EDUCAÇÃO – Especial Bett Brasil #3 – Educação & Sustentabilidade: Práticas e desafios para o futuro

By | 05/05/2025



Direto da maior feira de Educação da América Latina, a Bett Brasil, o programa trata sobre educação e sustentabilidade.

EDUCAÇÃO – Especial Bett Brasil #3 – Educação & Sustentabilidade: Práticas e desafios para o futuro/a>

Olá, eu sou a Laila Melo e falo com você direto de São Paulo, numa edição especial da educação. Nós estamos aqui num programa temas em discussão no Brasil hoje durante a maior feira de inovação e tecnologia educacional da América Latina, a Bet Educar. É uma edição especial e estamos no estande da Demá Educa para falar com você. Então fique ligado que a gente vai trazer um tema muito especial no programa de [Música] [Música] hoje. E neste episódio vamos trazer um tema muito importante pra educação e pro mundo. A gente vai falar da conexão entre educação e sustentabilidade. E hoje eu tenho um companheiro de bancada da nossa da nossa roda de conversa aqui, meu amigo, jornalista e coordenador de criação e arte da DEMA Educa, Marcos Golveia. Muito obrigada, Marcos. Obrigado, Laila, pelo carinho. É uma satisfação enorme a gente poder discutir sobre esse tema da sustentabilidade, pensando nesse contexto mundial, mas afunilando também até o dia a dia na sala de aula, na nossa casa. como é que a gente pode conversar sobre isso? E a gente tá recebendo também para compor a nossa mesa, nosso bate-papo, a especialista em aprendizagem, Eloía Monteiro. Eloía, bem-vinda. Muito obrigado pela participação. Obrigada. Eh, para mim é um prazer estar aqui. Agradeço demais o convite e espero poder contribuir para esse bate-papo de forma que seja proveitoso para todos. Obrigada. E para completar nossa roda de conversa, a gente recebe também o jornalista, nosso colega de profissão, especialista também em gestão para sustentabilidade e da CEO da BION, o Danilo Maeda. Bem-vindo, Danilo. Obrigado. Obrigado pelo convite. Prazer estar aqui com vocês. Obrigado, Demá, pela oportunidade da gente trocar um pouquinho de ideia. Pois é, pra gente começar a conversar, eu gostaria de entender primeiro eh o que que a gente pode compreender, Danilo, como sustentabilidade. O que que a gente pensa quando a gente diz sustentabilidade e e como é que a gente pode lincar isso à nossa realidade atual? Talvez a primeira coisa importante de se explicar sobre o conceito de sustentabilidade é começar explicando o que sustentabilidade não é, né? Então, sustentabilidade não é apenas cuidar do meio ambiente, abraçar árvores ou qualquer outra ideia mais simplória que possa estar no nosso imaginário em relação a esse conceito. A ideia de sustentabilidade vem de um outro conceito que é um pouco mais complexo e completo que a gente chama de desenvolvimento sustentável. um conceito estabelecido pela ONU lá no final dos anos 80, em 87 especificamente, que diz que desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento no qual a gente garante os direitos e as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das próximas gerações atenderem as suas próprias necessidades. Então daí vem essa uma ideia que tem mais a ver com longo prazo e com gestão de recursos e com atendimento a necessidades humanas do que necessariamente com preservação de recursos ambientais. É claro que para eu atender essas necessidades hoje e no futuro, cuidar e preservar os recursos naturais é essencial. Por isso a gente acaba falando tanto de ecologia e de recursos ambientais dentro dos debates de sustentabilidade. mais numa conceituação inicial e e o mais importante, né, o coração da ideia é essa da gente conseguir atender as demandas e as necessidades sociais, aquilo que tá na agenda dos direitos humanos, que é, né, o que é básico e fundamental para qualquer pessoa, para qualquer eh em qualquer sociedade, em qualquer lugar, pensando no em quem tá aqui hoje, mas também quem vai estar aqui no futuro. Então, essa