbanismo das cidades, ela não privilegia o verde, ela não privilegia esta mistura, né, com eh a natureza, com as árvores, com a presença de pássaros, né? E quanto mais periférica a escola, menos ainda este contato está colocado, né, por conta das próprias condições em que as regiões periféricas das cidades elas são deixadas, né, que são as eh são condições de abandono, condições de uma infraestrutura extremamente precária. Eu vou deixar aqui claro que eh cada uma de vocês tá numa realidade, sabe o que é possível dentro da sua escola, né? Eu vou trazer para vocês algo que faz parte também eh de pesquisas, né? Então, que é que é com certeza vai precisar de adaptações, mas é algo que a gente por onde a gente pode começar. Então, se a infância é verde, a escola também precisa ser verde. E nesse ponto tem algo bastante importante que pode colaborar para isso, que é o famoso cultivo dos jardins e das hortas na escola, né? Então, a presença do jardim, das plantas, né, a presença de uma pequena horta, né, da criança poder ter esse contato com a terra, com o cultivo, que colocar a semente, ver a planta crescer, ter, ter que lidar com todas ases do crescimento de uma planta, né, de observação, eh, desse crescimento, é algo bastante importante, porque eu não vou conseguir me relacionar com a natureza se eu não sei que que é essa natureza. Eu não tenho contato com ela. E hoje, mais do que nunca, isso é importante. Eh, porque nós temos uma infância que tá baseada no mundo digital, né? Se trocou, como diz o Jonathan Heid, a infância baseada no brincar pela infância das telas. E isso é altamente prejudicial para as crianças, né? Eu acho que vocês já devem ter estudado, ouvido falar sobre isso, né? Tanto que a Sociedade Brasileira de Pediatria, ela diz: "Até os 2 anos, zero de tela para as crianças. Essa criança precisa est no mundo real, ela precisa estar explorando esse mundo real, esse mundo que tá no seu entorno. Então esse é um ponto bastante importante. Agora que nós proibimos as telas na escola, demorou, mas essa proibição foi feita e é necessária. É importante a gente criar outros modos de interação da criança com o mundo, interação entre pares e, ao mesmo tempo, propiciar essa interação com esse mundo natural que ficou cada vez mais distante, não só das crianças, mas dos adolescentes e dos jovens também. Então, nesse ponto, fazer da escola um ambiente aonde o verde está tá presente, aonde a criança pode ter contato com o cultivo de plantas, né? Eh, se fosse possível, o ideal seria a escola ter mascotes, né? Você ter a presença de outros de outros seres também dentro da escola, mas só o cultivo das plantas que trazem os insetos, se forem flores, trarão as abelhas, né? Eu já vou ter uma gama para discussão com essas crianças muito grande, né? E a gente sabe que tudo aquilo em que a criança põe a mão, quando ela põe a mão para fazer, ela se apaixona e cuida com muito amor e com muito carinho, né? Então, eh, se a criança planta a cenoura, ela vai comer a cenoura, né? e aquilo ganha uma importância muito grande para ela, porque é assim que ela aprende. Ela aprende com a mão na massa e ela aprende no cotidiano. Então, é importante eh, a o ensino de ciências ele ser um start para essa busca, para essa conexão, para essa exploração e para esse encantamento da natureza, do qual, na verdade, nós também somos parte, né? nos incluirmos nisso é algo bastante importante nesse processo. E quanto mais eu exploro a natureza, quanto mais eu me incluo nela, eu cuido só não dela, mas eu também passo a me cuidar melhor, né? Então eu passo a entender melhor aquilo que vai me fazer bem. E nós sabemos por diversas pesquisas que o contato com a natureza, ele é algo importante pros processos de diminuição de estress, de relaxamento. E no caso da criança vai além da exploração natural, o próprio desenvolvimento do pezinho da criança. A criança que anda descálcio, que anda na terra, né, ela desenvolve melhor eh o seu pé e a mobilidade do seu pé, né, o desenvolvimento da sua mão. Então, a gente tem uma série de outras coisas que são ganhos quando eu permito a criança observar, experimentar, colocar a mão na massa e estar em contato eh com a natureza, né? Então, a natureza é muito importante, mas para isso eu preciso que essa escola também se torne verde, por mais difícil que seja, por mais às vezes trabalhoso que seja, porque eu sei que isso depende de investimento, eh é preciso dar continuidade a projetos que envolvam a parte de urbanização das escolas, né? Mas eu acho que essa é uma questão que tem que ser discutidas pelas redes, né? que eu preciso também trazer essa ideia do verde pros prédios escolares eles estarem presentes dentro da escola, né, essa ideia verde dentro da escola de propiciar o contato com a natureza a partir do próprio prédio escolar também. Bom, dito isso, eu encerro por aqui a minha fala. Ela é uma fala mais no sentido de trazer algumas ideias para vocês, né? Ah, talvez algumas ideias sejam conhecidas de vocês, talvez outras não, mas eu me despeço por aqui e agradeço muito a oportunidade de falar com vocês, ainda que brevemente, e fico à disposição depois, ao final da fala das outras professoras pro nosso debate. Muito obrigada. Obrigada a você, Alessandra, por toda essa partilha conosco. E agora nós vamos passar pra professora Helena, né, que ela também vai fazer as reflexões dela depois a Céfra e no final se tiverem perguntas, dúvidas estaremos aqui também junto com vocês, tá bom? Muito obrigado por enquanto. Já posso continuar, Clé? Pode continuar, Helena, por favor, seja bem-vinda, viu? Tá bom, gente? Bom dia a todos os professores do ensino infantil. É uma alegria imensa. Queria agradecer o convite. Eh, eu acho que é aqui a equipe de nutricionistas, a divisão de nutrição escolar, nós queremos cada vez mais tá próximo aí de vocês. Eh, a gente sabe o quanto que isso é importante e vocês que estão aí na ponta fazendo esse esse trabalho, né, maravilhoso de de