I Congresso Internacional de Educação Especial – Mesa Temática 3 e Fórum Diretrizes Curriculares

By | 03/05/2025



ÍNDICE DA TRANSMISSÃO 00:00 INTRODUÇÃO 09:32 ABERTURA DO EVENTO 14:51 Mesa Temática 3: Docência na …

I Congresso Internacional de Educação Especial – Mesa Temática 3 e Fórum Diretrizes Curriculares/a>

Muito bom dia. Me chamo Alessandra e serei a cerimonialista nesta manhã. Sou uma mulher negra de pele de tom médio. Tenho cabelos cacheados pretos na altura dos ombros. Estou vestindo uma calça preta e uma blusa marrom. Também como acessório, utilizo um colar de madeira. Ouviremos agora a audiodescrição do espaço físico deste auditório e, posteriormente daremos sequência à programação do evento que será realizada de forma presencial e transmitida de forma remota aos nossos congressistas via o YouTube do Centro de Educação. Lembramos que a nossa equipe de apoio está vestindo uma camiseta branca com a logo do evento na frente e atrás escrito comissão organizadora. Portanto, qualquer dúvida ou solicitação, procurem essa equipe que irá atendê-los da melhor forma possível. Informamos que o primeiro congresso internacional de educação especial conta com um ambiente sensorial e uma sala de amamentação, ambas localizadas na sala 127. Esse espaço foi cuidadosamente projetado para proporcionar conforto e acolhimento, visando atender com cuidado e respeito as necessidades individuais de cada participante. O evento oferecerá audiood desescrição através de um sistema FM acessível na modalidade presencial. Para utilizar este recurso, solicitamos que utilize seus fones de ouvido e instale ou atualize um aplicativo de rádio em seu celular. Para conectar, basta sintonizar no canal 94.0 0 FM, onde serão descritos os elementos visuais das palestras, ações e informações do ambiente. O auditório Vilsonaita, situado no Centro de Tecnologia, é um espaço amplo e bem iluminado, com paredes predominantemente brancas que realçam a luminosidade do ambiente. Possui janelas de vidro com cortinas azuis. e conta com 324 assentos em azul marinho, organizados em fileiras com uma estrutura em declive que favorece a circulação e visibilidade do palco. O palco revestido em madeira dispõe de um púlpito central, mesas para apresentações, um porta bandeiras e elementos de decoração do evento. Pela ótica do público à esquerda, há uma escada que permite acesso direto ao palco e a cabine de audiodescrição. E à direita, uma rampa. É equipado com ar condicionado, sistema de som com microfones e projetores. As saídas de emergência estão situadas próximo à entrada principal e em caso de necessidade, recomenda-se evacuar o local por esta porta. Vamos dar início ao terceiro dia da primeira edição do Congresso Internacional de Educação Especial. 12º Seminário de Educação Especial. Terceiro, seminário latino-americano de educação especial e primeiro, fórum das licenciaturas em educação especial das instituições públicas de ensino, intitulado formação de professores em educação especial, realidades, desafios e tensionamentos. Este evento é promovido pelo Departamento de Educação Especial, cursos de educação especial de urno, noturno e EAD, núcleo de ensino, pesquisa e extensão em educação especial e linha de pesquisa educação especial, inclusão e diferença do Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria. O Congresso está sendo apoiado pela Universidade Federal de São Carlos, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a Pró-Reitoria de Graduação e a Coordenação de Ações Educacionais da UFSM, o Instituto Federal Farrolilha, a Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial e o Piazito Arte e Cultura. Vamos começar o evento com a terceira mesa temática, docência na educação especial, diferentes espaços de atuação pedagógica na educação básica. Convidamos para compor a mesa a professora Dra. Andreia Tonini, que fará a mediação dos trabalhos. A professora Dra. Andreia Tonini possui licenciatura em educação especial pela Universidade Federal de Santa Maria, especialização em psicopedagogia institucional pela UNIFRA, mestrado em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutoramento em Estudos da Criança, especialidade de educação especial pela Universidade do Minho, Portugal. é professora associada do Departamento de Educação Especial do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão Educacional Especialização. É vice-líder do grupo interinstitucional minoano de estudos e pesquisa em inclusão e diversidade, cadastrado no CNPq. Convidamos para compor esta mesa a professora D. Rosana de Casto Casagrande, que participará de forma remota. A professora Dra. Rosana Casagrande possui mestrado e doutorado em educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. é licenciada em biologia, graduada em ciências e fonoiologia pela Universidade Estadual do Centro. Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, lotada no Departamento de Pedagogia, docente do Programa de Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado em Educação, líder do grupo de estudos e pesquisas em educação especial e educação inclusiva, cadastrado no CNPq. Também convidamos para compor esta mesa a professora D. Fabiane Romano de Souza [Aplausos] Bride. A professora D. Fabiane Brid possui graduação e especialização em educação especial pela Universidade Federal de Santa Maria. Especialização em psicopedagogia, abordagem clínica e institucional pelo Centro Universitário Franciscano. Mestrado e doutorado em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora associada do Departamento de Educação Especial, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão Educacional, ambos da Universidade Federal de Santa Maria. coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre escolarização e inclusão cadastrado no CNPq. Passo agora a palavra para a professora Dra. Andreia Tonini para conduzir os trabalhos e desejamos um ótimo evento. Bom dia a todos que estão aqui presentes, aos nossos participantes online pelo YouTube do Centro da Educação. Começo a pela minha apresentação. Sou uma pessoa de pele clara, uma mulher de pele clara, com 54 anos, eh olhos azuis, cabelos loiros abaixo do ombro, uso óculos de cor marrom, né? Tão tão nosso que a gente nem olha mais pro óculos. H, visto uma camisa branca com colar eh, com os tons de rosos e verdes e um colar prata com o símbolo da mão de Deus que tá aqui nos protegendo. Uso brincos dourados e pratas, visto uma calça preta e um sapato preto, tá? H, a nossa mesa, ela está prevista pro término às 10 horas, porque nós temos uma continuidade às 10:15, então teve um pequeno atraso em função do que eh ocorreu na faixa velha, né, que vocês observaram que tinha um acidente daí atrasou um pouquinho a logística, tá? Então, para não roubar mais o tempo da mesa, eh, nós tínhamos pensado descer 30 minutos para as professoras, para cada professora. Professora Rosana também, professora, eh, muito bem-vinda. Primeira vez que a professora Rosana está conosco, né, num trabalho, num congresso em Santa Maria. ela estaria conosco presencial, mas não foi dessa vez, né, professora, mas na próxima estará aqui conosco. Tenho um grande prazer, primeira grande colaboração da professora Rosana Casagrande, que é uma pesquisadora na área, né, da docência na educação especial, entre outras investigações, tá? Então, a professora Rosana terá até 30 minutos. Professora Rosana, eu sei que que é justo, né? caso possam fazer em 25, melhor, porque nós querem também eh desejamos ter o espaço de perguntas, né, para os participantes presenciais e onlines. Em todas as mesas nós estamos tendo, né, esse espaço de contribuição e questionamentos dos nossos participantes, nossos congressistas, que isso, sem dúvida alguma, enriquece, né, o congresso. Então, se puder até 25 minutos, agradecemos para dar, né, esse espaço também congressistas presenciais e os que estão conosco de forma remota, tá, professora Rosana? Então, passo a palavra para você, seja muito bem-vinda e aproveite muito bem seu tempo. Muito obrigada, Andreia. Bom dia. Muito obrigada pelo acolhimento carinhoso. Agradeço o convite feito pela comissão. Farei minha audiodescrição. Então, meu nome é Rosana de Castagre, sou uma mulher branca de estatura baixa, cabelos e olhos castanhos. Estou também com óculos marrom de alos marrons. Visto uma camiseta preta e estou no escritório da minha casa que fica no distrito de Guarani, numa chácara a 25 km da cidade de Ponta Grossa, aqui no estado do Paraná. Cumprimento também a minha querida colega de mesa Fabiana Brid, a todos os presentes no espaço da Universidade Federal de Santa Maria, aos que estão acompanhando pela internet, pelo canal do YouTube e também por fim agradeço as intérpretes de Libras e a todas as a equipe técnica, né, em especial José, a Falessandra e a todos que estão aqui dando suporte técnico para que esse evento aconteça. Como a Andreia disse, dessa vez não pude estar presente presencialmente por ocasião de uma situação de saúde. E agradeço também a equipe pela compreensão e pelo acolhimento, carinho e apoio. Bom, como nós temos pouco tempo, então eu tentarei ser fiel aos 25 minutos, né? Eh, caso eu esteja sendo falando muito rápido, por gentileza me interrompam. Então, eh, pensando nesta mesa, eu achei importante trazer a vocês um pouco daquilo que é o meu objeto de pesquisa, tá, como pano de fundo, para fundamentar eh a importância do que nós eh estaremos discutindo hoje. Então, eu falarei de uma forma bem resumida sobre o campo acadêmico da educação especial, sobre as propostas de ensino em educação especial e alguns dados parciais de uma pesquisa em andamento realizada pelo GEPEN, que é o nosso grupo de pesquisas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação aqui da cidade de Ponta Grossa. E por fim, ah, apontarei alguns desafios e possibilidades no espaço da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Bom, eh, as pesquisas sobre o campo acadêmico da educação especial no Brasil, elas começaram por ocasião do meu doutorado, que iniciou em 2017 e vem se estendendo por meio de algumas publicações minhas e também conjunto com o meu ex-orientador e agora colega de publicação, professor Jeferson Menardes, aqui da UTG. Então, eh nós, eh pesquisando o campo acadêmico da educação especial, nós, eh, nos debruçamos sobre esse tema, que basicamente é um tema voltado a um espaço onde acontecem práticas sociais distintas relacionadas à produção e a circulação de bens acadêmicos. Professora Rosana, ela vai indicar esse espaço. Oi, com licença. Toda. Nós eh estamos com intérpretes, né, de Libras. poderia falar um pouquinho mais devagar para vocês poderem fazer melhor a tradução, tá bem? Obrigada. Com certeza. Eu que agradeço. Bem, então, eh, o campo acadêmico da educação especial, então ele é esse espaço onde ocorrem práticas sociais distintas relacionadas à produção e à circulação de bens acadêmicos. Então esse espaço, basicamente, conforme explica Ana Paula Rei, é o espaço da universidade, né? Então esse espaço da universidade, né, que nós estamos pesquisando, ou melhor, que nós vimos pesquisando desde 2017, ele eh ele tem muitos bens acadêmicos, né? Então aqui agora eu apresento para vocês um quadro, um quadro com três colunas. Na primeira coluna tem eh a descrição de três grupos, na coluna do meio a descrição das fontes e no terceiro, na terceira coluna, os momentos de constituição do campo acadêmico. No total, nós, eh, pesquisamos 13 objetos de pesquisa. Esses objetos todos eles são os bens acadêmicos, tá? Do do campo acadêmico da educação especial. E aí, eh, durante toda essa pesquisa, né, que foi até 2020, nós conseguimos estabelecer três momentos, eh, essenciais, né, do campo acadêmico da educação especial no Brasil. Os elementos antecedentes que vão de 17 que foram, né, de 1789 a 1962. Em 1789 foi o marco das tentativas de institucionalização que ocorreram no Brasil entre o século XV e o início do século XIX até o primeiro curso de extensão ofertado aqui pela Universidade Federal de Santa Maria. Os elementos constituintes do campo acadêmico, eles vêm a partir dessa primeira oferta do curso de extensão em 1962 até 1989, com a criação do GT15 da e ele se estende até a expansão do campo a partir da década de 1990 com o movimento eh próclusão, que foi um movimento forte, movimento mundial, que teve grande impacto no Brasil com o documento declaração de Salamanca. eh que foi instituída em 1994. Bom, então a educação especial quanto o campo acadêmico, ela se configura como um campo abrangente, diversificado e demarcado por diferentes instâncias de institucionalização. E aí eu gostaria de destacar mais uma vez, né, o prazer, a alegria e a honra de estar aqui na Universidade Federal de Santa Maria, apontado como eh o espaço pioneiro do curso de formação e educação especial que ocorreu no ano de 1962. Portanto, é o marco da do campo acadêmico da educação especial no Brasil. Esse curso ele foi ofertado no formato de curso de extensão e idealizado por um médico otorrino, né, Reinaldo Fernando Coer no Instituto da Fala, instalado junto à casa de saúde aqui no Rio Grande do Sul, aí no Rio Grande do Sul, né? Então, a emergência e o desenvolvimento do campo acadêmico, eles resultam de processos históricos, políticos, sociais, culturais, né, que envolvem e envolveram diversos agentes. E esses agentes são pesquisadores, alunos, professores, ex-professores, coordenadores, né, que eles se empenharam na elaboração eh de um conjunto de bens acadêmicos e no compartilhamento de diversos tipos de de bens, né, entre eles as produções acadêmicas, eh, que são as teses, dissertações, os artigos, as produções em eventos e os seus livros atualmente em formatos, eh, diversos. E essas produções elas são desenvolvidas no âmbito dos espaços acadêmicos, especialmente nas universidades públicas federais. Então, quando a gente pesquisa o campo acadêmico, nós pesquisamos esse espaço público e gratuito, né, as universidades públicas federais e estaduais. E essas produções elas são produzidas e publicadas eh em por meio de várias vias, né? eh a partir dessa produção em espaços de cunho acadêmico científico. Portanto, eu trago o campo acadêmico aqui para destacar, né, a importância desse campo acadêmico. O que eh se estabelece aqui hoje na Universidade Federal de Santa Maria é mais um bem acadêmico. é um evento, um congresso internacional super importante que também vem eh consolidar ainda mais esse campo que vem ser a ser mais um espaço de discussão da educação especial, da educação inclusiva, né? E os agentes do campo, eles eh vem produzindo e publicando conhecimentos que impactam na formação do profissional de educação especial, nas práticas pedagógicas e na qualidade do ensino em suas diversas etapas e também eh espaços de atuação. Bom, um dos pontos que eu trago aqui para vocês, né, nesse universo todo de produções no campo acadêmico da educação especial no Brasil, são as propostas para o ensino na educação especial. E aí, numa última publicação feita com a professora Jaima, Jaima Oliveira da Universidade Federal de Minas Gerais, nós compilamos algumas propostas, né, para o ensino na educação especial e destacamos as contribuições dessas propostas, né, adivindas do campo acadêmico brasileiro. Então nós tivemos como objetivo sistematizar essas propostas, tá, de para o ensino na educação especial, no âmbito do campo acadêmico e nós estipulamos o período de 2018 a 2023 com a seguinte problemática: quais as contribuições dos agentes do campo acadêmico brasileiro em relação às atuais propostas para o ensino na educação especial nos diferentes espaços da educação básica. Então nós fizemos uma compilação, né, das principais propostas nesse período 2018 a 2023. E aí nós temos aqui um quadro que eu vou falar só a grosso modo, né, dessas propostas porque eu vou esmçá-las agora. Eh, e nesse quadro nós vemos diversos pesquisadores, entre eles muitos dos quais estão aqui hoje, né, acompanhando o congresso. E eu gostaria de fazer um destaque especial, né, a todos eles, mas em especial a professora Inicia Gonçalves Mendes e também a Márcia Denise Fleite. elas aparecem muito no âmbito dessas propostas, né, e também eh junto com seus eh orientandos e demais pesquisadores vem eh desenvolvendo um trabalho e consolidando também cada vez mais o campo. E aí eh nessas propostas, que são várias propostas, né, para o ensino na educação especial, nós classificamos essas propostas entre propostas mais amplas e propostas mais específicas. Eh, quais foram os critérios, né, para nós eh elencarmos essas propostas mais amplas? Então, nessa categoria foram incluídas as produções relacionadas a conceitos, aportes, apoio para o ensino e assim também como ações que demandam suporte de outros setores, né, político, setores da saúde, assistência social, além do setor educacional. Dentre essas propostas que nós classificamos como mais amplas para o ensino na educação especial, nós destacamos a acessibilidade ou acessibilidadez no plural, né, sistema de suporte multicamadas, profissionais de apoio à inclusão escolar e consultoria colaborativa. Aí eu trouxe aqui eh por por eh ter eh por imaginar que aqui hoje, né, e ter a consciência de que hoje aqui é um espaço para discussão, eu imagino que tem também muitos graduandos, né, educação especial e cursos diversos, porque hoje quando fala da inclusão a gente tem que falar num contexto geral da educação, né? Tem muitas pessoas que acompanham, estão acompanhando e acompanharão também posteriormente pelo canal do YouTube. Então, acho importante falar pelo menos o conceito dessas propostas de forma a também contribuir paraa sua eh para pro compartilhamento desses conhecimentos. Então, eh, de modo geral, a acessibilidade, ela tem a ver com a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização de espaços mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação, comunicação, inclusive seus sistemas de e de tecnologia, né, tanto de âmbito eh aberto ao público, de uso público ou privado, tanto na zona urbana como na zona rural por pessoa com deficiência. ou a mobilidade reduzida. Essa esse conceito é da lei brasileira de inclusão. E aí nós temos os tipos de acessibilidade, que eu não vou conseguir falar sobre todas elas, mas vou citar, né, que são arquitetônica, atitudinal, comunicacional, instrumental, metodológica e a programática. E aí vem o suporte, o sistema de suporte multicamadas, que é um um sistema de apoio voltado à inclusão escolar, classifica o público da educação especial em termos de suporte e também de necessidades. Eh, nesse sistema de suporte multicamadas, os grupos são divididos em três, A e B e C, sendo que no primeiro grupo eh estão 80% dos estudantes, que apresentam algumas dificuldades leves e restritas. Esses estudantes se beneficiam do ensino de qualidade. No grupo B estão 15% dos estudantes que se beneficiam do acesso a serviços especializados, como por exemplo Braile, Libras, comunicação alternativa ampliada e tecnologia assistiva. E no grupo C, nós temos 5% desses estudantes