lógica de perpetuidade é a ideia central do conceito de sustentabilidade, que é o que a gente precisa trabalhar cada vez mais para tomar melhores decisões, que não pensem apenas no retorno de curto prazo, mas considerem também esses impactos que muitas vezes vão acontecer ao longo dos anos e ao longo de muitos anos muitas vezes, né? Um conceito essencial, né, Marcos? Exatamente. Eu acho que uma coisa que é muito importante quando a gente fala de conceito, né, é justamente a gente lutar contra os desafios da má informação, da desinformação que nos atinge, né? principalmente quando a gente vai falar sobre sustentabilidade, eh, e colocá-la dentro desse lugar importante de valor institucional dentro da escola, dentro da nossa comunidade, né, Luía, quando a gente fala sustentabilidade, educação, como é que a gente pode trazer a escola com esse papel fundamental que ela tem de formação, de acolhimento do estudante no nosso dia a dia? Bom, eh, acho que o Danilo entrou num num ponto importante sobre essa questão da gente pensar a longo prazo. E aí acho que quando a gente traz pra escola, a gente vai falar que é também para além dos conceitos acadêmicos apenas. a gente eh não pode entrar na escola e ficar num conceito das caixinhas, das matérias ou componentes curriculares e sim pensar que se a gente precisa pensar nas próximas gerações, em tantos anos, a gente precisa ir para além dos conteúdos apenas pedagógicos e acadêmicos. Dessa forma, eh, a gente costuma dizer em educação e nas escolas que você tá tratando eh do cidadão, aluno, eh, como um todo. Então, também pegando, né, não só a questão ambiental, que sim, você precisa ensinar boas práticas eh eh e ter responsabilidade, mas também a questão social, né? Eu digo que a a gente vai trabalhar os alunos com relação a cuidar do meio ambiente, mas também cuidando das relações sustentáveis que eles devem ter com as outras pessoas, né, uns com os outros. E aí, me permite? Eh, quando se trata dessa questão de de cuidar das relações sociais, né? E o Marcos mencionou a questão da desinformação. Eh, eu venho do mundo corporativo, né? consultor de negócios. E então a gente olha muito para dados nesse sentido. Então uma uma fonte de informação muito interessante é o relatório de riscos do foro econômico mundial. É uma pesquisa feita com lideranças políticas e empresariais do mundo todo. Eh, e nesse relatório já faz do anos que o principal risco de curto prazo apresentado é o risco chamado de desinformação e informação falsa. Então, as pessoas já estão percebendo o tamanho do impacto que a má informação pode causar na sociedade, nas economias. E aí uma reflexão que a gente pode fazer é qual que é o antídoto para esse risco. Se esse risco tá colocado e ele tem um impacto tão grande, qual que é a vacina que a gente pode ter? A vacina é educação crítica, a capacidade crítica. Porque se a gente depender apenas da do jornalismo profissional, dos veículos de imprensa para desmistificarem o volume avaçalador de informação falsa que circula, a gente não vai dar conta. O que a gente precisa de uma audiência amplamente capaz de criticar e de analisar as informações que recebe e de ter o, né, o entendimento de que, poxa, isso aqui parece falso, isso aqui precisaria ser melhor apurado e você só consegue desenvolver isso com uma educação eh que o empodere para esse caminho, uma educação mais crítica, então, né, Danilo? E aí dentro dessa perspectiva educacional a gente tem a DEMAR Educa, que desenvolve produtos voltados para esse eh esse pensar criticamente, né, Marcos? Você é coordenador de criação e arte da DEMA Educa e trabalha diretamente com isso. Eu queria que você explicasse pra gente como a Demeduca tem desenvolvido esse olhar mais atento pr pra questão da sustentabilidade aliada à educação. E que tipo de produto se faz, como se faz isso? é o Demidou que ele vem com uma inteligência educacional pra gente poder ajudar esse aluno na