como mesmo a a professora Dra. Alessandra falou de de impacto no desenvolvimento das crianças. Eu acho eh fiquei maravilhada aí com a apresentação, com a palestra, eh e assim, então eu pretendo aí agregar um pouquinho eh com vocês em relação à minha parte mais técnica como nutricionista e tendo fazendo um pouquinho de link com o que a Dra. Alessandra eh comentou, né? Eh, é super interessante colocar exatamente o que a gente vive hoje, né? Uma sociedade individualista. e uma natureza que tem sido destruída. Eh, então, é, é esses dois pontos que foram colocados traz muito também a questão do alimento, né? Então, hoje em dia a gente fala muito de um termo que chama segurança alimentar e nutricional, né? é um termo, um conceito muito complexo, eh, que traz que, eh, a alimentação, ela é muito mais, eh, ela é um direito, então, a gente tem que trabalhar com acesso. Então, tem pessoas que não têm acesso ao alimento que passem fome ainda. Mas a a garantir esse direito não é somente também ter qualquer coisa. Ele, esse alimento, ele tem que ser eh tem que ter qualidade, tem que ter eh tem que ser tem que ser algo saudável. E ele também tem que tá baseado nas práticas sustentáveis, né? Então, eh, na hora que a gente pensa o sustentável, durante a a fala da Dra. Alessandra, me veio uma pergunta assim, uma vez eu li uma reportagem de uma, uma professora doutora da Unicampa fazia a seguinte pergunta: eh, comer eh comer soja, eh, a soja é um alimento saudável? E aí, e aí tinha várias pessoas respondendo: "Não, a soja é saudável porque ela, ela pode ser, ela pode ajudar como um hormônio quando a mulher tá na menopausa, porque ela é rica em proteína e tá tá tá tá tá tá". E aí ela vem com com diálogo, né? Ampliando o conceito do que é uma alimentação saudável, do que não é, baseado de que você não pode somente estar restrito ao nutriente, né? E se essa essa soja tá destruindo o meio ambiente, tá destruindo, né, tá sendo o jeito que ela é que que que exige do solo, da do da forma como ela é plantada, se isso tiver agredindo uma meio ambiente. Então, será que a gente não tem que pensar nisso? Senão também a gente tá comendo alimento hoje, mas talvez nas gerações futuras a gente não vá mais ter. Então esse cuidado com a natureza, ele envolve sim o alimento. E hoje eu trouxe aqui especificamente a questão da horta. eh como um ponto dentro desse contexto de de educação ambiental, porque na verdade, como eu coloquei, o alimento também vem da natureza. Então, cada vez mais eu venho estudando e vendo que dá pra gente juntar as duas áreas, eh, educação ambiental, alimentar e nutricional. É um termo que não existe, mas que eu tenho falado muito, porque eu tenho contato com Moisés, que tá na sessão de educação ambiental, e agora nós juntos temos eh eh começado em 2025 esse olhar para como juntar a educação ambiental com a educação alimentar e nutricional e e trazer eh um apoio aí paraa ponta, paraas escolas, para que a escola esteja mais verde, né? E nesse contexto a gente já tem alguns projetos que é o verdejamento e tudo mais. Esse verdejamento ele ele vem acontecendo. O Moisés acabou de assinar também agora um contrato, são mais de 5.000 mudas de árvores eh de de árvores que vão ser plantadas as escolas. Eh, e agora a gente vem com essa nossa vontade enorme de incentivar as hortas escolares. E aí, onde que eu entro? Eu entro porque a horta ela acaba sendo uma poderosa ferramenta de educação alimentar e nutricional. Aí nesse slide vocês estão vendo, gente, que ela perpassa por eh tá até dentro do da plataforma Moodle que vocês vivenciaram, ela tá dentro do PENAI, que é o programa de alimentação escolar do FNDE. Então, por a horta, ela é considerada como uma ferramenta de educação alimentar e nutricional. é um conceito também que com o tempo nós vamos vir discutindo eh durante outros módulos e que é fundamental para que o professor eh tem esse olhar também pro dia a dia, porque a alimentação ainda tá dentro da escola também. Então a gente precisa não só ter um ambiente protegido no sentido de oferecer uma um cardápio saudável, mas também começar a ensinar. E retomo o que a professora Alessandra falou, eh, a questão do desenvolvimento infantil, a gente, eh, tem esse poder de já ir ensinando desde criança, desde o ensino infantil, para que a gente consiga ter lá uma criança conforme a idade, a faixa etária vai, né, eh, indo, consiga ter uma autonomia para fazer suas próprias escolhas alimentares, né? eh também tá dentro da política nacional de educação ambiental e a gente também vê a a referência à educação alimentar adicional dentro do do referencial curricular da de Ribeirão Preto 2019. Eh, então pode passar pro próximo. A gente tem esse olhar de importância para isso. Dentro do da questão nossa mesmo de de parte da educação alimentar emal, eh o vocês professores podem depois ter o acesso à nota técnica de AN, que é uma nota técnica maravilhosa e escrita assim de uma forma clara, direta e objetiva. E dentro dela ela ela coloca todos os atores envolvidos com a questão de educação alimentar nutricional. entre eles, com certeza, vocês, professores, que são praticamente eh os mais aí importantes do dia a dia, eh, e que tem várias outros vários outros instrumentos, inclusive pedagógicos para poder trabalhar a questão da alimentação. Então, lá tem toda um uma um link vários eh pontos do que vocês professores devem realizar no dia a dia. E além disso também a educação alimentar e nutricional, ela faz parte da BNCC como uma matéria, um um conteúdo que deve ser eh realizado na escola de uma forma transversal. E aí que vem de novo a horta, porque a horta ela cumpre muito bem com esses dois eh quesitos. Pode passar. Eh, então eu volto a falar eh vários estudos têm trazido a questão da horta. como uma ferramenta estratégica poderosa de educação alimentar e nutricional para as crianças, inclusive do ensino infantil. Pode passar. E e assim, e aí é o que eu comentei também antes, eh, na