#MECAoVivo | Webinário: PDDE Cantinho da Leitura 2025 – Educação Infantil

By | 06/05/2025



Abertura da adesão ao Programa Dinheiro Direto na Escola – Cantinho da Leitura 2025.

#MECAoVivo | Webinário: PDDE Cantinho da Leitura 2025 – Educação Infantil/a>

Boa tarde, sejam todos bem-vindos e bem-vindas. Meu nome é Poliana, eu faço parte da equipe da coordenação de alfabetização aqui no Ministério da Educação. Eu vou iniciar essa transmissão fazendo a minha audiodescrição. Eu sou uma mulher branca de cabelos castanhos. Hoje eu estou vestindo uma blusa estampada em preto e branco e estou usando um batom de cor vermelha. Eh, com muita satisfação que a gente inicie essa transmissão. Eu estou falando aqui da minha sala de trabalho no Ministério da Educação e na videoconferência de hoje nós vamos conversar sobre uma ação estratégica de incentivo à prática de leitura vinculada ao eixo de infraestrutura física e pedagógica do compromisso nacional criança alfabetizada, conhecida como Cantinho da Leitura. E para começar, eu gostaria de agradecer aqui a participação de todos que já estão conosco nessa transmissão, especialmente aos articuladores estaduais, regionais e municipais da nossa RENAL. Gostaria de agradecer todas as equipes também educacionais de todas as redes que estão nos acompanhando. Hoje nós temos a grata alegria de discutir os processos de adesão para a instalação dos cantinhos de leitura que este ano de 2025 terá como beneficiários as crianças da educação infantil. Para isso, nós vamos ter a participação da nossa secretária de educação básica, secretária Cátia Shart, do coordenador geral de alfabetização, João Paulo Mendes, da Coordenadora Geral de Educação Infantil, professora Rita Coelho, do Coordenador Geral de Apoio à gestão escolar, Pedro Barreto, da secretária de educação da do município de Marechal, Floriano, no Espírito Santo, secretária Adenild, e da professora Coordenadora nacional do PROI, professora Mônica Batista. Para começar aqui, eu vou pedir, eu vou passar a palavra pra nossa secretária Cátia, para dar as boas-vindas e iniciar a nossa videoconferência. Seja bem-vinda, secretária. Obrigada, Poli. Eh, boa tarde a todas as pessoas. Seguindo aqui o protocolo corretíssimo da Poli, eu vou começar também a minha saudação a todos que estão acompanhando conosco essa live, fazendo minha audiodescrição. Eu sou uma mulher preta de cabelo crespo, tenho um óculos desenhadinho, tô usando uma blusa de fundo preto, mas toda estampada. Hoje a Poli tá com o meu batom vermelho, eu tô com batom nude, que não é usual, mas para começar essa semana pós Páscoa e com o falecimento do Papa Francisco também, eu acho que é um tempo de reflexão para todos nós, né? Eh, queria saudar também aqui os nossos coordenadores, ao professor João, que é o coordenador da do nosso compromisso nacional criança alfabetizada da COGEALF, professora Rita Coelho, coordenadora da educação infantil. saudar todas as secretárias e secretários de educação municipais aqui em nome da Adenild, que tá aqui com a gente, que é dirigente de Marechal Floriano no Espírito Santo, e a todas as professoras e professores das universidades que têm participado conosco da formação da educação infantil e agora também do Prole em nome da professora Mônica Batista. E eu queria mesmo, sabe, pedir licença para todas e todos vocês, um abraço fraterno para todos os nossos articuladores da RENALFa, mas aproveitar esse momento onde a gente tá lançando mais essa estratégia para fortalecer os nossos processos de alfabetização com essa interação com a educação infantil, eh me comunicar com as professoras da educação infantil brasileira. Eu acho que a gente tem conseguido fazer muitas coisas, sabe, com o apoio das universidades, com o apoio do MEB, de todos os militantes de educação infantil, mas eu penso que agora é uma grande oportunidade a gente tá pela primeira vez chegando numa ação dentro das salas de aula. E era essa era uma angústia minha, a gente chegar dentro da sala de aula de educação infantil no Brasil. a gente tem conseguido, né, discutir, a gente já tem as diretrizes dos parâmetros de qualidade da educação infantil, estamos aí a Rita, discutindo os indicadores, mas eu acho que a gente tem tão pouco tempo ainda e a gente precisa falar com as professoras da educação infantil brasileira. E agora com essa ação a gente está chegando diretamente nas salas. O que que a gente pretende com isso? Acho que primeiro é afirmar que a gente entende alfabetização como um processo que começa não na educação infantil e nem no primeiro ano, começa na barriga das mães lá atrás, começa antes dessa criança ter o contato com a escola, na verdade começa lá no cuidado com as mães que geram essas crianças. Então acho que a alfabetização pensada assim, ela incorpora uma um conceito muito importante pra gente que é de interseccionalidade, que envolve o cuidado, a assistência, a saúde e a educação. Mas quando essas crianças chegam na educação, seja na creche, seja no na pré-escola, né, aos 4 anos de idade, a gente passa a ter uma responsabilidade muito grande de apoiar processos que preparem essas crianças pro seu desenvolvimento pleno. Claro, começando com a alfabetização, mas não só, olhando para todo o seu desenvolvimento, né? Eh, para ela entender quem ela é, de onde ela veio, onde é que ela mora. E isso tudo é muito recortado pelo pelo processo de leitura. ler para a criança. Na educação infantil, a gente precisa ter o compromisso de ler para essa criança todos os dias. A gente vem falando disso já há algum tempo e a gente quer muito, precisava e queria muito chegar nas salas de aula com esse esse cantinho para que essas crianças desde pequenas e mesmo nas nossas creches, tenham contato com os livros, possam foliar, possam escutar as histórias e possam a partir dessas experiências também falar sobre as suas histórias, ter esses momentos importantes de compartilhamento das suas experiências, porque as crianças, né, desde muito pequenas, não são sujeitos do futuro, são sujeitos do presente. E tudo isso vai ser muito importante para quando elas estiverem lá no primeiro, no segundo ano, elas já terem estarem completamente familiarizadas com esse mundo da leitura, que nesse momento ainda precisa ser mediado por adultos, pelas professoras e também pelos seus responsáveis. Então essa estratégia para mim ela é muito incrível porque agora a gente tá chegando depois das nossas formações que a gente já vem fazendo por meio do Lei já desde o ano passado, com muitas universidades envolvidas, com muitas professoras formadoras envolvidas, com muitas professoras. Agora a gente vai ter uma experiência de tá oportunando que espaços específicos em cada sala de aula de educação infantil sejam dedicados para essa prática, para essa cultura da leitura, para criar nessas crianças a paixão pelos livros e que isso seja uma importante ferramenta delas descobrirem e redescobrirem todos os dias o mundo e interagirem entre si, com as suas professoras. Parabéns a toda a coordenação aí da COGEF, parabéns à coordenação de educação infantil. Muito obrigada aos parceiros do Prolei. Eu acho que a gente tá dando um passo muito importante para colher esses frutos em breve com essas crianças alfabetizadas ao final do segundo ano do ensino fundamental, que é a garantia desse direito que muitas vezes a gente usurpa ao longo da vida dessas crianças. Parabéns, muito obrigada. Um bom evento para todas e todos vocês. Muito obrigada, secretária Cátia. Agradeço suas palavras. Vou passar agora paraa secretária Adenilde também fazer sua fala inicial. Secretária, seja bem-vinda. Eh, boa tarde. Dizer, né, da alegria de podermos participar de um momento tão importante paraa educação. Eh, cumprimento aqui, né, a nossa querida eh secretária de educação básica, né, professora Cátia. Eh, também o João Paulo, a, né, a Rita Coelho, que tem colaborado bastante nas discussões, né, com relação à educação infantil. Eh, o Pedro Barreto, a Mônica Batista, né, a Poliana, demais equipe do MEC, né, todas as equipes, eh, que também já foram aí citados anteriormente. é todos os, né, cumprimento aí de uma maneira muito especial também todos os secretários municipais de educação, as suas equipes, eh também, né, de maneira eh muito carinhosa, eh, e respeitosa a todos os todos os professores, né, das redes, eh, dos sistemas, eh, e também, né, da de todos, né, que participam conosco nesse momento. e também eh os professores, toda a equipe das escolas, né? E também o nosso presidente da UNDIM