O QUE FAZ UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DA SALA DE RECURSOS | EDUCAÇÃO #educaçãoespecial

By | 08/05/2025



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O QUE FAZ UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DA SALA DE RECURSOS | EDUCAÇÃO #educaçãoespecial/a>

Bom, hoje eu quero falar também sobre educação, falar sobre o que faz um professor de educação especial. Bom, eh, eu sou professora de educação especial da sala de recursos de uma escola pública no município de Manacapuru, Amazonas. E muitas pessoas não compreendem muito eh sobre o que vem a ser realmente a educação especial, que mundo é esse. Então eu vim aqui responder para vocês e vim aqui também eh esclarecer aí e dar algumas dicas aí para você. Se você trabalha com educação especial, se você é mesmo professor da sala comum, você também eh pode estar aprendendo sobre isso e sabendo mais como eh um professor da sala de recursos irá atuar na escola. Bom, existem vários tipos de professores de educação especial, gente, não existe apenas um. Pelo menos aqui na rede estadual de ensino do Amazonas existem três salas de recursos e está sendo criada, acabou de ser criada mais uma no município. Na prefeitura, eu não sei se existem professores da sala de recursos. Eu sei que existem professores de educação especial, professores de classes de educação especial, que também é uma outra é um é uma outra função. Dentro da educação especial existem alguns tipos de professores de educação especial, di, digamos assim. Existe também é os professores de apoio escolar, que a gente chama na verdade profissional de apoio escolar, que vão lidar ali com alunos com distúrbios graves do do neurodesenvolvimento, como autismo, como uma deficiência intelectual, uma deficiência múltipla. Eh, então, eh, tem são vários papéis e são papéis diferenciados, não é a mesma coisa de modo nenhum. Bom, eh, o professor ali da sala de recursos, ele vai atuar de maneira individual ali com os seus alunos, eh, vai ali atender alunos de modo individual ou em dupla. Eh, e cada sessão ali de atendimento tem pelo menos umas 2 horas, 1 hora30 ou 1 hora, dependendo da quantidade de concentração que o seu aluno consegue. Bom, eh, por isso que ele não consegue ter diversos alunos. E e justamente a sala de recursos é feita para isso, para atender as necessidades do aluno da sala regular, que ele tá matriculado em alguma escola da rede estadual ou da rede municipal na educação básica do ensino fundamental ao ensino médio, que também pode ser atendido em uma escola pública de ensino fundamental, tá bom? Se ele for, mesmo que ele seja do ensino médio ou da EJA. Eh, então vale destacar que o papel da sala de recursos é basicamente esse, complementar suplementar as necessidades especiais dos alunos eh da educação inclusiva. Bom, e que público é esse? Vão ser alunos autistas? vão ser alunos eh com deficiências sensoriais, como deficiência visual, surdez, eh deficiência física, eh deficiência motora, deficiências múltiplas, eh transtornos graves. Eh existem eh alguns tipos de transtorno, não existe só o transtorno eh do autismo. Eh o transtorno do espectro do autismo, na verdade são alguns, não é apenas um. Então, cada aluno vai ter a sua forma de ser e a sua forma de existir no mundo. E aí esse professor, ele vai ficar responsável de fazer eh um currículo ali, digamos, adaptado para esse aluno, individualizado ali, um plano de desenvolvimento individualizado. Isso é tudo escrito, isso tem eh todo um documento que rege e um documento que nós fazemos individual para cada aluno. Então, por isso que é justamente o o professor é da sala de recursos, ele tem é esse papel de dar uma atenção mais exclusiva. Bom, e aí tá sendo uma crítica aqui, já que eu sou dessas, né? Eu gosto de pensar fora da casinha aqui agora um pensamento com vocês. Para mim, como professora da sala de recursos, eu acredito, eu concordo com aquilo que a Dra. Ana Beatriz falou, uma psiquiatra, de que nós, professores da sala de recursos, deveríamos sim atender aqueles alunos que não conseguem acompanhar na sala de aula e não de maneira só exclusiva, tá? Porque claro que os alunos com necessidades especiais eles devem sim estar na escola e eu concordo com isso de maneira inclusiva lá. Eles devem estar na escola. Só que a partir do momento que esse aluno não consiga aprender em sala de aula, eu creio assim que ele deveria sim ter a permissão de estar na sala de recurso, de receber aquele mesmo conteúdo que seria trabalhado com ele na sala de aula, mais de uma maneira com o currículo adaptado para ele. E assim, em algumas escolas em Manaus, eu contemplei algo um pouco semelhante de alunos com deficiências graves, como síndrome de DA, ou como uma deficiência motora mais grave, que não conseguiam e ficar ali na sala de aula por muito tempo, então eles iam fazer alguma atividade na sala de recursos. E eu achava essa forma de inclusão muito