verdade até ontem a gente estava numa reunião com com vice-prefeito Maraca, várias pessoas da coordenação pedagógica foram, porque tem um decreto que depois eu também posso compartilhar que fala sobre a promoção da alimentação saudável nas escolas. Esse decreto ele faz, ele fala de escolas públicas e privadas, ele acaba tendo três frentes de atuação, que seria educação alimentar e nutricional, a necessidade de uma escola ser um ambiente protegido e saudável, que a escola tem que fornecer opções saudáveis, ela tem que realizar educação alimentar e nutricional e também tem que ter uma um cuidado com marketing eh contra alimentos que são chamados ultraprocessados. Então, a gente tá aqui, ó, num num embate entre a natureza, os alimentos que vem da natureza, que é o que deve fazer parte da nossa alimentação, que é o inatura, que vem da natureza, contra, né, o alguns alimentos que tem pesquisadores que não gostam nem de chamar de alimentos, eh, acham que o certo seria produtos, porque não existe dentro daquele daquela embalagem não existe um alimento que vem da natureza. ele praticamente é uma série de composições químicas, aditivos e e e aí então a gente vem com esse embate, natureza versus coisas que têm sido criadas, né? Então produtos têm sido criados pela indústria e a gente precisa favorecer os alunos até essa proximidade com alimento em natura. pode passar nesse sentido. Eh, e também vale a pena colocar que a horta escolar ela é uma ferramenta pedagógica que para eh para poder ser ampliado esse conhecimento que não fique restrito apenas a à parte das crianças, então que a gente envolva toda a comunidade escolar. Um exemplo desse é essa foto que tem aqui. Então, quando a gente fala horta, já pensa em monte de canteiro. Não precisa necessariamente ser eh canteiro. Ah, não, mas a minha escola não tem canteiro, não tem nada tudo estruturado. Não, tudo é possível. A gente tá aqui à disposição para fazer toda essa parceria de de olhar para aquela escola, ver qual é a realidade, ver como a gente pode implementar a horta. E a horta pode ser também que nem tá nessa foto, é um vasinho, a gente tá plantando ali, né? Então, no caso, essa escola definiu que cada turminha escolheu um alvo para ser eh cultivado ou ou um alface. Aqui foi o alface. Então, essa turminha ela cuidou de todo o processo, colocou a semente, cuidou, regou, colocou a água, viu até crescer. Na hora que tava pronta, a família foi convidada e esse e essa plantinha foi paraa casa da família. Então, é uma forma de envolvimento da comunidade escolar. Pode passar. Eh, então assim, vem esse slide que é para mim acho que é um dos principais e foi muito bem trabalhado no nos TDCs da plataforma Moodle do que que então a Horta, qual que é o qual por que essa eh a Horta é uma ferramenta, é um instrumento tão importante do ponto de vista pedagógico. Por que que a gente quer incentivar muito que os professores eh tenham isso como uma ação? Primeiro por conta desse reconhecimento e aproximação com a natureza, né? esse sentimento de pertencimento que muito bem também falou a Dra. Alessandra, então a gente tem que ter esse esse esse esse olhar de que hoje a gente vive uma sociedade muito individualista e e muitas vezes esse olhar da natureza é como se a natureza fosse outra coisa, não fizesse parte. Então a gente precisa eh criar nessas crianças esse sentido de pertencimento com a natureza. Eh, ela é também com certeza uma das grandes ferramentas para formação dos hábitos alimentares saudáveis. Isso a gente já viu em várias situações. Na hora que aquela criança ela vai plantar uma cenoura, por exemplo, se ela não comia cenoura, pode ter certeza que ela vai experimentar a cenoura. Então, isso é algo que faz mesmo modificações e pro de uma forma positiva ter um impacto no hábito alimentar. eh, valoriza também esse consumo dos alimentos em natura. Então, hoje o guia alimentar ele coloca guia alimentar da população brasileira, ele traz que realmente a nossa alimentação tem que ser pautada no que vem da natureza, são os alimentos em natura ou minimamente processados. E e isso com a horta vai fazendo uma aproximação e um entendimento importante. Além disso, uma questão cultural e regional, porque a gente vai acabar plantando aquilo que tá propício naquela região. Se eu tivesse em Nordeste ia ser algo, aqui em Ribeirão Preto vai ser outro. Então isso também vai criando uma relação eh de trabalhar a questão eh da cultura alimentar. De novo, comentando sobre o alimento como parte da natureza. A gente precisa preservar o nosso arroz com feijão, verdura, porque isso faz parte da nossa tradição, né? Se a gente para, por exemplo, de cozinhar o feijão, porque demora muito, porque 40 minutos na pressão, pelo amor de Deus, e pedir um iood, de alguma forma a gente tá eh eh se distanciando mais ainda da natureza e também da cultura do nosso país, né? Eu eu conheço uma professora, professora Lilian da Rede de ensino fundamental da tá hoje no R Machado. Ela fez um trabalho com feijão maravilhoso. Eh, a o meu filho participou na escola dele também com um trabalho que fazia assim em relação às ciências, plantar o feijão e ver, não era feijão, era outra coisa. Eu não lembro, eu sei que era para ver quanto que ia germinar ou não, ia fazer no gráficos, enfim. Então, o poder que a natureza tem pra gente trabalhar eh de várias frentes, vários assuntos, é é fantástico. E assim, a gente vai com a horta trazendo essa promoção de responsabilidade, comprometimento, cuidado e sustentabilidade. Então, o aluno ele vai participando do dia a dia e do cuidar, eh, do acompanhar, do ter paciência, porque não é do dia da noite que vai nascer. Então tudo isso eh dá também com a horta pra gente trabalhar a questão dos resíduos, de da importância de usar o que também sobra, por exemplo, dos alimentos para fazer uma compostagem, usar isso na horta. Eh, dá para trabalhar a captação de água da chuva também junto com a horta. Então, eh eh a horta ela acaba