Educação em SP Sob Ataque: Ações de Tarcísio e a Resistência da APEOESP!

By | 06/05/2025



No Fórum Sindical desta quarta (23), analisamos as polêmicas medidas do governador Tarcísio de Freitas na educação de São …

Educação em SP Sob Ataque: Ações de Tarcísio e a Resistência da APEOESP!/a>

Boa tarde. Fórum Sindical em novo horário, um programa da revista Fórum em parceria com sindicatos petroleiros norte fluminense. Boa tarde, Zé. Tudo bem? Boa tarde, pro boa tarde fornautas. Boa tarde a todo mundo que vai assistir nosso fórum sindical. Vamos lá que hoje o programa tá quente, tá muito bom. A gente tem muita coisa boa para conversar hoje e vamos lá, tá na nossa hora. Muito bem, pessoal. Lembrando que a gente mudou de horário, então compartilhe o link, clique aí no Valeu Demais para vocês ajudarem o jornalismo da fórum, já que não dá para fazer a os super chats ao vivo, né, que agora o nosso programa é gravado. Então, eh, continue contribuindo e continue espalhando a boa nova do fórum sindical por aí, né, pra gente consolidar nosso novo horário. a gente vai falar eh todo dia que que a gente abre as notícias, a gente fica aterrorizado com o que tá acontecendo no estado de São Paulo, né? Aterrorizado. Não dá nem para para não cabe num programa a quantidade de barbárie que a gente vê. Se a gente for falar, por exemplo, de segurança pública, desde de seguran de polícia militar na vista, né, da Cuclus Clã, eh, ou jogando, matando, eh, trabalhador, imigrante no Brasou jogando jovem de ponte. É uma loucura. É uma loucura. Mas quando a gente olha pro campo da educação, as coisas também não deferem muito. Também os ataques são imensos. E a gente já fez vários programas aqui para falar, para denunciar, né, o que o desmonte da educação como um direito. A educação e a saúde não são mercadoria, são direito. E no estado de São Paulo, eh este governo, Tarcío de Freitas é um governo ultra neoliberal. E ele quer transformar educação e mercadoria, né? O que a gente vê são cortes de verba. Mais de 10 bilhões foram tirados da educação pública do estado de São Paulo. É a militarização das escolas, fechamento de turno na à noite. Então o filho de trabalhador, jovem trabalhador não consegue estudar porque fechou, cada vez tem menos turnos à noite. a privatização da gestão das escolas, a falta de concurso público ou, né, de de se colocar cada vez tem menos professores, cada vez tem mais professores temporários, a gente tá se fazendo leilão, né, na bolsa de valores. É um negócio muito louco. E aí assim e a o trabalho com as parcerias público privada virou eh quase que um mantra da gestão do Tarcis. para falar de tudo isso, para contar um pouco pra gente como é que tá sendo esse desmonte, qual é a estratégia deste governo, mas principalmente a resistência eh talvez tá do maior eh sindicato, maior sindicato público, né, de de trabalhadores do serviço público da educação, tá aqui em São Paulo, é a POSP, eh, São centenas, né, de de milhares de trabalhadores assim organizados. é um sindicato muito antigo, muito combativo. E a gente trouxe o Fábio Moraes, o presidente da POSP, para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, para contar pra gente o que que tá acontecendo no estado de São Paulo e a reação, né, da dos profissionais, dos professores, dos trabalhadores da educação contra todo esse des Fábio, venha para cá, vamos conversar. Tudo bem, querido? Tudo bem, minha querida Maria? Tudo bem, Zé? Um abraço para vocês, para todos que nos acompanham e é uma honra que tá aqui. Eu sou um professor de história da rede pública estadual na cidade de Limeira. Hoje estou o primeiro presidente da Pues junto com a nossa querida Bebel, deputada que é a segunda presidenta. Temos o mandato compartilhado no maior sindicato do Brasil, temos a Ren primeira secretária, o Serginho, segundo secretário, né? E e a gente fez esse modelo para mostrar muita unidade contra esses ataques, porque você, né, Maria, tava dizendo, são sem precedentes contra a educação, os servidores, o serviço público e o povo de São Paulo. Muito bem. Eu queria eh que a gente começasse com algo que a gente já discutiu aqui, Fábio, no final do ano. A gente novembro a ALP tirou num primeiro turno de votação 10 bi da educação de São Paulo e a POESP fez um um eh mobilizações e e entrar na justiça. Eu queria começar por aí. como é que tá esse ataque, eh, que é beligerante, né? Porque vem do Tarcis e vem da tropa dele na ALP. Já não basta querer privatizar tudo, tem que tirar os recursos, porque é essa a estratégia, né? Você tira o recurso para deixar cada vez mais eh fragilizado para dizer que o público não funciona, que é preciso ter gestões privadas, é estratégia, né? Eles sempre fazem isso. Ele fez isso com a Sabespizar Sabesp. Fizeram isso com eh o setor elétrico para privatizar. E a gente tá sofrendo até hoje as consequências, né? Basta ter uma chuva, a gente fica sem luz, daqui a pouco a gente vai ficar sem água tratada, porque o que é direito vira só lucro para esse povo. Então eu queria ouvir um pouquinho em que pé tá aquela votação. Teve 60 governistas que aprovaram tirar 10 bi educação. É, vocês entraram no no MP, como no que que se transformou eh aquele saque, né, aquele ataque brutal à verba da educação no final do ano passado? muito grande, né, que nós fizemos como sindicato com muita pressão, porque o governador Tarcísio propôs a redução de 5% das verbas da educação, de 30 para 25%, o que chegou nesse patamar aí, nesses números, né, muito significativos, mais de 10 bilhões. Nós seguramos isso um ano, né, Bebel? foi paraa CCJ, ela é presidente da comissão de educação e a gente fazendo pressão nessa Assembleia Legislativa, os deputados que têm compromisso com a educação, não é, que estiveram lá junto e a gente fazendo muita pressão até que num determinado momento o governador botou a retirada dos recursos da educação. Eu acho que é um fato muito triste pro estado de São Paulo, porque a educação ela é uma política, né, base, estruturante, importante e que a gente tem que olhar com muito cuidado. E São Paulo já tem uma dívida com a educação, tem uma dívida com os profissionais. A dívida com educação é sobre qualidade e ainda sobre acesso. Aqui no estado de São Paulo, estado mais rico do Brasil, nós não chegamos 100% do acesso. Nó tem problema no ensino fundamento, desculpa, sobretudo no ensino infantil e no ensino médio, nas pontas, né? E problema de qualidade, problema de estrutura, problema de climatização. O go estado não paga o piso. Quer dizer, é absolutamente inaceitável o que o governador fez. com crime contra o povo de São Paulo, um ataque destrutivo da educação pública e conforme você disse, ele foi aprovado porque e esse campo de batalha da Assembleia Legislativa, onde o povo elege ou deveríamos eleger os nossos representantes, né? Mas o sistema hoje faz com que as pessoas que têm recurso, dinheiro, estrutura permaneçam nesse espaço de poder. E aí a gente tem que tomar muito cuidado porque o nosso voto tem consequência. Então, quando você vota naquela pessoa que aparece lá doando uma