que apresentam algumas dificuldades mais intensas e abrangentes e elas se beneficiam também de serviços de apoio variados, né, que são serviços especializados, equipe multiprofissional e acompanhamento familiar. Aí também eh por último tem a consultoria colaborativa, que é o tipo de atividade em que profissionais especialistas de diferentes áreas podem oferecer serviços para toda a comunidade escolar, prestando assistência em momentos específicos. Quando a gente fala em consultoria colaborativa, ela vem junto com o ensino colaborativo. Mas como nós usamos critérios para classificar entre as propostas mais amplas e mais específicas, nós colocamos de modo separado, mas elas são eh elas devem ser compreendidas eh em seu contextos e juntas, tá? Quando nós falamos desses profissionais, aí entra uma gama de profissionais, né, tanto da área da saúde, da educação, também da tecnologia e outros. E aí as propostas mais específicas são aquelas produções que focalizam princípios, abordagens, métodos, estratégias. Essas estratégias elas vão englobar ações, vão englobar serviços, produtos, recursos, entre outros, né, que promovem o desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes público eh no contexto da inclusão. Dre essas propostas mais específicas para o ensino na educação especial, está o dua, que é o desenho universal para aprendizagem, o ensino colaborativo, a diferenciação curricular, as práticas baseadas em evidências, eh também plano do ensino individual, que é o PEI, a aprendizagem cooperativa, as metodologias ativas e as tecnologias assistivas. O Pay ele é uma abordagem educacional que eh visa o acesso de todos eh de todos os estudantes ao currículo, independentemente de qualquer condições, né, respeitando as suas particularidades, seus talentos a partir de estratégias pedagógicas, eh, didáticas e tecnológicas diferenciadas, incluindo a tecnologia assistiva. E o desenho universal para aprendizagem, ele ele ele vem sendo, né, interpretado tanto como uma filosofia como também metodologia. E ele tem três princípios: engajamento, apresentação e ação e expressão. Em relação ao ensino colaborativo, ela é uma parceria estabelecida eh entre professores, né, que atuam no ensino regular, são as professoras eh da sala de aula regular e também as professores eh especialistas em educação especial. que compartilham o planejamento, a execução e a avaliação dos estudantes, sem que haja hierarquia entre esses profissionais, né, entre outras eh características, né? Então aqui eu tô falando simplesmente o conceito de cada uma dessas propostas em função do tema. E aí vem também a diferenciação curricular, que é um dos termos usados para designar o atendimento a à heterogeneidade, a diversidade m escolar. E ele tem como objetivo atender as diferenças níveis de aprendizagem e também das diversas da diversidade de necessidades de aprendizagem dos alunos. Também temos as práticas baseadas em evidência que no Brasil elas são debatidas no âmbito do transtorno do espectro do autismo. Professor Carlos Demir, um dos estudiosos dessa área, né? Eh, atualmente são 28 estratégias empiricamente validadas que podem ser utilizadas é com estudantes públicos da educação especial. Então, também são as práticas baseadas em DS que também não vai dar tempo de falar. E aí vem o PEI, que é o plano educacional individualizado, como uma proposta também mais específica, né? e ele visa eh ele na verdade é um processo de planejamento que vai se expressar por meio de um documento e ele vai visar orientar o percurso e os suportes oferecidos aos estudantes públicos da educação especial. Tem também aprendizagem cooperativa, que é um método de ensino que consiste na utilização de grupos de tal modo. E os alunos que participam desse grupo, eles vão eh trabalhar em conjunto para eh maximizar a sua própria aprendizagem e a dos colegas também. Então, eh, na produção que nós fizemos junto com a professora Jaima, né, no artigo que foi publicado pela revista Praxis, vocês podem acessar e terem lá também todos os autores e os os pormenores, né, dessas eh dessas propostas. Mas, basicamente nós temos várias referências dessa de cada uma dessas propostas hoje bem desenvolvidas aqui no Brasil, né, por meio das das autoras, que eu já citei algumas aqui, e que vocês podem estar acompanhando também eh nas suas no nas suas pesquisas, né, por meio dessas referências mais específicas. E por fim, as metodologias ativas, que são práticas pedagógicas alternativas ao ensino tradicional, que vão possibilitar o aluno assumir uma postura mais participativa, de modo que ele possa resolver problemas, projetos e também criar mais oportunidades para construir o próprio conhecimento. E aí agora eu gostaria de falar mais especificamente sobre eh um panorama aqui da cidade de Ponta Grossa, de alguns números aqui, especificamente da nossa rede, para posteriormente apresentar alguns dados de pesquisa. Então a cidade de Ponta Grossa, ela conta atualmente com cerca de 360.000 habitantes. Eh, entre o número de escolas, educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, nós temos 159, sendo 88 escolas e 71 centros municipais de educação infantil. Nós temos atualmente eh cerca de 3.000 professores nessas etapas de ensino. Nós temos aproximadamente 33.000 alunos. Dentre esses 33.000 1 alunos, nós temos 6% desses alunos, cerca de 1867 alunos público da educação especial na educação infantil nos anos iniciais. E é só uma curiosidade, né, assim como já foi apresentado até pela Fabiane eh Brid aqui, né, Fab, eh em relação aos números voltados aos alunos com teia, né, nas redes. Então nós temos aqui 52% do total do público voltado aos alunos com TEA, tá? são 970 alunos, cerca de 52%. Tá? E a equipe hoje que atende a Secretaria Municipal de Educação Especial aqui em Ponta Grossa, conta com apenas quatro profissionais que embora sejam profissionais muito eh eficientes, né? Aqui não tá em discussão eficácia desse grupo, mas em termos de demanda é um grupo restrito, né? Então como que a educação especial ela se organiza no município de Ponta Grossa em relação à educação infantilos anos iniciais? Então, eh, existe o assessoramento pedagógico, que são chamados DEAs aqui na na no município. São as próprias, eh, funcionárias que fazem parte desse grupo de educação especial que atendem as escolas. Nas escolas tem as salas de recursos multifuncionais e os profissionais de apoio. Esses profissionais profissionais de apoio são denominados de auxiliares de de inclusão e esses auxiliares de inclusão participam de editais para entrar, né, na na prefeitura para desenvolver o seu trabalho. E em geral, eh, são alunos que estão desenvolvendo, eh, estão estudando, né, eh, curso de pedagogia ou outra licenciatura, mas basicamente pedagogia, né, muitos no primeiro ano. E aí também na Secretaria Municipal de Educação tem o Centro Integrado de Atendimento à Criança da Educação Especial Inclusiva, o CIAC, que surgiu por meio de um decreto no ano passado. Então, o CC ele presta atendimento especializado de cunho pedagógico e clínico para estudantes públicos da educação especial, eh, da educação infantil, anos iniciais, e também EJA, que da educação de jovens e adultos. Atualmente o CIAC eh presta atendimento a 450 crianças e ela tem uma ação integrada, desenvolve, né, ações integradas entre a Secretaria Municipal de Educação, Fundação Municipal de Saúde, Fundação de Assistência Social e Secretaria Municipal de Esportes. E nesse no CA que são ofertados serviços de psicologia escolar, serviço social, artes visuais, musicalização, recreação, estimulação motora, entre outras, né? Tendo como fonte aqui a educação especial do município de Ponta Grossa. Bom, e aí nós temos uma pesquisa integrada sendo desenvolvida pelo nosso grupo de pesquisa, eh, a fim de consolidar a parceria entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa, Secretaria Municipal de Educação e o Núcleo Regional de Educação. Mas por uma questão de tempo, nós vamos apresentar alguns dados da Secretaria Municipal de Educação. É uma pesquisa em andamento com dados parciais. Nós enviamos formulários a todos os professores da rede municipal de ensino e até o momento nós tivemos 71 eh 71 resultados, né? 71 formulários que voltaram, 71 respostas. E aqui nós vamos apresentar alguns dados, né, dessa pesquisa que ela é ampla. Então, nós apresentamos alguns, então desses 61, 68 eh são do gênero feminino, três do masculino, né, os professores. Eh, 95% atuam em escola pública, 39% desses profissionais tos e 24% atuam entre 15 a 20 anos na rede. Então são profissionais de uma idade, né, são profissionais mais experientes e que atuam há mais tempo na rede. 70% desses profissionais t formação a nível de especialização que vem de encontro a dados que já foram apresentados aqui no Congresso, né, e que vem sendo levantados. Especialização lato centos, muitos com mais de uma especialização, 69% atuam nos anos iniciais. 46% desses profissionais avaliaram seu conhecimento sobre educação especial como bom e também sobre educação inclusiva. Eh, apenas 4% desses profissionais relataram o seu conhecimento como ótimo. Então, boa parte desses profissionais relataram seus conhecimentos, né, voltados à área, eh, como insuficiente ou regular, mesmo tendo, eh, sendo, né, considerados especialistas. 86% desses participantes afirmaram terem alunos público alvo da educação especial em suas turmas. 82% desses profissionais desconhecem o DUA e 63% desconhecem o ensino colaborativo, assim como também desconhecem as demais propostas universalistas de ensino. E 84% encontraram alguma dificuldade ou encontram, né, alguma dificuldade em relação ao seu trabalho com estudantes públicos da educação especial. E aí nós perguntamos, né, o que impede o desenvolvimento de práticas docentes mais efetiva nos diferentes espaços de atuação com todas as crianças? Porque aqui nós estamos falando de crianças, infâncias, né? Então veja, eh nós eh identificamos que nós temos alguns problemas voltados à formação inicial. Isso também vem sendo discutido no Congresso, é o tema do congresso. Então essa formação ela é concentrada no setor privado, né, em sua maioria. é uma formação insuficiente, muitas vezes aligeerada, e também é uma formação de cunho médico clínico e tradicional. E aí o embasamento teórico dessas formações em geral, elas são insuficientes. Então não se faz um tratamento, né, eh não se trazem referências eh para se trabalhar com crianças, em especial eh com bebês de 0 a 3 anos. Então, dificilmente nós temos eh nesses cursos, né, h autores como M. Picler, que apesar de ser uma pediatra, né, da área da saúde, tem uma fez uma contribuição muito grande nesse segmento de 0 a 3 anos. Elanor God Smith também, né? E elas desenvolveram pedagogia da escuta, o brincar espontâneo, diálogo efetivo, brincarístico. Então, essas eh essas autoras, né? Eh, em uma palestra que eu fiz aqui no município, eu levantei esses nomes e nenhuma das professoras, nós tínhamos um público de mais ou menos 150 pessoas conheciam essas autoras que vêm influenciando de uma maneira muito positiva essa área, né, de atuação com bebês. Então, na educação infantil, eh, pensando também na diversidade das crianças e nas infâncias, nós temos um embasamento teórico insuficiente. Outras autoras, como por exemplo Tizco Morquida Kishimoto, que vai tratar dos jogos, brinquedos e brincadeiras, Júlia Oliveira Formosinho, Mônica Pinasa que vão tratar das pedagogias das infâncias, dos jogos, né, como eu falei, das brincadeiras, elas são pouco tratadas eh em relação aos embasamentos teóricos desses cursos de formação, o que empobrece as atuações. Porque se formos pensar naquilo que a INS sempre afirma, né, e que os estudos vêm mostrando que 80% das crianças publicas da educação especial estão nas salas de aula regular e se beneficiam do estudo de qualidade, o embasamento teórico ele é essencial nessas formações, né? Então, eh, uma formação específica voltada à etapa da educação infantil dos anos iniciais, ela é fundamental e isso não vem acontecendo nessas formações mesmo, porque essas informações, essas formações, desculpa, elas são de cunho médico clínico. Maria Mta Campos também, né, eh, faz discussões importantes que muitas vezes não aparecem nesses embasamentos, além da Clarice com trata lógico de outros autores que nós destacamos aqui, eh, que são autores da pedagogia participativa. O que nós temos muitas vezes, né, como propostas nas diretrizes, eh, é um autor, né, como por exemplo, aqui na nossa cidade, nós temos o Frenê, né, como um autor que vai embasar as diretrizes paraa educação infantil nos iniciais. Prenê sozinho, ele é importante, mas ele é da década de 40, né? Ele vem já de um tempo atrás. Então nós precisamos trazer de uma forma mais ampla as pedagogias participativas. Afinal nós temos vários autores que contribuem. E nós damos um destaque também aqui especial a Loris Malagutzi e a inspiração também Redmília, que é uma inspiração italiana, além de outras, né? também as inspiração portuguesa, escola da ponte, tem tantas outras que poderiam eh ser utilizadas e discutidas no âmbito da educação como um todo, porque como disse a Mônica Caçar ontem também, nós precisamos pensar numa educação modo de modo geral. Quando nós estamos falando de crianças, né, onde crianças público da educação especial fazem parte dessa diversidade. Então, uma educação de qualidade, ela deve se basar em eh referenciais também de qualidade. E aí nós temos também, né, como discussão a concepção tradicional de criança, que vem como sujeito dependente, um sujeito limitado, um sujeito impotente. E aí vem aquela educação adultocêntrica, ã, que olha a criança como alguém, né, que só recebe, né, que não participa, né, do processo de ensino de aprendizagem. E aí nós temos aqui no estado do Paraná, como ele é um estado politicamente tradicional, né, ele vem eh desenvolvendo ainda, nós estamos muito eh ainda nos referenciando no modelo de deficiência que é médico clínico e também trágico caritativo, né? Inclusive o estado do Paraná foi feita uma pesquisa no ano de 2016 e o estado do Paraná tinha mais de 1200 instituições eh especiais. não vou entrar nesse âmbito, né, pela questão do tempo, mas o Paraná ela tem eh o Paraná, o estado do Paraná também tem essa característica. Além do desconhecimento sobre educação inclusiva, né, existem muitas confusões entre termos educação especial, inclusão, educação inclusiva e principalmente práticas universalistas, né, que vem demonstrando a sua eficácia e a sua eficiência nesses âmbitos. Eh, além de outros autores, né, eh, como Lea Tiriba e Richard L. Eu, como sou da biologia, eu preciso dizer que nós precisamos também falar menos de sala de aula e mais de desemparidamento da infância, né? Infelizmente até eu tenho lido, até quando algumas pessoas falam eh de práticas universalistas, ainda falam no âmbito da sala de aula, né? E nós temos 70% hoje das crianças confinadas nas salas de aula, né? Eh, então nós precisamos desemparidar a infância, né? desvalidar a infância para todos e inclusive colocar essas crianças em contato com a natureza, né, o que é uma necessidade, porque principalmente nos grandes centros, nas grandes cidades, as crianças estão dentro de casa, né, fazendo uso das telas, tá? Tanto que Richard Lobo faz uma eh uma um paralelo entre o o transtorno de déficit da atenção e hiperatividade com o transtorno de déficit da natureza, né? Dizendo que as crianças estão hoje tendo esse transtorno justamente por falta de contato com a natureza. E as pesquisas tanto da área de educação quanto da área de saúde principalmente, né, elas vêm evocando essa necessidade da do contato com a natureza eh pelas crianças em função da sua do seu desenvolvimento em todos os âmbitos. E aí nós temos um outro problema que também já foi levantado, que é o atendimento educacional especializados nesses espaços de atuação pedagógica como modelo único, tá, para atendimento das crianças. Aqui nós temos ainda, nós estamos buscando agora com essa pesquisa em parceria com a Secretaria de Educação, eh, pesquisando e estamos agora em vias de implementação, de estudo para a implementação do ensino colaborativo aqui na rede, né, assim como também as outras práticas universalistas. Mas o que nós vemos também são modelos de infraestruturas de escolas que não atendem às acessibilidades mínimas, ou seja, as acessibilidades elas são insuficientes na nossa rede. Há um número elevado de alunos por turma também. Eh, um outro problema que eu acredito que seja comum no Brasil, que ainda é a ausência da participação dos pais no no processo educativo. E o que que pode viabilizar, né, para irmos pro finalmente, né, eh viabilizar essas práticas docentes mais efetivas na educação de crianças. Eh, como eu já venho falando, a promoção de propostas de ensino mais eh de propostas de ensino universalistas, né, tanto nas formações iniciais quanto na formação continuada. H nós precisamos conhecer mais sobre o modelo social da infância. A gente sabe que Débora do Lins já vem falando disso já há muito tempo e outros autores, mas aqui ainda predomina outros modelos. promoção da acessibilidade. Eh, nós precisamos revisar as nossas concepções, nossas concepções, né, de infância, de crianças, como sujeitos protagonistas, como sujeitos potentes. E isso inclui, com certeza, as crianças, né, eh, da educação especial, as crianças ribeirinhas, quilombolas, eh, e outros públicos, as crianças em condição de vulnerabilidade social, ou seja, quando a gente fala de educação, inclusive a gente fala de todas as crianças e de todas as infâncias. Eh, nós também precisamos nos embasar, né, nos projetos e formações com base na sociologia da infância e na pedagogia participativa, desemparedar a infância, estimular o contato com a natureza e promover, né, metodologias e ações eficazes para cada etapa de ensino. Então, nós falamos, a grosso modo, das práticas universalistas, mas o que a gente percebe nas redes são professores com dificuldades de implementação dessas práticas por etapa, né? Mas como que eu faço isso na na na educação infantil, nos anos iniciais? Como que eu trabalho isso com bebês? É possível trabalhar eh na pré-escola com dua, né, com com ensino com ensino colaborativo? Então, eh esse trabalho mais específico por etapa, ele é importante, né? Além de nós termos que, né, falar e dar os alguns passinhos para trás e melhorar na nossa educação no sentido de nós eh ultrapassarmos uma visão que ela de uma educação tradicional ainda, né? Uma educação que ela é tradicional. Então, nós precisamos estabelecer projetos eh mais audaciosos, né, mais inovadores, desenvolvermos trabalho por projetos que não é uma novidade, mas que a gente precisa resgatar isso. Eh, existe a título de de exemplo, né, o ciclo de simbolização, que é na inspiração regílio, mas nós temos tantos outros eh com tantas outras inspirações na pedagogia participativa que nós podemos utilizar. No entanto, muitas vezes nós ficamos ainda fazendo com que as crianças fiquem sentadas ouvindo, com o corpo