Nacional, né? O nosso eh, né, o professor Alécio e Costa Lima. Eh, eu quero saudando a todos aqui, dizer, né, da nossa da nossa satisfação e dizer, né, que a partir do sucesso dos cantinhos eh da leitura né, desse compromisso nacional da educação eh da criança alfabetizada, eh com o objetivo de fomentar a instalação de ambientes agradáveis, né? estimul promoção do contato direto das crianças com livros e outros materiais eh escritos que corroboram, né, significativamente para a formação de futuros leitores formais, porque nós sabemos que a criança, né, já faz uma leitura de mundo, né, desde, né, desde que ela nasce, então ela tem, né, todo já traz consigo, né, né, essa possibilidade dessa leitura de mundo. E nós sabemos, né, queremos dizer aqui, eh, da importância desses cantinhos de leitura, né, que foram eh implementados, né, nas escolas. Eh, quando nós falamos, né, de cantinho da leitura na educação infantil, muitas vezes, né, pode ficar aí a ideia de que agora nós temos que alfabetizar as crianças na educação infantil. Mas a nossa secretária de educação básica, né, professora Cátia, ela disse isso muito bem, né, é esse contato que eles tem eh com a leitura para que quando eles chegarem, né, no momento realmente da alfabetização, eles têm essa familiaridade, né, com com a escrita, né, do ouvir essas leituras, né, que é o maior papel aí que eu falo mais importante, né, dos professores, é estarem fazendo essa leitura eh para as nossas crianças. Eh, e que a partir então desse momento, né, dessa apresentação, dessa leitura, né, de de mostrar esse mundo tão importante paraas nossas crianças, nós eh vamos eh atendendo as nossas crianças em suas necessidades, né, a partir de cada faixa etária, né, aí eh colocando a importância dessa dessa qualidade, né? E eu só, né, assim, quero eh, colocar a UNDIM à disposição, dizer que, né, essa colaboração com o MEC, ele contribui muito para o desenvolvimento dos municípios. Eh, talvez vocês não têm noção, professora Cátia, da importância desses recursos, eh, desse apoio, de estar conosco enquanto secretários, né? Então eu só quero dizer aqui, né, também da dessa importância e dizer que nós estamos à disposição para colaborar no que for, né, necessário para que nós possamos ter aí excelentes cantinhos de leitura, onde a nossa criança tem esse desejo, né, esse desejo do aprender, o desejo de de conhecer o mundo através dos livros e através dos escritos. Então aqui fica a minha saudação a todos, os meus agradecimentos e nos colocando à disposição sempre. Muito obrigada. Muito obrigada, secretária Denilde. A gente agradece também a parceria da UNDIM na importân nessa nessa implementação tão importante pro compromisso. Muito obrigada. Vou passar a palavra agora paraa professora Rita Coelho, coordenadora geral da educação infantil aqui do Ministério da Educação. Professora Rita. Professora, está falando o microfone silenciado. Professora Rita tá nos ouvindo? Vocês estão me ouvindo, gente? Sim, professora, pode falar. É onde que eu estou? Tá assim. Vê se alguém fala antes de mim. Pode falar, professora. Estamos te ouvindo. Melhorou? Saiu o som? Não. Sim, estamos te ouvindo, professora. Vocês estão me ouvindo? Sim. Bom, enquanto a gente ajusta aqui o áudio. Vocês estão me ouvindo, gente? Sim, estamos te ouvindo, professora. Então sim, eu vou propor que outra pessoa fale o João, eu vou ver o que que tá acontecendo aqui, tá bom? OK, professora. Pode deixar de já. OK. Enquanto a professora Rita ajusta aqui o áudio dela, vocês estão acompanhando a transmissão aqui online, vou passar a palavra pro coordenador geral de apoio à gestão escolar, Pedro Barreto. Em seguida, a gente volta com a professora Rita. Boa tarde a todos e a todas. Queria começar agradecendo em nome da secretária demais e o convite de estar aqui compondo essa webinário, né? Eh, vou começar com a minha aula de descrição. Então, meu nome é Pedro Barreto, eu tenho, eu sou um homem de pele clara, estatura alta, tem 1,8, estou usando uma camiseta, uma camisa polo, eh, stins escura e um blazer preto. Tem os cabelos cacheados. curtos. Eh, acho que numa tarde de hoje é importante a gente começar celebrando a atitude do compromisso nacional da criança alfabetizada de abraçar a educação infantil e propor uma ação que passa a incluir as crianças dessa etapa, né? Eu acompanhando esses dois últimos anos de Ministério da Educação, a gente vê que nenhuma ação no Ministério da Educação é é feita de forma individual. Cada ação, ela é construída de uma forma sistêmica e amarrada a uma lógica maior, né? Então, quando a gente fala de um programa dinheiro direto na escola para educação infantil, a gente não tá falando exclusivamente da compra de e construção de cantinhos de leituras nas escolas e nas salas de pré-escola da educação infantil. Percebam que essas ações elas são vinculadas a estratégias maiores, né? Aqui no caso a gente tem o compromisso nacional da criança alfabetizada que vem e amarra essa ação numa lógica maior. No âmbito da CGGE, nós também estamos com esse esforço de trazer pro PDDE uma característica que não seja o PDDE pelo PDE. Então, acho que o nosso esforço aqui junto com o Cantinho da Leitura, da educação infantil, ele vem justamente pra gente amarrar numa lógica de como fazer o PDD ser de fato uma estratégia de apoio à gestão escolar. Para isso, a CGG tem pensado em algumas ações para somar com o esforço que aqui tem sido feito, né? seja através de um edital de cursos que nós pretendemos lançar ainda nesse ano para apoiar na formação dos gestores escolares nas áreas de coordenação pedagógica, coordenação administrativa financeira e até mesmo no próprio uso do seu recurso do PDDE, que a gente sabe que é tão importante para as escolas. Não só isso, eu gostaria também de reforçar a importância do PDDE para trazer mais autonomia na gestão financeira das escolas, para fortalecer o uso a partir de uma gestão eh integrada com a comunidade escolar. Então, que as escolas, ao receberem esse recurso, que elas chamem sua comunidade, envolvam os pais e os professores, envolvam eh toda esse essa comunidade que está em torno da escola pra gente poder garantir que tenha o melhor direcionamento e o melhor uso desse recurso. Dito isso, quero agradecer mais uma vez pelo convite e reforçar que a CGGE está aqui disponível para apoiar na implementação e no melhor uso do PDDE pra gente est criando mais cantinhos de leitura em todas as escolas do Brasil. Muito obrigado, Polia. Muito obrigada, Pedro, pelas palavras. Eh, vamos sentar mais um contato com a professora Rita, senão a gente segue na nossa no nosso roteiro. Tá nos ouvindo, professora Rita? Acho que não. Acho que a professora Rita ainda não retornou o seu acesso. Vamos seguir então a nossa transmissão e depois a professora Rita pode também eh contribuir com as suas palavras aqui ao final da nossa live. Eu vou passar então a palavra pro nosso coordenador geral, professor João Paulo, que vai trazer aqui as orientações sobre os procedimentos de adesão e e como a gente pode eh iniciar o procedimento no SIMEC. João, boa tarde a todos. Eu inicio eh cumprimentando a todos os presentes, de modo particular a secretária Cátia, que fez a introdução desse nosso webinário de hoje. A Adenildes, começo dizendo também, fazendo minha autodescrição. Sou um homem negro, cabelos curtos, eh eh barba, tenho barba, sorriso largo, uso óculos, estou numa num ambiente com uma parede branca com azul e durante o dia de hoje, eu acho que a gente tem muito a celebrar, né? Nós temos a a secretária Cátia já trouxe da imensa alegria de neste ano nós estarmos iniciando pela primeira vez uma ação que se conecta diretamente às instituições de educação infantil no ambiente da sala de aula, né, das turmas de pré-escola. a gente chega com uma ação muito concreta, uma ação muito densa. Eh, iniciamos também uma ação que já foi experimentada pelo compromisso, que já foi validada pelos professores da alfabetização ali do primeiro e do segundo ano. Então, essa essa ação chega na educação infantil com muito valor agregado e nós celebramos essa iniciativa do MEC, liderada aqui pela secretária Cátia e pela presidência da UNDIM, que tá sendo hoje representadas pela ADENild. Então, no dia de hoje, eu vou passar um pouquinho sobre como nós estamos organizando essa estratégia e a gente dá seguimento também ainda nesse clima de festividade com a presença da professora Mônica. Então, eu acredito que vai ser uma tarde de muito aprendizado para todos nós. Eh, eu peço que Poliana