cesta básica para não é isso, não é o papel do do deputado, da deputada, porque aí ele vem e ataca políticas, né, de estrutura, como saúde, educação, segurança, todas estão sofrendo. E a educação foi um ataque, eu acho que o maior ataque da história da educação de São Paulo desde a conquista dos 30%, que foi uma conquista do povo de São Paulo e que Tarcis veio de fora e simplesmente, não é, retirou essa conquista do povo de São Paulo. E é óbvio que isso terá consequências terríveis sobre a educação, terríveis, que tem a ver com a falta, não é, do investimento. Porque 10 bilhões faz falta para melhorar, para reduzir número de aluno de sala de aula. O que que a gente tem hoje? A gente tem fechamento de noturno, eh, demissão de professor, salas superlotadas, salas não climatiz. Por quê? Porque uma hora vai faltar os 10 B que foram retirados. Então nós estamos fazendo essa discussão judicialmente. Ela nunca saiu da nossa pauta e não sairá. Então nós todas as vezes, Maria, que nós estivermos nas ruas, é todas as vezes que nós tivermos reivindicando educação, todas as vezes que nós tivermos lutando por uma escola pública melhor, essa questão de retornar à educação de São Paulo ao patamar 30% estará colocada como prioritária. Foi um crime contra o povo de São Paulo, que nós lutamos com sangue, com suor, com lágrima, que nós enfrentamos a estrutura do estado, nós enfrentamos, né, deputados da Bard, nós enfrentamos horas e horas e horas e horas naquela comissão de constituição, justiça e redação da Assembleia Legislativa, mas o poder, né, masacrante do governador Tarciso, marteleiro vendedor do estado de São Paulo, acabou fazendo com que os deputados votassem essa pauta. não tá vencida para nós, nós vamos continuar nela porque nós entendemos que para você garantir a educação pública que o estado de São Paulo merece e merece uma boa escola pública, ela é boa porque tem profissionais comprometidos, mas com as condições que São Paulo pode oferecer, nós precisamos disputar o orçamento, disputar o investimento. Isso significa retomar a possibilidade dos 30% do investimento em educação no estado de São Paulo. Alguém pode falar assim: "Você não acha que é muito?" Não, não acho. Não achamos. E nós temos certeza que não é, porque quanto mais você investe em educação, menos você vai investir em outras coisas, inclusive, né, em políticas como segurança e etc, porque são consequências da falta do investimento na educação. Educação nunca é gasto. Educação é investimento e é o melhor investimento porque é ele que liberta as pessoas. Muito bem, muito bem, Fábio. É bom ouvir isso, né? que que a a educação é investimento. Acho que se se a gente se se conseguisse colocar isso na cabeça de todo mundo, já seria a a maior da das nossas conquistas, né? Eu também sou professor de história, né? Não, não estou trabalhando no momento. Sou licenciado em história e sei bem o que que é isso e a gente passa por essa situação toda. E e eu não sei, F, você quer passar o negócio agora ou a gente continua aqui? Vamos continuar porque depois eu a gente vai pro pro a questão da greve e eu queria encerrar com o ensino médio, mas vamos continuar. Tá ótimo. É porque eu queria fazer a pergunta exatamente dessa questão da privatização, né, Fábio, esse projeto de privatização da da educação, como é que tá isso aqui em São Paulo, essa coisa dos leilões, essa coisa de de querer realmente fazer com que eh as pessoas desistam, né, da da educação pública? essa coisa da da a o que a Flor falou, né, da precarização que eles fazem. Eu eu trabalhei há anos, há muitos anos na extinta telerge, né, no ainda quando tinha as teles eram regionais e e fizeram isso nas teléis, né, eles eles assim fizeram um processo total de devastação proposital para que o pessoal ficasse a favor da privatização, né? Então eles fazem um sucateamento da da do sistema para o sistema começar a ter colapsos e aí eles dizem: "Ah, tá vendo? Não dá certo isso aí". Como é que como é que a APOESP tá a PESP tá lidando com essa situação? Como é que os professores de São Paulo estão lidando com essa essa pressão toda pelo ensino privatizado, pelos leilões, por tudo isso? Seu som, Fábio. [Música] Olha, nós já defendemos educação em todos os lugares, na Assembleia, na Paulista, na República, mas para nós toma uma novidade ter que lutar para defender educacionalmente os valores. Isso eh eh é é de um significado pro povo pro pro povo de São Paulo entender a venda, a mercantilização, o balcão que o Tarciso quer fazer com o serviço público de São Paulo, que é a entrega. E o povo tem que entender o seguinte, é é a entrega do nosso patrimônio, do que nós temos de mais rico pra população do estado de São Paulo, né, que é ir lá e vender a nossa escola pública. Primeiro, para mim é um atestado de competência. São Paulo tem 5.000 escolas. O estado dizer pra sociedade que para construir 33 escolas ele precisa do setor privado. Veja, 33 escolas, né? É, é um absurdo, é um atestado, é um carimbo. Sou incompetente, porque 33 escolas é para construir por ano e reduzir número de alunos de sala de aula com o dinheiro da Secretaria da Educação que provém dos nossos impostos. Mas que que o estado fez? mas fez um projeto para vender essa educação. E é importante que a gente entenda porque isso tem a ver com os recursos do Estado, saindo do pobre, saindo do povo, saindo do trabalhador e indo para grupos que ganham bilhões. Bilhões. Eu estive num debate sobre isso e uma pessoa falou o seguinte: "É, mas vocês são contra a privatização". Nós somos contra a privatização do serviço público. Só tem algo por trás que é perverso, que é tirar de quem tem pouco para passar para quem tem muito. E eu disse o seguinte para essa pessoa, se você defende esse modelo e não vai receber os bilhões que ele proporcionará ao pequeno a pequeno grupo de pessoas, então você é um ignorante. Porque quem ganhará esse dinheiro tem razão em defendê-lo, porque vai receber o dinheiro público, porque vai usurpar o estado de São Paulo, porque vai tomar a política pública. Agora, se você não faz parte do grupo seleto, que ficará com os bilhões da educação, não caia na besteira de defender essa privatização. O primeiro grupo que pegou o primeiro lote, que foram 17 escolas, o presidente da empresa disse o seguinte: "É a Copa do Mundo para nós". Claro que é a Copa do Mundo, mas é só para eles. Nós vamos ficar com a despesa da Copa do Mundo deles. E aí, né? Ele diz o seguinte: "Eh, a oportunidade de construir essas escolas para nós é a Copa do Mundo, né? né? Então assim, você vê, eles não escondem a felicidade de pegar o dinheiro da educação, certo? E aí este grupo terá livre para 17 escolas para fazer a manutenção, porque a despesa do do do o pagamento dos professores, etc. Tudo isso é do estado. Esse grupo pegará limpo 3,5 bilhões para fazer a manutenção de 17 escolas, porque são 12 eh 12 meses por ano. Eles receberão 11.hõ900 por mês, 142.800 por ano, 8.400.000 por escola e no final do contrato de 25 anos 3,5 B. Esse grupo administra os cemitérios de São Paulo. É só aí que a gente vai vai fazer