imóvel, obedecendo, fazendo atividades muito tradicionais. É lógico que eu não estou aqui eh fazendo uma generalização, porque nós temos excelentes professores, nós temos excelentes projetos, mas nós ainda precisamos avançar nesse sentido também. Práticas relacionadas à resolução de problemas e ensino por investigação são metodologias muito interessantes para se trabalhar nos anos iniciais com todas as crianças. E nós precisamos estreitar ainda mais as relações entre universidade e escolas, né? Hoje nós estamos com a curricularização da extensão, que é um movimento importante, né, para que nós eh ultrapassemos os muros nas universidades, mas esse é um discurso que nós fazemos há muito tempo, mas que nós precisamos reforçar ainda. Ah, eu trabalho também com a o conceito de hábito científico, hábitos vem de Pierre Burger, né, da sociologia, que seria o professor, né, e os agentes, né, que compõe o campo da educação especial, mas principalmente os professores, aqueles que estão na no chamado chão da da escola, né, que eles desenvolvam o hábito científico, né, de fazer essa essa interrelação, essa rede com a a universidade, né, de trazer eh grupos de estudos mais amplos, né? Hoje nosso grupo tem mais de 100 pessoas, né? Não o grupo de pesquisa, mas o grupo de estudos que nós nos encontramos mensalmente para estudarmos, né? Então essa relação universidade e comunidade e professores das redes, ela é importante para desenvolver o hábito científico, que é a forma que nós temos de pensar e de agir conforme aquilo que é produzido pelo campo. E nós temos hoje um movimento acontecendo, que é um movimento muito importante, né, que a gente precisa destacar, que é um movimento de ampliação, mas ainda professora Rosana, concluindo isso, concluindo. Então nós temos a ampliação dos cursos de graduação, né? Nós temos aqui o Parfó em Ponta Grossa. Nós acabamos de abrir o edital do curso de extensão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, né, desenvolvido pela professora Márcia e e demais equipe, né, que desenvolveu esses cursos de extensão com ampliação pro Brasil todo, chegou aqui em Ponta Grossa. E nós temos hoje as universidades que ofertam pós-graduação acadêmica e profissional, né? Mas essas essa todo esse conjunto ele ainda é insuficiente, tendo em vista as demandas que nós temos aqui ainda da educação especial. Então eu finalizo a minha fala agradecendo a todos, pedindo desculpa pelo meu aligeiramento aqui da minha fala, agradecendo mais uma vez Andreéia e a toda a equipe técnica, também as intérpretes e a todos por terem me ouvido até aqui. Eu fico à disposição. Muito obrigada, [Aplausos] professora Rosana. Muito obrigado por toda a apresentação. Como deve ser observado, nós, né, atribuímos um tempinho a mais paraa sua fala em tratativas com a professora Fabiane Brid e a professora Glauimara. Então, a gente vai estender a mesa até às 10:30, tá? porque começamos atrasados, não queremos perder nada do que as professoras têm aqui para, né, contribuir com o nosso evento. Tá bem? Então depois retornamos com espaço para as perguntas, tá bem? Fica aqui com o Dosco. Fabiane Brid, a fala é sua. Obrigada. Bom dia. Vou começar então com a minha audiodescrição. Eu sou Fabiane Romano de Souza Brid, professora do Departamento de Educação Especial. Sou uma mulher eh branca de 45 anos, altura média, média para alta, né? Ã, cabelos loiros, lisos, abaixo do ombro. Ã, uso calça e blusa preta e sapato preto e por cima então um blazer de cor branca. A gente brincava um pouquinho, né? que professora Rosana tá usando uma roupa preta, Andréia uma roupa branca e eu estou no preto e branco, mas a gente jura que a gente não combinou, tá? Ã, uso um óculos ã de grau, tá? De formato retangular e cor rosa assim, né? Acho que é que é isso. O meu sinal, então, em Libras é a letra F. eh no movimento então do indicador que toca na pontinha do nariz e eh na sequência puxa então com movimento em pinça eh a a representação então do cabelo, né, referindo então às mechas, né, loiras do cabelo. um sinal composto que generosamente foi me dado pelos colegas eh surdos do Departamento de Educação Especial e pelas colegas então que trabalham, né, no campo eh da língua brasileira de sinais, tá? Eh, eu acho que eu começo agradecendo muitíssimo o convite. É uma honra poder táar aqui, uma grande responsabilidade, né, poder falar. Esse evento a gente vem desde segunda-feira eh produzindo felizes encontros, né? porque tem sido muito bom estar presencialmente juntos na companhia dos alunos, de ex-alunos, de colegas e tem sido um grande momento eh eh de encontro, de reencontro e de espaço de discussão, né, no que tange tanto aos processos formativos quanto a configuração das práticas em educação especial, né? Eh, eu entendo que a indicação da minha presença aqui se deva talvez por um percurso investigativo, né, pela coordenação de um de um grupo de pesquisa que vem se ocupando, então, de pensar e propor práticas no campo da educação especial, né, por atualmente estar com uma disciplina de práticas articuladas, eh, práticas pedagógicas articuladas com ensino regular no curso de formação, né, e é um prazer imenso tá com a professora Rosana, a gente olha para lá, né, mas na verdade ela tá me vendo aqui. Então é um prazer imenso estar com a professora Rosana. a gente conversou eh rapidamente, então, né, sobre a organização dessa mesa. Eu já sabia que a Rosane ia fazer uma fala um pouco mais ampla a respeito dessas muitas possibilidades, na verdade, do que que enquanto campo a gente tem constituído e construído, né, eh no que se refere a práticas em educação especial. E a minha ideia, então, agora aqui é tentar de alguma forma problematizar ou pensar nas condições de operacionalização dessas práticas eh dentro do contexto escolar, tá? Queria também dizer que é uma alegria estar com a Andreia. A gente tem feito uma parceria de divisão de mesas, né, ao longo dos últimos meses, mas é sempre muito bom estar com ela, uma colega com quem eu te toço muitas reflexões a respeito da aprendizagem. a gente, né, de uma certa forma divide esse elemento, né, esse esse esse campo de formação no currículo do do curso, no currículo de formação, então em educação especial. Então é sempre muito bom assim poder estar na companhia dela. Eu acho que pode passar. Eh, a título então de organização da fala, eu pensei eh em organizar, em desenvolver ela com vocês a partir de dois momentos, pensando no primeiro no primeiro momento, no primeiro movimento, né, de pensar, problematizar o contexto de produção da docência em educação especial na atualidade e num segundo momento, lançando então, né, alguns questionamentos sobre possibilidades e desafios para a constituição de práticas articuladas, colaborativas e universais. Me parece que aqui a gente tem um ponto de tensão importante na área que entendo que enquanto grupo de profissionais a gente precisa necessariamente se ocupar. Ã, pode passar o próximo, por gentileza. Então, no que se refere ao contexto de produção, né, da docência em educação especial, a gente vai ter as políticas de inclusão escolar, né? eh vinda de uma forma muito presente a partir da década eh 2000, né? A Rosana traz para vocês, né, a influência da declaração de Salamanca e depois a operacionalização desses processos de inclusão escolar. Eh, eu cito mais especificamente a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva e a partir dela, então, um direcionamento da constituição das práticas eh prioritariamente. Tá falhando. Eu só queria, se tiver muito rápido, me avisa, agradecer muitíssimas as inérpretes, mas eu hã costumo é engato, uma e vou, tá? Então, se tiver muito rápido, por favor, eh, e de pensar então, né, as políticas de inclusão escolar e de como é que elas operacionalizam. Eh, Márcia Plet falou isso na fala, Inicei e Mônica falaram ontem também, né, que a gente vai ter eh um aumento muito significativo da presença dos alunos da educação especial, né, na na nos ensino comum, né, na via comum de ensino. Eh, e, né, dessa população, então, praticamente 90% e 90 95% dos alunos da educação especial hoje estão no sistema comum de ensino. E isso necessariamente vai fazer com que a gente precise, enquanto coletivo, pensar nessas práticas pedagógicas que não darão conta mais de ser uma intervenção individual e um a um. Eu acho que é esse é um ponto para mim de tensão bem importante, tá? eh a questão do caráter transversal, da educação especial, ela também, né, vai redimensionar eh tanto as práticas formativas quanto a configuração, né, eh das práticas nas escolas, né? Eu acho que aqui é importante e a gente vem desde segunda-feira eh pensando nesse movimento, né, de pensar a formação no campo em educação especial, né, e como é que se configura na prática. Na verdade, formação e prática pedagógica, né, são duas faces de uma mesma moeda. É muito difícil a gente falar em processos formativos sem pensar nesses espaços de atuação e como é que vão se configurar as práticas pedagógicas. da mesma forma a gente falar em configuração de práticas pedagógicas sem pensar como é que a gente vem formando esse profissional para atuar nesse contexto, tá? Então, o que que a gente observa, né, eh, frente à presença do aluno, né, da educação especial no contexto comum de ensino, uma necessidade de reorganização dessas práticas pedagógicas, mas uma reorganização de base, né? Eh, o que a gente vem vivendo, então, é um processo de reorganização da prática em educação especial dentro das escolas, né, e um processo de reorganização da prática pedagógica do professor, né, desse professor que é formado em pedagogia, desse professor que é formado em licenciatura. E hoje a gente acompanha, por exemplo, a adesão de um significativo número de professores aqui no Congressa, né? Ontem a gente pôde ver nas salas de apresentação do trabalho a quantidade imensa de pedagogos, né, de colegas que vê de outras licenciaturas e aí uma amplitude enorme de licenciaturas presentes, né, nas salas de apresentação de trabalho, né, compartilhando então as suas experiências. E isso traz necessariamente um ponto importante e vai mostrar essa necessidade de interlocução, né, entre educação especial e ensino comum e o estreitamento desses laços. Tá? Eh, pode passar, por favor. Eu gostaria de destacar que as práticas pedagógicas no ensino comum, eh, quando elas se apresentam de forma, né, por que discutir ressignificação de práticas pedagógicas no ensino comum, tá? Porque essas práticas pedagógicas no ensino comum, quando elas se apresentam não capazes, digamos assim, de produzir os processos de aprendizagem, de construção do conhecimento, de fluxos de escolarização, elas geram processos de encaminhamento, encaminhamento desses alunos à educação especial. Vejam bem, a ontem a professora Inicia falou isso, né? Eh, eu acho que Rosana destaca a importância eh da Eniceia na constituição do campo e a colaboração dela e das pesquisas eh paraa gente pensar as práticas pedagógicas. De fato, assim, é uma colaboração muito intensa, né? Ela vai trazer grande contribuição quando a gente pensa eh no próprio ensino colaborativo, né? E ontem ela falava sobre a questão do sistema de suporte multicamadas e, né, de 80% dos alunos ã conseguirem se beneficiar de práticas mais universais. Hoje Rosana trouxe esse ponto de novo e eu vou reafirmar isso como um elemento importante pra gente estar atento, prestar atenção, né, e poder problematizar. Por quê, né, quando a gente tem práticas pedagógicas, eu não gosto muito dessa palavra, mas vou usar ineficientes, não me ocorrem, tá? Eh, os fluxos de encaminhamento desses alunos em função das da situação de não aprendizagem ou dificuldade de aprendizagem, eles aumentam, né? E vocês hão de concordar comigo, tô vendo muitas colegas aqui que trabalham na rede, por exemplo, os fluxos que a gente teve de aumento para serviços de educação especial pós pandemia, né? quando as crianças ficaram 2 anos afastada da escola, 2 anos, né, eh, produzindo fragilidades nos processos de interação, né, com o objeto de conhecimento. Então, e as atividades, a criança não fazia, a gente não sabia quem fazia, a gente não conseguia dar feedback, a gente não conseguia acompanhar, né? Então se produziu ali uma fragilidade importante nesses dois anos e consequentemente a não construção do conhecimento não por uma incapacidade da criança, né, mas por essa fragilidade com os elementos, né, escolares. Mas isso gerou fluxos de encaminhamento. Tô olhando a Lana aqui na época, a Lana respondia, né, pela educação especial na rede municipal de ensino. E eu estive, né, com as colegas fazendo uma fala sobre processos de avaliação, né, e a necessária revisão das práticas pedagógicas no contexto do ensino comum, porque assim era inviável pensar em acolher a grande quantidade dos fluxos de encaminhamento, tá bom? Isso vai encontrar um terreno muito fértil nas práticas atuais, mesmo pós-pandemia, tá? que a gente vai falar de processos de produção diagnóstica, tá? Eh, ontem eh, Rosana, professora Rosana, cita aqui alguns movimentos de produção dos diagnósticos, né, no campo da educação especial em Ponta Grossa, esse aumento significativo que a gente tá vendo no campo do autismo. E aí, é, eu acho que é importante a gente também olhar, né, historicamente a gente vai ter a produção do diagnóstico situada no aluno com deficiência intelectual e essa produção diagnóstica ocorrendo nesse primeiro ciclo de alfabetização, que é quando esse aluno não consegue se apropriar das habilidades escolares de leitura, escrita e matemática, OK? Certo? Então, a gente tem uma associação, né, desta dificuldade escolar com a produção do diagnóstico, OK? Atualmente, o que a gente vê a partir de uma lógica eh mais eh medicalizante, digamos assim, de práticas de medicalização da vida e da infância, é um uma produção de um diagnóstico mais precoce. E aí é importante a gente dizer isso porque o diagnóstico ele tem servido como balizador de acesso a determinados serviços. Ontem um colega tá sentado lá atrás falou sobre a produção de diagnóstico do autismo na educação infantil, trabalhava no MEIMEI. Então o que que a gente tem observado? Eu vou referir porque Rosana referiu aqui, né? Eh, os dados. A gente tem observado a produção de um diagnóstico numa idade mais precoce. Então, muitas crianças em contexto de I diagnosticada e esses diagnósticos sendo produzidos na faixa etária de 2 a 4 anos. E aí eu tenho um diagnóstico de pós desse diagnóstico, essa criança, né, ela tem acesso, por exemplo, a profissional de apoio, monitor, ela tem acesso a diferentes intervenções eh terapêuticas por meio dos planos de saúde, né? a gente baliza o acesso a diferentes espaços por meio do diagnóstico. E aqui tem algo importante da gente pensar que é o acesso no próprio atendimento educacional especializado, né? na rede municipal, esse acesso ao atendimento pode ser feito por meio de uma avaliação pedagógica, mas na rede estadual, aqui em Santa Maria, a gente já tem uma outra realidade que é a necessária presença do diagnóstico clínico. O que a gente vê nesse país continental, né, e eu olhava Rosana falar disse, Ponta Grossa é logo ali, né, a gente tá na mesma região. E aí a gente tem diferenças muito significativas, é que as redes de ensino têm se movimentado de forma diferente frente à presença ou não do diagnóstico, mas muitas delas têm pedido diagnóstico clínico para o acesso aos atendimentos que são educacionais, né, as intervenções que são da ordem educacional, tá? Então aqui acho que tem um ponto importante, né? E aí um ponto importante que vincula produção de práticas pedagógicas no ensino comum, produção de dificuldades de aprendizagem nesse percurso de escolarização e produção do diagnóstico, OK? Né? E frente à presença de um diagnóstico, a presença, por exemplo, de um profissional de apoio, monitor, tá? Que tem ocorrido na sua maioria dos casos. Isso não é uma uma uma um perfil de Santa Maria, mas tem ocorrido na maioria dos casos por meio de processos de judicialização. Então a família tem um diagnóstico, vai no Ministério Público, o Ministério Público diz que o estado, então, né, o poder público, as redes de ensino precisam contratar. Por que que a gente faz toda essa volta, né? Porque a presença de um profissional de apoio, monitor, tem alterado o que a gente vai falar, né? O que a gente vai entender de relação pedagógica, né? Então, tem alterado substancialmente e tem alterado as práticas de vocês. A gente olha pros professores de educação especial e eles se tornaram gestores de monitores. Vocês têm que concordar comigo, né? né? Então, tá lá o professor de educação especial sozinho na escola com uma quantidade imensa de alunos, né, em situação de inclusão e ele tem um monitor para cada aluno e ele orienta esse trabalho do monitor. Vocês conseguem entender? Tem uma alteração substan substancial daquilo que a gente vem produzindo enquanto prática no campo da educação especial dentro das escolas. E os efeitos disso, né? E os efeitos disso, teoricamente, eu não vou entrar assim, ó, gente, o monitor é uma figura importante. Algumas crianças vão ter uma necessidade de suporte, ai, me ajuda aqui, uma uma necessidade de suporte na presença dele. Mas o que que acontece? A gente não problematiza, né? a gente frente à presença do diagnóstico, a gente atribui, né, a necessidade desse monitor. Teoricamente era para o campo educacional escolher e dizer se essa criança teria ou não necessidade do monitor. E a gente não faz isso frente ao diagnóstico, todo mundo tem, mesmo que ele não tenha necessidade de, né, suporte para locomoção, higiene, alimentação e pros aspectos de comunicação, tá? Então aqui tem um ponto importante pra gente pensar, né? me parece um grande entrave e um grande desafio. Para além disso, eu vou super indicar, né, tem um ciclo de lives produzido pelo GT 15 da, teve uma live sobre profissional de apoio monitor. Professora Clarissa Raz da UGRs projeta dados, né, sobre a a expansão da contratação de monitores em relação à contratação de professores. Então, se eu tenho monitor, eu não preciso de professor. E é importante a gente olhar isso, porque se a gente tá fazendo uma defesa de ensino colaborativo, da ação compartilhada, da presença de dois professores, isso tem efeitos, né? né? Então assim, eu vou ter cada vez menos professores e cada vez mais monitores. Então quanto área é algo que a gente precisa se ocupar e poder pensar de que forma, né, a presença desse profissional, que em geral são estagiários, t se efetivado, né, e de que forma ela tem substituído a presença do professor de educação especial. Tá bom? Para além disso, então, né, eh, pensando que a presença do monitor ele tem se dado por processo de judicialização, né, a presença do diagnóstico, ela também em muitos casos tem produzido uma prescrição metodológica, tá? Então vocês também têm visto isso que alimenta todo um mercado, né? Ontem a gente falou um pouquinho sobre isso, assim, né? As professoras da mesa hoje da noite falaram um pouco sobre esse mercado de formação, né, no campo