aprendizagem, como é que ele consegue se desenvolver e até oferecer uma ferramenta para as instituições de ensino poderem buscar melhores resultados nas avaliações de desempenho. Então é uma um ecossistema onde ele vai trazer soluções, seja através de uma multiplataforma com conteúdos interativos, com conteúdos que vão pensar a ludicidade, né? Não só pro aluno se exercitar, mas ele pensar criticamente aquele lugar, né? Então, a gente vai para esse lugar de falar sobre que produtos a gente vai trazer, né? O aluno vai buscar uma interatividade nessa plataforma, mas ele tá tendo acesso a um produto audiovisual diferenciado, né? Onde ele talvez ele vai aprender de uma forma divertida um conteúdo que talvez ele vai ver como um entretenimento, né? Onde a gente fala do conceito um pouco do edu entretenimento, mas ele tá aprendendo, né? E ele também para se tornar um replicador daquilo, né? Como é que ele pode levar aquilo pra comunidade dele, como é que ele pode levar pra família dele. E dentro desses produtos, né? Quando a gente fala de produção audiovisual aliada e a criatividade, né? Como é que eu posso falar sobre isso? Nós temos dois grandes produtos. Um deles é o o farol Sagres Educa, né? Onde a gente traz uma narrativa como se fossem capitães no mundo dos sete mares, né? Bem lúdico, né? Bem lúdico, né? Quase um castelo ratimbum assim do oceano. E o objetivo é a gente poder ensinar matérias, né? Disciplinas como matemático, português dentro do contexto ficcional. Então o aluno tá envolvido na narrativa, né? onde tem uma criança, um adolescente, onde ele se identifica com aquele personagem e ele vai aprender sobre uma temática narrativa do dia a dia, como é que ele vai buscar soluções para vivenciar o mundo dos sete mares, né? E um outro produto, né, que a gente trabalha muito é o Só vem, que ele já voltado para falar sobre projeto de vida, juntamente aí com os alunos de ensino médio. Então, de que forma que esse aluno, né, ou essa aluna tá se preparando pro mundo, né, como é que ela tá desenvolvendo aí as ferramentas para ela pensar o que que eu quero fazer amanhã, né? E como é que eu começo isso hoje? Como é que eu começo isso pequenininho na minha escola, na minha casa, né? Então a a narrativa ela vai para um professor, né? Onde ele estimula dentro, ele é um professor de projeto de vida e ele estimula os alunos a criar um canal, né, de vídeo para eles poderem trazer o conteúdo da matéria para falar sobre ODS, esse contexto para poder levar pros alunos, pros colegas da sala de aula. E aí o spoiler, o professor é o Marcos. É, eu faço o professor Fábio. Então, eh, ele vai levando esses alunos para conhecer, né? Então acho que é quebrar esse esse lugar também do professor, né, Eloía, de trazer esse professor mais forte e pensar que ferramentas eu tenho à minha disposição para poder encantar, para poder acolher e incentivar essa criança no meu dia a dia. E aí eu queria já puxando esse gancho, eh, Marcos, da questão da escola e o Danilo também falou isso, a questão de perpassar esse ambiente escolar e que o que o estudante aprende em sala de aula em questão de sustentabilidade, desse aliar da educação e a sustentabilidade chega em casa. Na verdade, ele se torna também um propagador disso, né? Como é que a gente pode pensar nesse nesse papel, nessa função da escola como propagadora? eh, não f não para que não fique esse conteúdo unicamente naquela geração estabelecida ali, mas também chega em casa paraas gerações mais velhas. Ótimo. Eh, acho que a gente pode falar eh da educação como um todo nesse sentido. Quando você faz projetos que são significativos pros alunos na escola, eles não vão ficar só e apenas dentro da sala de aula, porque a criança quando aprende de forma contextualizada e que aquilo de fato significa algo e que para ela faz um sentido, que você coloca ela como protagonista, você coloca ela como com pensamento crítico a refletir sobre, né, o que ela está aprendendo, ela