a comparação da preocupação do estado, que é um grupo que além de administrar os cemitérios não tem experiência na administração de escolas. Péssima administração, questionada inclusive por órgãos de fiscalização. O segundo grupo não sabe nem onde fica as escolas que vão construir, não é de São Paulo, receberá 3,2 B. Então essa questão da entrega de 33 escolas tem a ver com o negócio lucrativo de mais de 6 bilhões para dois grupos que vão ficar com essa fatia suculenta para fazer a zeladoria de 33 escolas. enquanto a doado, enquanto as milhares de escolas públicas, os milhões de alunos vão estar sofrendo pela falta de recurso que vão estar concentrado para este grupo. E é importante dizer que ninguém fará educação de graça no setor privado. Essa gente vai ganhar lucro e vai ganhar muito lucro. Então eu penso o seguinte, o governador de São Paulo não foi eleito para vender o nosso patrimônio. O governador de São Paulo foi eleito para gerir o nosso patrimônio, que se não tivesse competência para fazer a gestão, não devia ter sido candidato, porque nós não estamos contratando o gerente, pagando valores astronômicos para fazer educação. Nós temos um gestor que foi eleito e que tem que ter compromisso com a educação pública. Se não tem, nós temos. Esse tema também tá judicializado, também a pauta permanente das nossas discussões e nós vamos levá-los às últimas consequências porque eu quero dizer pro povo de São Paulo, esta privatização de 33 escolas é a abertura de uma porta perigosíssima, que é a entrega total do nosso patrimônio da educação, que nós não podemos permitir. E essa não é uma luta de professores, funcionários ou gestores da educação. Essa tem que ser uma luta do povo de São Paulo. Porque a escola pública é um patrimônio do povo de São Paulo. Nós temos escola pública nos 645 municípios, em todos os bairros praticamente. Nós temos condição de atender toda a população. Para que que nós vamos entregar esse patrimônio? Para que pequenos grupos já de bilionários recebam bilhões da nossa educação pública, fatia, não é? privilegiada do orçamento. Então assim, somos totalmente contrários. Foi um processo que lesou o estado de São Paulo. Levar a educação paraa bolsa de valores é algo que nos ofende profundamente, profundamente. E o mais triste de tudo foi o estado usar o aparato, a tropa de choque, a cavalaria para proteger o setor financeiro. Uma vergonha. Eu tava lá junto com a direção, com os conselheiros, né, com o representante da PES. Eles usaram bombas contra senhoras, contra estudantes para proteger o mercado financeiro e fazer a entrega e para que o governador pudesse dar mais uma martelada em cima da cabeça do povo de São Paulo. Somos contra, vamos continuar lutando contra a privatização. Nós defendemos educação pública de qualidade com profissionais valorizados e valorizadas. Muito bem, né? Eu acho que é quando eu vejo aquela cena, eh, é isso mesmo, é uma martelada na nossa cabeça, né? Então, além do do corte de verba que a gente começou a nossa conversa mostrando que eles tiraram 10 bição, eles entregam 6 bi para o lucro privado. É, é inacreditável, é inacreditável a a a forma perversa. né, de destruir a educação como direito. Ô Fábio, eu sei que você tava com Ministério Público e tá uma um debate muito grande também. Outra questão que porque os ataques são imensos, né, Fábi? de tudo quanto é lado, eh, não deixa um um espaço para para respiro. E eu sei que o outro grande problema é a plataformização, que é vendido pelo Tarcívio como avanço tecnológico, como um governo preocupado com tecnologia, etc., tal. Eu queria que você explicasse um pouco, um pouco para as pessoas. Primeiro, o que que é a plataformização. Segundo, porque que a POSP faz críticas a esse processo e terceiro, em que pé está eh essa esse debate da platoização do ensino público paulista? Porque isso também tem a ver com as parcerias público-privadas, isso também tem a ver com enorme lucro, né, para poucos que vão eh dominar essas eh esses serviços. Queria te ouvir um pouquinho sobre isso. É, eh, é um modelo de controle, padronização para treinamento. É tudo que nós nos defendemos, certo? Porque nós defendemos a escola pública, nós defendemos a liberdade de cátedra do professor, nós defendemos todas as possibilidades e a plataformização do estado de São Paulo é outro grande negócio do TED, que é contratar plataformas que já ultrapassaram a casa do bilhão, certo? E essas plataformas elas são absolutamente autoritárias, porque veja, nós não somos contra você ter a tecnologia como meio. Isso é importante na sociedade. O que nós somos contra é que o professor esteja, não é, e toda a sua experiência e toda a sua vivência e todo o seu trabalho eh sendo monitorado por uma plataforma. Então, nós deixamos de ser professor para ser monitor de plataforma. O aluno tem que ficar conectado o dia inteiro em plataformas insuportáveis, muitas vezes com conteúdos eh não não aprofundados, com erros, né, que vai do conceito conceituais a erros ortográficos. E a gente tem denunciado são dezenas de plataformas, dezenas que custam muito. E elas, por exemplo, eu poderia ter a plataforma e eu falar hoje na aula eu vou usar isso daqui da plataforma. Não, o professor é obrigado das 7 da noite às 11 da noite ficar na plataforma. É a plataforma que define o material do dia, é a plataforma que define o conteúdo, é a plataforma que define o livro que o aluno vai ler. É a plataforma que define a tarefa do final da aula. Então tá errado. Hoje, para vocês terem uma ideia, ó, já enfrenta o é tem o diário digital, as tarefas São Paulo, Slide São Paulo, centro de mídias, redação Paulo, aula virtual, education, FT, Leia São Paulo, Me salva, Alura, Academy, Matifique, elefante letrado, multiplica elefante, o elefante letrado que eu já disse, quer dizer, fora todos os slides que eu sou obrigado a passar. Então veja, quando eu vou trabalhar, eu sou professor de história, eu vou fazer um plano pedagógico de acordo com a turma, de acordo com a escola, de acordo com a realidade e eu vou trabalhar isso. Não. As plataformas elas padrozinam, padronizam todas as escolas nos 645 municípios como se todo mundo tivesse no mesmo ponto e fosse chegar no mesmo ponto. E todo mundo é obrigado a ficar ligado nessas plataformas. E o governo e nós estamos fazendo essa discussão, não tá preocupado com que se o aluno tá aprendendo ou não. Ele tá preocupado é quanto tempo o aluno fica conectado para justificar o que é gasto nas plataformas. é um modelo extremamente autoritário, extremamente autoritário e que não tem demonstrado resultado. Aliás, São Paulo tá na contra mão do mundo, porque se pegar os países que digitalizaram tudo, que tiraram o livro didático, que tiraram, né, o o a diversidade de materiais pedagógicas e plataformizaram tudo, não deu certo. E esses países já voltaram atrás, porque o livro tem cheiro, tem gosto, certo? Hoje você vai usar a plataforma, tudo bem, mas amanhã vai ser o livro. Depois de amanhã vai ser um jornal, depois vai ser um vídeo, depois vai ser um recorte. A plataforma tira tudo isso. É