da educação especial. Então, eu tenho um determinado diagnóstico, eu preciso trabalhar com esse aluno a partir de determinadas metodologias. Mas para que eu trabalhe a partir de determinadas metodologias, eu tenho que ter um curso de formação específica que nem sempre, nem sempre não, né, que não é nada barato, é muito caro, tá? Eh, é importante a gente entender, né, essa essa rede, né, que se forma e que de uma certa forma retroalimenta, né, eh, a produção diagnóstico, a presença do profissional, o acesso aos serviços, o processo de formação e assim vai, né? E aquilo vai tomando uma expansão e a gente faz cada vez mais e mais e mais, tá? Então, chamar a atenção. Eh, pode passar o próximo, por favor. Já tá meu tempo. Meu Deus. Não. Então, eh, no contexto das políticas de inclusão escolar e no acesso, eh, eh, no acesso, acho que na ampliação do acesso dos alunos com deficiência no ensino comum, a gente necessariamente precisou olhar pros níveis ou paraas práticas de articulação, tá? o que a gente faz num primeiro momento. E aí a gente vai ter como decorrência da política de 2008, né, eh, a implementação do atendimento educacional especializado como um grande programa dessa política. E aí o espaço que prioritariamente a gente vai atuar, né, vai constituir uma prática pedagógica no campo escolar e a gente vai ter em paralelo a isso, um processo de formação de professores para poder atuar nesse espaço. E aí isso se manifesta ali nos dados que a professora Rosana apresenta, que ela vai dizer que 70% dos professores que atuam, né, eh, tiveram formação e formação continuada, porque a gente vai ter grandes programas de formação continuada, né, promovidos, então pelo governo federal, tá? Eh, mas num primeiro momento o que a gente faz, né, é uma manutenção desse caráter mais substitutivo e de pouca interlocução entre educação especial e ensino comum, né? Então, se antes tinha esse caráter substitutivo de est lá na escola e classe especial e não conversava com ensino comum, na implementação do atendimento, quando a gente começa a viver a implementação do atendimento educacional especializado no contexto das escolas, a gente vai ter pesquisas, destaco aqui uma pesquisa produzida pela professora Maria Silvia Carneiro, que vai falar da inexistência, da quase inexistência de articulação entre aquilo que era feito no atendimento educacional especializado e aquilo que o aluno estava aprendendo, estudando no contexto do ensino comum, né, era como se fosse, né, dois espaços completamente distintos e com, né, e com pouca articulação. Então, o professor de educação especial pegava esse aluno, levava o aluno frequentava no contraturno e a gente não tinha ideia do que estava acontecendo dentro da escola, né, dentro da sala de aula, que é na verdade o grupo de pertença, o grupo de de, né, eh, o grupo primeiro, né, o grupo que tem que ter prioridade na nossa intervenção. É no espaço da sala de aula que essa aprendizagem escolar acontece, tá bom? E aí, então a gente necessariamente vai ter que olhar e começar a estabelecer, pode passar o próximo, por gentileza, a estabelecer um nível, mesmo que mínimo de articulação entre o atendimento, né, que eu faço com esse aluno no contexto da sala de recursos multifuncional, tá? E o que está acontecendo em sala de aula. Olha aí, quando a gente vai falar de conceito de atendimento educacional especializado, a gente tem também uma compreensão muito policêmica, diferentes compreensões, tá? Que só isso assim também daria uma mesa, né? Márcia falou na segunda-feira de noite que tá tentando, né? Que que que tensiona uma compreensão um pouco mais ampliada. Eh, a gente tentou isso, né? eh essa compreensão um pouco mais ampliada, inclusive entendendo as práticas de ensino colaborativo como integradas a uma ação do atendimento educacional especializado, não conseguimos porque de uma certa forma, sim, no senso comum, o que acontece é atendimento educacional especializado, atendimento individual do aluno, a gente faz essa leitura ou em pequenos grupos, tá bom? E aí o que a gente observa, começa a observar é que e vai tensionando essa necessidade de articulação. Da mesma forma essa necessidade de articulação com o contexto da sala de aula, tá? Inclusive para evitar níveis gigantes de encaminhamentos. Agora sim, 5 minutos. E aí a gente vai ter a presença de algumas formas de organização, né, dentro da sala de aula, bidocência, ensino colaborativo, trabalho docente articulado, né, são algum dos conceitos que circulam. a gente tem trabalhado de uma forma prioritária eh com o conceito de atendimento educacional especializado, com o conceito de ensino colaborativo, mas a gente não tem conseguido operacionalizar, até porque a gente não tem isso instituído nas redes de ensino, pelo menos aqui no Rio Grande do Sul, tá? Então o que a gente tem produzido são experiências pontuais, né, eh apoiadas então na contribuição teórica do ensino colaborativo, tá? Eh, pode passar, José. Vou tentar acelerar. Bom, como é que a gente tem organizado isso? E eu digo a gente, né, porque tô pensando nas alunas que fazem mestrado, doutorado, que produzem pesquisa, que são professoras da rede, né? A gente tem tentado intensificar então um olhar paraas práticas pedagógicas, paraa organização dessas práticas pedagógicas no contexto do ensino comum a partir de um princípio de acessibilidade curricular, tá? Então o foco é garantir uma acessibilidade curricular, garantir que esses alunos da educação especial e mais, né, um contingente enorme de alunos que não é da educação especial e que também não acessa o currículo, tenham acesso a esse currículo, né, a partir de uma lógica ou de uma defesa que quanto mais acessibilidade pedagógica e curricular a gente tiver, menos adaptações individuais eu preciso, né? Porque aí essa coisa do adaptar individualmente, né, antigamente a gente tinha um planejamento para cada aluno, né, era uma era uma coisa, entende? Então, na medida que a gente qualifica, né, as práticas pedagógicas e garante acessibilidade, uma universalidade, né, eh, e uma diversidade metodológica, a gente tende a diminuir essa adaptação um a um, tá, Josefa? Vamos lá. E agora não tá, eu vou tentar resumir. Hã, eu disse que eu tinha feito só 13 slides, mas a Andreia tá me dizendo que 13, que foram muitos, tá bom? A partir do princípio de acessibilidade curricular, né, a gente tem produzido algumas pesquisas no âmbito do grupo que vão falar então sobre essa ação docente compartilhada. FR tá aqui na na minha frente, defendeu tese em dezembro do ano passado, faz um estudo eh com a literatura internacional sobre isso. E aí merece destaque que mesmo a gente estando em países diferentes, onde a gente tem a instituição, por exemplo, do ensino colaborativo de diferentes formas e níveis, uma questão que se apresenta a todos os lugares, né, que aparecem na literatura, é essa dificuldade de planejamento compartilhado, tá, entre professor de ensino comum e professor eh eh da educação especial. Eu chego até me desconcentrar. E para além das práticas em colaboração, a gente tem tentado, né, instituir então uma prática apoiada a partir da pedagogia diferenciada, né, do Felipe Merrier. É um autor que a gente já vem trabalhando há bastante tempo, que encontra pontos de conexão e de apoio muito próximos à proposição eh do desenho universal para aprendizagem, tá? Então, o Desenho Universal da aprendizagem, né, eh, me parece uma um uma via, né, eh, interessante pra gente pensar, porque vai apostar nessa capacidade de todo mundo aprender e vai organizar, então, esse planejamento pedagógico a partir dos três princípios, né, ã, garantindo então essa diversificação metodológica. Eu não vou me deter, mas assim, eu até trouxe esses esses essa figura, né, que é como é que são acionadas as redes neurais a partir dos três princípios do DUA em homenagem às alunas da disciplina de aprendizagem de cognição, porque elas estudam, né, eh, as diferentes funções cognitivas e aqui então elas conseguem visualizar como é que essas funções cognitivas elas são acionadas a partir dos diferentes princípios. Tá? Então, a gente vai ter, né, eh, a forma de acesso a esse conteúdo. Então, como é que eu acesso esse conteúdo, a forma como eu expresso esse conteúdo, né, localizado nessa região mais frontal do corttex pré-frontal e como é que eu me engajo nesse conteúdo a partir desse sistema límbico, tá? Eu já vou finalizar. Bom, o que que a gente enfrenta como desafios, né? uma compreensão equivocada, então, sobre o conceito e princípios do ensino colaborativo e algumas traduções de que uma mínima conversa se traduz, né, como ensino colaborativo. O ensino colaborativo, então, ele exige, né, que a gente tenha uma sistemática de trabalho em colaboração e que a gente faça o planejamento, execução e avaliação. Então, níveis de articulação não é ensino colaborativo. que é importante que a gente faça essa essa essa acho que esse esclarecimento conceitual, as dificuldades de operacionalização da prática, considerando as presenças, a presença do professor de educação especial, que, né, a gente precisaria de políticas públicas que aumentassem, né, o número de professores nas redes, né, e que talvez instituir e talvez não que necessitasse instituir nas redes práticas de ensino colaborativo, Porque hoje a gente não tem isso, a gente tem, né, eh, talvez um registro do trabalho que é produzido no campo da educação especial, muito apoiado em práticas de atendimento individual, né, no âmbito do atendimento educacional especializado, tá? Ã, e aí, claro, caracterizando, né, uma compreensão de educação especial muito centrada a partir do sujeito, tá? E essas dificuldades de planejamento, então, no contexto escolar, tá? Eh, as experiências de ação colaborativa, né, e, hã, vou concluir, de e de instituição de práticas acessíveis universais, elas têm se dado então por meio de experiências muito pontuais e no nosso caso aqui, por meio da pesquisa, tá? O que que a gente observa? Uma qualificação bem importante da prática docente quando a gente se propõe a conversar com o outro e a compartilhar com o outro, né? a possibilidade de implementação de uma diversificação metodológica e de uma diminuição das dificuldades de aprendizagem e a qualificação dos processos de aprendizagem dos alunos, de construção do conhecimento e de fluxos de escolarização. Eh, a minhas referências, peço desculpas que avancei o tempo e agradeço e fico à disposição. Obrigada. [Aplausos] Obrigada, professora Fabiane Bride. Eh, essa mesa não poderia estar, né, melhor nessa mesa do que do que, né, nessa medica que sou mediana por todos os assuntos, elementos apresentados pela professora Rosana e pela professora Fabiane. Eu já tenho duas perguntas aqui e virá outras também. Vamos abrir, tá, para os participantes presenciais. Agora as as acadêmicas já estão se preparando para o microfone. Eu só vou lançar um um questionamento meu próprio, tá? No decorrer das falas da professora Fabiane e da professora Rosana, eu mudaria o título da mesa. Eu colocaria a docência na educação inclusiva e não na educação especial, né? Por tudo que elas falaram. aqui eu acho que já faria de imediato essa substituição no título por tudo que foi apresentado. E é e é desse lugar que a gente tem começar a discutir tudo que vocês apresentaram aqui a partir da docência na educação inclusiva, sendo a educação especial, né, constituinte desse elemento. Então, e e é e, né, não vejo outra outro título melhor, né, para dar sequência eh para as perguntas do nosso público. Vou sempre fazer uma presencial e uma online para não privilegiar nenhum nem outro, porque já teve situações que foram feitas esse tipo de leitura aqui do público, tá? Então tem muitos elogios a fala da professora Rosana, muitos elogios a fala da professora Fabiane no chat, tá? Parabéns no chat do YouTube. Então, parabéns às queridas colegas. Professora Rosana, Rosane, temos uma pergunta para você. H, por gentileza, explicar em poucas palavras quais são os princípios do DUA. A Fáb já deu uma entrada, né, nos princípios. E uma pergunta, ele pode utilizar na educação básica, ele pode ser utilizado na educação básica e no ensino e no ensino superior? Então ele pode ser implementado, né, na educação básica e no ensino superior. Quem faz a pergunta é o Cláudio Costa, participante online. A palavra é sua, Rosana. Cláudio, muito obrigada pela tua pergunta. É difícil falar em poucas palavras do dua, né? Porque ele é tão amplo, tem tanta coisa boa para falar. Mas então eu vou eu vou buscar falar em poucas palavras. Quando você pergunta, ele pode ser utilizado, né, na educação básica, no ensino superior, deve, né, porque as pesquisas elas comprovam a eficácia, né, do DUA, dos princípios orientadores do DUA, eh, nessas etapas de ensino, em todas as etapas de ensino. E o DUA ele ele tem como fundamento a neurociências, né, e ele tem três princípios, que seria o engajamento, a representação e a ação expressão. engajamento, eh, estão envolvidas as redes afetivas, né, que respondem a pergunta, o porquê da aprendizagem, né? E aqui o professor, né, nesse sentido, ele deve estimular os interesses e também as motivações para a aprendizagem dos alunos, né? Para isso é interessante conhecer os alunos, conhecer cada turma, porque o rol de interesses ele é muito amplo, fazer uma prévia desses interesses para levar aquilo que realmente vai fazer com que os alunos se engajem. no princípio de representação, que seria o OK o OK da aprendizagem, né, o professor ele deve apresentar, né, nos seguindo os princípios do DUA, informações e conteúdos de diferentes maneiras, né? Então quando a gente ouve isso, a gente fala: "Nossa, mas é só isso", né? Não, os princípios eles são assim eh essenciais, básicos, mas eles são elementares, né? ou seja, apresentar informações e conteúdos de maneiras diferentes. Então, eu acho que se eh se nós perguntarmos a a pessoas, por exemplo, da minha idade, aqui na minha região, se quando eh nós estávamos na escola, do que nós lembramos, né? Se nós tínhamos liberdade de escolher aquilo que nós gostaríamos de expressar enquanto aprendizagem e também se nós tínhamos um rol de de de possibilidades de informações apresentadas pelos professores de maneiras diferentes, não vai dizer que nunca, né? era um ensino tradicional e hoje a gente debate muito com ensino tradicional. Então, só voltando, a os princípios orientadores de representação seria apresentar informações e conteúdos de diferentes maneiras, tá? Eh, de diferentes maneiras. Eh, e aí tem um roll de possibilidades, como você falou para eu falar pouco, então eu vou pular paraa terceira. A terceira seria o o terceiro princípio, né, seria ação e expressão, que tem a ver com as redes de eh redes estratégicas, né? É o como da aprendizagem. E aí você diferencia as maneiras como os alunos podem expressar o que sabem, né? O aluno que prefere escrever, o aluno que prefere manifestar em forma de áudio, aquele que gosta de desenvolver, de repente de forma teatral, eh, de diferentes maneiras, né? Eu trabalho isso na pedagogia no ensino superior e dá muito resultado. É, é muito gostoso você ver que quando nós apresentamos diversas formas eh de formas diferenciadas do conteúdo, nós temos maior engajamento. E quando os alunos eles podem expressar o que eles sabem de diferentes formas, né, quando esses alunos eles têm essa liberdade, essa autonomia, eles também se engajam mais e o ensino fica mais prazeroso e mais efetivo para todos, tá? Então, eh, de maneira resumida, seria isso. Obrigado, professora Rosana. Passamos à pergunta do auditório. Então, eu gostaria de saber qual seria a forma de ensinar dentro da sala de aula, não só para alunos com deficiência, mas para todos os alunos eh sobre esse desenho universal. por exemplo, não só falando sobre pedagogia, mas outras disciplinas como química, biologia, é uma curiosidade que eu tenho assim, como é que a gente poderia falar sobre acessibilidade e aí eu gostaria de saber se vocês poderiam esclarecer um pouco mais sobre isso. Ã, tem alguma qual das professoras para responder? H, pode ser qualquer uma assim que possa responder. H, como a gente tem princípios, né, que organizam, então, Rosana acabou de falar sobre os princípios que organizam o desenho universal da aprendizagem e esses princípios eles podem ser adotados para qualquer disciplina. Então, independente do conteúdo escolar, né, cada vez que eu fizer a apresentação desse conteúdo escolar, eu posso apresentá-lo de diferentes formas, né? Então, eu posso pegar um conteúdo da química, por exemplo, e vou apresentar esse conteúdo de diferentes formas, né? Eu vou problematizar, vou relacionar, vou trazer desafios aos alunos, vou engajar os alunos nesse conteúdo, vou mostrar como é importante aprender esse conteúdo, né? que seria, né, o motivo ou por que a gente aprende, né, eh, determinado conteúdo. E eu ofereceria aos alunos, eh, diferentes formas de expressar esse conteúdo que foi aprendido, né? Rosana traz ali, bom, posso fazer um texto escrito, eu posso fazer uma maquete, eu posso fazer eh um podcast, eu posso fazer uma dramatização, eu posso fazer um poema, eu posso compor uma música, né? Eu posso fazer uma composição gráfica, então diferentes possibilidades, né? A, o princípio, na verdade, que rege os três princípios é a gente ter sempre mais de uma possibilidade, né, na apresentação do conteúdo e na expressão desse conteúdo, né, na forma como esse aluno ele cria uma rede estratégica para conseguir sistematizar o conteúdo que foi trabalhado e eh nos mostrar então, né, o que seria a atividade pedagógica, nos mostrar o que o que foi aprendido, tá? Não sei se respondo, mas é basicamente isso. Talvez eu vou deixar só uma dica. Tem uma orientanda que fez uma dissertação, uma tese de doutorado, eh, a partir dos princípios do DUA Eliane Lavarda. E ela trabalha com professores dos anos finais, que também é algo difícil da gente encontrar. Então ela trabalha com professores de área, talvez fosse interessante, então fica uma sugestão, né, para saber um pouco mais, porque ela vai fazer um processo formativo e ela vai conseguir então desenvolver algumas eh alguns planejamentos e a execução do planejamento com os professores de área para os alunos dos anos finais, tá? Obrigada, professora Fabiana. Fabiane, desculpa. Agora pra professora Rosane. Rosana, qual a habilitação do profissional de apoio que atua na sala de aula na educação especial? é a Jucelei que está participando online conosco. Oi, Jucelei, bom dia. Bom, eu não sei se ela tá se referindo aqui ao município de Ponta Grossa, porque existem variações, né, conforme cada prefeitura, né, em suas cidades. Mas de modo geral aqui nós temos uma instrução normativa número 4 de 2023 que vai e a a exigir, né, a formação exigida seria a nível médio, preferencialmente magistério e é obrigatório estar cursando pedagogia. Então veja, dada essa eh essa solicitação, né, que vem da prefeitura, como nós formamos, né, somos professores do curso de pedagogia, nós estávamos com formato de curso, onde nós tínhamos uma