leva para casa e não tem como ela não incluir a primeira e eh em primeira instância os pais, a família, né, esse primeiro pedaço, mas também a comunidade, né? Então, quando você faz um projeto de sucesso na escola, você tem relatos de crianças que às vezes levam pro condomínio onde moram, projetos que a escola tá fazendo, estou falando de crianças pequenas, mas adolescentes que passam a participar de campanhas em outras eh esferas. Então, leva pro clube algo que esteja aprendendo na escola, leva pra família, algo que esteja aprendendo na escola e dessa forma você vai pensando que eh você tá transpassando de fato os muros da escola e levando adiante o que eles aprenderam. E a gente pensa nisso em várias etapas da vida, né? Desde os pequenininhos que vão replicando e replicando e quando chega na empresa, Danilo, como é que a gente faz isso? Você tem especialidade nisso, né? N nesse tipo de ação, nessa comunicação com adultos? Como que a gente faz isso quando as pessoas estão mais velhas? e principalmente no ambiente empresarial, falar sobre como a gente comunica esses temas, né, no mundo corporativo. Eu só queria antes comentar um pouquinho sobre o ambiente da educação e como até como o pai, né, eh, tem um filho de quantos anos? Eu tenho uma de nove e um de cinco. Eh, então a gente vivencia isso dentro de casa também, né? E eu acho que a importância desse papel, né, dos das crianças, dos adolescentes como multiplicadores, especialmente numa agenda como essa, que apesar de ser uma agenda antiga, uma problemática que já tá posta há muito tempo, ela não era tradicionalmente trabalhada nos ambientes educacionais. Então a gente tem gerações que não foram formadas a pensar nesses problemas. Então é difícil às vezes a gente até cobrar um comportamento, uma mudança de comportamento sem esse eh esse conjunto de informações ali que prepara paraa mudança de comportamento. Então é é fundamental esse processo e facilita inclusive o meu trabalho, né? Quando eu chego numa corporação e e muitas vezes é essa conversa que eu ouço de clientes, de diretores e presidentes de empresas, né? Eh, a gente tá conversando ali sobre boas práticas de sustentabilidade no mundo corporativo. Muitas vezes o retorno é sobre poxa, é realmente as novas gerações tão vindo mais conscientes, estão vindo mais eh críticas em relação a isso, estão se preocupando mais. É o qu tá lá na escola na base já tá sendo desenvolvido. Eles expressam quase como se fosse uma coisa assim. Não sei o que aconteceu com essa nova geração que eles estão mais conscientes, mas provavelmente para eles faz parte da vida, faz. É, mas provavelmente também porque tem um trabalho dos educadores, educadoras ali que estão colocando essas pautas na, né, para serem trabalhadas. E no mundo corporativo o que a gente vai fazer é uma conexão muito direta entre o impacto produzido pela organização e a sua capacidade de criar valor, né? Então, eh, essa agenda se torna muito importante no ambiente empresarial, porque a gente já tem assim evidência o suficiente para identificar uma relação direta mesmo entre boas práticas socioambientais e lucratividade de longo prazo. Por isso que essa agenda se tornou importante nos últimos anos, não é porque os banqueiros são filantropos e querem o mundo melhor. Todo mundo no mundo capitalista quer aumentar o seu retorno financeiro. E percebeu-se que no longo prazo o retorno financeiro melhora conforme você consegue estabelecer melhores práticas socioambientais, porque as empresas ficam com uma taxa de risco reduzida ao a adotar essas boas práticas, né? Impactam menos, portanto tem menos risco de sofrer algum impacto na sua própria operação. Então não é uma ABNS só porque são anjinhos normalmente não, né? Da no mundo prmático e capitalista, as decisões são orientadas por um um fim maior, que é o a geração de retornos. Se for esse o racional e ainda assim a gente tiver produzindo um modelo de eh de produção, modelos