sendo uma ferramenta eh interessante inclusive de desenvolvimento de trabalhos coletivos. Pode passar. Então assim, eh, quando existe uma horta dentro de uma escola, eh, o que que é importante dentro desse trabalho reforçar? Número um, que essa horta ela é interessante de ser feita como um projeto contínuo. Então, cada vez mais a gente tem enfatizado que as ações de ensinar sobre alimentação saudável não pode ser algo que vai ficar restrito no mês da alimentação saudável de outubro, por exemplo, né, ou na comemoração de uma data específica, ela não pode ser feita pontualmente. Então, a IAN, a educação alimentaron ela deve ser feita de uma forma contínua e a horta ela cabe bem com essa proposta, né, contínua e transdisciplinar, trabalhando com vários assuntos juntos. Eh, muito importante chamar a atenção de que também na hora que a gente tem uma horta na escola, eh, os alunos têm que ser protagonistas. Então, não é uma horta paraa criança ir lá ver que existe e voltar paraa sala de aula, não. Eh, mesmo no ensino infantil, é importante se criar uma um cronograma dentro da escola de como que essa horta vai ser cuidada. Então aqui do lado tem essa imagem, não dá para ver muito bem, é de uma IMF, mas ela é real da rede, eh, que mostra a questão da da da divisão. Aí no dia tal vai a turma tal, no dia tal vai a outra turma para regar, eh outro dia vai para tirar os matinhos, eh usar a horta como as atividades pedagógicas. Então agora eu vou comentar de exemplos de atividades pedagógicas que podem ser realizados com a horta. Pode passar. Eh, sempre todas as a todas os as nossas atividades, as atividades que vocês vão desenvolver com a horta dentro da escola, eh elas devem estar pautadas nesses dois eh referenciais, nesses dois materiais didáticos de apoio. É, um é o guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, é feito pelo Ministério da Saúde, é publicado de 2019. É um material maravilhoso. Ele tem mais de 200 páginas, mas tem uma versão resumida. E também tem o caderno de atividades. Então, na própria plataforma Moodle nesse mês, alguns de vocês já devem ter visto, quem já fez, que tinha inclusive um modelo de atividade desse desse caderno proposto, porque ele é super bacana. E várias das essas atividades são feitas com hortas. Então, vocês podem utilizar que é algo pronto, já tem lá qual é o material que precisa, como que isso vai ser. eh feito quanto tempo que vai demorar de atividade. Então, é uma de apoio para ideias para vocês na ponta de como usar a horta como uma ferramenta pedagógica. E e por que que eu sempre chamo atenção dessa questão do guia? Eh, porque o conceito de alimentação saudável, ele ele foi ele foi mud ele veio mudando com o tempo. Eu sei que vocês da área da pedagogia t alguma coisa na graduação, mas é eh a gente mesmo, quando eu fiz faculdade, o conceito hoje de alimentação saudável é outro. Então, por isso que é importante eh essa proximidade, essa parceria nossa com vocês, para que esse conceito eh esteja sendo colocado na prática de uma forma adequada. Então aqui, só para vocês citarem, para citar um exemplo, pirâmide alimentar a gente não usa mais, é proibido. A gente ainda vê muito professor de ciências querendo usá-lo, mas não pode. A pirâmide ela não trata mais como ela é feita baseada em em gestão de nutrientes num procede. Então tem vários conceitos ali que a gente não pode mais usar. Então hoje o referencial é é esse guia alimentar. Pode passar. E agora trazendo então as atividades. Então o alimento em si, ele tem sido considerado como a principal ferramenta para ensinar sobre alimentação saudável. Por isso que a horta ela ela cabe muito bem, porque ela ela traz ela vai ser o final dela vai ser a produção de um alimento e além disso você consegue trabalhar a questão da produção, da onde vem esse alimento. Então aqui tem as atividades sensoriais, estão trazendo aqui a a curiosidade, a observação das crianças, então o cheiro, eh o as cores, eh o tentar descobrir ali que nesse o menininho aí ele tá tentando descobrir que que é a criança, né? tomate tá na mão dele. Na outra foto tá todo mundo com uma couve. Então, eh trabalhar o ver, o sentir o o ver o sabor, visão, paladar ou fato e tato. Pode passar aqui nessa outra, na questão de atividades de exploração. Eu coloquei aqui uma lupinha, eu sei que várias escolas têm essa lupinha. Então vamos lá, vamos ver se tem minhoca, vamos ver como que tá a horta. Eh, então aqui trabalhos que possam apreciar, agustar, agustar curiosidade, sentir texturas, aromas, eh sabores, perceber as cores. Então, a gente vê ali na foto, o menininho todas essas fotos são da rede, apontando o alguma coisa que ele viu que deve ter chamado a atenção dele, mostrando pro amiguinho. Então, tudo isso vai fazendo essa aproximação com a com a natureza, eh, e com também com com os alimentos em natura. E muitas vezes hoje você pergunta da onde que vem um alimento, onde que vem uma mão? O pessoal fala, a criança fala: "Ah, do supermercado e a relação disso com a terra, com a natureza". Então, a gente precisa trazer isso pro dia a dia. Pode passar aí também. Então, agora eu vou falar dos dois grandes, das duas grandes atividades pedagógicas que a gente tem incentivado bastante que as escolas façam e que o alimento escoado da horta pode ser utilizado, né? Um, é rodas de degustação, então fazer rodas ali que você pode trabalhar o alimento, eh eh a degustação dele tanto daquela forma ou de alguma de cozido, enfim. Eh, junto com essa roda de degustação, dá para pro professor trabalhar contação de histórias, jogos, pinturas, entre outros. Pode passar. e as oficinas culinárias. Então são essas duas, as rodas de degustação e as oficinas culinárias, que dada mais é do que pegar um alimento, eh, pensar nele, que então que ele foi plantado, foi cuidado pelas crianças. E aí esse alimento, por exemplo, aqui no caso é uma mandioca, é uma escola que trabalha sempre eh esse essa a mandioca, que é um alimento tipicamente