o slide da aula, o slide da aula, o slide da aula, o slide da aula, o slide da aula padronizado, pobre e caro. Então nós estamos fazendo essa essa discussão muito forte com outras entidades, com o Ministério Público, junto também a CEDUC, né, que não é retira toda a tecnologia da escola, não. É, vamos ter a tecnologia como meio, mas por favor respeita a liberdade de cátedra do professor. Nós sabemos o a medida do dia da arte de ensinar e de aprender, porque na escola todos os dias nós ensinamos e nós aprendemos e a plataforma não pode ser o único instrumento para que isso ocorra. É, hoje a reunião com o Ministério Público, hoje a reunião com o Ministério Público tinha a pauta, era plataformização, exclusivamente a plataformização e o uso indevido e autoritário no estado de São Paulo. Tá. E eh, você pode falar um pouquinho do do da posição do MP? É, nós estamos levantando, o Ministério Público tem uma posição muito crítica sobre isso. Claro que o Ministério Público tem um limite da sua atuação, né, com relação a isso. Isso vem de uma audiência pública que teve com a Defensoria Pública e o Ministério Público de São Paulo, que resultou em uma série de tarefas e o Ministério Público vai colher e a reunião foi com esse objetivo, eh, criar instrumentos para que esta realidade seja colocada no papel, para que o Ministério Público possa também fazer uma cobrança contundente deste formato e desta utilização de plataforma que é feito o modelo Feder Sister. Tá joia. É, é, eu tava vendo aqui, Fábio, porque você fala isso e eu penso o seguinte, tem duas coisas que hoje que me preocupam muito na educação e eu vejo que a PESP se preocupa também com com essas questões, é a questão da militarização das escolas e a questão do homeschooling, né, essa e essa pressão para que isso aconteça. E até porque quando eu vejo essa coisa da plataformização do jeito que é feita, é como você falou, ter a tecnologia a serviço é uma coisa, agora ter o professor a serviço da tecnologia é outra, né? Porque é isso que eles querem fazer e no final das contas dizer o seguinte: "Tá vendo? Nem precisa do professor. Esse é precisava só da Esse é o final. Exatamente. O final é homeschooling. Então assim, como é que a a FESP tem trabalhado essa essa questão hoje com duas frentes, né? Homes schooling e militarização. São duas, parece que são duas frentes assim para desmerecer o professor, para realmente tratar assim, ó. Tá vendo? O professor não sabe o que faz. Quem sabe é a gente, quem sabe é a plataforma ou quem sabe é o exército, a marinha qualquer coisa desse tipo. Como é que como é que tá essa essa luta aí? Primeiro sobre a questão da escola físico militar que ela tá latente por está sendo implementada, o governo quer implementar neste momento, não é? São 100 escolas aí que são alargadas para esse modelo. E é importante dizer paraas pessoas que não tem nada a ver com colégio militar, porque tem gente que tá falando, outro dia eu tava numa rádio, a mãe falou: "Por favor, não tire a possibilidade da minha filha, do meu filho, estudar num colégio militar". Falei: "Olha, mãe, não é colégio militar, bem, se a pessoa quer fazer colégio militar, tudo bem, vai lá, fácil. Nós estamos falando de escolas militarizadas, de polícia cuidando de criança da periferia, porque é isso é isso de controle e pensamento único, que é isso que eles querem implementar, é controle sobre pessoas feitas por militares aposentados. Primeiro que há uma agressão nisso. Esse militar aposentado que não é formado, a proposta é que ele venha para dentro da escola ganhar quatro vezes mais com o o monitor e o inspetor, duas vez mais que o professor e mais do que o diretor da escola. Vejam. E o e alguém pode acreditar que a educação vai melhorar por aí, gente. O professor não receber o bismo, o funcionário receber menos do que o salário mínimo do estado e o militar aposentado com apito no meio da escola recebendo duas vezes mais do que o professor, quatro vezes mais funcionário. Ah, por favor. Então esse é um modelo autoritário, é uma agressão pedagógica, é a tentativa de implementação de pensamento único. Tive a oportunidade no Supremo Tribunal Federal junto com a Bibbel de defender a nossa posição por uma escola plural inclusiva, acolhedora, que eu tenho certeza que nós temos que derrubar junto com a sociedade essa escola cívico-militar. E por que no Supremo? Porque para nós esse debate nem devia tá acontecendo. Essa escola é ilegal, é inconstitucional e ela é imoral. Ela é ilegal. Porque ela afronta a LDB. Nos artigos 12, 13, 14, 15 da LDB diz que não existe um núcleo civil e um núcleo militar dentro de uma escola. simples desse jeito. Ela afronta a base nacional comum curricular que não permite a implementação de pensamento único na educação. Ela é ilegal porque ela não consta no plano nacional de educação, no plano estadual de educação e nem no plano municipal de educação. Portanto, ela é ilegal. afronta LDB, o Plano Nacional de Educação, o plano estadual da Educação, a base nacional comum cuicular, mas ela é inconstitucional porque ela viola o artigo 22 da Constituição Brasileira que diz que diretriz da educação, que é o caso do homchooler, diretrizes nacionais da educação é expressa da União. Só pode o Ministério da Educação, só pode o governo federal, não pode prefeitos e estados constituírem diretrizes para o seu estado, para porque nós somos um país. Um país. Então ela é ilegal porque afronta a legislação, ela é inconstitucional porque afronta o artigo 22 da Constituição, mas acima de tudo ela é imoral. Ela é imoral, porque a escola é pública, a escola tem que ser gratuita, a escola é tem que ser inclusiva, a escola tem que ter qualidade, a escola tem que ter, ela tem que ser acolhedora e a escola é civil. A nossa escola é civil. E eu fico envergonhado quando eu vejo alguém defender um projeto desse e disse isso. Como que vai tirar dinheiro de de um estado que não paga o piso do professor para pagar um policial aposentado, que já ganha pouco, certo? Então assim, é totalmente imoral. Agora tem um problema na sociedade que a gente precisa discutir com seriedade. E eu disse isso também no para uma mãe numa rádio que ela disse o seguinte: "É, mas eu quero a polícia lá dentro. Olha, nós não temos problema com a segurança, aliás, nós temos problema com a com a com com a com o formato da polícia de São Paulo. Violenta, certo? Violenta, principalmente nas periferias." Aliás, disse um dos seus comandantes, não podemos atuar na periferia como atuamos nos jardins aí já mostra, certo? Nós não queremos esse pensamento dentro da escola. E é bom dizer também que a essas colas cinco militar estão sendo escolhidas as escolas da periferia, que a ideia é polícia para a criança pobre da periferia desde cedo. Então, mãe, pai, não caia nessa pataquada, porque esta gente jamais colocará um policial para cuidar do teu filho, o filho dele, na escola particular dele. Lá não, lá é um funcionário uniformizado, bem pago, formado. Pro teu filho, classe trabalhadora, pro teu filho, periferia, pro teu filho preto, pobre, que somos