econômicos que produzem impactos mais positivos, eu tô tranquilo com isso. Não preciso acreditar que tá todo mundo fazendo porque tem um bom coração. O impacto final é o é o importante, né? É o mais importante, né? E e é mais urgente do que nunca, porque alguns desses problemas ligados à agenda da sustentabilidade estão se empilhando, né? né? Então, se a gente olhar para mudanças climáticas, talvez seja o mais discutido hoje em dia, a o nível de impacto produzido nos leva para um presente, para um futuro de catástrofes climáticas crescentes. Então, é urgente a gente reverter a tendência das emissões de gastes de efeito estufa no mundo todo. Para isso, a gente precisa de empresas engajadas, de uma sociedade também engajada, cobrando políticas públicas, cobrando das próprias organizações, né, da das empresas que tenham seus planos de de mitigação e climática para que a gente consiga produzir o efeito desejado. A má notícia é que até o momento a gente ainda não conseguiu sequer reverter a tendência da curva. nos últimos anos a gente ainda teve aumento nas emissões de gases de efeito estufa eh no planeta como um todo, quando a gente já deveria estar reduzindo a ritmo acelerado. Então, precisamos de mais gente engajada, mais gente cobrando, porque senão as políticas públicas não avançam e as empresas também não vão mudar necessariamente na velocidade necessária. Então, a gente precisa, esse engajamento que começa na base realmente é fundamental e estava jogando aqui com o nosso futuro mesmo, né? para eh e o nosso futuro depende desse engajamento que precisa acontecer, né? O nosso futuro enquanto eh seres humanos, né? E acho que um conceito interessante que a gente poderia abordar até te perguntar, Eloía, quando a gente fala de sustentabilidade, a gente a traz esse conceito de sustentabilidade relacional, né? Como é que eu vou buscar essas pessoas no quesito de de empatia, de entender o lugar do outro, do respeito até a diversidade, que a gente fala: "Mas isso é sustentabilidade? Isso é sustentabilidade, né? Acho que é e é muito, né? Acho que a palavra em si diz, né? O que que é você ter uma relação sustentável, né? E aí, e o que são as relações sustentáveis? Eh, e acho que a escola aí nesse sentido, né, desde Sim, desde a base, desde o início, vai olhar para isso de uma forma muito de se colocar no lugar do outro. A gente ensina as crianças desde muito pequenas a serem empáticas com os colegas, a a a se colocarem no lugar dos colegas para determinadas eh atitudes. Então, quem não lembra, né, de uma de uma de uma fala de uma professora muito comum, é, você gostaria que o amigo tivesse feito isso com você, né? Então, acho que dentro disso a gente eh eh você começa, pode parecer muito pouco, mas não é, porque se colocar no lugar do outro muitas vezes para muitos adultos é muito difícil e se a gente de novo aprende desde muito pequeno e entende que as relações serão melhores se as pessoas agirem com esse respeito, né, uns com os outros, as relações vão se tornar mais sustentáveis. E aí dentro desse processo todo, o Brasil espera a o encontro da COP, né, da COP 30 em Belém. A no final do ano já os preparativos estão acontecendo. Danilo, eu queria que você falasse dessas perspectivas e o que que a gente pode levar eh dessa mesa para lá, nesse sentido de discussão de L, a educação com a sustentabilidade para um processo de discussão tão potente que a gente recebe líderes mundiais aqui no Brasil. Uhum. É, eu acho que a COP é uma grande oportunidade pro Brasil, antes de tudo, né? Eh, a gente, o Brasil, às vezes a gente tem aquela coisa do complexo de viraata, né, e se coloca numa situação de devedores em relação aos debates globais. Mas o tema do clima, o Brasil tem uma legitimidade e um papel histórico eh innegável, assim, de liderança na discussão eh de preservação ambiental como um todo, não apenas eh mudanças climáticas, né? e a COP 30 aqui, eh, é uma grande oportunidade