disciplina de educação inclusiva no quarto ano do curso, né? E aí, por conta dessa demanda, nós mudamos inclusive eh essa disciplina pro primeiro ano do curso, né? Considerando que muitos alunos, muitas estagiárias, né, eh do primeiro ano, elas estavam atuando e sentindo a necessidade desse conhecimento mínimo, né, para atuar, para atuarem como auxiliar de inclusão, tá? Então, eh essa essa formação e eh só para a nível de curiosidade, nós temos aqui em Ponta Grossa 460 auxiliares de inclusão atuando na rede municipal, enquanto nós temos 81 sala de recursos multifuncional e 55 escolas. Obrigada, professora Rosana. Mais uma do auditório e finalizamos com a última online pelo tempo. Pelo tempo aqui, aqui tem uma. Tá. Eh, vamos ver se dá para responder as duas de uma com uma única resposta. Bom dia, então, a todos e a todas. Eh, primeiro, rapidamente, gostaria de dizer da minha felicidade, né, de retornar à minha casa. Eu sou egressa do curso de Educação Especial de Urno. Eh, e é muito bom estar junto com meus professores, professoras, excolegas, enfim. Eh, eu tenho uma questão que não sei se é necessariamente uma pergunta, mas é algo que eu tenho refletido desde segunda-feira e, na verdade, é mais um tensionamento pra mesa que verem vem a seguir, mas que me provoca muito essa agora. eh como que a gente nós, né, eh como a área de educação especial e aqui os cursos de licenciatura responsáveis pela formação inicial, detentores de um saber científico, eh podem nos auxiliar no tensionamento político ã no campo no que tende as condições de trabalho, né? Hoje eu sou professora da área de educação especial do colégio de aplicação da URGs, onde a gente tem um avanço muito considerável nas questões que estão sendo abordadas aqui, eh, na garantia de estarmos em docência compartilhada, além do atendimento no contraturno, mas eu já atuei em outras redes e acompanho as minhas colegas que estão em outras redes, onde eh não há essa garantia política de condições de trabalho, né? Então, eh, eh, isso assim, né, da garantia de que a gente possa estabelecer eh esse trabalho ã a partir do que tem sido falado aqui, né, para além de um atendimento individualizado. E aí também no que tange a uma área que eu tenho me dedicado bastante, que são os encaminhamentos diagnósticos, como que a gente recupera, ã, nós pesquisadores, né, como que a gente pode tensionar politicamente, publicamente, ocupando outros espaços até midiáticos que estão sendo ocupados por muitas pessoas. Eh, o saber científico pedagógico que é nosso, né? Porque eu acho que a gente tem eh muitas pesquisas que apontam algo que é verídico, que é o e e a nossa área surge, né, de um saber científico que é clínico, que é médico, mas ao mesmo tempo é uma, se eu tenho permissão para isso, é uma talvez uma uma, não sei se é uma crítica, mas é um tensionamento que eu trago de que em certa medida a gente foi dando espaço para isso, né? Então, como que nesses contextos eh micro e macropolíticos a gente recupera um saber científico pedagógico que é nosso? E aí talvez eh reforçar isso nos cursos de licenciatura, de formação inicial, que é recuperar saberes que são pedagógicos, né? Era isso. Então não precisa, né, uma uma contrapartida de resposta, mas é mais tensionar mesmo, que eu acho que é um é um momento importante pra gente pensar isso aí. Aí talvez uma pergunta, será que a retomada de uma política na área da educação especial, tendo essas premissas que estão sendo apresentadas aqui, né, da garantia de uma docência compartilhada, enfim, será que talvez agora não fosse o momento? Enfim, tô pensando nisso. Obrigada. Obrigada, Carla. Ah, os seus questionamentos vem ao encontro da Cirlene Souza, tá? Que está participando conosco no YouTube. Ela tem várias perguntas, segundo a informação que eu tive, ela tá bem colaborativa, participativa no chat, mas infelizmente a gente não vai ter como respondê-las, né? Mas depois os professores, né, podem acessar o chat e responder a ela diretamente, tá? ela vem ao encontro de um dos teus pensionamentos e questionamentos, que é: será que o trabalho com as técnicas e metodologias não eh não demandarão, né, rever a estrutura objetiva, concreta e a condição de trabalho docente em nosso país? um dos primeiros tensionamentos que tu fizeste em relação à à qualidade, né, as questões políticas, eh das possibilidades hoje, né, de atuação do do profissional com mínimo de qualidade possível, né, nos espaços inclusivos. Então, mas vamos ver se a gente consegue, tá, professoras, o trabalho agora vai ser para vocês. Nas três perguntas vocês conseguirem dar uma resposta. Bom dia. Então, eh, na verdade, é uma colocação, né, que vem bem ao encontro que a colega colocasse ali e, né, vocês colocaram também. a gente percebe a necessidade de uma política de inclusão, né, unificada para que todas as redes, tanto estadual, né, que é a qual a gente faz parte, a rede municipal e particular elas conversassem e se fosse unificado, porque são realidades diferentes, porém o trabalho do docente, do educador especial não se difere muito. Hoje nós encontramos um educador especial sobrecarregado, né, com as demandas da escola, com cobranças da equipe diretiva para que atendam alunos eh em avaliação, né, para que se perceba se tem ou não uma dificuldade, principalmente quando ele atrapalha, né, a docência e ao mesmo tempo sabendo, né, quem são os alunos da educação especial. E a questão, né, da do laudo para a rede estadual, o estudante para ser atendido, ele não precisa de laudo, né? Ele pode ser atendido com uma avaliação, ele pode ser acompanhado, né? Ele apenas precisa do laudo paraa inserção no IS, né? Que é o sistema onde envolve questões financeiras, envolve uma dupla matrícula. E aí a gente sabe que, infelizmente, há famílias e a próprios gestores, né, que é favorável a o grande número de alunos no IS, porque são mentas verbas, né? Mas, eh, o educador especial hoje a gente percebe que precisa ser fortalecido na sua prática, na sua autonomia, né? Eh, porque ele é a referência na escola e isso a gente precisa juntos, né, unirmos forças para valorizar esse profissional, dar espaço de formação, né, para ele e compartilhar os saberes deles, tá? Foi muito boa fala. Eu acho que é necessário pra gente. Obrigada. Obrigado, Ângela. Então, ã, Rosana. Bom, então eu eu acho que no contexto do que foi falado e parabéns à pessoas que falaram, né, a gente se sente provocada a pensar e são tantos desafios, gente, aqui no estado do Paraná, acho que cada estado também tem as suas particularidades, né, políticas. Como eu disse aqui, o estado do Paraná é um estado tradicional. Nós temos hoje um governador que é de direita. Nós temos hoje, eh, a nível de rede estadual a os desafios, não que na municipal não exista, mas na estadual nós estamos diante de dois desafios que são muito sérios, que seria a plataformização do ensino, que retira a autonomia do professor. Nós temos um projeto sério que é o parceiros da escola, que os sindicatos têm lutado muito contra. E nós temos hoje eh justamente a questão da privatização como uma estratégia, né, política, eh, que vem se alastrando, né, pelo país. E aqui no Paraná isso tem eh levantado muitas bandeiras de luta. E eu diria assim que de modo bem resumido, que nós temos que fazer a nos engajarmos enquanto agentes pesquisadores da educação especial de qualquer nível, né? mesmo aquela pessoa que está iniciando o curso de educação especial, que acha que ainda está num num num espaço muito preliminar, mas é desde o início que nós precisamos nos engajar, né? Eu acho que eh se não me engano é tempo, né, que vai falar do engajamento e também do ativismo científico acadêmico. Então, nós precisamos levantar bandeiras e ocupar também espaços políticos, né, sejam eles eh de representação eh no nível acadêmico, seja na pós-graduação, né? Eh, por exemplo, eu faço parte do Conselho Municipal de Educação e esse ano nós instituímos uma comissão de educação especial e educação inclusiva. Então, assim, eu vejo que foi um ganho e também eh como eu estou na pós-graduação, nós estamos fazendo parceria com a Secretaria Municipal de Educação, independentemente do partido político que está lá na na Secretaria de Educação, porque o que nós queremos é esse engajamento da universidade e da Secretaria Municipal em prol da melhoria da qualidade de ensino para todos, né? Então, por isso que eu que eu gosto de enfatizar, eh, que se nós melhorarmos a educação como um todo, em qualquer nível, em qualquer etapa, nós melhoramos a educação, né, de todos e para todos, né? Por isso que eu falo de de de embasamento teórico, de fundamentação teórica, de de hábitos acadêmicos. Nós precisamos dar alguns passos para trás e olharmos as concepções que nós temos de infância, de juventude, do adulto, né, em todas as suas fases e etapas na educação especial. Mas eu acho que um bom começo é justamente nós ocuparmos esses espaços, por mais que eles pareçam eh pequenos, né, mas esses espaços eles são muito significativos, espaços políticos mesmo, para que nós possamos lutar por essas por esses espaços e por essas eh por esses temas que nós estamos aqui defendendo. Eu acho que de uma forma resumida seria isso. Agora, essa questão do laudo, ela é muito muito forte aqui, né, dada a questão do do modelo médico clínico e aí a judicialização ela tem sido constante aqui no estado do Paraná também. Nós temos um desconhecimento da parte dos agentes jurídicos em relação a esses temas também, né, que muitas vezes olham um profissional de apoio e acham que esse profissional de apoio ele é uma um ente salvídico, alguém que vai salvar a inclusão naquela escola, né, sendo que muitas vezes esse profissional é aquele que tem uma formação eh mínima necessária. Então acho que da minha parte seria isso. Obrigada. Obrigada, professora Rosana. gente assim, eh, acho que a felicidade que nos toca de ver a produção de muitas perguntas, muitas dúvidas, né, e, e, e o desejo do diálogo, mas a gente já estendeu muito tempo. Glaciara tá aqui, ó, nos olhando, tá? Então eu só queria, né, acho que professora Rosana respondeu, dizer que talvez um fortalecimento político enquanto área nos ajude a ter força da instituição de políticas que garantam determinadas práticas de ensino nas redes de ensino. E queria dizer pra Ângela agradecer o esclarecimento dela, mas a questão que se coloca é justamente isso. vocês acabam tendo duas listas de aluno, né, e que no município, né, ele pode ser inserido, identificado a partir da avaliação pedagógica, mas a gente pode continuar e deve continuar discutindo sobre isso, né? Então, na verdade, é um movimento inicial para movimentar o pensamento, para para, né, para para movimentar problematizações e que o diálogo, então, eh, continue, tá? Muito obrigada, feliz demais de estar aqui com vocês e espero ter contribuído na presença da professora Rosana, né? Uma alegria imensa, assim, foi realmente muito bom, tá? Obrigada, Andreia. [Aplausos] já fechou a mesa. Um agradecimento especial, então, a professora Rosana e a professora Fabiane. Não posso mais me alongar, só tenho que dar duas informações. Os slides das professoras não serão disponíveis. Entretanto, que estará disponível a todos os participantes é o e-book, que constará o texto das professoras, tá? Então, daqui uns meses, não vou dar data, daqui uns meses teremos o e-book com todas, né, a as falas, contribuições dos professores da primeira última mesa em forma de texto e das apresentações orais, pôster, enfim, tudo que foi produzido e apresentado aqui, tá, cientificamente. Então, vai ser, vai constar no nosso ebook. Outro recado que eu preciso dar a comissão das inscrições, especialmente professora Liane Camates, solicita aos congressistas que entrem no no site do evento, faça seu login e coloque o nome completo. As informações de vocês têm que estar completa no site de evento, porque certificado, tá? Vai ser gerado por lá, tá? Então, se tiver um nome, uma letra faltando, se o nome esver incompleto, a culpa não será nossa, tá? Então, por favor, retifiquem os nomes de vocês, que apareceu de tudo e um pouco nas inscrições, tá? Então, por favor, retifiquem e deixem eles bem corretos, porque é assim que vai sair no certificado, conforme vocês escreveram, tá? Então, agradeço a atenção de todos, a participação e vamos dar continuidade agora mestre cerimônia de cerimônias vai dar continuidade e nós nos retiramos. Professora Fabian, agradecemos pela excelente [Aplausos] mesa onl e participação online e presencial dos nossos congressistas. Seguimos com a nossa programação do congresso, com o fórum para apresentação da proposta das diretrizes curriculares de formação de professores em educação especial, GT, UFSM, UFSCAR, UFRJ. Convidamos a professora Dra. Glauara Oliveira para conduzir o trabalho. Um recado enquanto a professora Glauimara se dirige à mesa, foi solicitado pela comissão organizadora a informação de que não é possível consumir café, tampouco chimarrã ou mate dentro do auditório. Pedimos que quem faça isso faça fora do auditório. Obrigada. [Música] [Música] levant Tá. Vamos ver. Pessoal, bom dia. Vamos dar continuidade às atividades da manhã no nosso congresso. Primeiramente cumprimento a todos os participantes que estão aqui de forma presencial ou de forma remota. Vou fazer a minha audiodescrição. Eu sou professora Glauimara Pires Oliveira, professora associada do Departamento de Educação Especial do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria. Sou uma mulher branca de cabelos castanhos claros na altura dos ombros. Tenho 51 anos. Estou vestindo uma blusa azul com algumas flores em laranja. Estou utilizando como acessório um óculos de grau com aros azuis. E o meu sinal é no nariz assim, fazendo um puxado, tá bom? Então, essa mesa ela se organiza como um fórum referente a uma proposta de diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação de licenciatura em educação especial, a partir de um documento elaborado de forma conjunta por por professores representantes das três universidades que t cursos de licenciatura em educação especial. universidades federais, no caso a UFSM, né, nossa Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal de São Carlos e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Então, ã, para compor a mesa junto comigo, chamo os colegas professores para que possamos dar encaminhamento às discussões. Então, chamo o professor José Padilha Damilano da Universidade Federal de Santa [Aplausos] Maria, a professora Márcia Denise [Aplausos] Pleto, a professora Catarine Seixas, também da Universidade Federal do Rio de Janeiro. e a professora Maira Pedro da Universidade Federal de São [Aplausos] Carlos. Eu e o professor da Milano nós representamos o coletivo da Universidade Federal de Santa Maria. Então, representamos também as professoras Melânia de Melo Casarim, Anne Gomes e Raça Elsner, né? Nós todos somos representantes de um coletivo do nosso departamento, mas aqui à mesa então ficamos somente eu e o professor da Milano, mas as colegas Maira, Melânia, Anne e Raia também fazem parte deste grupo. Bom, a temática geral deste evento embora, aborda a formação de professores em educação especial, né, pensando nas suas realidades, nos seus desafios, nos seus tensionamentos. Como todos acompanharam nos dias anteriores e nas discussões até o ano de 2006, enquanto licenciatura em universidade pública, o único curso ofertado em educação especial era o curso da UFSM, presencial e que se chama hoje curso de urno. Em 2006, essa mesma instituição inicia o curso EAD, que ontem o professor da Milano nos apresentou. E a partir do Reúne, que foi um programa de reestruturação e expansão das universidades federais, em 2009 foram criados o curso noturno da UFSM e o curso de licenciatura em educação especial da UFSCAR. Até então, a UFSM era referência na formação inicial de professores e a OFISCAR na formação em pós-graduação, né, com como até vários de nós temos a formação nas duas instituições. Então, nesse momento, havia já uma inserção também significativa de cursos, principalmente em EAD, em instituições privadas. Com a entrada da Alfiscar na formação e licenciatura, iniciou-se uma discussão interna entre o FSM e o Fiscar na perspectiva de se pensar em um alinhamento curricular que balizasse os três cursos da UFSM mais o da Fiscar e que possibilitasse uma referência ao que estava sendo aprovado em outras instituições, principalmente as instituições privadas, né? né? Enquanto a OFSM era um único curso, não havia necessidade eh tão efetiva de se discutir essa diretriz. A partir do momento que começaram a criar outros cursos, nós precisamos discutir como essa questão curricular ia ser organizada. Então, em 2013, essa discussão foi oficializada e iniciou-se a elaboração de um documento entre as duas instituições que ficou pronto em 2016, que foi um documento, uma primeira versão. Essa primeira versão via reitoria da UFSM e reitoria da UFISCAR foi encaminhado ao Conselho Nacional de Educação, né? e na época protocolado pela fiscar. Esse documento nós não tivemos resposta até o momento e não se conseguiu mais localizar o documento dentro do próprio Conselho Nacional de Educação, por mais que a Fiscar tivesse, né, feito muitas tentativas até o momento durante esse período de aguardo, né, e até por todas as questões políticas e de saúde que tivemos de 2016 até 2023, nós não retomamos as atividades Em 2003, com o novo cenário político e com a entrada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a partir do seu curso de licenciatura em educação especial, recomeçamos uma nova reestruturação do documento em julho do ano passado e que a partir desse momento, né, tivemos reuniões praticamente há um ano, quase 1 ano e meio, né, uma vez por mês. A partir dessas representações, cada universidade retirou um um grupo de professores que a gente chamou de GT, né? Então, nós temos um GT com representantes da UFSM. Aqui nós somos cinco representantes eh com representantes da Federal Rural do Rio de Janeiro e da Universidade Federal de São Carlos. E durante esse período, que já temos mais de um ano de um ano, eh, reconstruímos o documento, até porque teríamos que fazer algumas, eh, novas contribuições. Então esse documento ele praticamente está pronto, né, a partir do momento que nós fizemos essas discussões com as três universidades e vamos apresentá-lo hoje aqui no Congresso, eh, para contribuições também do público, né? Nós vamos dar aí um tempo também para que as pessoas pod possam contribuir e para que vocês conheçam esse documento que nós consideramos extremamente importante, até porque vocês viram, né, as questões que envolvem a quantidade de cursos que foram criados e de certa forma a gente não tem muita noção de como esses cursos estão organizados e isso impacta na formação desses profissionais que estão no mercado de trabalho. Então nós, enquanto instituições públicas federais que fazemos todo um trabalho de pesquisa e que fomos as primeiras, de certa forma a a construir esses cursos, né, pensamos nessa proposta