já compartilhe os slides. Eh, enquanto nossos slides sobem, eu queria também saudar a todos que estão nos assistindo. Nós já somos quase 5.000 pessoas agora assistindo esse momento de de transmissão aqui pelo nosso canal do Ministério da Educação. Então você, professor que está nos acompanhando, você articulador da RENALF, repasse esse vídeo para aqueles também que não estão conosco ainda, para que todos possam saber dessa iniciativa tão exitosa. O PDDE Cantinho da Leitura, eh, a professora Mônica vai abordar um pouco dos aspectos, vamos dizer, da concepção metodológica dessa estratégia, mas ela é uma estratégia que viabiliza o acesso das crianças. E aí, nesse primeiro momento, agora, a gente vai est falando das crianças de de 4 e 5 anos que frequentam as pré a pré-escola, do acesso essas crianças a à à literatura, ao livro eh literário. E a gente já teve a oportunidade, com a secretária Cátia, de discutir um pouco a importância da dessas crianças, que por vezes no ambiente das instituições de educação infantil é o primeiro acesso que elas têm com esse portador textual livro. Isso em razão das diversas desigualdades que nosso país eh enfrenta. Então, nesse sentido, o cantinho da leitura também se configura como uma estratégia de enfrentamento dessas desigualdades para dar mais condições de acesso às crianças à leitura, à palavra, ao acesso aos o acesso dos professores também a esses materiais para que eles possam fazer leitura no dia a dia da com as crianças. Então, é essa, é essa dinâmica que nós vamos discutir. O Pedro também destacou, o nosso coordenador aqui de apoio às redes que trabalha conosco do PDDE, de como essa estratégia ela é imediata, ela é rápida. Uma vez que nós fazemos esse lançamento hoje, imediatamente a gente vai ter o cronograma das escolas que começam a fazer o planejamento e em junho a gente já tem a expectativa que essas escolas já começam a operacionalizar esses recursos. Então, mostra também a eficiência dessa ação conectada que tem aqui no MEC a participação de pelo menos três coordenação, a coordenação de alfabetização, a coordenação de educação infantil e a coordenação que cuida do nosso PDDE. O compromisso, então, iniciando pra gente e perceber aonde essa política se insere na política nacional, eh o cantinho da leitura é uma das iniciativas dentro de um eixo específico do compromisso. O compromisso nasce ali com a iniciativa do presidente Lula, lançando um pacto federativo que tem como objetivo a garantia da de iniciativas que que promova a alfabetização de todas as crianças. É a primeira vez, então, que o compromisso deixa de ser um programa, como eh, vamos dizer assim, de forma mais tradicional o MEC atuava e passa a ser agora uma política de estado pensada na conjunção de esforços de diversos entes. Então, é, a secretária Cátia gosta muito dessa imagem que ela traz o compromisso sendo formado pelas diversas políticas territoriais. Então, o compromisso vai assumindo características e identidades de cada um dos territórios da federação. Então, no Maranhão, aonde eu estou agora para participar de um evento amanhã representando o Ministério da Educação, o compromisso assume a identidade visual, a estrutura, a governância do do programa Escola Digna e do Pacto pela aprendizagem. Já no estado de Santa Catarina, ele ele ele assume a identidade visual e o e e a estrutura e a governança do alfabetista Santa Catarina. Então, ele vai percorrendo todos os territórios e vai fortalecendo as políticas de alfabetização de cada uma das unidades federativas. E isso é uma diferença e uma marca dessa gestão, porque é a construção de uma de uma estratégia que promove a alfabetização, mas que ela se constrói democraticamente a partir das iniciativas que estão sendo desenvolvidas pelo território, a partir do respeito ao trabalho dos seus professores, a partir do fomento financeiro para que eles possam ir mais longe e desenvolver outras estratégias. pode passar. Um dos o o compromisso ele tem eh eixos de atuação e nós acreditamos que somente uma intervenção multidimensional é capaz de enfrentar o problema da alfabetização no Brasil. Então ele tem cinco eixos de atuação. O primeiro eixo é o eixo de governança. Eu acredito que muito que nos assistem aqui participam da rede de alfabetização nacional, que nós temos uma rede chamada RENALFA. Hoje ela tem mais de 7.000 bolsistas que atuam diariamente em prol da alfabetização no país. Esses bolsistas têm uma agenda de trabalho organizada com fluxos de trabalho, com demandas específicas. e com atuação de formação, tanto formação própria como formação dos gestores escolares e dos professores. Nós temos um eixo específico que é o nosso eixo de formação. Por meio do eixo de formação, nós fazemos o incentivo para que os estados desenvolvam ações formativas da educação infantil até os anos finais do ensino fundamental, tanto para as equipes técnicas da secretaria, como para os professores, como para os gestores escolares. Nós temos um eixo de avaliação. eixo deal avvaliação, a gente destaca sempre a constituição do indicador criança alfabetizada, que definiu pedagogicamente, tecnicamente, o o que nós compreendemos por estar alfabetizado ao final do segundo ano do ensino fundamental, mas além disso, eh, disponibiliza aos municípios estratégias de avaliação formativa, onde nós oportunizamos para que as crianças, os estudantes do primeiro ao 5inº ano realizem a avaliação pelo menos três avaliações ao longo do período letivo e a partir disso, nós também disponibilizamos os resultados e fomentamos para que os professores trabalhem esses resultados no dia a dia da escola. Nós temos um quarto eixo, que é um eixo que nós temos muito apreço, que é o de infraestrutura física e pedagógica. É nesse eixo que se insere as ação do cantinho da leitura. A, esse eixo ainda trabalha com fomento aos estados e aos municípios para se para que todos produzam, façam a aquisição e a reprodução de material didático estruturado voltado paraa alfabetização e paraa recomposição da aprendizagem. Além disso, nós temos uma ação muito exitosa, que nós iniciamos no ano passado, que é uma ação de reconhecimento e boas práticas. nessa ação se insere, por exemplo, selo compromisso nacional com a alfabetização, que nós fizemos uma grande ação de mobilização em 2024 e neste ano já fizemos uma grande solenidade de certificação e reconhecimento dos municípios pelos grandes esforços em prol da educação infantil e da alfabetização das nossas crianças. pode passar, como eu já havia mencionado, então o compromisso ele eh em sua estrutura de trabalho, ele ele compreende tanto ações da educação infantil. Na educação infantil, nossas ações estão direcionadas às crianças de 0 a 5 anos de idade, que estão ali na educação infantil, e ela tem como foco a fomentar a oralidade, a leitura e a escrita. E a professora Mônica Batista certamente falará muito disso. A professor a a secretária Ktia mencionou da importância que tem os cantinhos da leitura conectado com o nosso programa de formação, o Prolei, que nós iniciamos e esse ano vira um programa eh que se articula ao compromisso. Nós temos as ações que atendem ali, que estão focadas na alfabetização das crianças, que como nós trabalhamos com as crianças de 6 e 7 anos de idade, que estão no primeiro e no segundo ano do ensino fundamental. E temos também as ações focadas na recomposição da aprendizagem para apoiar aqueles alunos que ou não concluíram ou ou não eh atingiram a o a proficiência adequada e nem a alfabetização ao final do segundo, do terceiro, do quarto e do 5º ano, que são as ações voltadas paraa recomposição da aprendizagem. Então, o no ano passado nós iniciamos eh com o cantinho da leitura focado nas turmas de primeiro e segundo ano. Então, praticamente nós conseguimos atingir todas as turmas de de primeiro e segundo ano. Fizemos uma ação específica de cantinhos da leitura para as turmas multis seriadas. Finalizada essas etapas, agora nós damos um importante passo que é a ampliação desses investimentos contemplando a educação infantil. Pode passar aqui. É só para vocês acompanharem o o os impactos dos nossos investimentos e a previsão de investimento deste ano. Então, eh, volta um Pauliana, só para dizer que em 2020, em até 2024 nós fizemos o investimento de mais de o Ministério da Educação fez o investimento de mais de 170 milhões e promoveu a instalação de 49.000 1000 cantinhos da leitura em todo o país, em turmas de primeiro e segundo ano. E este ano nós estamos com a previsão do investimento de