brasileiro. Adoro que tenha ações valorizando eh esse esse alimento em específico. E e aí então tem aí numa primeira foto todas as a família junto com as crianças eh olhando como que é uma uma mandioca, esse tubérculo e tudo mais. Depois embaixo não dá para ver, mas tem cada criança tá plantando a mandioca numa numa num vasinho e aí depois disso ela ela ela ela existe depois os cozinheiros da escola fizeram uma tapioca com cacau, né? e as crianças eh degustaram e participaram desse processo. Eu não consegui encontrar uma oficina culinária, então fica aqui para vocês, por favor, quem tiver quem tiver interesse, vai ser super bacana. a gente tá aqui à disposição para ajudar de que façam as oficinas culinárias, mas incluindo as crianças para participar, porque é aí que vai tendo um desenvolvimento melhor. Não ela só ficar vendo o cozinheiro ou o professor fazendo a receita, escolher receitas em que elas consigam participar. Isso também tem um um diferencial de resultado eh maravilhoso. Então, eu incentivo muito a divisão de nutrição escolar, tá à disposição. É só mandar o projeto de oficina culinária pra gente aqui. O que tiver de alimento, a gente manda, tá? E aí eu chamo a atenção aqui de vocês agora para pra oficina culinária, né? A oficina culinária, desculpa, é o albin de figurinha. Esse aqui é um albin de figurinha que foi feito em parceria com a com a Secretaria de Saúde. A gente tem mais de a gente tá com um estoque aqui no Almoxarifado, a gente pode passar o código. Então qualquer escola, antes ela era usada apenas quem foi pactuado pelo PSE, programa saúde na escola. Esse ano a gente tá liberando para todas as escolas, pessoal. Então é um material maravilhoso feito pela pela Liga Materna Infantil da USP junto com eh a Secretaria da Saúde e é de adesivos, tá? Então vocês podem pensar em ter a horta, ter o alimento, eh, e usar em paralelo também esse material, essa ferramenta com as crianças que é de adesivo para 0 a 3 anos. É esse, esse anterior que ela mostrou, como se fosse uma horta. E aí vai colando esse daí, ó, vai colando os adesivos. E o próximo seria um um álbum de 3 a 9 anos que é que um pouquinho mais elaborado. Então ele tem palavra cruzada. Além dos adesivos que vão por grupos de alimento, também tem uma palavra cruzada. Tem a questão aí de você vê desses quadradinhos que é para degustar o alimento e colocar qual é a carinha que faz referência. Então esse material tá disponível quem tiver interesse de utilizar como educação alimentar adicional, principalmente, seria mais legal ainda se junto com uma horta está à disposição. Pode passar. E todos os dois materiais tem receitas, pessoal. Então assim, tem receitas eh que que são feitas adequadas, sem açúcar e que vocês podem usar pelas para pr paraa oficina culinária, o picolé de manga. Então o quando a gente tem a horta implementada na escola, ela, o alimento que vai sair dela, tanto pode ser usado extraápio, os alunos vão lá e levam pro cozinheiro, o cozinheiro vai fazer isso dentro daquela refeição do dia, quanto pode também fazer algum tipo de ação daquele alimento, ir para casa e trabalhar junto com a comunidade escolar essa questão também como oficinas culinárias e rodas de degustação. Seria as três principais formas de de escoamento aí da dos alimentos da horta. Pode passar. E aí a gente sempre pergunta: "Ah, mas onde que eu vou fazer a horta, né?" Eu imagino aí que tem vários professores pensando: "Ah, mas na minha escola não tem espaço, na minha escola não tem jeito nenhum de fazer". Então, vale a pena a gente mostrar essas fotos aqui de São hortas das escolas públicas mesmo nas nossas na nossa rede que mostra que sempre tem um jeitinho, tem tem não precisa ser aquele canteirinho tradicional que tem uma das fotos aí que mostra o canteirinho tradicional. Então, de repente, a gente tem aqui, ó, por exemplo, eh, a a a horta vertical feita em garrafas PET, que também já tá usando materiais recicláveis. Eh, embaixo numa, numa escola também foi usado pneus. eh também eh materiais talvez eu ser jogado no lixo, poderiam ser usados aí como eh local para horta, porque aqui era um terreno muito eh inclinado, então não ia ter como. Então eles preferiram fazer no nos pneus ou mesmo ter um vaso de de temperos de temperos. Os temperos só já é considerado algo maravilhoso que pode ser trabalhado com os alunos e utilizado dentro do cardápio para melhorar o sabor das preparações. Pode passar. Então, aí vem a grande pergunta: "Ah, mas qual é o apoio, Helena que vocês vão dar pra gente implementar horta na escola?" Então, primeira coisa, a gente precisa saber qual é o apoio que vocês precisam. Então, por isso que a gente colocou dentro do questionário da da do daquela pesqu do final do TDC, eh, algumas perguntas que pra gente, para eu e pro para eh junto com Moisés, pra gente conseguir planejar as ações de apoio à horta, a implementação da horta nas escolas, nós precisamos que vocês respondam aquelas perguntas. Mas a gente já imagina algumas questões que são as mudas, né? Onde que vai vir os insumos, adubo, ferramentas? Onde que eu arrumo uma enchada? Ai, mas como que eu vou fazer para plantar? Vocês vão ver aqui a professora Céfa, né, que eu acho maravilhoso. A professora Céfa, ela vai trazer, eu falei, eu quero fazer essa apresentação, mas metade tem que ser algum professor que trabalha com horta, porque nada mais eh gostoso do que ver na prática o trabalho acontecendo. Eh, então ela entende muito, vocês vão ver a parte técnica, ela é curiosa. Eh, eu sei que tem professores que entendem, mas tem outros que não. Então, precisa de um apoio de um agrônomo, de alguém. A questão do apoio das nutricionistas, vocês já têm a educação alimentar nutricional, tô à disposição para participar junto com as escolas. E eu sei também que tem a questão de manutenção, né, gente, porque daí você vem com quem vai quem vai regar a hortinha no final de semana. Então, assim, o que eu queria colocar para vocês que