nós, polícia e cacetete desde cedo para aprender baixar a cabeça a hora que nós passamos. Então é isso que tá por trás dessa escola cívico-militar, militarizada, vergonhosa do Tarcísio do estado de São Paulo. Nós vamos combatê-la muito porque ela é um ataque às pessoas, ao nosso povo. Nós não queremos, certo? A polícia compra seu papel fora da escola. dentro da escola é lugar de professor, de hepatia, de funcionário, de estudante, de criação, de cores, de alegria, porque ensinar tá vinculado com a felicidade, com a alegria, porque aprender é bom e quem ensina é professor, certo? E a nossa ferramenta jamais será o cacetete dentro da escola. Jamais. A nossa ferramenta é o livro, caderno, é o aprendizado, é o lápis e é a caneta. É isso que nós queremos dentro da escola. Cuidem do do do dos problemas que existem fora da escola. Dentro da escola. Nos respeitem. Nos respeitem. Não tem nenhuma prova, Zé e Maria, nenhuma, de que escola civil militar melhora a qualidade da educação, porque não é essa relação, é sobre implementar pensamento único para quem tem menos. Nós não vamos aceitar. Nós estamos fazendo esse debate e ele é agressivo. Nós estamos sendo agredidos em muitos lugares. Nós estamos processando algumas pessoas. Nós tivemos subsédio da POS que foi invadida, invadida por pessoas desse grupo do ódio que querem implementar essa escola. Imagina se tão fazendo isso com o sindicato, o que não querem fazer com o teu filho que tá lá dentro da escola. Nós não vamos aceitar. Isso tem que ser uma proteção coletiva, coletiva de toda a sociedade. Não, escola, nós não defendemos política e cetriança dentro da escola. Nós defendemos educação, libertação, transformação, possibilidades. E é isso que é o papel que a escola pública tem que representar. É muito triste que viver no período que nós estamos vivendo, a gente tem que tá debatendo escola militarizada. É absolutamente lamentável. é o retrocesso civilizatório e ao mesmo tempo reflexo, né, desse tempo que a gente tá vivendo. Agora vocês tiveram vitórias, né, na inclusive eh no campo da justiça. Eu eu Sim, sim. Eu queria que você falasse um pouco disso, Fábio. Eu eu tenho convicção de que nós queremos ganhar essa luta no conceito dela, mas judicialmente nós vamos ganhá-la, porque hoje ela hoje fruto dessa luta, esse assunto hoje ele tá sendo, né, deliberado no Supremo Tribunal Federal e nós temos confiança na leitura que nós fazemos da inconstitucionalidade desse projeto, certo? não tem cabimento afrontar a legislação brasileira, afrontar a Constituição para implementar uma escola cívico-militar. Todas as escolas municipais de cívico militar que nós tivemos até agora, nós derrubamos no Tribunal de Justiça de São Paulo. Uhum. todas, porque nós temos a convicção e a o entendimento que elas afrontam toda a nossa legislação, seja na na constituição do nosso país ou na legislação que nós constituímos, não é, durante o os tempos com a com a com os avanços, porque foram avanços na LDB, tem problema, tem, claro que tem, mas assim, foram avanços, a Constituição de 88 e garantias que nós hoje nunca tiveram sobre tanto risco, tanto risco, não é? E tantos questionamentos Brasil pós Bolsonaro, o ódio e o pessoal da terra plana. E hoje a gente vive consequência sobre isso. Quanto que a gente imaginava há uma década atrás que a gente teve que discutir em determinado momento com uma parcela que tava no comando da educação que a terra não era plana. Então a gente tem que enfrentar esse debate com esse pessoal e tem que falar: "Olha gente, não é possível, não é possível retroceder tanto, então que o nosso povo junto com, né, a Pues e com todo mundo e com momentos importantes como esse aqui no Fórum Sindical, que a gente dizer pra população não é é uma falsa sensação de segurança que estão tentando te enganar. Uhum. Eles estão tentando eh já mostrar pro seu filho como é que ele vai ser tratado, né, no futuro. Então já vamos tratá-lo com o cacetete, com a polícia dentro da escola para adiantar a primeira cacetada. Então nós não vamos aceitar isso, né? O Brasil é um país lindo, de um povo maravilhoso. Vivemos hoje um momento muito difícil, um risco na nossa democracia que não podemos deixar retroceder, porque isso impacta sobetudo e aí traz debates como esse que nós estamos enfrentando, que a gente achou que já não ia mais ter que enfrentar isso, mas que vamos enfrentar com muita força, que é impedir escolas militarizadas no estado de São Paulo. Já existe experiência em outros estados, inclusive o Feder, onde vai deixando um rastho, né, de modelos Paraná, né, Paraná um modelo onde ele começ que tenha total êxito, nenhum êxito aqui, como a gente tem lutado no estado de São Paulo. Eu eu queria que a Tati colocasse, porque agora a gente vai falar de uma coisa mais ampla, mas eh São Paulo é esse grande laboratório do capitalismo e foi o laboratório do golpe. Eh, a gente pensar um pouquinho esse caminho que a gente vem discutindo nesse programa da estratégia neoliberal na educação, né? como é que os ataques eles vêm de todos os campos, mas assim quando ele chega no currículo, então logo depois do golpe veio a reforma do ensino médio. Eh, e a gente vê eh uma palperização, a mesma coisa que o Fábio fala da de pensar a escola cívico-militar paraa periferia. Se pensa a reforma do ensino médio pro trabalhador, não jamais vão aplicar o currículo da reforma do ensino médio para para a classe média, média alta, que vai eh competir nos vestibulares das universidades públicas de direito, engenharia e medicina, né, que são a as três grandes profissões de valores sociais que a gente tem eh da burguesia brasileira. Então, o que que hum falar um pouquinho disso, mas eu acho que esse vídeo ele consolida de uma maneira muito interessante pra gente entender como é que se ataca no imaginário, como é que você vai lá na escola pública e cria um ataque ao imaginário dos maiores dos direitos conquistados pelo trabalhador, que é a CLT. Então, eu queria queria que a Tati colocasse o vídeo pra gente assistir um pouquinho e aí depois a gente comenta isso. Fábio, vocês estão sabendo que nas escolas as crianças estão se xingando de CLT? Pois é, eu já tinha visto memes do tipo, mas tudo começou a fazer mais sentido quando eu vi um vídeo da Fabi Bubu que cria conteúdo sobre maternidade, onde a sua filha explicava para ela o por que ela não queria ser CLT, associando isso a coisas como andar de ônibus lotado, muita gente, ser mandada por um chefe e também que ser CLT é coisa de pobre. Isso reflete a visão neoliberal que tá moldando a educação, onde a CLT, que garante direitos como férias remuneradas, seguro desemprego, licença maternidade e 13º é vista negativamente. Essa mudança de percepção que tá rolando com as crianças sobre a CLT tá sendo impulsionada pela própria reforma educacional neoliberal com o novo ensino médio que vem sendo implementado nas escolas. O objetivo é bem claro, formar empreendedores desde cedo, indivíduos que não questionem o sistema. que aceitem ser forçados a se virar por conta própria. Se não querem ser CLT, então as crianças estão