mais de 16 milhões eh destinados a a pelo menos nós estamos na expectativa de 13.000 cantinhos de leitura em turmas de pré-escola da educação infantil. O valor do repasse para cada a instalação do cantinho em cada turma é de 1235. Esse recurso é dividido em recurso de capital e custeio, sendo 30% para capital e 70% para custeio. E esses investimentos são feitos a partir do PDDE, que a gente chama de PDDE cantinho da leitura. Pode passar. O fluxo do PDDE do cantinho da leitura, ele tem um um procedimento de investimento bem simplificado. Então, as escolas nossas elas já conhecem essa essa esse esse mecanismo de financiamento que é o o PDDE. E a partir do PDDE cantinho da leitura, a gente faz toda a disseminação dessa estratégia e mobiliza as escolas para que de forma democrática eh instalem eh esses ambientes em cada uma das turmas de pré-escola. O como é que começa todo esse fluxo? E aqui também vocês eh observem em amarelo o o cronograma previsto. Então, o primeira etapa desse fluxo é o Ministério da Educação, definir quais são as instituições de educação infantil. E aí eu tô falando de turmas de pré-escola que são elegíveis. Então, o ministério cria uma lista de escolas elegíveis. Eh, eu falei, já trouxe no slide anterior o tamanho do impacto que nós esperamos promover. São mais de 16 milhões investidos nessas turmas. Eh, na primeira etapa, o município, a partir das secretarias municipais de educação, a os secretários e secretárias acessam o SIMEC. A nossa previsão inicial de acesso é começa no dia 28, então nós estamos já nas nos próximos dias já iniciando esse processo. Então o secretário de educação vai entrar no SIMEC. Eh, lá no SIMEC já vai ter a lista de escolas elegíveis, de instituições de educação infantil elegíveis. Ele seleciona confirmando quais escolas eh seguirão no processo de planejamento. E nesse primeiro momento o que o secretário analisa é se essa escola que vai receber o recurso, ela segue com oferta de pré-escola, se ela segue com atendimento das crianças na da educação infantil. Ele pode fazer uma análise também se a se a capacidade de execução dessas escolas, se o caixa escolar está em pleno o funcionamento, todos esses juízos de admissibilidade é o próprio município que define, mas ele marca, ele seleciona confirmando as instituições. A partir da confirmação abre uma próxima etapa. Essa etapa agora já das escolas. As escolas agora acessam todas aquelas elegíveis e confirmadas pelo município, acessam o PDDE interativo. E aí, nesse momento, a gente tá com uma previsão que isso seja feito de 12 a 30 de maio. Eh, eh, acessam o PDDE e a partir disso fazem, eh, realizam o planejamento da execução orçamentária e financeira. O que que significa isso? O PDDE já traz uma série de possibilidades de tanto de investimento com custeio como capital. A escola vai selecionando, estabelecendo as quantidades, o sistema automaticamente vai fazendo a contabilização tanto dos itens como dos valores dos investimentos. Terminada essa fase, a gente passa para uma outra fase que já é ali na no campo da execução financeira. Nesse caso, o FNDE faz o empenho e efetuou o pagamento para essas instituições. Quais? aquelas que foram elegíveis, foram confirmadas pelo pelo município e realizaram o planejamento. Então, o FND faz o o efetua o empenho e o pagamento dessas instituições. E a partir disso que a gente espera que essa execução financeira aconteça no até o mês de junho, as escolas iniciarão a execução, que é a instalação do cantinho da leitura, a aquisição do dos itens que foram previstos no planejamento. Após essa etapa, ela tem ainda duas outras atribuições, os caixas, as unidades executoras, um que ser relacionado ao monitoramento da ação. Então, cada gestor, após 6 meses do recebimento do recurso, a partir desse ano, o PDDE vai abrir um uma uma aba de monitoramento. O gestor vai entrar nessa aba de monitoramento, vai informar se ele realizou a a instalação, se ele não realizou, se ele realizou conforme o planejado. E a partir disso, ele também faz a prestação de conta junto ao FNDE para que ele possa seguir recebendo outros investimentos. Então, esse é o fluxo geral, rápido para que vocês possam eh compreender no todo, perceber como é que tá previsto o nosso calendário. Um aspecto importante é que a RENAL durante todo esse período, tanto os articuladores estaduais como os articuladores regionais e municipais, eles dão suporte a esse processo de de orientação das escolas, de esclarecimento de dúvidas, de auxílio no planejamento. Então, se você gestor escolar, professor que tá aí nos assistindo, tiver uma dúvida sobre como realizar esses procedimentos ou até mesmo o secretário municipal de educação, você deve recorrer ao articulador da RENAL em âmbito municipal, ao articulador municipal da RENAL, hein? E se este não conseguir responder os seus questionamentos ao articulador regional ou ao articulador estadual da RENALF. Então, toda a Renalfa estará mobilizadas para apoiar tanto nessa tarefa aqui do da execução do cantinho da leitura como em todas as outras agendas do compromisso. Pode passar, Poliana. Por fim, eu trago aí o e-mail de dúvidas da coordenação de alfabetização, tanto como mais informações sobre os o compromisso, vocês podem ter acesso e de imediato agradeço a todos aqueles que estão nos acompanhando, participando desta do lançamento dessa iniciativa. E a gente além da grande felicidade, nós nos colocamos à disposição para seguir construindo eh estratégias de apoio à educação infantil e ao compromisso como um todo. Então, muito obrigado. Muito obrigada, João, pelos esclarecimentos. Nós vamos tentar agora mais uma vez o contato com a professora Rita, por favor. Professora Rita, vamos ver. Vocês estão me ouvindo? Sim, pode falar. Deu certo agora, né? Sim. Então, pessoal, seja bem-vinda. É, eu que agradeço. Me desculpa por esse desencontro tecnológico. Eu tô aqui num evento em São Paulo, trabalhando os indiques da educação infantil com grandes parceiros, né? Mas eu queria começar primeiro dizendo para vocês que o MEC está com os municípios. né? Eh, essa essa é mais uma ação que comprova, né, o compromisso do MEC com os municípios. O MEC está junto com os municípios, né? A segunda questão, eu queria que ao terem ouvido os parceiros aqui do MEC, da UNDIM, que desde 2023 nós trabalhamos, discutimos e enfrentamos essa vontade de cantinhos de leitura na educação infantil. Por quê? Porque a relação da educação infantil com a leitura, a escrita, a construção do sujeito como sujeito de linguagem não começou com compromisso. Ela está previsto nas nossas diretrizes curriculares, está previsto na no na nossa base nacional comum curricular, né? E tem sido um trabalho do Ministério da Educação fortalecido no âmbito do compromisso nacional, criança alfabetizada que tem especificidades para a educação infantil. E a gente lutava por um princípio que agora é prioridade do governo federal, a equidade. Então eu quero chamar a atenção das nossas professoras que cantinho de leitura na educação infantil é também uma política de equidade, né, e que apesar de um trabalho coletivo, né, com vários parceiros do MEC, né, aí tá o Pedro, tá o João, tá a Poliana, né, das universidades, da Mônica, tá a nossa secretária, Cátia, né? Um apoio indispensável para esse momento de festa, para esse momento de vitória, apesar de no processo parecer que é um grande desafio pro município, parecer que o recurso ainda é insuficiente, a educação infantil está incluída no compromisso e na materialidade do compromisso na sua especificidade de educação infantil. né? Quero dizer que falar com as professoras que estão nos assistindo é também uma grande vitória, né? nossa da educação infantil e nossa do governo federal e nossa do Ministério da Educação. Quero dizer publicamente paraa nossa secretária Cátia que o diálogo da educação infantil está sendo garantido, valorizado e nós estamos nos empenhando muito nisso. dia 16 de maio, você tá convidada na UFMG para um projeto, para um programa específico da educação infantil, né, em relação à leitura escrita, com a presença de inúmeros professores da região Sudeste. E o nosso seminário sobre parâmetros de qualidade na região norte, em Santarém, contará com a presença de 500 professoras da educação infantil que estão também contando com a sua presença, com o seu diálogo, com o seu compromisso. Então vamos em frente, né, enfrentando os nossos desafios. O cantim da leitura na educação infantil começa com turnos de pré-escola, crianças de 4, 5 e 6 anos, mas