da gente reafirmar ainda mais essa posição de protagonismo e de colocar pro mundo algumas pautas eh que são eh nas quais o Brasil pode ser o porta-voz de um conjunto de outros países em situações parecidas, como tipicamente os países emergentes em especial, né, que tem uma demanda ali, o acordo de Paris tem um, eu sou muito dos conceitos e dos princípios, né, ele tem lá o o conceito das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. E o que que é isso? É a ideia de que neste problema das mudanças climáticas, todas as economias, todos os países ajudaram a construir a situação que a gente tem, que é eh de emergência. Mas nem todo mundo contribuiu da mesma maneira. Alguns países emitiram historicamente muito mais gases de efeito estufa do que outros. E alguns países hoje têm mais capacidade de investir e lidar com o problema que foi instalado do que outros. Os países ricos têm mais capacidade de acelerar sua transição energética. Então, todo mundo tem uma responsabilidade comum, mas não é a mesma. Ela é diferenciada no sentido de que quem é mais rico tem mais condições ou quem poluiu mais historicamente deveria pagar a maior parte do custo dessa transição. E essa isso leva para uma medida que tá prevista lá de financiamento climático, né, de de equidade, de justiça, que por acaso, não por acaso, né, é um dos de uma das etapas ali dos acord dos das cláusulas do acordo de Paris que nunca foi regulamentada devidamente e essa é uma demanda dos países emergentes de receber recurso para acelerar os seus próprios processos de preservação ambiental ou de transição energética. E o Brasil pode ser um dos porta-vozes de uma agenda como essa, reafirmando sua posição de liderança global. especialmente nesse mundo eh polarizado em fragmentação que a gente tá vivendo. Então é altamente complexa a tarefa, mas é uma grande oportunidade pro Brasil se destacar no no ambiente global e e capturar também oportunidades de crescimento. Então a gente tem soluções tipicamente brasileiras que podem ser colocadas pro mundo como avenidas para essa para acelerar a transição energética ou etanol, a nossa própria matriz energética que já é muito mais limpa do que o restante do mundo. Então, a gente tem vários argumentos aí favoráveis, eh, e uma capacidade de negociação que também é muito conhecida, né, na na nas relações internacionais brasileiras. Então, acho que é uma grande oportunidade pro país, que deve depois abrir mercados também pro para todo mundo que trabalha na área de sustentabilidade. É importante acompanhar essa agenda, né, que a gente tá aí, vai comandar essa essas discussões, né, Marcos? elas vêm muito fortes pra gente, né? Cada vez mais pautando, né? Não só os veículos de comunicação, né? Mas a sociedade como um todo, né? E aproveitando, Danilo e Luía, eu queria fazer uma pergunta para vocês, né? Um recado, na verdade, né? Quando a gente fala dentro desse processo, né, de de pensar o lugar da criança, mas e pro profissional de educação, né, o gestor escolar, o coordenador pedagógico, o professor que estão na linha de frente ali, como é que a gente poderia incentivar esse lugar? Ah, mas beleza. Eu entendo o conceito, eu entendo a problemática, mas na prática como é que eu consigo trazer isso de uma forma plausível para essa criança e para esse adolescente? Qual que seria o recado o ponto de start que vocês sugeririam? Eh, bom, eu fico pensando que a primeira coisa quando a gente precisa eh fazer com que alguma pessoa pense sobre algo é sensibilizar, né? Então, muito difícil a gente agir de acordo, né? agir com força, eh, eh, com potência ali com vontade para alguma coisa se a gente não tá sensibilizado. Então, eu acho que sensibilizar seria a primeira, né, acho que acho que a primeira mudança ali, quando a gente tá sensibilizado, tocado por algo, a gente vai e a gente atua de uma outra forma. Então, eh, quando a gente, né, diz que o Brasil tá nesse lugar e que a gente tem