de diretriz. Então, nesse momento, eu passo a palavra ao professor da Milano, que vai fazer uma apresentação sobre a temática. Obrigado, professora GL. Pessoal, bom dia a todos. Ah, antes de de iniciar, especificamente na temática que a professora Gláus já apresentou e depois as colegas vão apresentar. Então, só para não fazer uma figura decorativa, que alguma coisa eu vou conversar com vocês. Eh, antes a minha autodescrição, sou um homem branco de barba branca, cabelos também brancos com ã nos lados da cabeça ainda tem o cabelo, na parte de cima eles estão um pouquinho ralos. Ah, tem 1,74 m. O meu sinal de Libras é o D que passa no na frente do rosto, porque eu desde aquela época eu já usava barba, então aí o sinal que me deram foi, eh mesmo na época que eu não usava a barba, continuou o sinal. Vocês sabem, né, que isso aí é eterno. Ã, como acessório uso óculos. Estou usando agora uma jaqueta com símbolo da universidade, que essa jaqueta em eventos da educação especial e da universidade sempre me acompanha. Então tem o símbolo da universidade e é um decorberge. Bom, quanto a a questão das das diretrizes, não é? A professora Glauseara já comentou ou fez a a história de de do início, não é, e da participação das instituições eh nesses anos todos. Eh, um questionamento que às vezes acontece e que nós já recebemos era a relacionado a diretrizes. Por quê? que necessidade se tem de diretrizes para eh uma modalidade que h é parte da educação de uma forma geral, então não haveria por ter diretrizes para educação especial. Mas se nós formos pensar sobre, né, eh, e antes o o por que a existência de de diretrizes, o que justifica diretrizes em vários campos, né, nós vamos lembrar que apenas neste neste milênio, né, eu gosto de falar milênio porque nós temos uma oportunidade única, nós vivemos dois, nós atravessamos dois milênios, né? Então, para reforçar e reafirmar, passa primeiro isso ali. Desde o início deste milênio, nós temos diretrizes relacionadas à educação especial. Então, a primeira diretriz, primeira grande diretriz relacionada à educação especial, né, eh resultou hã na resolução 2 de 11 de setembro de 2001, né? que também tem outra uma situação desagradável que aconteceu nessa época, mas especificamente nós vamos conversar sobre as as diretrizes para educação especial na educação básica. Esse documento foi construído e nós tivemos alguns eh eh algumas pessoas ligadas ao MEC que visitaram universidades na época da construção desse documento. Provavelmente vocês eram muito jovenzinhas, não participaram ainda dessa dessas reuniões, mas aqui em Santa Maria nós recebemos um representante do MEC e aí tava a professora Andreia, a professora Mariel, que não está aqui, a professora Melânia já estava no departamento. Ah, e quando nos apresentaram estas diretrizes, não havia menção do professor da educação especial nessas diretrizes. Falava em professor capacitado, mas não falava no professor da educação especial. E eu lembro que nós tivemos em algumas reuniões com esse representante do MEC, nós conseguimos colocar e aí tu passa o próximo slide, faz o favor. Nessa resolução a instância aqui da Federal de Santa Maria no artigo 17, eu acho, vamos ver, eu não lembro agora se ela consegue. Artigo 18. Então, nesse artigo 18 das da dessa resolução de 2001, diretrizes eh da educação especial na educação básica, falava entre, né, toda outra outra normatização que as diretrizes, o objetivo justamente é esse, é organizar e definir e apontar rumos. Então, no artigo 18 falava do funcionamento da escola, recupera um pouco da do que diz LDB na educação especial e fala na formação de docentes para educação infantil, ensino fundamental na modalidade normal e nas diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores na educação básica em nível superior em cursos de licenciatura plena. Então, aí já fala em diretrizes para a educação infantil, diretrizes para os anos, eh, para o ensino fundamental. Então, diretrizes especificamente para níveis já nessa de 2001 já aparecia. O seguinte, faz favor, o outro, o parágrafo segundo, aí fala, essa diretriz fala em professor capacitado e especializado. Eu tô trazendo para vocês o professor especializado que [Música] dá o perfil que depois n as colegas vão vão definir melhor quais os objetivos, o que que eles têm que fazer e vê a outra. Então, não é o vê o outro parágrafo, faz o favor. Aí, professor especializado, esse aí que nós conseguimos colocar, formação em cursos de licenciatura em educação especial. Na origem dessas diretrizes não tinha professor especializado com formação na educação especial, só falava em professor capacitado. Então, aí começa a aparecer professores espe eh cursos de licenciatura, formação em cursos de licenciatura na educação especial em uma de suas áreas. E aí, isso aí ficou, né? A gente não conseguiu tirar, mas ficou preferencialmente de modo concomitante, associado a licenciatura para educação infantil ou para os anos iniciais de ensino fundamental. Então a ideia era faz pedagogia e junto faz educação especial, né? Felizmente isso não vingou, né? O curso de educação especial, de licenciatura em educação especial, continua continua nesses anos todos e mais dois, né, surgiram agora. mas sim, já em 2001, diretrizes para educação especial na educação básica, com a figura do licenciado em educação especial e depois tinha outros ali, né, complementação de estudos, pós-graduação. Hã, mas eu só queria marcar nesse sentido, né, que lá em 2001, diretrizes aparece e claramente licenciatura em educação especial. Esse negócio de tá com pescoço virado aqui não é muito bom. Vamos ver aqui. Depois eu eu peguei e mas o meu perfil melhor é esse aqui. Então você viro para lá não não ajuda muito, né? Então vamos fazer assim. Depois pois é. Depois eu peguei o o a resolução 4 de 2009, que de novo chama Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educa Especializado na modalidade educação especial 2009, decorrente dessa 2001. E tem no slide seguinte, que é uma coisa que pelo menos eu considero ainda, eu considero algo que em algum dia nós vamos ter que mudar. Para atuação no AE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência. Bom, o que que habilita para o exercício da da docência? É óbvio, né? Qualquer licenciatura. E formação específica para educação especial. Que formação específica é essa para educação especial? Aí eu lembro que nós tivemos várias reuniões na em anos anteriores com ainda era a CESP, se vocês lembram, a CESP como secretária do do MEC e a H secretária da CESP era uma professora que tem origem aqui de Santa Maria, formação aqui na Federal de Santa Maria, que era a professora Cláudia Dutra. H, e a gente conversava muito com ela e mostrava da necessidade de cursos de educação especial para suprir essa demanda cada vez maior, né, de alunos, né, eh, ou chamados da educação especial ou alunos eh hoje da da inclusão. e a resposta da e que nós tínhamos professores aqui em Santa Maria e que esses professores deveriam, né, ser contratados, enfim, ser chamados. E a resposta dela sempre foi: o pessoal não vem, não sai de Santa Maria ou dos arredores, que, né, não é tanto assim, que nós temos gente praticamente esparramada em todo o país, egressas do curso de educação especial e a outra que ainda permanece, que é um curso muito caro educação especial, assim como educação especial, provavelmente e em algum momento já foi falado, educação especial, do ponto de vista econômico, financiamento e gastos, como eles Como o pessoal do governo gosta de falar, a educação especial é mais cara, é muito cara. Eu usei o exemplo ontem, né, do pessoal de livramento, que conforme a visão que se tem de gestão da educação e de necessidades desta grande demanda, se acha a forma de, vamos ao termo atrair, não quero usar o termo seduzir, mas atrair profissionais para trabalhar com esses alunos, com eh uma gratificação para os professores professores da educação especial e de novo vou repetir com uma gratificação para os professores da educação básica que t alunos incluídos nas suas turmas. Isso é algo que deve ser levado para outras prefeituras porque sim, há sim como fazer. E nós temos um exemplo, né, perto aqui de de nós em que isso acontece, que isso é possível. Bom, então a a a justificativa era que formar cursos, eh construir eh financiar cursos de educação especial em universidades era muito caro, era mais barato esses cursos, eh, esses cursos de, como é que chama isso? Não, de atendimento educacional especializado, cursos do AE, né, que h emergencialmente ela nos dizia eh qualifica pessoas para trabalhar com educação especial. Por isso, ã, formação específica para educação especial. E os cursos do AE seriam formação específica para educação especial. seguinte, faz favor para não quero me alongar muito pelo tempo. Vai o próximo. Ah, depois tá assim na política nacional da educação especial lá de 2007 que nós tivemos aqui uma representante da Universidade Federal de Santa Maria participou na elaboração na construção dessa política e a professora Soraia que, né, lá que ela não tá por aqui até para, né, rememorar um pouco dessa trajetória toda, né, e mas ela foi uma das que participou da construção dessa política nacional da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Bom, aí eu peguei no final lá das diretrizes que tá na na política, o seguinte texto: Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação inicial e continuada conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Repete o que tá na 04 de 2009, formação equabilite para docência e formação específica para educação especial. Nós continuamos achando que a formação específica para educação especial se dá em curso de licenciatura de graduação, licenciatura plena em educação especial. Essa formação possibilita sua atuação no atendimento educacional especializado, aprofunda o caráter interativo e por aí vai. Vai a outra. Hã, terminou, não será? Ah, fala o onde que esse professor trabalha, né? Sala de recursos, centro de atendimento educacional, núcleo de acessibilidade no ensino superior, classe hospitalar dos ambientes domiciliares, que é o que as colegas vão quando, eh, né, mostrarem o perfil que nós pensamos que deve ter o educador especial, elas vão, né, falar mais e melhor sobre. Eu só coloquei aqui para essa breve introdução. Essa formação deve contemplar ainda conhecimentos a gestão, todo esse esse perfil e e e a formação que contempla o que nós acreditamos que é possível para o egresso da educação especial. as professoras Caterine e da professoras de de da Federal de São Carlos vão trazer para para nós esses slides. Não tão assim muito são razoavelmente acessíveis, né? Mas eh quando fui preparar agora de manhã, fui passar de um computador para outro, deu um problema no computador, apagou tudo, trancou o computador, aí eu tava escrevendo, trancou tudo lá. E eu não vou dizer que foi a professora Tânia que causou isso porque ela tá lá atrás, né? Mas no final era que ajudou e deu uma uma saída para a construção de, então tem que agradecer para Tânia a saída para construção desses slide com alguma acessibilidade que eu tô trazendo para vocês. Ah, o que eu gostaria de reafirmar para vocês antes de passar a palavra para os colegas de São Carlos, é que assim como tem a pergunta por Diretrizes para educação especial, a gente pode contrapor por não diretrizes para educação especial, se é algo que existe, se é um campo que tem, vocês viram pesquisas muito qualificadas, se tem toda uma trajetória, se tem profissionais na área, se tem cursos na área. E agora com essa h esse número excessivo, esse número grande de cursos privados que estão acontecendo, há sim que haver alguma maneira de, se não regrar, pelo menos assinalar como que deve ser esse profissional, a competência que ele tem, a qualificação e a formação dele para que as pessoas que vão muitas vezes a melhor das boas intenções pagar uma quantia irrisória para fazer esse tipo de curso, na esperança de uma qualificação profissional e de um trabalho lá na frente, vão se deparar com o que, e de novo vou falar do pessoal de Santana, né? vão se comparar com a o relato de uma professora de livramento que veio dizer, né, muito contente ontem, que teve um concurso lá em Livramento e que das 13 vagas 11 foram ocupadas pelos egressos do curso, do nosso curso de educação eh de educação à distância. Claro que aí eu disse para ela, mas tinham que ser as 13 vagas, né, e não às 11. Mas sim, vai acontecer isso, né? o pessoal com a melhor das boas intenções paga esse tipo de curso que não tem qualidade e na hora do tal de mercado regular, essas pessoas despenderam tempo, despenderam dinheiro e não vão ter eh possibilidade de trabalhar além da qualidade desses cursos, que não é um não são qualidades muito muito boas. Ah, pessoal, a pergunta vai depois na não depois a nota para depois que a Glciimara é que tá coordenando aqui. Bom, então hã eu acho que é só an senão vou tirar tempo da de Catherine ali que vai falar com para nós. Obrigado pessoal, qualquer coisa a gente volta depois. Obrigada, professor Damilano. Al, além da sua experiência como professor, tem a memória do que aconteceu nas últimas décadas com a educação especial, principalmente, né, com aconteceu aqui com Santa Maria e com as políticas que a gente teve. Bom, eu passo agora pras professoras Catarine Seixas e Kathelyn. Elas, Ktherine Maira Pedro, né, a professora Catarine da Federal Rural do Rio de Janeiro, a professora Klin da da Federal de São Carlos, elas vão apresentar esse documento que nós eh reorganizamos a partir do documento que foi apresentado em 2013 ao Conselho Nacional de Educação. E agora a gente vai reapresentar, então, apresentar o documento a partir dessa, dessa nova formulação. Bom dia a todos. É um prazer estar aqui. Quero agradecer o convite, né, da professora Gláciara, do professor Luda Milano Márcia e participar aqui apresentando as diretrizes com a professora Kathlyn. Vou fazer minha audiodescrição. Eu sou Catarine Seixas, uma mulher branca de cabelos castanhos claros, olhos também castanhos, nariz grande, boca pequena, tem uma estatura média e o meu sinal em Libras é a letra C com essa configuração de vai e vem acima da minha sobrancelha esquerda. Certo? Vou agora passar o microfone pra professora Kathlyn. Bom, bom dia a todas as pessoas, quem está aqui no auditório, quem nos acompanha pelo YouTube. É um prazer estar aqui. Agradeço a Gláciara mais uma vez pelo convite. Vou me audiodescrever brevemente. Eu sou uma mulher branca, alta, de cabelos castanhos encaracolados, um pouco abaixo do ombro. Eh, tô usando um conjunto de saia e blusa preto e uma jaqueta branca por cima. O meu sinal em Libras é o movimento encaracolado do cabelo. É bom, eu estou aqui, então, representando também um coletivo da Universidade Federal de São Carlos, todo o corpo docente, técnico administrativo da licenciatura em educação especial e eu e a professora Catarine temos então a missão de sintetizar um pouco esse documento em que nós trabalhamos arduamente no último ano e a gente então fez algumas escolhas. a gente vai fazer uma síntese porque senão ficaria muito extenso e a gente não tem tempo para isso, tá? Mas, né, é só importante frisar o quanto esse documento é uma construção coletiva e a gente tá aqui como porta-vozes, né, desse para falar um pouquinho para vocês dessa estrutura. Então, pode passar. Em relação à estrutura do documento, a gente tentou seguir aquilo que já é comum nas diretrizes de formação de professores e outras diretrizes de cursos de licenciaturas em específico. Então, nós temos o perfil degresso, competências e habilidades, linhas de formação, organização e estrutura curricular, acompanhamento e avaliação, atividades complementares e integralização do curso. Então, pensando um pouquinho no perfil do egresso, pode passar. Eh, então, como, né, já foi bastante discutido, principalmente na mesa de ontem, quando a gente apresentou, né, os cursos, a Federal de Santa Maria, São Carlos, a Federal Rural do Rio, a gente percebe que tem um perfil do egresso aí em comum, né, que vai priorizar então essa sólida formação geral, humanística, crítica e reflexiva, pensando também numa formação científica sólida, profissional, pautada aí nos princípios éticos e também nos direitos humanos. Pode passar, por favor. Então, pensando um pouquinho nesse perfil, né, o que que se espera que esse profissional seja capaz de atuar no atendimento educacional especializado, pensando tanto na perspectiva da sala de aula comum, quanto nas salas de recursos multifuncionais, considerando que é uma modalidade de ensino transversal que vai desde a educação infantil até o ensino superior, que esse profissional trabalhe diretamente na estruturação e gestão de sistemas, unidades, projetos, diferentes experiências escolares e não escolares, universitárias e também de educação profissional. Que esse licenciado seja capaz de produzir e difundir o conhecimento científico e tecnológico a partir de processos pedagógicos baseado em conhecimentos e conceitos próprios da docência e das diferentes áreas de conhecimento, além de atuar no atendimento educacional especializado e setores de suporte em instituições tanto de educação básica, ensino superior, quanto tecnológico. lógica. Pode passar, por favor. Pensando um pouquinho então nas competências e habilidades desse profissional. Então, espera-se que ele seja capaz de realizar interpretações, intervenções, construir e reconstruir na perspectiva da inclusão social, tendo como base todos os conhecimentos epistemológicos da ciência da educação, prezando sempre por uma reflexão crítica acerca da praxis educativa alinhada ao processo de ensino aprendizagem, além de avaliar as necessidades educacionais do público da educação especial, priorizando a elaboração e a organização de estratégias pedagógicas e de acessibilidade, buscando sempre a emancipação, a autonomia nas atividades educacionais e visando também a orientação de professores, estudantes, famílias sobre o uso dos mais variados recursos pedagógicos e também de acessibilidade. Pode passar. Além de definir e implementar estratégias de acessibilização curricular, sempre no princípio da colaboração com professores da educação básica, ensino superior, educação profissional e técnica de nível médio e garantindo sempre, buscando garantir a participação, a aprendizagem e o desenvolvimento do público da educação especial. enquanto ainda competências e habilidades. Planejar, elaborar e avaliar o uso de recursos e serviços de tecnologia assistiva, seja de baixa, média ou alta tecnologia. trabalhar na articulação, na execução e no acompanhamento dos planos educacionais para esse público nas instituições educacionais, além de pode passar esse daí mesmo, isso. Estabelecer parcerias intersetoriais para promover o desenvolvimento integral desse público. Formar profissionais capazes de refletir sobre essa praxis educativa, incentivar atitudes que reconheçam a deficiência como diferença e alteridade e possibilitar o