sendo preparadas para aceitar a pejotização, um dos maiores golpes do sistema neoliberal. A pejotização é a prática que o trabalhador deixa de ser CLT com todos os seus direitos garantidos e passa a ser PJ, pessoa jurídica. Ou seja, ele se torna um empresário de si mesmo, sem estabilidade, sem direitos trabalhistas, sem proteção social. No fundo, é uma forma de exploração ainda mais agressiva, onde o trabalhador assume todos os riscos enquanto a empresa continua lucrando. O novo ensino médio, com foco no empreendedorismo e no mercado de trabalho, contribui para essa visão, ensinando as crianças a aceitar a precarização e a competição individual. Em vez de questionarem o sistema que gera essa precarização na vida do trabalhador, tipo pegar ônibus lotado e tudo mais, elas acabam se revoltando contra a CLT, que apesar das suas limitações, tenta oferecer algum tipo de proteção pro trabalhador. É como se, ao invés das crianças criticarem os abusos do capitalismo, elas começassem a atacar o que tentou organizar um pouco essa situação. Por isso que eu gostei muito que a Fabi sentou com a filha e trouxe esse papo pra internet também para ensinar pais e seus filhos a refletirem sobre essas questões de forma crítica para que possam entender o mundo ao seu redor e perceber que o verdadeiro problema tá nas desigualdades e injustiças que marcam a nossa sociedade, não no que tenta de alguma forma nos proteger, como a CLT. Com a educação, podemos formar uma geração mais consciente, crítica e disposta a lutar por um futuro mais justo pra classe trabalhadora. E claro que queiram se organizar para acabar com esse sistema juntos e não aceitar ser explorado e explorar outro trabalhador. Agora convenhamos, se as crianças estão reclamando da CLT, imagina quando elas descobrirem o que que é [Risadas] estágio. É, é muito bom, né? que eu vi um pouquinho, Fábio. Eu eu gosto desses conteúdos de de que traz, né? Eu sempre procuro selecionar um pouquinho porque a gente tá no no essa é a Carolina Sarda, Caroline Sarda, que que faz um debate bem bem bacana eh sobre direitos, enfim, sobre feminismo, mas esse particularmente ela ela faz essa associação, né, de de como esses memes chegam na escola e como é que eh a reforma do ensino médio que já vem aí há um tempo e a gente vem lutando e não, ainda não conseguimos derrubar, ainda não conseguimos derrubar porque a gente sempre foi resistente a ela. Já tá dando fruto, olha o fruto que tá dando. Então eu queria te ouvir um pouquinho sobre sobre isso e como é que tá essa luta mais ampla inclusive que a a Pues né? Uma luta da CNPE, então uma luta dos professores do Brasil. Olha, eu também gostei muito porque é algo que chama muita atenção e a gente tem que tomar muito cuidado. E assim, o princípio dele começa com o golpe na presidenta Dilma. Sabe quando a presidente da Dilma saiu, eu me lembro, estava lá, ela disse o seguinte: "Esse golpe não é contra mim, é contra os trabalhadores, é contra os negros, é contra as mulheres, é contra os LGBTs. E cada dia a gente vai materializando, lamentavelmente isso. E é fato que o primeiro ataque que teve pós golpe foi em cima do ensino médio, porque o primeiro ataque foi na educação. já tava tudo orquestrado porque foi uma série de ataques, mas começou ali um dos primeiros, aliás, foi na educação. E a educação foi assim uma tragédia, só para relembrar, olha, nós tivemos Mendonça, que iniciou a reforma do ensino médio, que foi seguido pelo Rossielli, que eram ministros do Temer. E o Rossielli quando deixou o ministério veio para São Paulo ser secretário do Dória. Que que azar que nós tivemos. O ministro que implementou o negócio veio para São Paulo para poder consolidar. Quando esses ministros saíram, Mendonça Filho e o Rossielle, nós falamos, Maria falou: "É impossível cavar mais um buraco depois desses". Aí veio o Ricardo Veles, aquele colombiano ligado ao Olavo de Carvalho, certo? que defendia a universidade só para elite, que extinguiu o Plano Nacional de Educação, que atacou diretamente o sistema nacional de educação. Quando ele saiu, Zé Guaruose, nós falamos agora acabou o buraco, impossível mais fundo. Aí veio AB Ventraub, que aí representante do mercado financeiro, né? Corte de verba na universidade, debate ideológico, que universidade era lugar de utilizar droga, etc. E esse saiu aí nós falamos agora o não tem mais p cava veio aquele da Cotel que ficou cinco dias que tinha falsificado o documentação dele aí nós falamos agora é a vergonha nacional impossível veio o pastor Milton Ribeiro que anda armadoando nos aeroportos o esquema de ouro pastores, intermediação entre pastor pres e que pobre não podia ir pra universidade não deveria pobre não podia ir pra universidade terminando esse ciclo com o Víor Godói. Então, só para lembrar essa tragédia que nós vivemos. E aí, Maria F, você tá certo? A consequência triste é essa. É essa atacar CLT. Eles estão atacando coisas que para nós elas são de orgulho, né? Tudo tem, então tem problema no sistema da CRT, gente. Mas ela tem garantias da luta da história dos trabalhadores brasileiros e eles querem destruir dizendo isso. Ah, mas outro dia eu conversei com uma pessoa que a pessoa disse para mim o seguinte: "Não, eu sou Uber e eu gosto porque eu trabalho a hora que eu quero". Eu falei: "Para você viver, você tem que trabalhar 15 horas por dia. Você não tem férias, você não tem ideia terceiro, você não tem plano de saúde, você não tem cesta básica, você não tem nada. Como é que ninguém pode defender isso pro trabalhador brasileiro e para eles? Empreendedor é aquele garoto que tá lá na rotatória vendendo suco de laranja para oficílios deles, certo? Porque estes vão cursar a universidade e vão ter os seus empregos formais. Então hoje é muito triste porque atacar a nossa CLT, né? É um ataque a todo trabalhador brasileiro. Mas a a o exemplo dele tá aí. Outro dia, uma das interlocutoras desse lado, né, que é o lado da expropriação total do povo brasileiro, fez um ataque sem precedente ao SUS, mas não sobre os problemas do SUS, porque é óbvio que tem problemas, mas assim para aniquilar o sistema público de saúde. Então nós não podemos entrar na na linha, né, dessa agenda. Nós temos que defender aquilo que é nosso. O SUS é nosso, a CLT é nossa, a educação é nossa, né? A a Sabespa, as empresas nossas têm que gerar recurso pro povo brasileiro. E nós queremos sim ter direito à férias 13º. Nós queremos ter direito aquilo, a riqueza, a divisão da riqueza do nosso país, que é um país muito rico. Por isso, no dia 29 nós vamos participar da marcha, né? A marcha defendendo a redução da jornada de trabalho, porque não mereceu ter vida. Eles querem que a gente trabalhe até secar de segunda a segunda, né? Nós queremos ter vida pela redução da jornada de trabalho, pela defesa da CLT, pela defesa da educação, do sistema nacional da educação, pela proposta que o Lula apresentou agora, que é a isenção do imposto de renda, certo? Porque isso vai significar até 5.000 que vai significar muito para milhões. E uma parcela que ganha muito tem que pagar. Tem que pagar