interessante. Só que acaba é que é quando você vem para o interior do Amazonas, aqui a música é outra. Então você tem que se adaptar ao contexto. Inclusive, eh, não está muito claro, não fica muito claro para os gestores da escola é como que você pode atuar na sala de recursos. E isso faz com que esse esses professores da sala de recursos fiquem um pouco a mercê. Bom, eu só sei que o nosso papel é esse, tá bom? De atender os alunos no contraturno, tá? não horário da aula ali do ensino regular, porque esse aluno deve receber a aula dele ali no ensino regular, mas salva essa hipótese aí, tá gente? E que eu concordo, então é algo que eu não sou contra, tá? Se tiver algum aluno que haja essa necessidade, eu não sou contra. Todavia, eu creio que o sistema poderia melhorar bem mais, poderia saber ser mais flexível e adaptável. Haja vista que nenhum ser humano vai ser igual ao outro. E realmente a educação especial trabalha com isso. Nenhum ser humano é igual ao outro. Você não pode eh querer que um ser humano que não tem a habilidade que nem aquela do outro de alcançar fazer alguma coisa e querer cobrar a mesma coisa dele que ele não vai alcançar aquele nível. Então não tem como você colocar em competição, sabe? Por isso mesmo que a avaliação ela é diferente para esse aluno que tem uma deficiência. Bom, eh, tirando de lado aquelas coisas, né, que nós não devemos nos concentrar e também a gente tem que aceitar que o aluno que é autista ou tem qualquer deficiência, ele também precisa de educação moral, como qualquer outra criança, como qualquer outro adolescente, como qualquer outro jovem. Porque às vezes, eh, as pessoas acham que por essa esse aluno ter essa deficiência, ele está blindado de tudo, sabe? como se ele não entendessem todas as regras, como se não lhes fosse ou não lhes precisasse ser ensinada. Só que isso não é verdade. A gente sabe que sim, que os autistas, por exemplo, são capazes de compreenderem ou deficiente intelectual, eles são capazes sim de compreenderem eh as situações sociais se você explicar para eles, se você conversar com eles, se você se aproximar deles. Então, tudo isso depende também da intervenção escolar, do apoio pedagógico, da gestão, depende do professor da sala de aula. Mas aí eh essa esse papel do professor em sala de aula já é outra questão. Um professor da sala de aula já vai lidar com diversos alunos. Então aí já fica um pouco mais complicado e complexo ali de dele lidar e compreender cada deficiência. Já vista que ele nem é um professor especialista na área, ele não tem essa obrigação, sabe? por exemplo, de ser como por exemplo, um intérprete de Libras, o professor da sala de aula, ele não tem aquela obrigação de saber Libras como um professor da educação especial, sabe? Ou um professor que é intérprete de Libras, sabe? Eh, então acaba que, eh, a gente vê, a gente verifica isso, sabe? eh desses papéis aí serem confundidos e a gente vê eh muita dificuldade em saber fazer essas adaptações. Então, não é fácil realmente a vida de um professor da escola pública no Brasil. Então, eh, tem melhorado por causa que agora tem muitos mais, muito mais professores formados na área, tem hoje os profissionais de apoio escolar, eh, mas a gente sabe que ainda tem uma alta demanda de alunos que necessitam desse profissional de apoio escolar e que não chega para eles. E a gente convive com salas de alunos lotadas, mesmo em salas que há alunos com deficiência. Então, são as leis não são respeitadas na prática. Então, tudo isso faz com que o trabalho do professor fique eh difícil, fique complicado dele conseguir fazer ali algo realmente satisfatório ou algo que seria ideal, pelo menos. Então é isso, gente. A gente vai ficando por aqui e vamos eh pensar, sabe, como que a gente pode melhorar e no nosso dia a dia como profissional, é como que a gente pode fazer a nossa parte com o que a gente tem, né? Porque realmente não dá para pro para o professor fazer milagre. E aí a gente trabalha com as ferramentas que a gente tem, com os conhecimentos que a gente adquiriu já e com aquilo que a gente vai aprendendo ao longo do tempo, né? Porque cada vez mais ano que passa, mais os professores vão ficando mais especialistas em suas áreas, mais eles vão ficando melhores, então melhor também vai ficando esse professor. Esse profissional ele precisa ser valorizado porque quanto mais tempo ele passa ali no magistério, mais ele tá se tornando até melhor como um profissional. Então, eh, eu, eu creio assim que o estado ou o município ou o sistema como um todo da educação deveria trabalhar para que esse profissional ele continue sendo um profissional da educação e não queira migrar para outras áreas, outras profissões, porque a gente sabe que a educação ela necessita e ela carece de bons profissionais. Então é isso, gente, esse é o meu recado de hoje e abraço para vocês aí. Até o próximo vídeo.

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