nós temos metas dele também existir na creche a partir dos 3 anos, dos dois, enfim. Muito obrigada aos parceiros do MEC, muito obrigada a UNDIM e muito obrigada aos professores da educação infantil, às professoras, aos auxiliares que lutam pela qualidade e pela equidade na educação infantil. Muito obrigada, professora Rita. Agradecemos aqui a sua, o seu esforço em participar conosco desse momento, né, de celebração e dessa iniciativa do cantinho da leitura. Bom, agora eu vou passar a palavra então pra professora Mônica Batista, ela é a coordenadora nacional do Prolei e vai conversar um pouco conosco sobre essa estratégia. Professora, boa tarde, Poliana, muito obrigada pela apresentação. Eu vou me autodescrever. Eu sou uma mulher de 63 anos, cabelos grisalhos, tô com uma blusa preta, brinco e atrás de mim umas estantes do lugar onde eu trabalho, que é o minha o escritório, minha biblioteca. Queria começar agradecendo a professora Cátia, a secretária Adenilde, a professora Rita, o Pedro e o João Paulo. E agradecendo e dizer da minha alegria de estar aqui hoje com essa notícia para dar uma notícia boa, né? Isso é muito bom nos dias de hoje, a gente poder participar de um evento em que a gente traz boas novas. E eu acho que essa é uma uma data muito importante para nós da educação infantil. Eu acho que todas nós que trabalhamos pela educação infantil, com a educação infantil, a gente ouve falar do cantinho da leitura e tinha aquele r educação infantil, né, não vai ter o cantinho de leitura. Então, hoje é um dia pra gente comemorar, né, o lançamento de mais uma ação estratégica que reconhece o direito das crianças pequenas ao mundo da leitura, ao mundo da cultura, das culturas do escrito, ao mundo da literatura, né? E eu queria lembrar que essa política, ela não vem, essa ação estratégica, ela não vem isolada, né? Ela faz parte de uma política que somas com outras eh ações estratégicas, como eh a política nacional do livro, do material e do livro didático PNLD, né, que por sua vez herda uma tradição de compra e distribuição de livros, que é o PNBE, o primeiro PNBE para educação infantil, data de 2008, eh, e é, e agora continua com PNLD, agora com o edital bem melhor, né, que a gente Ten certeza que vai trazer excelentes livros, livros de qualidade para as crianças de zero até 6 anos PNLD 2026. E também preciso falar da política de formação de professores, o lei se encaixando aí, né, integrado no compromisso nacional criança alfabetizada e que essas três eh esses essas três pernas desta dessa política potente, né, que tá reconhecendo e reconhece a as crianças como leitoras de literatura, como pessoas sujeitos que participam de uma cultura letrada e que tem direito de ver expandido as suas experiências eh nessa perspectiva, né? Eh, e queria também agradecer e também dizer da minha alegria de estarmos juntas, a educação infantil, a COGE Alfa, né, com o João Paulo aqui, e dizer que isso para nós é uma grande vitória, porque quem me conhece, quem quem acompanha não só o meu trabalho, mas também a luta do MEB, a luta de todas nós da educação infantil, a gente vive dizendo que é preciso estabelecer uma relação de solidariedade entre educação infantil e ensino. fundamental. E eu acho que a política hoje, né, do do Ministério da Educação materializa essa solidariedade, não é uma relação de submissão da educação infantil em relação ao ensino fundamental, mas sim de solidariedade. Ou seja, nós temos muito a contribuir com essa esse processo da criança de tornar-se eh leitora, né, e produtora de textos. Bom, como é que eu organizei minha fala hoje? Eu fiz duas duas questões que eu vou buscar trabalhar aqui com vocês, né? A primeira delas, por que é importante uma política pública que promove a instalação de um espaço em cada sala de referência da pré-escola dedicado ao livro e à leitura? Então, é uma pergunta extensa, mas é por que que a gente diz que é tão importante os cantinhos de leitura? O que que ele traz de tão importante? E a segunda questão que eu quis discutir com vocês, que me organizei para isso, é como que municípios, secretária, secretarias de educação, instituições de educação infantil, professoras podem, vamos dizer assim, otimizar essa política, né, otimizar os ganhos que essa política pode trazer para as crianças. Então, eu vou trabalhar nessas duas eh nesses dois eixos aí da minha fala. Aí vou pedir a Poliana então para passar paraa segunda lâmina que é então essa pergunta, né? Qual que é a importância dessa política de instalar cantinhos de leitura? Eu acho que um grande valor dessa política, na minha avaliação, é o fato de que por meio dela nós vamos poder dizer, né, em alto e bom som, que todas as turmas de crianças de 4, 5 e de 6 anos em instituições públicas tem um espaço reservado pro livro e paraa leitura, né? Claro que a gente não tá inventando a roda. Nós sabemos que muitas instituições, muitas professoras têm essa preocupação de fazer chegar as crianças bons livros, fazer chegar as crianças boas práticas de leitura, eh, em específico de leitura de textos literários, mas é uma ação política que tem um valor não só material, né, porque vão chegar, e o João Paulo explicou como é que vão ser eh eh as possibilidades que os municípios vão ter de adquirir, né? eh equipamentos, materiais para esse cantinho de leitura, mas também simbólico, né? Eu acho que é muito importante dizer, a educação infantil também, assim como os anos iniciais, tem o seu cantinho de leitura. É reconhecer que essa criança pequena já é uma leitora em potencial e que depende de nós fazer chegar ela esse direito, né? Então, eh, eu acho que esse é um grande momento mesmo pra gente comemorar, mas eu vou chamar a atenção, né, para dizer, eh, o Antônio Cândido dizia do direito à literatura, né? Então, ou seja, nós, seres humanos, temos direito eh a essa eh a fabulação, a imaginação, a criação, assim como a gente tem direito à alimentação, ao transporte, à saúde, né, à educação. O Antônio Cândido vai dizer: "Nós temos direito à literatura porque nós precisamos da fabulação, nós precisamos da criatividade, da imaginação, da fantasia. Isso é do ser humano. E nós estamos dizendo, as crianças desde bebês têm direito à literatura, mas esse direito, ele se cumpre, claro, com bons materiais, com boa mediação, mas também eh eh ou sobretudo isso se efetiva somente nós soubermos escolher bons livros, bons textos e assegurar boas práticas, né? E o que que seria então é fundamental? Eu eu eu costumo dizer, né, o direito à saúde se cumpre se o se o lugar de acolhida das pessoas que precisam, né, acolhe de fato, tem qualidade, tem bons profissionais. A mesma coisa a gente poderia dizer do direito à literatura, né? Ele só vai se cumprir se tiver bons textos, boas práticas. E o que que significa ter boas práticas, né? Para chegar a essa pergunta, a resposta a essa pergunta, eu preciso dizer que concepções eu tenho de literatura. O que que é literatura para mim, né? Aí vou pedir também Poliana pode passar mais uma lama e a gente vai trabalhar nessa ideia. Então, a gente tem insistido muito quando eu digo a gente, o meu grupo de pesquisa, né, o Leitura Escrita na Primeira Infância, a Bebetec, um projeto que eu coordeno e também nossas discussões desde eh as diretrizes curriculares nacionais, se a gente puder voltar lá em 1999, né, depois em 2009, na Base Nacional Comum Curricular. Então essa ideia de que eh a literatura ela é arte, né? Pode parecer uma obviedade, mas quando a gente tá dizendo isso, nós estamos nos contrapondo a uma ideia de literatura que vem da história da literatura infantil do século X7, XI, início até ao início do século XX, né? Essa ideia de que a literatura era para ensinar o sujeito criança, que ainda não era um sujeito de direitos naquela concepção, mas que viria a ser, né? Então, a literatura nasce a literatura infantil como um uma estratégia, uma ferramenta para ensinar bons modos, bons valores, considerados pelos adultos, como bons valores, como bons comportamentos e também os conteúdos disciplinares das escolas, né? Então, quando a gente diz eh a literatura contemporânea, ela ela, vamos dizer, ela ela mistura essa ideia e e ela rompe ou ela ultrapassa essa ideia pragmática da literatura para dizer que a literatura é arte, né? E o que que seria então essa ideia da literatura como arte? É algo que nos eh emociona, que nos provoca e que nos tira do lugar, né? Que nos desafia. Eh, a Nicolaeva num livro novo, né? Esse livro que lançou há pouco tempo, O poder, voz e subjetividade