a gente tem muitos parceiros, tem a CAT, tem a ERP, tem o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional. Então, quem tem interesse, entra em contato com a gente que a gente também vai poder eh trabalhar junto com a escola e e ver o que que é possível fazer, tá, pessoal? Pode passar. E aí, para finalizar, né, eu queria trazer para vocês, quem tiver interesse também, esse daqui é um curso de 30 horas que a que foi que foi desenvolvido do pelo Ministério de Desenvolvimento Social, a da Sensal, família e Combate à Fome e e o e a Embrapa. É um curso de 30 horas, chama Projeto Hortas Pedagógicas. e para quem agora se animou com a questão da implementação da horta em sua escola, então eu chamo atenção aqui para para esse curso. Eh, e e finalizando a minha fala, dizer que que realmente essa essa proximidade da criança com a natureza e e com a horta e com o verdejamento da escola é algo que faz total diferença, porque cada a gente precisa dentro do do ambiente escolar trazer essa essa essa importância. eh, já que a gente vive num mundo tão que nem foi colocado digitalizado, né, que a gente fica tentando combater isso e a escola é um ambiente mais propício impossível, então é um ambiente estratégico para o desenvolvimento infantil. E e se a gente puder associar isso com essa questão de valorização da natureza e dos alimentos que vêm da natureza, isso é é fantástico. Obrigada. Obrigada a você, Lena, por toda essa partilha de de se colocar também à disposição de todas as escolas que tiverem o interesse de mostrar esse material tão rico paraa nossa rede. Agora nós vamos ouvir a nossa professora da rede, a Séfora, que irá colocar pra gente um pouquinho dessas práticas que ela tem lá no seu dia a dia, na sua escola. Bem-vinda, Séfora. Pronto. Bom dia a todos, né, aqui do Centro Paulo Freira, aos professores que vão assistir essa live. Bom, a minha parte é a parte da prática, né, mas tudo vem de algum lugar. Eu sou filha de pequenos produtores rurais, né? E desde criança meu pai me ensinou a fazer horta lá na minha casa, tinha um espaço. E o que ele me ensinou e tanto técnicas de cultivo com a terra, então o que ele ensinou na minha infância ficou, né? Eh, e aí nas escolas eu sempre trabalhando com crianças, as crianças gostam de comer, de frutinha, né? Eu sempre procurei trabalhar com isso e também há mais de 20 anos eu aprendo sobre educação pela natureza, né, que tem a ver com o pedagogo brasileiro que é pouco conhecido, porque tudo que é brasileiro é pouco conhecido, né? E também eh depois em 2022 eu aprendi um pouco sobre conceitos de agricultura diferente, que é a permacultura e a agrofloresta, né? Que a permacultura ela tem relação com é uma interação com a natureza, então são práticas de cultivo, também são práticas de arquitetônicas, né? e uma série de outras questões que buscam uma interação harmônica com a natureza. E a agrofloresta, que é um sistema agrícola de produção que imita uma floresta. Então isso traz uma uma as técnicas antigas, né, técnicas tradicionais de cultivo, aonde se reaproveita as coisas da natureza para você implantar, você produzir, né? Porque hoje que que a agricultura tradicional trabalha, a gente escolhe uma planta e essa planta eleita ela ela é cultivada e todas as demais são retiradas, são, né, se usa usa agrotóxico, se usa herbicida, né, se usa muita coisa. Então, traz também uma ideia de de onde um fique todos são, né, eliminados, né, uma uma um pensamento de competição. Já essas práticas que eu citei, né, eles trazem a questão da cooperação, da interação, aonde uma planta ajuda a outra, uma planta dá sustento para outra, se retém a água do solo, mesmo que chova pouco, essa água fica ali no solo, se retém nutrientes. Então, também traz uma uma perspectiva de cooperação, né? Bom, aí vamos primeir primeira, então assim, em 2023 eu comecei, né, eu trabalhei, eu vou colocar aqui práticas em três escolas da rede que eu trabalhei. Então, no Pedro Moreira, né, a EMEI, nós tínhamos uma terra, né, que era tinha árvore, era uma terra que tava bastante pobre. E aí eu usei o quê? Casca de banana. E olha, eu deixei as cascas de banana aí por cima, porque para que as crianças acompanhassem isso, né? O ideal é que a gente cave buraco na terra e tampe, né, para não ficar cheiro, né? Mas eu quis que as crianças acompanhassem essa eh eh esse processo, né, de decomposição, tudo. Depois eu plantei feijão para fixar nitrogênio no solo também. Isso faz parte da agricultura, né? Hoje eh quando se retira a cana, às vezes planta soja, né, feijão, milho. Então tá sem som, não? Ah, tá. Eh, e aí para recuperar o solo e depois de seis meses as minhocas começaram a aparecer, né? Eh, aqui o feijão. Eh, bom, aqui na escola no Pedro Moreira, eu tive a parceria do professor Diego, né, que é professor de educação física. A gente sempre arruma um amigo que é animado igual a gente, sabe? No Ana Augusta, que foi o ano passado, eu tive ajuda da Rosani também, né? Sempre tem. E hoje agora lá no no Maria Regina eu tenho ajuda da Adriana, né? Sempre tem uns amigos que que entra que entra nessa onda com a gente, né? Aqui foram plantil também. Esses esses essas papeizinhos aí são aqueles papéis que t sementes. Nós ganhamos de o o pai de algum aluno que trabalhou na Agriow, ele, né? Depois que sobrou esses papeizinhos, ele deu pra gente. Nós fizemos os buraquinhos para plantar, né? Só que assim, aqui em Ribeirão tem os detalhes do clima, né? Então a gente vai testando, vai tentando, vai acertando, vai errando, né? Aqui as crianças participando. Tem outras fotos também com eles. E o que que acontece? Olha aqui, foi no Anugusta. No ano Augusta, nós, o ano foi o ano passado foi um ano muito seco, então eu plantei outras coisas também, só que eh na muita coisa não foi paraa frente e a abóbora resistiu. Bom, essa semente de abóbora eu trouxe da minha casa. Então, foi uma semente que as crianças puderam botar à mão, porque essas que nós compramos em saquinhos, elas