sim, porque o rico brasileiro, eu tô falando do rico, do milionário, do bilionário, não paga nada, eu pago muito pouco. Então assim, tem que dividir a riqueza do Brasil e isso tem que significar qualidade de vida pro povo. E aí quando você vê uma CLT, quando você tem o SUS, quando você tem, você tem muito mais cuidado com o povo brasileiro, que é isso que eles querem destruir, não só do movimento sindical, mas do movimento social, das entidades, das pessoas, né, que que tem preocupação com o nosso povo defender junto, ir pras ruas, porque é lá que nós vamos derrotar e enterrar esse projeto de destruição do Estado brasileiro e das políticas públicas brasileiras. Muito bem, Zé. Fechado, Zé. Ah, tô aqui, tô aqui ouvindo isso e vibrando, né? Porque acho que essa é a solução, né? É a gente abraçar essas coisas que são nossas. Porque quando eu vejo isso, Fábio, a minha preocupação é exatamente essa de que a gente tá tá perdendo eh essa eh eh virou meio que uma palavra da moda, mas eh essa narrativa, né? A gente tá perdendo isso para para esse pessoal que a séri não vale nada de quem e e no final das contas a gente fica sem nada. E e as pessoas têm que saber que assim, por exemplo, quando privatizam uma escola, quando privatizam o sistema de saúde, esses sistemas também recebem do governo, ou seja, eles ganham duas vezes. As pessoas acham que o governo, tipo assim, a privatização vai ser uma coisa assim totalmente não o que o governo pagava, ele continua pagando para quem que vai ganhar duas vezes em cima disso. Então, e as pessoas não sabem como funciona esse sistema que é perverso, então a gente fica numa situação muito muito delicada. E aí a gente volta pro princípio básico, né, o direito à educação pública, né? E aí eu queria que que se falasse mais sobre isso, porque acho que isso é muito importante da gente estar sempre falando de desse desse direito à educação pública, porque a gente vive uma coisa no Brasil que é muito curiosa, né? Todo mundo fala muito sobre isso, que a gente, né? Eh, exatamente. Eles querem fazer o sistema contrário aqui e aí e defender o direito à educação pública de qualidade. Isso aí queria que você falasse mais sobre isso, porque a tua fala tá muito boa nesse sentido e acho que a gente tem que frisar bem bastante isso. E deixa eu só pegar uma carona, Fábio, eh que vai ser o último ponto antes da gente falar da greve. Eu queria que você falasse um pouco também do fechamento de turnos e dos prejuízos pros estudantes trabalhadores nessa linha aí do direito, né, que a gente tá vendo o quanto que isso é, eu estudei à noite, eh, é um direito, gente, pro aluno trabalhador. Muitas vezes a imensa maioria da classe trabalhadora, a gente não não são os estudantes sem 100, né? Sem trabalho, sem educação, nem nem é isso é 100 sem 100, porque ele precisa trabalhar e muitas vezes ele não tem perto da casa dele ou perto do trabalho dele uma escola que funciona à noite para ele ter o turno e continuar os estudos. Fechar turno é um dos maiores ataques ao aluno trabalhador. E a gente aqui, né, como no fórum sindical tem esse compromisso. Defender a educação pública para o trabalhador. Cada ano, gente, cada ano na educação significa um crescimento no aumento do rendimento do indivíduo, significa menos eh recursos que t que ser dispendido com segurança pública. Então, a gente precisa ampliar o direito à educação pública e fechando o turno é que não vai dar, né? Só, só para dizer, né, que eu também eu estudei meu ensino médio toda a noite, né, porque numa numa família pobre a gente tinha que começar a trabalhar com 16 anos. Então assim, com 16 anos eu já tava numa fábrica trabalhando e tendo que estudar à noite para poder fazer. Então, realmente isso aí é uma afronta ao trabalhador. Então, obrigado por tocar nisso, prof, porque acho que isso é essencial também. Fábio, por favor. Olha, da educação como um direito. E é isso que a gente defende, né? a gente defende a política pública para todos como um direito. Por isso que essa essa essa luta nossa pela educação pública da da PESP, que é papel nosso, que vai além da nossa luta corporativa por salário, que é fundamental, obviamente, papel nosso também, mas é defender a educação pública. E nós nunca tivemos, eu posso garantir no momento histórico, tantos ataques como nós estamos tendo agora, pelo menos nesse último período. Nunca tivemos, né? Porque é isso, é ataque na estrutura. É ataque com salas lotadas, é ataque demitindo professores, é ataque superlotando salas, é ataque fechando noturno, é ataque não pagando piso, é ataque não garantindo o sistema de saúde pro seu trabalhador, é o adoecimento, é a plataformização, é a sauna de aula que não prepararam pro momento que nós estamos vivendo hoje. Então assim, você vê que é um conjunto para poder justificar a entrega total da nossa educação. E isso a gente tem que perceber que o que tá por trás disso é um patrimônio imenso que favorece a todo o povo brasileiro e que nós temos que defender. E só pra gente ter, porque nós estamos falando o seguinte, nós estamos falando de 5.000 escolas, nós estamos falando de milhões de alunos, né? Para vocês terem uma ideia, em 2014 nós éramos 238.000 1800 professores em dezembro de 2014. Em dezembro de 2024, 10 anos depois, nós fomos reduzido para 205.000 851 professores. Olha só, foi uma redução de mais de 30.000 professores. Nós descemos de 238.800 para 205.85. 851 professores e eles querem reduzir cada vez mais. Por isso que eles fecham, por isso que eles superlotam, porque isso para eles é redução, é assim, ó, é fazer uma gestão eficiente, é reduzir a rede. Nós defendemos que tem que ter 20 alunos na sala de aula, no ensino fundamental e 25 no médio, não 45 do jeito que tem hoje, certo? E tem uma preocupação que é muito grande, Mar, que é qual que é o futuro disso. Veja, hoje o em dezembro agora de 2024 nós tínhamos 205.851.000 professores. Veja só, velho. Menor de 20 anos, professoras, eu vou falar professoras porque a maioria são professoras. 70.6% da nossa categoria é professoras. 145.300 e 65.600 29.4. 4% são homens, professores, certo? Mas veja uma preocupação do que eu vou falar para vocês. Se a gente pegar esse percentual 205.851 professores, que é 30.000 menos do que tinha em 2014, sabe quantos professores eu tenho até 20 anos? 29 professores, Maria. 