na literatura infantil. Eu acho que ela tem uma uma fala bem potente para isso que eu tô querendo dizer para vocês, que é a ideia de que a literatura, a boa literatura infantil, ela vem não para simplificar, não para explicar, não para ensinar, mas para complexificar os aparatos constitutivos estéticos, éticos e poéticos dos seus leitores. E uma coisa que eu acho eh também revolucionária na fala dela e dizer para que tudo isso contribua para atribuir à crianças poder, dar poder às crianças. Então, nós queremos empoderar as crianças eh com uma literatura que pressupõe a a inteligência desses sujeitos, a possibilidade desses sujeitos de compreender, ir além, né, do texto óbvio, factual, mas aquele texto eh artístico que a literatura apresenta e a partir disso, eh, dar a conhecer as crianças esses muitos outros, vamos dizer assim, né, que que a vida apenas não basta e também não basta para as crianças. Eh, a Graciela Montes vai falar dessa fronteira indômita, né? Então, a literatura, essa nossa capacidade de transpor real, de imaginar, etc. Então, eh por que que eu tô chamando eh atenção para isso? Porque como eu disse, se a gente tá na na nos cantinhos de leitura preocupados em garantir as crianças o direito à literatura, nós estamos com isso dizendo que elas têm direito à fantasia, à imaginação, à criatividade. Então é essa concepção de literatura e não a ideia da literatura como um instrumento, uma ferramenta para ensinar conteúdos, valores, etc. Eu acho que isso a gente pode aprofundar e tem feito isso em outras lives, em outras discussões, mas era muito importante marcar aqui, né, esse compromisso com o direito à literatura. E aí, escolhi, pode passar, por favor, Poliana, três livros, né, pra gente falar desses livros que transgridem ou desses livros que invertem a ordem natural, né, ou que a ordem da lógica cotidiana. e escolhi esse do Alexandre Rampazo, só para mostrar para vocês, né, como é que os livros de literatura infantil que a gente percebe e nota como sendo livros, né, que introduzem a criança nesse universo da arte, como que esses livros eh provocam pelo projeto eh gráfico, né, e pelas pelas opções que faz eh do ponto de vista da literatura como arte. Então esse livro do Alexandre Rampazo, né, fica aqui a dica de leitura, ele subverte a própria eh organização gráfica dos livros, né, propondo dessa forma, não sei se dá para vocês verem aí, mas ele faz uma história a partir do olhar e da fala da criança, né, que abre a porta e encontra monstros. E ele inverte isso colocando eh na outra sequência a como seria o monstro vendo a criança, né? Então essa esse humor refinado e também esse muitos outros que o Alexandre Rambazo traz com seu abrir essa porta agora apenas como um exemplo para isso que eu tô dizendo. O outro livro que eu trouxe, pode passar também para Oliana, é esse livro Ernesto da Blandina Franco e do José Carlos Lolo, né? eh também como um exemplo de um livro que trabalha na perspectiva também da arte, né, com projeto gráfico simples. E essa simplicidade tem um uma um objetivo, né, tem uma um propósito artístico. E quando ele escolhe esse personagem com essa carinha que já nos provoca alguns sentimentos, o Ernesto e, né, dando um spoiler, ele não termina eh não é uma história com final feliz, ou seja, também transgredindo, também buscando nesse leitor, buscando trazer para esse leitor o inusitado, né? Como assim uma história para criança cujo final triste e nos faz refletir? E trouxe, por fim, também, Poliana, esse último livro que saiu mais recentemente, que pode parecer eh uma um procurando o óleo, uma brincadeira, né, crianças escondidas também, um projeto gráfico riquíssimo e que metaforicamente nos conduz a à reflexão, né, em cada página eh a gente encontra as crianças ou a gente vai buscar onde estão as crianças, mas isso também como adultos nos fazendo refletir, né, como as crianças estão sempre invisibilizadas. Então, também para nós adultos, o bom livro de literatura infantil, ele atinge de zero a 100 anos, né? E que é possível que as crianças construam diferentes significados. Bom, vou passando. Então, não sei se ficou claro, mas assim, a primeira ideia e essa lâmina eu quis sintetizar isso, eh, garantir o direito à literatura é sim ter material, ter equipamento e os cantinhos de leitura vão possibilitar isso, né? a compra distantes apropriadas, se a gente vai decorar com vai vai trazer um aconchego com almofadas, tudo isso, né, é muito importante que exista, mas é muito importante que existam bons livros e que existam boas práticas, né, que façam boas mediações. Então essa lâmina aí um pouco para dizer do direito das crianças, que é muito mais do que ensinar essa estratégia, né, para ensinar as crianças a falar bem, a se comunicar, aumentar o vocabulário, mas que a literatura é uma inspiração para apoiar as crianças nessa engenhosa e complexa tarefa de se tornarem seres de linguagem ou seres humanos, se a gente quiser, né? Bom, vamos passar paraa próxima lâmina Poliana, por favor, que é a segunda pergunta. Então, se eu conseguir tocar um pouco, sensibilizar vocês para essa ideia de que o cantinho da leitura é uma estratégia potente, né, e que pode fazer com que professoras, instituições, gestores públicos participem dessa luta de garantir as crianças o direito à literatura. Como é que a gente pode otimizar? é a pergunta que eu vou responder agora nesse segundo momento aí para ir finalizando, né? Então, eu pensei eh como é que a gente otimiza essa política? Primeiro pensando na organização do espaço, pensando na escolha do acerbo, pensando na importância da mediação literária e quanto isso tem a ver com formação de professores. Então, passa, por favor, para mim a próxima lâmina. Eh, esse essa ideia que tá nessa lâmina tem a ver com o caderno sete, né, do do curso Leitura Escrita na Educação Infantil, que muitas de vocês estão fazendo de alguma forma participando ou como articuladoras ou como formadoras ou como cursistas ou como gestoras que estão nos apoiando, né? A coleção inteira dos 10 livros trata muito de literatura, não é uma coincidência ou não é um acaso. É porque nós acreditamos que a literatura é uma porta importantíssima para dar acesso e depois ampliar as experiências das crianças com as linguagens oral escrita. e em específico no caderno sete, o professor Edmir Perrote, a Ivete Pier Pierini Arroz Carneloso, tem uma unidade que é a unidade três desse caderno, né, em que vai explicar essas três espaços de leitura nas instituições. Então ele vai dizer do canto de leitura, né, ou o que nós estamos chamando aqui de cantinho de leitura, a sala de leitura e as instalações de leitura. Então, essa distinção que os autores fazem pode nos ajudar a pensar como que ao ter um cantinho de leitura estabelecido eh como ação estratégica do governo, né, e dos governos da União, dos e dos municípios, eh pode fazer ter uma uma interação, um intercâmbio, né, de diferentes espaços de leitura. Esses livros podem passear em diferentes contextos das instituições, né? Então o cantinho de leitura para eles é esse ambiente localizado e implantado quase sempre ou principalmente nas salas das crianças, mas que também pode estar em outros locais, né, como pátios, refeitórios, banheiro, né, nós podemos ter diferentes cantinhos de leitura. Neste caso, nós estamos constituindo um cantinho nas salas das crianças, mas nós podemos pensar em ir ampliando isso, né? Na sala de leitura é um ambiente especialmente preparado para uso de diferentes turmas e práticas ligadas à apropriação da cultura escrita. E as instalações de leitura, geralmente para pros autores, são esses eh geralmente espaços itinerantes e temporários, né? Quando a gente instala mesmo algumas situações para garantir práticas de leitura no pátio, no parque, né, no refeitório, etc. Então, passa para mim, por favor. Então, eh, eu quis trazer isso para pensar que rico que é, né, quando a gente pensa uma política e como que, eh, a política não estabelece tudo, ela abre portas para que esses atores, todos, os gestores públicos, os gestores das instituições, as professoras e as famílias participem dessa ampliação, desse direito, né? Então, eh, pensando nisso, eh ainda nesse, nesse ponto da organização do espaço também o Edmir Perrote e as colegas vão falar do ambiente dialógico, a construção de um ambiente dialógico. Acho que isso é muito bonita, essa expressão pra gente pensar na riqueza desse lugar. Ou seja, não é um lugar de transmissão da leitura, mas de compor coletivamente leituras