desenvolvimento profissional docente. Agora a Catarina vai falar um pouquinho das linhas de formação e vai dar continuidade. Então, acerca das linhas de formação, nós pensamos em priorizar, né, o conhecimento de áreas afins para a formação desse professor de educação especial, bem como conhecimentos, saberes que discutam as demandas sociais dentro das suas perspectivas ambientais, direitos humanos, a própria eh diversidade étnico-racial, gênero sexual, religiosa e que articulem a formação aos aspectos inovadores que se apresentam no mundo contemporâneo. Da mesma forma, estabelecer conhecimentos de aprofundamento da formação básica e da formação voltada às áreas de atuação profissional priorizadas pelo PPC do curso, né, o projeto pedagógico. formar também esses profissionais para o desenvolvimento de pesquisas, extensão que contemple o desenvolvimento pessoal e profissional do aluno para buscar produzir, divulgar e saber utilizar o conhecimento científico no campo da educação especial. Eh, agora eu vou apresentar um pouco também sobre a estrutura curricular, né, preconizada por nossas diretrizes, que vem a partir de três núcleos, né, sendo que o primeiro núcleo é o núcleo de estudos de formação geral, aquele que, como a Kathlyn falou ontem, apresentamos um pouco sobre nas próprias graduações, né, essa formação geral que tá ali envolvendo os componentes curriculares de sociologia, história, filosofia, compreendendo que esses conceitos, né, né? Sejam eles políticos, econômicos, antropológicos, eles são necessários para que nós formemos, né, profissionais reflexivos acerca de dos setores da educação na sociedade contemporânea. O núcleo dois diz respeito aos conhecimentos específicos da própria atuação profissional. Então, são os componentes curriculares que versam sobre as teorias e práticas pedagógicas inclusivas ao público de educação especial, assim como a organização e gestão do trabalho educativo. No terceiro núcleo, nós temos as atividades de extensão. Essas atividades, elas são fundamentais porque aproximam a comunidade acadêmica da sociedade. Então, são atividades vinculadas aos componentes de curriculares do curso, de modo a envolver a comunidade externa por meio da transversalidade, a partir de temas relacionados e tratados interdisciplinarmente ou conhecimentos específicos de disciplinas existentes no currículo escolar ou nos próprios programas, né, e projetos de extensão. é o último núcleo, né, que é o núcleo 4, voltado para o estágio curricular supervisionado, visa a formação de um profissional que busca, produz e divulga o conhecimento científico metodológico do campo da educação especial e que vivencia a prática profissional em articulação com o conhecimento teórico prático. Acerca do acompanhamento e avaliação. Então, todos os cursos, né, os cursos de graduação da área da licenciatura em educação especial, deverão utilizar metodologias e critérios para o acompanhamento e avaliação do processo de ensino e aprendizagem dos seus dicentes em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação e da Própria Diretriz da Instituição de Ensino Superior. acerca das atividades complementares, o PPP do PPC do curso, né, o projeto pedagógico do curso, ele deve contemplar atividades que criam mecanismos de aproveitamento de competências, habilidades, conhecimentos adquiridos pelo estudante por meio de monitorias, estágios não obrigatórios, programas de iniciação científica, programas de iniciação à docência, né, o PIBID, estudos complementares, cursos realizados em áreas afim, integração com cursos sequenciais correlatas à área, bem como participação em eventos científicos no campo da educação e que estejam discriminados pela instituição de ensino superior. Acerca da integralização do curso, o que é que esse aluno ele tem que eh contemplar? Ele tem que contemplar as atividades curriculares. A carga horária prevista para o curso de licenciatura e educação especial, ela deve estar de acordo com as diretrizes curriculares nacionais. para a formação inicial e nível superior e de acordo com as resoluções que estiverem vigentes. O tempo máximo para a integralização do curso, ele está sempre de acordo com as normativas de cada instituição de ensino superior. Para a construção desse documento, os GTS, né, se organizaram com base nas diretrizes curriculares para a formação de professores. Então, apresentamos aí nesse slide as diretrizes de 2015, a diretriz de 2019 e a mais recente, publicada agora em maio de 2024. Além das diretrizes, nós também utilizamos documentos estruturantes das próprias licenciaturas. Então, os projetos pedagógicos do curso da Universidade Federal de São Carlos, o projeto pedagógico da Universidade Federal de Santa Maria e o projeto político pedagógico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma coisa importante que eu esqueci de mencionar no começo da minha fala é que após, né, a construção desse documento, esse documento foi apresentado, né, para todos os colegiados dos respectivos cursos, foi aprovado e tramitado. Então é uma construção coletiva aí, né, que carrega a isso cerca de 32, acho que é mais, né, 62 professores, né, que estão aí de acordo com essa proposta de diretriz. Obrigada. Obrigada a todos. Vou passar a palavra agora paraa Glau Simar. Então, só para complementar, Katlyn, aqui no curso de educação especial, no na UFSM, nós passamos no departamento de educação especial, que nós temos um departamento e que e que de certa forma trabalha com os três cursos, né? Então aqui foi via departamento e vocês via colegiado de curso. Como os colegiados na maioria são participantes do departamento, a gente já passou no próprio departamento. Então, nesse momento, nós abrimos, né, tanto pra plateia presente quanto pra plateia que está via, via online, para recebimento de sugestões que posteriormente a gente vai analisar enquanto contribuição e, se necessário, a gente faz algumas alterações ainda no documento que nós identificarmos como necessários. Acho que já temos uma pergunta lá do fundo de Santana do Livramento. Так. Não é pergunta. E eu vou, olha a audácia da professora educadora especial da turma de 2009, professora da Milane. Somos 11 egressas concursadas da primeira turma, mas hoje somos 28 egressas concursadas pela UFSM no mundo de 30 educadores especiais. Santana do Livramento agradece muito ao UFSM. [Aplausos] enquanto o pessoal se prepara para fazer outra pergunta, pois é, justamente eh eh essas dessas eh situações que vocês trazem que reforça a não só a qualidade da formação de vocês, do curso da Federal de Santa Maria, como sim a necessidade de mais cursos de formação com qualidade, com certeza da qualidade idade nos cursos dentro e agora, né? Tomara que essa nossa eh ideia aqui dê continuidade, pelo menos com hã talvez oferecendo paraas instâncias de avaliação que a gente sempre reclama que elas são muito eh são muito controladoras, vamos dizer assim, né? e a gente sempre opta por uma avaliação mais emancipatória e mais eh democrática, mas considerando essa esse monte de cursos que as professoras comentaram e e que surgiram nesses últimos anos, a deverá haver sim alguma instância de controle sobre a gente sabe que no nosso país, infelizmente, isso ainda não acontece, né? Não é só na educação, em outras áreas também há uma enchurrada de cursos que o MEC autoriza e e a a ideia é o mercado seleciona. Isso é muito ruim, é muito triste para não dizer que que é muito hã cínico, não é? tu permitir que pessoas h dispendam o tempo da sua vida, dispendam eh um orçamento que muitas vezes eh aperta, que muitas vezes não é suficiente para outras necessidades, na esperança de qualificação acadêmica, profissional para disputar vagas. E aí disputam com vocês e está trazendo o resultado, né? 30 educadores especiais, 28 egressos de um curso de licenciatura, de graduação de licenciatura, né? Denota, claro, o esforço de vocês, a competência de vocês, mas denota a origem de vocês, a formação que vocês tiveram. Então, quem sabe com as diretrizes nas próximas avaliações institucionais, isso sirva de de norte, de de rumo, de de suporte para que as avaliações eh realmente tenham nesse momento um uma função mais de eh não permitir que isso continue acontecendo. Eu interrompi, alguém quer fazer uma pergunta, mas só para corroborar, agradecer a Liliane e o pessoal. Bom dia. Bom, eu sou egressa aqui do curso do da turma de 2000 e já trabalho há alguns anos em sala de recursos. E o que eu vejo hoje, professor Damilano, muito eh na sua fala, o que acontece dentro da nossa prática das escolas, nós recebemos há uns dois meses atrás, nós nomeamos lá no nosso município, onde eu trabalho, uma educadora especial egressa aqui da universidade e daí nós temos uma variedade de alunos com deficiência e foi que acabou que ela acabou se exonerando porque ela só tinha ã habilitação, digamos, assim, em uma só deficiência. E quando se deparou com uma deficiente, uma criança deficiente com paralisia cerebral, ela se exonerou. E também na outra rede que eu que eu trabalho, eu recebo colegas com outras licenciaturas, né, de outras áreas que também fazem esses cursos de capacitação dentro da área da educação especial e que por vezes a gente às vezes acaba auxiliando porque não sabem fazer um parecer pedagógico, não sabem fazer um plano de AE, não sabem auxiliar os professores da área em relação ao atendimento educacional especializado. com esses alunos. Então, eu acredito e vejo que a educação especial ela deve ser revista nessa questão da de que profissional está se largando aí no mundo do trabalho, né? Isso está ficando banalizado por vezes, na minha na minha visão, em relação à formação. Obrigado. Ã, o que a gente tem pensado e e se dedicado, né, dentro dessa discussão, é historicamente como a gente vai reorganizando, até porque a educação especial vai se alterando, né? A a minha formação mesmo foi em habilitação, a minha da Márcia, de muitos professores daqui, porque na época, até no meu meu histórico está lá, professora para classe especial e escola especial. Então, a partir do final ali dos anos 90, a gente ainda tinha a a formação não conhece, não consegue exatamente acompanhar os movimentos e a legislação eh no tempo eh instantâneo, digamos assim, né? Até as coisas se alterarem e a gente conseguir mudar um currículo aqui. Agora nós, o curso noturno mesmo, né? Eh, nós foi criado em 2009, nós fizemos uma alteração curricular, agora ficamos alguns anos tentando fazer alteração, até porque as políticas de formação de professores, quando a gente determinava a proposta mudava a a política, a resolução que envolve a formação de professores no Brasil. Aí eles retornavam, nós tínhamos que refazer de novo. Então, a gente não conseguiu eh fazer isso no no tempo em que as coisas estão bem. acontecem, né? Então, hoje a gente eh corre atrás da máquina de certa forma para tentar dar uma formação eh que a partir do momento que esse aluno está na prática, na atualidade, a gente tem que às vezes alterar um pouco até aquela aquele eh ementa que tá na disciplina para poder dar conta disso na prática escolar. Então, muito obrigado pelo pelo teu relato. Temos outros. Bom dia, meu nome é Graciela, sou professora de educação especial, egressa do curso também. Atualmente eu trabalho no Instituto Federal Farropilha, campus de Frederico Vcifal. Eh, quero parabenizar o evento de modo geral, muito, muito bom, muito prazeroso reencontrar pessoas e, principalmente atualizar o nosso conhecimento na área. Em relação ao documento das diretrizes, fiquei também muito feliz com esse documento. E a minha questão é em relação ao público alvo da educação especial. Eu vi ali que, né, eh, está colocado esse público alvo que tá sendo entendido ali, é o que tá o que vem da política de 2008, né, que era, penso que seria isso, mas como que as demais demandas que hoje também estão, de certo modo, dentro da educação especial, como os transtornos de aprendizagem que na política de 2008 tá colocado, né, no sentido de que o profissional da educa educação especial precisa dar conta em relação às orientações também para esse público. Mas como que uma uma diretriz ou como que tá sendo pensado a formação desse professor também de certo modo preparado ou tendo também qualificação para atuar com esse outro público? Porque dentro dos institutos federais, por exemplo, a gente se depara com diferentes públicos e não é só o público alvo da educação especial. E aí entra toda uma discussão, né, de explicar que TDH, dislexia, descalculia e por aí vai. Qual é o papel docente de educação especial em relação a esse público também? Haja vista, né, teoricamente seria um campo fértil aí paraa psicopedagogia, mas a realidade nos mostra outra coisa. Obrigado. Ah, Graciela, eh, obrigada pela sua questão. Eu vou responder aqui como foi pensado esse debate. Eu não sei se você acompanhou. Há algumas semanas saiu um documento do Ministério Público Federal a este respeito, é sinalizando que esse grupo não é público da educação especial. Eh, a gente precisa sim enfrentar esse debate atrelado às questões sociais, né? A professora hoje de manhã, cadê a Fabi, Fabi, agora tá ali saindo, não sai não. Ela ela ela fez uma fala muito interessante a respeito. Não, eu tô falando porque eu tô retomando tua fala. Pode ir embora se quiser. Eu sei que você tem que pegar os filhos, né? Eh, mas ela fez uma fala muito interessante do que vem ocorrendo pós pandemia. E isso não é um problema da educação especial em particular, isso é um problema da educação em geral, inclusive na educação superior, o crescimento eh dessa população, o crescimento da de estudantes com ansiedade, com depressão, ontem nós falávamos do suicídio, da juventude, isso não pode ser direcionado paraa educação especial, porque isso envolve outras questões sociais, emocionais da desigualdade social, da falta de esperança da juventude, né, do do de uma de uma certeza eh de empregabilidade num país que tem cerca de 60% da população na informalidade. Então, para além eh de direcionarmos isso numa diretriz de maneira tão específica, nós temos que enfrentar esse debate anteriormente. Nós temos que primeiro agora enfrentar esse debate, eh, para primeiro, como diz o professor Damilano, é tentar eh dar alguma baliza para esse esses cursos todos que já existem. Nós estamos acompanhando eh ontem em particular a fala da professora Iniceia, da professora Mônica, que nos trouxeram dados e no debate eh concordaram com a urgência de termos algum documento até mesmo para brecar esse avanço da mercantilização da área, né? vocês viram as estatísticas que a gente apresentou na mesa eh inicial do evento. Então, acho que nesse primeiro momento é nessa direção que a gente tá trabalhando. Mas eu concordo com você que o Estado brasileiro, as instituições públicas eh e as políticas públicas precisam também fazer esse debate que você levantou, tá? Muito obrigada pela sua colocação. Vou passar eh paraa Carterine para que ela possa também responder questões do chat. Pode ser? Perfeito. Uma das perguntas que foi realizada aqui no chat consiste em a professora Maria Helena Mitels, né? Olá. visto que as três diretrizes para as licenciaturas têm divergências fundamentais, em qual delas essa proposição de diretrizes específicas foi pautada? Então, o GT se reuniu, como a professora Gláusimara falou, a realizar os estudos dos pontos que convergiam. Então, nós fizemos um estudo das três principais, que é a diretriz de 2015, 2019, 2024. eh estruturamos o nosso documento, né, perfil, formação, linhas de atuação, eh com base nos pontos que convergiam e para além disso, utilizamos como as referências nacionais, a própria política nacional de educação especial na perspectiva inclusiva de 2008, a própria LBI. Então, dentro de todas essas discussões, nós pensamos na elaboração e construção do documento. Isso. E acho que é importante frisar, né, que a gente fez um estudo antes, né, de de se debruçar sobre as diretrizes em relação ao PPC dos cursos, né, tentando buscar quais são essas convergências e lembrando, né, gente, que diretrizes elas são diretrizes, né, não são amarras. Então ela é um norte paraa gente pensar alguns aspectos relacionados ao perfil do egresso, competências, habilidades, etc. Mas que cada instituição dentro dessa proposta tem liberdade aí para construir os seus currículos e a sua matriz curricular. A gente tem mais algumas manifestações no chat, né? A professora Eniceia Mendes parabenizou as universidades pelo trabalho, tem muitas manifestações nesse sentido. E ela perguntou qual que é o encaminhamento a partir de agora. Então a ideia, né, a partir desse debate é incorporar essas, né, essas sugestões, essas contribuições. Então o GT vai se reunir novamente e depois a gente vai fazer o encaminhamento paraa BPE para que eles também possam dar contribuições e depois a gente vai seguir o trâmite aí de encaminhamento pro Conselho Nacional de Educação. E também foi feita uma questão falando, né, caso instituída essas diretrizes, né, se elas vão implicar em ajustes nosps, perdão, dos cursos, né? Então eu acho que com certeza a partir da publicação dessas diretrizes as instituições vão ter que revisitar novamente os seus projetos, né, a fim de tentar um alinhamento maior e fazer essa atualização. A professora Adriana Garcia, ela fez um destaque que eu acho que responde uma pergunta que a Cirleine fez, que quando a gente tem diretrizes, né, a gente tem um norte inclusive para pensar as avaliações externas do MEC, né, os nossos cursos não fazem ENAD, eles recebem a visita em loco, já que não tem uma diretriz. Então, a professora Adriana Garcia coloca que essas diretrizes são de extrema importância para que os cursos de educação especial tenham qualidade, uma vez que as universidades privadas estão criando os cursos de forma muito aleatória, que foi o debate, né, que a Márcia trouxe na segunda-feira e que foi endossado também ontem pelas outras professoras que fizeram a mesa da noite. tá ligado? Eh, primeiro é dizer desse intenso trabalho que esse grupo de trabalho vem fazendo ao longo dos anos, né, e mudando pessoas, enfim, e de alguma forma agradecer eh em especial agradecer a Gláusimara, que vem travando essas discussões, né, no nosso departamento aqui na Universidade Federal de Santa Maria. E e eu acho que a mesa de ontem assim me fez eu refletir um pouco mais sobre aquilo que a gente já tinha até conversado no departamento eh com base nesse texto que tá aqui para que possa receber sugestões, né? E eu acho que isso é muito interessante. A primeira coisa que foi e eu me comprometi até com a Glauimara e não fiz, né? E e e digo assim, Glauimar, pede perdão, porque no meio de tantas coisas que a gente acaba fazendo, a gente acaba esquecendo e se movimentando aqui pra organização do congresso. Mas eu disse que duas coisas e ontem uma delas se confirmou cada vez mais. Esse debate que as nossas ex-alunas aqui, exestudantes do curso trazem também me me mobiliza a pensar nisso, que é a primeira palavra que me incomoda profundamente, que é a do sólida