têm tem herbicida, né, pra formiga não comer, tem fungicida. Então também a gente tem que tomar cuidado pra criança não pegar essas sementes porque, né, ou então lavar bastante a mão. Mas por uma questão de cuidado, essas sementes compradas eu não permito que as crianças peguem. Já as sementes que eu trago de casa, tomatinho, abóbora, alguma coisa assim, aí eles já plantam direto na terra. E essa abóbora era uma coisa que eles não comiam, né? Eles não gostavam de comer. Põe a abóbora, uma das um das coisas que não ia mesmo. Falei: "Ah, vai comer a abóbora". Aí eles acompanharam o desenvolvimento da abóbora desde o plantil. Depois a abóbora pequenininha ali, né? Depois ela foi crescendo. E aí quando as cozinheiras fizeram abóbora, todos comeram. até os que quase não comiam legumes, porque como a Helena falou, eh, em alguns em alguns bairros onde eu trabalhei, na verdade quase todos, existe uma cultura muito forte desses ultraprocessados, né? Então, eles comem muito comida semipronta, muito muito macarrão semipronto, assim, talvez por uma falta de compreensão dos pais, talvez por uma praticidade, né? Então, eh esse esse resgate também, né, de se comer eh legumes, verduras, comer o arroz e feijão, né, comer uma comida mais saudável, ela é importante também. E aí todo mundo comeu aqui. Bom, aí eu também trabalho, ó, aqui essa foto eu fiz, eu perdi muita foto, gente, acabei apagando. Esse é o feijão guandu. Outra coisa que eu trabalho são plantas resistentes às mudanças climáticas, né? Então aí foi o feijão guandu, né? No momento que nós plantamos, nós aguamos, aí eu fiz a foto na hora esqueci de tirar foto, depois eu botei ele sentado para fazer a foto. Foi no carnaval, né? Algumas crianças foram fantasiadas e depois um ano depois o professor Diego me mandou a foto do da sementinha aqui desse feijão guandu. O feijão guandu ele nasce num solo muito pobre, né? Ele produz feijão, ele traz toda uma um uma melhora aí da condição biológica do solo também. Eh, outras plantas que eu usei foi a batata doce roxa, a batata doce laranja, né? A batata doce laranja é uma batata que foi desenvolvida, a Embrapa encontrou na Amazônia e eles eh desenvolveram para regiões aí onde com pouca água, né? E é uma é uma é um uma batata doce bastante nutritiva também e ela é deliciosa, né? Aqui eu trouxe foto também de outras duas plantas. Eu vou falar primeiro do pronobs, que é uma planta, uma punk, né? Essa eh uma punk também bastante que a folha bastante nutritiva, só que tem um detalhe, o orapronobs ele tem espinhos. Então lá no Pedro Moreira nós plantamos ora pronobs em um lugar aonde as crianças não têm acesso todo dia, elas só têm acesso monitoradas pelos professores porque tem espinho, pode se machucar. Agora, essas outras duas que é a moringa, ela é uma árvore, ela não é muito densa, né? E ela não cresce muito. Acredito que ela não chegue a 3 m, que as folhas são comestíveis também, né? Ela tá sendo, ela tá sendo trabalhada, pesquisada pela Embrapa e até algum tem algum começo de um estímulo. Ela é uma planta também de origem indiana que resiste muito bem em lugares secos, né? E as folhinhas você pensa, né, nas folhinhas como a couve, né, assim, tem as propriedades semelhantes a da couve, um pouco mais nutritivas. Então, pode comer ensalada, pode cozinhar, né, na comida. Essa outra é a vinagreira. A vinagreira, as folhas são comestíveis. Ela é um é um hibisco, né? Eh, também conhecido por um. Os japoneses chamam de um. Ela, esse vermelhinho aí é é a flor dela. E essa flor você pode, ela tem um gostinho assim um pouco mais azedinho que o morango, né? E você pode fazer geleia, né? Com essa florzinha. Ela fica grande, ela fica mais ou menos com 1,80 m de tamanho, então precisa ter um um espaço. Ela precisa ser plantada ou em um vaso bem grande ou na terra. E depois tanto a moringa quanto a vinagreira, eh, se alguma escola tiver interesse, eu participo de uma ONG que fornece mudas gratuitas, né, para escolas. Então, se alguém tiver interesse, depois eu coloco o meu e-mail aqui, eu consigo umas duas ou três por escola, né? Escola que se interessar, né? Mas eu já vou avisando assim que precisa de um pouco de espaço, né? Deixa eu ver. Bom, acho que é isso, né? da minha parte. É isso. Ah, tá. Na na Deixa eu só falar da última. Eh, agora no Maria Regina não pode pode mudar. É no Maria Regina, né? Eu fui para lá esse ano, então eu tô aprendendo, né? Então, tem formiga que corta. Tudo que eu plantei, a formiga cortou. Eh, mas eu tô tentando, eu venho tentando usar um o cultivo de milho, abóbora e feijão integrados, os três plantados juntos, né? o os índios, os os indígenas da América do Sul plantavam, né, esses três juntos em lugares secos, em solos pobres, e aí uma planta ajudava a outra, né, para para ter uma boa produção. Então agora, como tem a questão da formiga, eu vou, eu plantei lá na minha casa em vasinhos, né, eles estão crescendo. Hora que ela, que eles crescerem um pouquinho mais, aí eu vou levar paraa escola. Eu também peguei recentemente, as crianças gostam muito da melancia e tiram o a sementinha, né? Aí eu peguei e falei assim: "Que que a gente faz? O que que acontece com essa semente da melancia?" E eles não sai. Falei, né? A minha turma é uma turma, esse ano é um ciclo três, né? Então, crianças de 2 a 3 anos. Eu falei: "E aí, né? Que que a gente faz com essa semente da melancia? Joga fora, que que faz?" Aí eu coloquei num vasinho, né? e ela está começando a brotar. Então eles estão estão aprendendo essa questão do a semente brota, né? E eles estão animadíssimos, mas tá bem pequenininho ainda. E aí eles vão acompanhar, né? E eu vou tentar plantar o pezinho de melancia num cantinho que eu tenho lá, né? Em cada escola tem características diferentes, tem espaços diferentes e tem possibilidades diferentes, né? Porque às vezes tem um um pedaço de terra muito grande, mas fica difícil molhar. Então tem que ser prático pro professor também, sabe? Porque a gente fala