compartilhadas, né, da professora com as crianças, das crianças entre si, das famílias que podem também ter momentos de uso desse cantinho, enfim, né, esse dialogismo, essa forma de interação dialógica. E eu quis também marcar que o cantinho de leitura chegando, eu acho que ele pode ser também uma um despertar de da gente colocar essa discussão do direito da criança de tornar-se, né, membro da cultura escrita no currículo da educação infantil. Eh, ele já vem, né, como a gente tá vendo nas outras ações estratégicas que integram essa política. Mas olha que oportunidade ótimo paraa gente pensar que antes de comprar, né, que esses sujeitos todos eh se planejem, né? Tô colocando aí a ideia do planejamento, que isso seja bem planejado. É claro que a gente tem que pensar na configuração física do ambiente. Então, dimensões, ventilação, iluminação, sonorização, temperatura, segurança, conservação dos livros, limpeza, pisos, né, acabamentos, pensar em no espaço físico, mas talvez e principalmente como que ele vai interagir com o projeto político pedagógico da instituição, né? como é que essa instituição concebe crianças, concebe a relação delas com a leitura, com os livros, etc., né? Como as professoras vão compreender esse ambiente, enfim, eu queria dizer que é preciso um planejamento e que esse planejamento participe dele as professoras, né? Então, não seja algo que venha eh de cima para baixo, mas como uma possibilidade da gente discutir que cantinho nós queremos, de que forma nós vamos articulá-lo com a a o projeto político pedagógico daquela instituição. O segundo ponto ali, a estética, né? A gente tem que pensar na segurança, na durabilidade, na higienização, mas também na questão do belo, né? Como é que a gente vai trazer isso paraas crianças? Eh, eu poderia dizer, vamos evitar uma poluição visual. O que que eu tô chamando de poluição visual? Às vezes o adulto tem uma visão de que o universo infantil é muita cor, né, ou são eh produções estereotipadas e prontas. Então, eh quem sabe a gente também não promove uma participação das crianças nessa ambientação, né? Então, escolha de formas, volumes, cores, texturas, se a caixa que eu vou usar vai ser de madeira, de papelão, tudo isso articular a questão do higiene, da conservação, da durabilidade, mas também do belo, né, da beleza. E e as crianças sabem muito bem como participar disso e a nossa obrigação expandir também as vivências estéticas das crianças, né? E aqui eu diria, ao planejar o cantinho de leitura, olha pro seu território, olha paraa sua comunidade, quais são as práticas culturais dessa comunidade, como é que eu posso trazer isso para esses cantinhos, né? E e ele realmente eh dialogar com essa certamente as riquezas culturais que tem nesses nessas comunidades, nesses territórios. E por fim, um lugar aconchegante, né? O livro é um, a gente vai dizer desse triângulo amoroso, como a Yolanda Reis gosta de dizer, né? O livro O Mediador e a Criança, esse triângulo amoroso. Quanto mais aconchegante foi esse lugar, maior a chance da gente ter essa relação eh estabelecida por vínculos afetivos, né? Então, também como um lugar gostoso de cisar. Aí eu queria pedir, Poliana, para passar alguns exemplos, tá gente? Não, assim, aí é uma síntese, né? Conforto, acolhimento, delicadeza, beleza, coisas que eu fui dizendo. E agora algumas imagens que eu queria mostrar com professoras eh, enfim, reais e concretas, brasileiras, né, no interior, em em municípios de grande porte que estão materializando esses cantinhos. Aí nós temos a colaboração da Edilene, que é lá de Capelinha, né? E ela eh tem toda uma história para contar sobre como ela fez essa essa luminária, como, né, como é que ela componha as as almofadas e aí o uso de uma das crianças também desse espaço, né? Pode passar, por favor, Poliana. Essa é uma email aqui de Belo Horizonte. Eu gosto muito dessas imagens e para contar para vocês que aí era um depósito, né? Ficava cheio de coisas da da EMEI, eh, né? Cadernos, lápis, enfim, era um depósito. E a diretora limpou esse depósito e fez esse espaço que é voltado exclusivamente pros bebês, né? E eu quis trazer, ainda sabendo que eu vou voltar para falar que o cantinho de leitura chegou nas creches, tenho certeza, né, secretária Cátia, que isso ainda vai acontecer. Mas aqui eu quis mostrar assim a delicadeza dessa também de pensar um lugar acolhedor, bonito e de destituir de um lugar, de um depósito. É, não, aqui a prioridade vai ser paraa leitura dos bebês, né, crianças que ainda não se locomoviam autonome. Pode passar, por favor. Esse também da mesma, porém para as crianças maiores da pré-escola. Quis mostrar aí para vocês a qualidade dos livros, né? Se a gente tivesse tempo de olhar cada um desses dessas obras aí, mas também a disposição delas, né, nessa bibeteca da que é a mesma que fez um espaço exclusivo pros pequenininhos, né, de zero a um ano e pouco, 2 anos. Pode passar, por favor. Essa outra é o o Edmir e as colegas, né, daquela unidade que eu disse, chamaria de uma instalação. Então você tem sim o cantinho de leitura e a professora construiu esse ambiente aconchegante, né, pros momentos de leitura que provavelmente eu eu creio, né, que não ficou a Patrícia da Emi Santa Amélia aqui de Belo Horizonte, eh, não necessariamente ficou o ano inteiro, né, mas também pode ficar. Enfim, eh, são coisas muito simples, mas que qual criança que não gosta de uma cabana, né? A primeira coisa que que elas fazem quando acham um pano é fazer uma cabana. Pode passar, por favor, Poliana. Esse outro exemplo da em Capivari também aqui de Belo Horizonte, eh essa essa marcação no chão, né, que é muito interessante também, como as crianças gostam de dessa delimitação do espaço, porque vocês imaginam como é difícil para elas um mundo com tantas possibilidades e elas seres tão pequenas. Então essa demarcação também acolhe, protege, né? E e elas já sabem, eh, a professora é a Thaí, ela me conta que quando ela estende o tapete, as crianças imediatamente pegam os livros, elas já sabem que ali é um espaço do livro e da leitura. Pode passar, por favor, Poliana. Aqui são outros exemplos. Eu quis mostrar aí os caixotes, né, colchão. Vocês vem que são coisas simples, né, mas que acolhem e dá vontade da gente deitar ali e pegar um livro para ler com as crianças. Mais um, eu acho. Eh, sim. Aí eu queria falar no outro ponto. Então, tô falando da organização do espaço e falarei agora da escolha do acervo. Vocês vão dizer: "Mas o cantinho de leitura não é para compra de livro?" Não, não é. Compra de livro é o PNLD. E queria dizer que além das compras governamentais da União, muitos municípios do Brasil compram também com suas próprias políticas de compra e distribuição de livros. Então, nunca é demais, né? No lei nós tivemos algumas consultas do tipo, mas já compra, nós vamos ser, né, os os prefeitos preocupados, as secretárias de educação preocupadas e os secretários preocupados com a ideia de que eh sobreporia, né, já compra. Mas literatura não, gente, a literatura, por isso o livro de literatura infantil, ele é considerado material de consumo, exatamente porque as crianças podem pegar, morder, é para elas usarem, né? e que as os municípios podem ter compras próprias, podem ter políticas próprias de compra de livre e que é muito interessante se também as instituições tiverem essas condições de fazer grandes movimentos para que essa escolha aconteça coletivamente. E aqui a gente tem discutido esses dois conceitos na composição de acervo, que é a qualidade e a bibliodidade. A qualidade sempre o olhar pro objeto livro, né? olhando eh texto, pode passar, por favor, eh Oliana, então eh pensar, né, o que é um livro de qualidade, o que que se diz de livro de qualidade de literatura infantil. Então, perguntar o que que esse livro conta, né, ele ele ele propõe uma experiência eh uma ampliação de experiência de mundo para criança. Você gostou, professora? Te trouxe coisas interessantes, né, que são dicas assim para você pensar na qualidade do livro. Então, a qualidade é o olhar pro livro. Pode passar, por favor, nessas, eh, vamos dizer assim, na questão textual, na questão da escolha temática e a forma de tratar as temáticas e nas opções gráficas, né? Porque essas cores, porque a capa dura ou não, né? Porque como é que faz com essa brincadeira, né, do livro sanfonado? O que que isso tem a ver com a narrativa, né? o que que o autor constru, enfim, se perguntar sobre a qualidade do livro, eh, buscando esses critérios que nos ajudam a pensar sobre essa