formação, né? Nós estamos vendo aqui efetivamente um grande grupo de colegas que estão vindo das redes, que são formadas, etc. A necessidade de que sólida solidez não existe, né? Nós estamos vendo aí como o nosso campo tem se modificado efetivamente. Então, acho que é muito mais importante a gente colocar numa numa numa diretriz a necessidade de perceber a fluidez que a educação especial eh tem do que efetiva fluidez, transversalidade, enfim, várias outras coisas, do que solidez. Essa então é uma das questões que eu levantava já lá no meu departamento e que levanto aqui para ser pensada, não para ser dizer tem que ser, não tem que ser. Nunca gosto desse lugar, tem que ser, não tem que ser. E a outra ideia que me fica eh que é dentro daquela estrutura dos núcleos, que é o segundo núcleo com relação às especificidades, né? Quais são essas especificidades? Nós temos vários cursos que estão atuando na especificidade das deficiências, ou seja, aquilo que são as deficiências definicidade dos nossos currículos. Então, daqui a pouco, eh, nessa multiplicidade de produção de sujeitos deficientes com dificuldades que nós temos nessa contemporaneidade, e a Fabi dizia muito bem hoje, né, depois da pandemia, muito mais ainda, né, e essa produção que é constante, porque o DSM muda quase que, né, da mesma forma que nós tínhamos lá na década de 60 que existia uma doença de negros fugitivos eh nos Estados Unidos, né? A gente cria também hoje várias várias coisas aqui que tá que é um que são os transtornos e etcemporane essas classificações ou eh eh vai cada vez classificar mais, né? E aí, nesse sentido, não sei se as nossas especificidades elas não precisam estar naquilo que foi a mesa de hoje de manhã, né? Ou seja, as nossas especificidades elas teriam que est nas práticas educativas da educação especial, né? E essas especificidades elas contemplam eh de alguma forma eh as diferenças humanas que nós temos aí. que vai estar na escola, enfim, e que vão caracterizar, que vai no mesmo sentido do que a própria Mônica e a e a Eniceia nos colocavam ontem por pela noite, né? Ou seja, de uma forma geral, esse Congresso nos faz perceber que essa especificidade não são as pessoas, os indivíduos, a falta desses indivíduos, mas é como nós organizamos os processos educativos, é como nós organizamos as nossas relações sociais com a diferença. E daí implicaria em nós pensar nas questões que nós discutimos aqui. Então eu não sei se isso não precisa ficar mais claro, mas mais ou escuro, tanto faz, pode ser claro ou escuro, não importa, mas que a gente tenha um esclarecimento maior, porque senão a gente incorre nesse modelo clínico, né, que nós estamos há tantos anos tentando nos desfazer. Era isso, sugestões pra gente pensar junto. Nenhuma ideia fixa ou determinante de qualquer uma dessas possibilidades. A Carlinha queria fazer um adendo nisso. Ela ela cresce. Ai gente, tá? Então não é isso. Como que a gente avança, né, no processo pensando no processo de escolarização e no percurso pedagógico desses estudantes, né? Me parece que o as formações iniciais elas têm dado conta das especificidades dos estudantes, né? Mas como que a gente avança para além desses diagnósticos? Pensando no processo pedagógico, que inclusive vai influenciar no processo pedagógico, almejo eu, na minha utopia, de todos os estudantes do contexto escolar com ou sem deficiência, né? Então, como que os cursos podem pensar nisso? E aí, pensando na atualidade, onde a gente tem que pensar num processo de escolarização, pensando nas questões de gênero, nas questões étnicociais, como que os cursos têm pensado nisso, né? Há um tempo atrás eu tive uma estudante negra que chegou para mim falar falando assim: "Eu não quero ser mulher". E eu perguntei: "Por quê? Porque eu já tenho deficiência e sou negra". Então, a gente precisa pensar nessas marcas que implicam, estão presentes nos processos de escolarização. Era isso. Obrigada. Eh, como é que é teu nome? Esqueci. Carla. Ah, desculpa, Carla. Isso. A professora Leandra, eu sei. Eh, professora Leandra, obrigada pelas suas contribuições. Eh, a partir das contribuições dadas aqui, isso volta aos departamentos. Aí, como você é do departamento, eu acho que é oportuno fazer diretamente no departamento para para nós. Eu acho que é uma uma contribuição muito importante. Então, muito obrigada. E Carla, todo esse documento, ele já leva em consideração documentos e legislações que existem no nosso país e já trazem como uma das linhas a questão da interseccionalidade, que é um grande desafio para nós, porque historicamente, não só para nós, todos nós aqui que somos da educação especial, veja, dentro das universidades ainda hoje se separa para a questão dos movimentos sociais dos do negros com os movimentos sociais dos alunos com deficiência. Mas na nossa universidade, por exemplo, que é uma universidade localizada na Baixada Fluminense coração, né, da periferia do Rio de Janeiro, a maioria dos nossos estudantes com deficiências são também eh negros, inclusive entram pelas cotas PPI também. Então el esses marcadores fazem parte do documento. Nossa querida professora Caerine é uma uma grande defensora dessa área e ela fez parte da comissão e ela não deixou que a gente não enfrentasse esse debate, a questão da pessoa com deficiência indígena, a questão da pessoa com deficiência eh hã quilombola e e todas as outras. Isso, isso foi eh pensado e considerado de maneira muito cuidadosa, até porque historicamente a gente não fez esse enfrentamento, né, e não considerou isso. Por quê? Porque seguimos o modelo médico e hoje a gente tá num outra numa outra direção, numa outra perspectiva, tá? Obrigada também pela sua contribuição. Pessoal, acho que pelo adiantado de da hora, Leandra, a gente vai deixar o documento aberto. Tu contribui mais um pouco, né? E a gente vai deixar outros então contribuírem. Pode falar, professora Jane. Eh, eu só bom, primeiro eu queria dizer da, né, a gente tá se encaminhando daqui a pouco paraa final do evento, né? O evento superou muito as nossas expectativas. a gente veio num grupo grande, mas eh esse momento do fórum para discutir as diretrizes era o que nós queríamos realmente, né? Eh eu confesso que eh eh o fato de não ter lido o documento antes é um pouco difícil, porque daí as professoras apresentaram e tudo, mas não tá muito eh assim, a gente não sabe os detalhes, né? E eu só vou fazer uma observação sobre uma questão conceitual. Pode parecer um preciosismo, mas eu fiquei um pouco preocupada. Bom, primeiro parabenizar por terem tirado a palavra alvo do público da educação especial. Desde que esse termo apareceu, ele lembra arma, primeira coisa, alvo. O alvo é de alguma coisa que eh e essa palavra, essa coisa de arma, nós estamos fora, né? Nós somos pela paz. todos os nossos professores. E segundo que eu aprendi recentemente que alvo também é a questão da cor branca. Então quando eu falo público, olha só, gente, eu aprendi isso numa banca em que eu estava, né, eh, presente na numa banca, mestrado, doutorado, e que uma professora fez essa essa consideração. Então, eu achei assim, agora eu tenho dois argumentos para falar e eu vejo que vocês não colocaram. Então essa primeira questão conceitual e a outra é a palavra competências e habilidades, porque a palavra competências ela é de um o momento histórico também de uma de uma vinda, digamos assim, né, para a educação da questão do neoliberalismo. Hoje nós temos, eu gostei muito de manhã quando se falou da questão política que a professora de Ponta Grossa, que é do nosso estado do Paraná, estamos enfrentando problema gravíssimo num estado super conservador. Eu vejo que aqui também não é diferente, que a gente acompanha a questão política e isso não tinha aparecido nesse congresso, a discussão da da do engajamento político que nós temos que ter, como professores, estão passando o rodo, eh, privatizando tudo. Nós estamos aqui fazendo uma coisa no varejo que é, né, trabalhar com assim para que firmemos a questão da formação em contraposição aquilo que é privado que tem engraçado nos últimos anos, mas ao mesmo tempo nossas escolas daqui a pouco as universidades que nem a nossa que é estadual num estado daquele como é o Paraná hoje privatizando o outro de São Paulo, colocando na bolsa de valores. Isso é gravíssimo, né? Isso perpassa toda a nossa discussão. Então, competência vem do verbo competir. Na educação, isso é eu que tô falando, gente. Me desculpe o preciosismo, mas eh não, talvez não fosse o num documento da nossa área, né, que tem um caráter crítico, reflexivo e humano, como vocês colocaram, talvez pudesse, sei lá, capacidade, eu não sei, eu também não sei que termos há, mas só fica esse registro. Não quero dizer que o documento fique menos importante, valoroso, se continuar com essa palavra, mas ela vem do verbo competir. E aí eu não sei, né, se vale a pena deixar. Muito obrigada e desculpem a ênfase. Então, professora Jane, eh essa a essas duas palavras, né, quando a gente trabalhou o documento, elas estavam sempre na nossa no nosso radar. O alvo era consenso de retirar no assim que que até no primeiro documento também a gente já tinha pensado, já tinha já tinha retirado o alvo, mas a palavra competência a a Catherine vai falar um pouquinho mais também. Nós fizemos uma discussão enorme porque nós não queríamos essa palavra, mas aí depois com as justificativas que tivemos a Caterina então vai explicar porque que nós acabamos mantendo a palavra, tá? Perfeito, professora. Tava conversando até com a própria Kathlyn. Quando estávamos fazendo os estudos, surgia esse questionamento e decidimos naquele momento de manter por conta de todas as diretrizes faziam menção, embora a gente todos nós concordávamos que era um termo tecnicista, já existem muitas críticas acerca dos dois conceitos, né? Competências e habilidades. E agora entendendo também que conversando com a Kathley, a gente vai retomar e fazer uma substituição desses termos. Eu acho que cabe agora nesse segundo momento, né? a gente pensar e já conseguimos, né, a partir também dessa próxima revisão, fazer essa substituição. Obrigada. Tá. Eh, eram tantas discussões que nós tínhamos que fechar o documento para trazer, né? Mas essas duas palavras sempre nos incomodaram. Alv, a gente retirou rapidamente, mas as competências a gente ficou reciosa até pela organização dos documentos que se tem dentro do Conselho Nacional de Educação. Então, nós deixamos para ver o que que nós iríamos ter de contribuições. Ainda bem que você pode falar e a gente vai verificar como é que podemos fazer essa essa alteração. Também temos do chat? Não, não. Hum. aqui. Bom dia ao professor Damilano. Cumprimentando ele, cumprimento o restante da mesa, senhoras professoras. Me chamo Miriam Vila Gran, sou de Santana do Livramento. Minha fala é mais de agradecimento. Estamos lisongeados em ser citado nesse primeiro congresso internacional de educação especial. Enquanto educadores de Santana do Livramento, também queremos fazer um agradecimento oficial à nossa secretaria de educação de Santana do Livramento, né, que nos proporcionou essa esse momento, né, para todos os concursados. Nós somos 30 educadores e os 30 são, né, licenciados em educação especial. e também eh agradecer essa oportunidade de a gente poder levar, né, tanto conhecimento para aqueles que não puderam estar presente. Foram eh oportunizados para todos os educadores especiais, né, mas como a gente sabe, nem todos puderam estar presentes, né? Nós temos lá um núcleo e o núcleo está presente, o núcleo de atendimento à pessoa especializada, né? O núcleo pedagógico especializado, se chama NAP, dentro da SMM. Então, eh é o nosso agradecimento a esse momento e deixar registrado a nossa presença até o final da noite. Muito obrigada. [Aplausos] Mais alguma questão? Eh, eu só vou eh comentar novamente uma fala da professora Jane da não disponibilização do documento previamente, né? Então, eh, nós não disponibilizamos o eh terminamos assim, a gente foi e toda vez a gente queria voltar no documento e trabalhar mais um pouco, né? Nós fechamos mesmo na semana passada. Então aqui é o fórum onde a gente trouxe a primeira vez o documento, né? Eh, pelo tempo que nós tínhamos dentro da organização do do Congresso também não era não seria produtivo e viável a gente distribuir uma cópia para cada um e todo mundo, né? Então o qual é o até porque a gente tem um segundo encaminhamento, tá? Então, não se temos mais ou pergunta, senão vou seguir a vou seguir a a pauta aqui. Então, agora depois que a gente acolhe essas sugestões, vieram sugestões do chat também, né? Aqui era mais para esse acolhimento. Qual é a o próximo passo, tá? Então, antes de enviar pro Conselho Nacional de Educação, nós vamos enviar esse documento pra Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial. Eu acho que boa parte das pessoas aqui, principalmente quem pesquisa e trabalha com educação especial, são sócios. E a própria associação vai também fazer algum encaminhamento para colher, né, para buscar algumas outras contribuições. Então, provavelmente agora na sequência o documento vai circular e a isso aí foi a via que a gente achou também, né? Até porque são eh é uma Isso foi decidido no CBE, acho que tu estavas no CBE no não estavas, né? Mas foi decidido no Congresso Brasileiro de Educação Especial própria eh na própria Assembleia da BPE. E é um espaço importante eh enquanto associação, né, que tem a pesquisadores e pessoas que trabalham com a área do Brasil inteiro. Então eles também têm um uma capilarização grande para poder fazer a busca também dessas sugestões e a gente ir com numa condição mais robusta em termos de documento pro Conselho Nacional de Educação. Então, hoje é uma é a primeira versão, né, que que a gente está apresentando esse documento. A partir da das sugestões daqui, a gente vai eh verificar a viabilidade, né, das sugestões e após, então, nós vamos encaminhar a associação e a associação também vai ter essa possibilidade de fazer a busca dessas contribuições a partir da organização deles, né? Isso aí a BPE tem autonomia. Então, a intenção é essa, de que o documento possa também circular a partir dessas instâncias que são importantes, né? Então, hoje eu é a primeira versão, vocês estão conhecendo o documento pela primeira vez, tá? Então, acho que não temos mais contribuições. A partir e nós nós vamos dar um prazo, provavelmente também para que isso aconteça em termos de eh acolhimento dessas sugestões mesmo nas associações. E após, então, nós vamos reencaminhá-lo ao Conselho Nacional de Educação a partir, né, das instâncias que são necessárias, com os protocolos que são necessários. Aí é uma outra etapa burocrática para que esse documento transmite dentro do próprio conselho. Isso nós vamos encaminhar pra associação. Aí a associação tem autonomia para ver como ela vai fazer, né, isso. Mas assim, sempre em busca de sugestões e acolher, né, o que as pessoas fizeram da da leitura do documento. Então, aí após a gente recebe novamente as as outras contribuições, finalizamos o documento em termos oficiais, né? E aí fazemos todo o trâmite burocrático ao Conselho Nacional de Educação. Então, que é outra que é outro trâmite, é outra burocracia, mas é assim que a coisa tem que andar. Então, é assim que a gente vai que nós vamos fazer. Tem mais alguma contribuição? E a Não, não tem. Eh, obrigada a todas as contribuições. Eh, então esse é um encaminhamento. E um outro encaminhamento que o GT eh pensou também eh para levar pro, no caso de Santa Maria pro Departamento e no caso da UFSCAR e da Federal Rural do Rio de Janeiro, eh encaminhar a criação de um fórum permanente de discussão das licenciaturas em educação especial. Claro que a gente vai ainda discutir isso com nossos pares, mas a gente entende que a gente precisa fazer esse debate de maneira mais coletiva, porque de fato nós vimos ontem os dados, vimos no primeiro dia o curso de licenciatura agora com parfor, ele está posto em inúmeras universidades, em praticamente todos os estados brasileiros. Eh, e então a gente precisa começar esse debate primeiramente eh entre os nossos pares, aprovar isso e depois, obviamente, receber outros colegas de outras universidades públicas que também queiram se juntar e fazer esse debate de maneira coletiva. Então, um outro encaminhamento que o GT aqui vai levar para os seus colegiados é a criação desse fórum permanente das licenciaturas de educação especial das universidades públicas para que a gente possa eh coletivamente fazer esse esse eh essa discussão e enfrentar esses desafios e essas contradições que estão postas eh para todos nós, né? e como a gente também vai se colocar, como você diz, politicamente diante, principalmente dessa desse crescimento desenfreado aí da da iniciativa privada e que, como nós vimos no estudo apresentado pela professora Cassara e no primeiro dia nós também já apresentamos, segue ainda parâmetros médicos eh de compreensão da deficiência e dos processos formativos e a gente eh defender endeu ao longo desse congresso o oposto, né? A gente a gente quer sair dessa perspectiva, quer trabalhar numa outra direção. Então, acredito que esse também é um encaminhamento importante para darmos continuidade eh não mais esse ano, que o ano já acabou, mas no ano que vem eh nessas discussões, tá? Então, para irmos já finalizando, nós agradecemos a todos os professores que fizeram parte, né, que nós representamos aqui pelas três instituições. Agradecemos as contribuições e a escuta de vocês com relação ao documento. Aqui as pessoas que estão nos acompanhando no chat, tem temos várias pessoas também, né? E para finalizar essa essa apresentação, eh nós gostaríamos de fazer uma homenagem ao professor da Milano, que foi tão importante na construção desse documento e nos ensinou tanto com a sua história e com a sua memória. Então, é uma homenagem do grupo de professores do GT, a professora Melânia, a professora Rice, professora Anne estão trazendo uma homenagem ao professor da Milano. é a memória da educação especial em Santa Universidade Federal de Santa Maria, que ainda continua com a gente enquanto professoraia da educação especial por muito tempo ainda. Obrigada, professor. Agradeço. [Música] Vamos fazer a foto. Ah, então a Jifica [Aplausos] Então, pessoal, pelo adiantado da hora, nós finalizamos essa mesa sobre o fórum, né, em relação a uma proposta de diretrizes curriculares para os cursos de graduação de licenciatura em educação especial. Agradecemos eh a participação online presencial dos congressistas e aproveitamos para lembrar da sessão dois, né, à tarde, das 16 às 18 horas, com a apresentação de trabalhos e pôsteres que serão lá no Centro de Educação prédio, que serão apresentados no Centro de Educação Prédio 16B, aqui ao lado do CT. No site tem os locais, eh, a organização geral, né, da apresentação dos pôsters lá no evento. Agradecemos a presença de todos durante essa manhã e até à noite finalizamos então o nosso evento. Muito obrigada.

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