tudo na teoria, mas assim, o nosso tempo é limitado, então a gente tem que encaixar tudo isso. Então eu usei muito TDC acompanhamento para cuidar dos canteiros, tá? Foi, foi assim, foi o que eu fiz, né, na minha disponibilidade. A minha amiga também, esses amigos que topam, né, desenvolver o projeto com a gente, eles também usaram ter esse acompanhamento para algumas coisas, né? Então, por exemplo, arrancar um matinho, uma coisa assim, jogar água, né? E e uma outra parte nós fazemos com as crianças, né? né? Então, a minha parte é essa. Espero ter colaborado. Obrigada a todos vocês. Eu vou colocar aqui meu e-mail institucional, né, para quem quiser depois as mudas. Posso colocar aqui. Muito obrigada aí, Séfara, por toda a sua contribuição de mostrar para nós quanto é possível tudo isso, né? O nosso percurso formativo dessa manhã, ele foi elencado e muito rico. Nós tivemos essa eh esse compartilhamento, né, de três grandes professoras que Alessandro nos trouxe a reflexão dessa educação, né, esse contato da criança, essa esse e ela ela deu os fundamentos pra gente, né, dessa criança com a natureza escolar e seus benefícios que tudo isso pode trazer para ela. A Helena mostrou como é possível essas hortas aí nas escolas, eh, colocando essa proximidade dela em nos ajudar, oferecendo várias práticas aí para nós. E a Céfa, como professora, veio mostrar que tudo isso é possível, né, para nós, com todos esses exemplos nessas escolas diferentes que ela passou, tendo um espaço grande, um espaço pequeno. Então nós esperamos que realmente com todo esse nosso aprendizado dessa manhã que possa ter despertado o desejo, o interesse dos nossos professores para iniciar novos projetos, vendo que tudo isso é possível e vendo que tudo beneficia as nossas crianças, que é o mais importante. Então, nós gostaríamos de agradecer imensamente a todas vocês, a Alessandra, Helena e a Céfa, por toda essa partilha, por todo esse aprendizado dessa nossa manhã de hoje. Nos colocamos à disposição. E aí, se tiver alguma pergunta, alguma dúvida, que alguém queira aproveitar esse momento para estar dividindo aqui conosco, é só colocar aqui no site que no no nos comentários que nós estamos acompanhando aqui e dá pra gente ainda responder algumas alguns questionamentos de vocês. Fiquem à vontade, viu? Eh, e o microfone de vocês convidada, se vocês quiserem abrir para est colocando alguma coisa também, fiquem à vontade, tá bom? Nós tivemos aqui nos nossos comentários só elogios, eh, parabenizando bastante, falando da importância, né, desse contato com as crianças, com a natureza e quanto que isso promove o bem-estar dele. Nós sabemos disso. A partir do momento que a gente tira as nossas crianças desse emparadamento, né, da de dentro da sala de aula e traz ele para esse convívio de ir à busca. E mesmo que o contato que tem escolas que a gente às vezes vê que não tem tanto essa parte, né, a gente vê tudo isso de uma forma com muitos resultados positivos para as nossas crianças nos dias de hoje, né? Se Alessandra quiser complementar com alguma coisa, fique à vontade, viu, Alessandra? Eh, eu gostaria de agradecer mais uma vez a oportunidade. Acho que foi riquíssimo. Eh, para mim assim, foi uma felicidade muito grande ouvir, né, o trabalho da nutricionista de vocês e também da professora com hortas. Eu acho que esse é um é um caminho assim muito frutífero, inclusive pra gente ajudar as crianças e as famílias se alimentarem melhor e também estar melhor eh na relação dela com os alimentos e consequentemente expandir isso na relação delas com a natureza e todo o meio produtivo, né, que a gente tem. Então eu só gostaria de agradecer a oportunidade. Foi ótimo estar com vocês aqui hoje. Muito obrigada. que a gente presenciou aqui, não teve nenhuma pergunta, né, eh, relativo à live em si do conteúdo. Só reforçando que eu vi um aqui agora que tá perguntando de onde valida a presença. Lá no início da nossa live eu dei esse recadinho de que depois que termina a live ainda tem a gente tem o material disponível lá, o material complementar e aí lá tem a pesquisa de validação da da presença. Então lá no nosso TDC rede curso, lá na nossa plataforma está tudo disponível aonde vocês conseguiram entrar aí no link, tá bom? Eh, nós já disponibilizamos aqui para vocês os e-mails. Caso vocês queiram, fiquem à vontade aí, tá? No chat, fiquem à vontade para vocês estarem anotando para entrar em contato tanto com a Helena quanto com a Céfora, tá bom? Fiquem à vontade. O assunto realmente foi de grande valia para nós aqui também formadores. Trabalhar esse tema para nós aí no mês de maio foi de extrema importância. Muito obrigada mais uma vez a todas. Helena, você quer dizer algumas últimas palavras pra gente poder estar encerrando também? Ah, eu fiquei assim, para mim foi um uma manhã maravilhosa de aprendizado, de compartilhamento. Eh, volto a reforçar então a questão da da importância da educação ambiental, alimentar e nutricional nas escolas, eh, e colocar aí a horta como um instrumento instrumento poderoso nesse sentido e que realmente vou deixar também aqui meu meu e-mail que é de eh que é de educação alimentar, eu vou vou colocar aqui. a gente tem vários parceiros que podem colaborar mesmo com mudas, com apoio técnico. Então assim, é algo possível, mas é precisa do interesse de vocês professores. Então, tendo isso, o resto a gente vai ajustar, pode contar com a gente. E agradeço muito e também a a adorei assim ouvir a Alessandra e ouvir a Céfra. Céfa, obrigada aí por ter compartilhado a data prática, porque eh é aí dá para mostrar que é possível. Obrigada. Obrigada a você, Helena. Obrigado, Céfa, se quiser fazer algumas últimas palavras, não? Então, nós agradecemos imensamente por essa manhã. Eh, espero que todos os professores façam muito proveito dessa live, que realmente seja inspiradora para novos projetos na nossa rede municipal. Muito obrigada a todas, viu?

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