29. De 20 a 29 anos, eu tenho 15.944. de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos, 39.75 35 professores e professoras. Agora veja, de 40 a 59 anos, 70.150 de 40 a 49, mais de 70.000 professores e muito mais próximo do 49 do que do 40. de 50 a 59 anos, 60.790. Veja, eu tenho mais professores de 50 a 59 anos do que as três primeiras faixas. Uhum. E com mais de 60 anos, 19.203 professores, perfazendoos 205.851 1851 professores e professoras, dos quais 70.6% são mulheres. Que que eu afirmo com isso? A maioria das nossas professoras, que são a maioria, mas a maioria dos professores e professoras em geral estão 50 anos pro 70. Quando esta parcela se aposentar, se aposentar, a política deles de desvalorização pode ter uma consequência absurdamente criminosa e desastrosa de não termos professores paraas nossas escolas, justificando aula na televisão, nas plataformas e nos celulares. Mas para isso eles estão destruindo essa profissão. Por isso eu acho tão importante essa última pergunta que é, nós precisamos resgatar não só financeiramente, mas socialmente, uma profissão tão importante que ensina todas as profissões e que cada vez tem sido mais massacrada, adoecida por governo como, né, o Leite no Rio Grande do Sul, o Ratinho no Paraná, o Tarcío em São Paulo e tanto o Rema em Minas Gerais e tantos outros. o Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, e tantos outros que têm trabalhado para desconstruir esse ideal tão bonito que quando eu iniciei a gente falava assim: "Olha, quem quer ser eh eh médico, quem quer ser tal, quem quer ser professor" e uma parcela importante queria ser professor. E hoje você pergunta na sala de aula quem quer ser professor, você vai ver, né, que as crianças já não têm mais essa essa vontade. Então eu preciso ter um resgate, uma defesa social, uma defesa coletiva dessa profissão que hoje sofre tanto no estado de São Paulo com governos terríveis, mas sobretudo nesse que nós estamos vivendo agora, que não ataca só a educação, tá aí a saúde passando que passou, a Sabesp, a água, que é um patrimônio de vida, os pedágios, porque agora quer pedagear todas as estradas que não estão pedageada com free flow, que é um pedágio que você entrou, já vai pagar um pedágio a cada 10 km. Quer dizer, se a gente não proteger, não é a nossa educação, a nossa saúde, o nosso serviço público, o que vai sobrar para nós no futuro? Então, acho que é juntos dar um recado para todo mundo. Gente, isso tá passando nesta geração, nas nossas mãos, por isso vamos junto paraas ruas defender, sim, serviços públicos e educação pública de qualidade, com profissionais valorizados e valorizadas. Desculpa, meu microfone tá fechado. Fábio, e esse programa do governo federal, você assim em síntese, o que esses dados que você deu pra gente mostram um apagão na na profissão, né? Vocês estão me ouvindo, gente? Tati, eu caí, eu caí, mas voltou, voltou agora. Tá, tá. Desculpa, eu acho que teve uma uma um problema aqui com a minha rede. Tati, depois se você puder cortar esse pedacinho, corte, por favor. você tava falando do apagão na profissão de de professores, um tema inclusive que a gente já discutiu aqui, Fábio. E aí eu queria eh este programa do governo, o Mais professores aí, esse programa que dá uma bolsa de cerca de 2000 e pouco. Você acha que essa é uma política importante? Vai ajudar eh em em atrair mais jovens para para profissão de professores? Eh, essa é uma medida importante e que outras medidas podem ser feitas. Eu acho essa medida fundamental, necessária e muito bem-vinda, porque ela coloca em evidência que hoje é preciso ter novos elementos para valorizar uma profissão tão importante para atrair jovens para futuros professores, para que a gente não viva um apagão. Eu acho que o governo federal, governo Lula, trouxe no momento certo. Obviamente ela por si só não resolve os problemas todos, porque a educação básica tá na mão dos estados. E aí se o governo federal tem um programa para tá em professores e depois ele vem para São Paulo e não recebe o piso, ele acaba não indo embora. Então, importante esse passo dos do mais, né, mais professor de ter uma medida para chamar atenção paraa sociedade, mas também para colocar recurso para atrair esses profissionais. Mais importante que os prefeitos e os governadores entendam que piso, plano estadual, planos municipais, respeitar a educação, gestão democrática, número correto de alunos da sala de aula, estrutura, cumprel para o qual vocês foram eleitos, nos deem condições e aí nós vamos superar junto com esse programa o problema de não ter um apagão de professores no futuro. Fábio, eh, paraa gente encerrar, eu queria que a gente falasse da greve do 25 de abril. Tati, bota aí o cartaz da greve paraa gente ver a pauta. Eh, então vamos lá. Reajuste. Deixa eu sossega para caramba. Deixa eu aumentar aqui. Ajuste imediato do piso nacional no salário base. Lembrando, gente, que São Paulo, estado mais rico da federação, nem sempre cumpre o piso e não tem o maior salário. Depois eu quero falo sobre isso. Plano de recomposição do poder de compra dos salários, fim do autoritarismo, plataformização, assédio moral, convocação de 44.000 professores concursados, né? Lembrando, eh, isso é um problema sério. Tão fechando o turno, professor adoecido e não se convoca professores conçados, mais quase 50.000 professores esperando para trabalhar e não não o governo do estado não convoca. Climatização e condições de trabalho nas escolas. A gente sofria muitas escolas de lata em São Paulo, mas assim, escola fecha um turno, uma das consequências é escola super lotada, classes super lotadas e classe sem ar condicionado, sem ventiladores. Eh, neste calor dos infernos que a gente tá vivendo, as pessoas passam inclusive mal. Então isso é pauta de condição de trabalho, atribuição de aula justa e transparente, não a privatização e a militarização das escolas e as demais reivindicações. 25 de abril, às 16 horas, assembleia no MASP, na Avenida Paulista. Mobilize-se. Muito bem. Eh, então eu queria que o Fábio falasse um pouco. A gente tem que colocar coisa tão básica como pague o piso dos professores. uma lei que vem desde, né, 2008 para 2009, nós temos o primeiro piso, quer dizer, um piso nacional brasileiro, estado mais rico do país, até hoje não cumpri, tá na nossa pauta de indicação lá, a primeira que é pagar corretamente o piso, não como teto, como o estado de São Paulo, coisas básicas nós estamos trabalhando, né, e valorização da carreira, gente, né, climatização de escola, número de alunos por sala de aula, estrutura pros nossos estudantes, fim desses projetos autoritários, né? militarização, plataformização, privatização. Então assim, são coisas muito salutares paraa educação. Então a gente deixa aqui a convocação para todo mundo. Nós vamos fazer uma grande assembleia, um grande movimento, um dia de greve em todo o estado de São Paulo na defesa destes pontos, que o pano de fundo disso foi tudo que nós discutimos, é a educação pública com condição, com qualidade inclusiva, acolhedora, com profissionais valorizados e valorizadas. O estado de São Paulo tem condição de fazer, é o estado que tem que dar exemplo pro Brasil sobre isso e nós vamos cobrar com muita força desse secretário Feder e desse governo Tarcío. Muito bem, então um bom dia de mobilização e de paralisação e que a gente consiga recuperar a educação pública como direito para São Paulo. Fábio, muitíssimo obrigada por dividir conosco tanta informação relevante e importante sobre a educação pública de São Paulo. Beijo grande gente que nos acompanhou até o momento. Compartilhe o link, vamos consolidar esse horário novo do Fórum Sindical e até a semana que vem. Beijo, Fábio. Tchau. [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música]

#Educação #Sob #Ataque #Ações #Tarcísio #Resistência #APEOESP