qualidade. Pode passar. E a outra questão que eu diria é olhar para a coleção. Então, se a qualidade olha para cada livro, né, individualmente, a bibliodidade olha para a coleção. Então, essa coleção, os livros têm qualidade e aí eles têm diversidade, né? Eu tenho vários tipos, vários gêneros discursivos. O formato varia, a autoria varia, as temáticas, né, a época, tem livros contemporâneos, tem livros clássicos, enfim, tem. Eu coloquei aí alguns desses critérios da biodiversidade, que também é algo muito importante de ser estudado e pensado. E cada item desse vai formando, né, várias possibilidades da gente pensar essa diversidade bíblioda, vamos dizer assim, né? E nós temos várias várias lives também que discutimos esse conceito. Pode passar, Juliana. Eh, o quinto elemento que seria a mediação literária. Então, essas professoras precisam eh gostar de ler, né? É preciso que elas gostem da literatura, gostem da literatura infantil, sejam leitoras de literatura e de literatura infantil e que elas tenha um repertório. Então isso é o nosso material, vamos dizer assim, a nossa que nos dá identidade profissional, né? Por isso é tão importante no próximo item falar da formação. Então planejar a leitura é fundamental, né? É pensar antes o que que eu vou fazer, que livro é esse, que autor é esse, que outros livros desse autor eu posso conhecer. como é que eu posso expandir para mim mesma a leitura desse livro? Não quer dizer que eu vou fazer isso com as crianças, nem tudo que eu aprendi eu vou, mas, né, para para que eu goste desse livro, para que eu tenha por ele uma eh uma que eu que eu goste e que eu possa fazer com que as crianças gostem dessa leitura, né? E, enfim, qual a intencionalidade que essa leitura que eu que eu quero promover, né? E aqui na mediação, pode passar, Poliana. Eu queria dizer que o mais importante, tudo isso, né? Compartilhamento, aconchegar o corpo o lugar que as crianças ocupam, como a professora se senta, tudo isso faz parte da mediação, a voz, o ritmo, a intuação. Mas eu queria dizer, como eu tenho pouquíssimos minutos, dizer, professora, o mais importante é o texto, né? Nós som a mediação quer dizer isso. Eu faço uma mediação. Então não é necessário que eu faça uma dramatização, que eu me vista de bruxa ou de princesa ou de fada para que a criança goste do texto. Não tô dizendo que não se pode fazer isso. Tô dizendo confie no texto, confie nas crianças, porque a literatura pode muito. E às vezes a criança imaginar o príncipe ou o doende ou o bicho papão, né? é mais importante do que eu mostrar esse esse personagem, né, da forma como eu imagino. Então, eh o mais importante na mediação é fazer chegar a criança o texto, a história, né, a fabulação. Pode passar, por favor. E o último ponto que eu quis dizer, aí tem algumas cenas, né, de mediação. Então o cantinho de leitura tá na sala, mas ele pode também em alguns momentos eu compor outros espaços da instituição para eu fazer eh contação ou leitura de história. Pode passar, por favor. Então, foram alguns exemplos a postura, né, das professoras, a proximidade das crianças com o objeto, como eu asseguro isso pode ir passando várias formas ou ou com menos crianças, com mais crianças em roda, né, o as crianças tendo acesso aos livros. E a última questão é que não é fácil eh fazer uma boa mediação, né? Escolher o ambiente, organizar, equipar esse ambiente, escolher os livros, dispor esses livros, mudar a disposição de tempos em tempos. Tudo isso tem intencionalidade, né? e de saber porque que esse livro é bom e esse é ruim, porque que esse livro é bom para este grupo de crianças que tá comigo este ano e outro não daria certo. Então, eh, a a Maria Emília Lopes fala: "Não só ler o livro, mas ler as crianças", né? E isso requer formação. Claro que nessa live aqui eu não nem cheguei perto, né, de assegurar essa formação, mas foi um cutucão para dizer, nós precisamos estudar porque isso nos forma como profissionais responsáveis por garantir as crianças o direito à literatura. E aí tô chamando atenção, né, eu sou eh tendenciosa para dizer, mas eu acho que o curso Leitura Escrita na Educação Infantil ele carrega bem as tintas nessa questão da literatura. E é bom a gente pensar, por quê, né? Porque a literatura é tão importante para esses sujeitos que acabaram de chegar no mundo, como ela alcança esses sujeitos. Pode passar, por favor. Aí algumas eh chamando vocês para acompanharem nosso trabalho na biblioteca, na Casa da Infância, que vai ser inaugurada dia 16, junto com o seminário do leitura escrita. pode passar aqui em Belo Horizonte, 16 de maio. Vocês podem entrar no nosso na nosso Instagram e vocês vão ver projetos que a gente desenvolve que podem ser copiados e melhorados por cada município, né? A gente queria muito que todos os municípios tivessem tertúlia literária, que tivesse cursos de formação de professoras para fazerem boas mediações, que tivessem a eh também cursos, né, que possam colocar os bebês na centralidade dessa discussão, enfim, né, tertulinhas, que seriam as tertulihas com crianças, enfim, que a gente queria muito que os nossos projetos fossem copiados no melhor sentido, porque quando a gente copia, a gente amplia, né? Então, e também que fossem criados outros e que houvesse trocas para que a gente também possa implementar outras boas ideias. Pode passar, por favor. Eh, aí é um e-book de indicações. Então, como eu disse, vamos confiar nas compras do governo federal. Sim, o PNLD eu acho que melhorou muito com o edital que saiu agora com algo, ainda precisava mudar algumas coisas do ponto de vista do formato que vai ser comprado, mas a gente avançou muito, né, em termos de pensar que livros chegarão a partir desse edital, mas é também muito bom pensar numa lei municipal que obrigue, por exemplo, os municípios a distribuir um percentual de verba para compra de livro, porque é muito importante que haja a quantidade é importante, sem abrir mão da qualidade e sem abrir mão da diversidade, né? Então, esses três elementos são muito importantes. Para ter uma bibliodidade é preciso quantidade, né? E para ter uma boa bibliodidade, cada livro precisa garantir qualidade. Então, esse é um e-book que nós fizemos. Vamos fazer o volume dois, que vai ser lançado no dia 16 e que são dicas, né? Então, assim, ah, deixa eu ver que que a Bebetec indica pra gente comprar. tem esse book disponível, pode passar, por favor. E acho que agora a última. Eu coloquei algumas alguns eh sites, alguns lugares aí, né? algumas publicações. Por exemplo, hoje eu recebi da Prefeitura de São Paulo, h, uma pessoa me mandou eh esse essa essa última indicação, leitura literária na educação infantil, interrelações humanizadoras, prefeitura de São Paulo. Eu corri os olhos de última hora eu recebi isso hoje. E realmente é uma publicação muito interessante e eu achei bacana se as secretarias se eh eh se amparassem, se eh tivessem como eh tomassem essa publicação da Prefeitura de São Paulo como uma boa provocação para que suas suas seus municípios, suas secretarias de educação também fizessem publicações como essas, né? e outras indicações que eu acho que ajudam muito nessa discussão e dizer que nós estamos muito felizes, é um motivo de muita comemoração. Desculpem se eu me estendi, mas eu acho que o cantinho de leitura chega e com ele chega também a nossa vontade de que essa seja uma temática que faça parte do cotidiano das professoras, das crianças e das famílias. Obrigada, Poliana. Muito obrigada, professora Mônica, pelas palavras, pela imersão aqui no na leitura e escrita na educação infantil. Acho que isso vai ser um material muito importante para as redes eh se apropriarem e usarem como referência para busca de boas literaturas, paraa composição dos cantinhos de leitura. Muito obrigada. Eu te agradeço. Bom, e para finalizar a nossa live, eu gostaria de agradecer a todos os que participaram, a secretária Cátia, secretária Adenilde, professora Rita, Pedro, João Paulo e a professora Mônica, que acabou de de contribuir com a sua fala, e a todos que acompanharam até o momento, mais de 5.000 pessoas aqui nos acompanhando nessa live. Eh, gostaria também de reforçar em relação aos procedimentos e aos prazos. Vamos enviar para todas as redes ofício comunicando esses procedimentos e os prazos, mas não percam a oportunidade de adquirir paraa sua rede esse recurso para que vocês possam instalar os cantinhos de leitura na pré-escola. Muito obrigada a todos e até a próxima. 차

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