agora uma uma possibilidade de olhar para para isso tudo, fico pensando que a gente para sensibilizar, muitas vezes as pessoas usam ah fotos eh eh ou estudos de caso, né, assim, cenas muitas vezes catastróficas. Não necessariamente a gente precisa sensibilizar dessa forma, mas eh usando histórias, né, como você até eh contou do do do produto. Eh, acho que para as crianças pequenas histórias funcionam muito. Ã pros adolescentes e mais jovens, eu acho que a gente pode trazer, né, acho que a educação precisa trazer contextos reais, né, com informações verdadeiras. e onde a gente busca essas informações verdadeiras e para todos aí pensando, né, nos professores, coordenadores, direção, comunidades, pais de alunos, quanto mais informação e mais sensibilizado a gente for, mais a gente atua de forma eh vigorosa. Acho que com relação a uma causa que é emergente, como a palavra já diz, emergência, né? É. E talvez se a gente tenha um lado eh que como a gente já tem eventos climáticos extremos acontecendo com maior frequência e maior gravidade, eles acabam sendo um jeito de você sensibilizar a partir do mundo real, né, do mundo concreto. Então não faltam exemplos de tragédias e de eh crises que estão já acontecendo por conta das mudanças climáticas. Então a gente tem essa capacidade hoje de mostrar uma conexão que há 10 anos atrás a ciência tava nos alertando que isso aconteceria e agora a gente já consegue mostrar conexões diretas entre isso, né? Então pega o exemplo do Rio Grande do Sul e como é um cenário que estava descrito em 2013 num estudo encomendado pelo governo federal sobre possíveis impactos de eventos climáticos extremos em diferentes territórios do Brasil. Um dos cenários descritos era o cenário de inundações na região metropolitana de Porto Alegre, por conta das características eh geográficas ali do do Guaíba e e no na na eventualidade de um evento de de chuvas extremas, poderíamos chegar num cenário parecido com o que se verificou na prática, né? Então, quando a gente começa a mostrar aqui o que aconteceu, não é uma eventualidade, uma tragédia inevitável, algo, uma força da natureza que se expressou, mas que nós como sociedade poderíamos ter agido e mitigado bastante o a consequência, a gente começa a levar para um lugar de poxa, qual meu papel diante de tudo isso, né? Exato. Ai, gente, infelizmente vou ter que dar notícia que a gente tá terminando o programa. Que bate-papo legal, importante pra gente pensar, não só na educação em si, mas no mundo que a gente habita, né? Muito obrigada por vocês eh estarem aqui com a gente nessa edição especial da educação direta da Betucar em São Paulo. E então eu conversei aqui, a gente conversou, né, Marcos, com a professora Eloía Monteiro, ela que é eh especialista em aprendizagem e o Danilo Maeda, que é jornalista também, especialista nessa gestão, eh, com pessoas para trabalhar com empresas. Isso. Eh, CEO da Bion e meu querido Marcos Golveia, nosso coordenador de arte e criação da Demeduca. Muito obrigada pela presença de vocês. Espero encontrar pra gente continuar esse bate-papo. Obrigado pelo convite. Muito obrigada. Mas é boa, pessoal. Obrigado pela participação, por estar aqui conosco. A educação de hoje fica por aqui, mas pode deixar que a gente volta para falar com temas de temas educacionais tão importantes nessa edição especial da educação no stand do DEMA Educa, aqui na maior feira de inovação e tecnologia da América Latina, a Bet Educar. Mas pera aí que a gente já volta para falar de temas extremamente importantes, como também uso de dados para a educação. Você pode nos acompanhar aqui na nossa TV. o canal 26.1 da TV Aberta, mas também nos nossos canais @sistemasagres_line e também no YouTube @sistemasagres nas nossas redes do sistema do ecossistema Demar @fundaç[email protected] e @renapsebbr. Um prazer tê-los aqui e até mais. A gente se vê por aí. Ciao [Música]

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